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terça-feira, 31 de julho de 2012

Começam as negociações nos Correios

Na última quinta-feira, dia 26, foi protocolada a Pauta de Reivindicações unificada dos trabalhadores dos Correios, conforme estabelecido no calendário de mobilização da Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios). A Pauta, com quase 90 itens que dizem respeito aos problemas mais sentidos pela categoria, foi referendada pelas assembleias de todos os sindicatos da federação, incluindo a assembleia realizada pela Fentect e pela oposição ao Sintect-SP em São Paulo e no Rio de Janeiro.
Após o protocolo da Pauta, foi realizada uma reunião para dar início às negociações com a ECT.
Na negociação, os representantes dos trabalhadores repudiaram as inúmeras tentativas da comissão da empresa, liderada pelo ex-sindicalista Luís Eduardo do Ceará do PCdoB/CTB, de passar por cima dos trabalhadores, marcando reuniões unilaterais, desrespeitando a organização independente da categoria e fazendo a campanha caluniosa de que a Fentect estaria se recusando a negociar.
Essa campanha de mentiras feita pela comissão da ECT tem como objetivo encerrar a campanha salarial dos trabalhadores antes mesmo das negociações, jogando o acordo nas mãos do TST. É um ataque ao direito elementar dos trabalhadores de fazerem sua campanha salarial.
É importante que os trabalhadores saibam desse golpe da ECT e saibam que as negociações nos anos anteriores começaram entre o final de julho e o começo de agosto.

Divisionistas não podem assinar acordo coletivo


O secretário-geral da Fentect, o companheiro Edson Dorta, também fez uma declaração à mesa repudiando o fato de que a comissão da ECT tenha convidado os divisionistas traidores dos sindicatos de São Paulo, Rio de Janeiro, Bauru e Tocantins para reuniões Os representantes dos trabalhadores fizeram questão de afirmar que a direção da ECT estava tratando com bandidos, já que no momento em que a comissão da ECT sentava à mesa com os traidores do PCdoB/CTB, esses elementos, na diretoria do Sintect-SP, colocavam capangas armados com bombas para agredir os trabalhadores presentes à assembleia da campanha salarial da Fentect. O comando de Negociação da Fentect protestou contra essa ação fascistóide da diretoria do Sintect-SP que tentou impedir por meio da violência que os ecetistas de São Paulo pudessem reunir e deliberar pela campanha salarial unificada. Foi denunciado também que a Diretoria Regional de São Paulo Metropolitana liberou os trabalhadores mais cedo para dificultar a ida à assembleia.

A comissão da ECT mais uma vez afirmou que a Fentect é a única representante dos mais de 110 mil trabalhadores para a assinatura do Acordo Coletivo de Trabalho 2012-2013.
A reunião prosseguiu com a leitura de ponto por ponto da pauta de reivindicações, para que o Comando de Negociação dos trabalhadores pudesse expor claramente e detalhadamente todas as reivindicações da categoria.

Novo Comando de Negociação


O Comando Nacional de Mobilização e Negociação da Campanha Salarial é composto por 41 membros, sendo seis da Fentect e 35 representantes dos sindicatos. A cada reunião, 11 companheiros estarão na mesa com a empresa e tudo o que for discutido será debatido amplamente entre todos para que sejam apresentadas propostas que realmente representam os interesses dos trabalhadores.

O novo comando foi aprovado no último congresso da Fentect, por proposta do bloco de oposição, para acabar de vez com o verdadeiro balcão de negócios que havia se transformado o comando de sete membros, em que os sindicalistas usavam a campanha salarial para obter cargos e privilégios em troca da derrota dos 110 mil trabalhadores dos Correios.

Essas são nossas principais reivindicações:


• 43,7% de reajuste já!

• 30 mil novos contratados
• Fim do SAP e do SARC
• Não à privatização e à terceirização
• Não à sobrecarga de trabalho
• Devolução dos dias descontados da greve de 2011

Assembleia da Campanha Salarial da Fentect aprova Pauta de Reivindicações Unificada em São Paulo

De nada adiantou a violência fascista dos traidores do Sintect-SP (PCdoB/CTB)

Os atos de violência fascista promovidos pelos capangas contratados pelo PCdoB/CTB da diretoria do Sintect-SP não surtiram nenhum efeito. Os trabalhadores presentes na Praça da Sé aprovaram a Pauta de Reivindicações Unificada da categoria e elegeram os representantes de São Paulo para o Comando Nacional de Mobilização e Negociação que estará em Brasília negociando com a ECT.
Os pelegos do Sintect-SP estão tentando dividir a categoria para ajudar o seu correligionário Luís Eduardo o Ceará, líder da Comissão de Negociação da ECT. Luís Eduardo e seus meninos do Sintect-SP e do Sintect-RJ querem deixar os trabalhadores dos Correios sem campanha salarial e entregar novamente nas mãos dos Juízes biônicos do TST a vida dos mais de 110 mil ecetistas. Querem fazer isso para enfiar goela abaixo dos trabalhadores um acordo quadrianual, conforme está previsto no Acórdão do TST da greve do ano passado.
As centenas de trabalhadores presentes à assembleia da campanha salarial da Fentect na Praça da Sé não se intimidaram e mostraram que os ecetistas de São Paulo vão novamente atropelar a máfia patronal do Sintect-SP e realizar uma combativa campanha salarial.

Denúncias setoriais de Minas Gerais

CDD Venda Nova
Cartão de ponto na mesa do chefe é assédio moral contra os trabalhadores
Os trabalhadores estão sendo obrigados a fazer horas extras para suprir a falta de funcionários no setor e o assédio come solto
O CDD Venda Nova é um dos que estão em situação mais crítica em Belo Horizonte pela falta de trabalha-dores para realizar a imensa demanda de serviço nesta região. A ECT tenta esconder o caos instaurado na DR/MG tapando buracos e pressionando os trabalhadores do setor. Não é segredo para ninguém que no CDD Venda Nova encontram--se vários trabalhadores do interior do estado e inúmeros trabalhado-res temporários para tentar sanar o imenso problema deste setor. Como é de praxe da ECT obrigar os tra-balhadores a fazerem incontáveis horas extras ao invés de contratar trabalhadores, a prática em Venda Nova é a mesma. Na última sema-na o supervisor recém-chegado já aderiu ao velho golpe da ECT onde recolhe todos os cartões de ponto do quadro e os coloca na mesa do chefe para que os trabalhadores cheguem e tenham questionamentos do tipo: “porque você chegou cedo?”; “por-que você não fez hora extra?”; “não dava para ter entregue mais?” etc. Claro que tudo isso é usado como uma forma de assédio contra os tra-balhadores e principalmente aqueles que estudam e não podem fazer ho-ras extras.Os trabalhadores do CDD Ven-da Nova denunciaram ao Sindicato a prática de abuso e não vão aceitar outro Saulo no setor. Chega de des-culpas esfarrapadas pela retenção dos cartões na mesa do chefe, todo mun-do sabe que isso é para pressionar os trabalhadores a fazerem mais horas extras e dar conta do excesso de ser-viço, simplesmente porque a empresa não quer contratar mais funcionários e quer economizar às custas da saúde da vida dos trabalhadores.Chega de assédio aos trabalhado-res!Lutar por melhores condições de trabalho e pelo fim das horas extras.
CDD Guarani
Excesso de trabalho é rotina no setor
Diante da política de não contratar, a ECT abre caminho para esfolar vivos os trabalhadores
Os ecetistas do CDD Guarani não aguen-tam mais o excesso de serviço e as metas absurdas que a ECT está impondo ao con-junto dos trabalhadores. A política aplicada neste setor é a mesma repetida em vários setores de outros estados, onde a empresa simplesmente não contrata e aplica delibe-radamente a famigerada dobra que todos os ecetistas do Brasil conhecem muito bem.Todos sabemos que estes atos praticados pela  ECT é parte do plano de entrega da maior empresa estatal do país colocada em prática pelo governo do PT, aos capitalistas nacionais e internacionais.Os trabalhadores do CDD Guarani já ameaçaram parar as atividades se a ECT não parar de emprestar carteiros para ou-tros setores. Já está claro, que nem o CDD Guarani e nem qualquer outro setor vai permitir este tipo de abuso aqui em Minas Gerais. Haja visto a paralisação feita pelos trabalhadores do CDD Sagrada família para reivindicar melhores condições de trabalho e fim do excesso de serviçoO Sintect-MG está acompanhando o caso e já se reuniu com os trabalhadores deste setor. Se a ECT não parar de empres-tar carteiros e fazer dobras o setor irá para-lisar suas atividades.Chega de Exploração, os ecetistas não são burros de carga!Paralisação das atividades por contrata-ções e pelo fim da dobras.
CDD Jaraguá
Prêmio ou golpe?
ECT quer compensar falta de funcionários enganando os traba-lhadores e os obrigando a trabalharem aos sábados e domingos
Os trabalhadores do CDD Jaraguá denun-ciaram o imenso golpe aplicado pela ECT neste setor. Depois da empresa divulgar que a equipe do CDD Jaraguá receberia um prê-mio por ter superado metas colocadas pela empresa, os ecetistas do setor descobriram que tudo não passava de um golpe para obrigá-los a trabalharem no fim de semanaO golpe aplicado pela ECT contra os companheiros do CDD Jaraguá consistia em uma premiação de um finalde semana em um hotel fazenda depois dos ecetistas deste setor terem batido uma tal meta. Logo depois que a ECT confirmoua ida dos trabalhadores veio o golpe. O fimde semana também iria servir para os tra-balhadores participarem de um curso da ECT. Ou seja, não era para descansar e sim para trabalhar ainda mais. Vários tra-balhadores ficaramrevoltados e falaram que não iriam em nenhum hotel fazenda e que isso que estavam fazendo era uma enganação aos trabalhadores.O Sintect-MG repudia tal ato e chama os trabalhadores a se organizarem juntamente com a direção do sindicato e não permitirem qualquer tentativa de golpe para obrigar os ecetistas a trabalharem como escravos para suprir a falta de contratações e condições de trabalho.Chega de golpe, não ao trabalho nos f-nais de semana!

CDD Ferrazópolis, São Bernardo do Campo-SP: carteiros denunciam a volta da escravidão no setor

Falta de funcionários, dobras, horas-extras e excesso de carga é o retrato dos setores dos Correios

A situação no Centro de Distribuição Domiciliária de Ferrazópolis, em São Bernardo do Campo é extremamente precária. A falta de funcionários, excesso de serviço, dobras, horas-extras são constantes nos setores dos Correios em todo o País, mas no CDD Ferrazópolis as coisas chegaram ao limite.
Os trabalhadores denunciam o regime de escravidão completo pelo qual passa o setor. Tudo de ruim tem acontecido por lá. Em primeiro lugar, a falta de funcionários é um problema gravíssimo. Se um carteiro fica doente, simplesmente não existe quem cubra o distribuição. Desse jeito, a carga se acumula até que o companheiro afastado retorne, mas aí é onde mora o problema. A carga, que normalmente já é muito grande, se acumula e se torna impossível “limpar” todo o distrito. Isso acarreta um esforço muito maior do trabalhador, que logo vai ficar doente de novo e com mais gravidade. Os chefes, claro, não querem nem saber e fazem cara feia e pressão, insinuando que o trabalhador que faltou é vagabundo.
A defasagem de funcionários obriga os carteiros a fazerem dobras, ou seja, entregar em dois ou mais distritos. Com isso, as horas-extras se tornam quase parte da carga horária. A chefia do CDD está obrigando que o trabalhador faça horas-extras, o que é um abuso. Alguns companheiros chegam da rua às 9 horas da noite, o que resulta em 12 horas de trabalho, o que é completamente ilegal.
É a volta da escravidão no CDD Ferrazópolis!
Mas não é só isso. O limite de 20 quilos na bolsa do carteiro já virou lenda no setor. É difícil algum companheiro sair para a entrega com menos de 30 quilos nos ombros e as doenças do trabalho se agravam ainda mais. Com todo esse peso e essa carga interminável os carteiros têm ainda que enfrentar as ladeiras comuns no distrito. A região de Ferrazópolis é cheia de morros e vielas.
E onde está a diretoria do Sintect-SP (PCdoB/CTB)? Os trabalhadores não veem a cara há muito tempo. A corrente Ecetistas em Luta vai denunciar sempre que necessário e levará os problemas para que a nova diretoria da Fentect procure resolver.
Esse é o retrato dos setores dos Correios em todo o País. Um ataque contra os trabalhadores e contra toda a população que necessita do serviço da ECT. Tudo isso faz parte dos planos colocados em prática pela direção da empresa e o governo do PT para privatizar os Correios.

CTC Mooca, São Paulo: depoimento de trabalhadores denuncia completo descaso e exploração no setor

Companheiros enviaram um relato ao boletim Ecetistas em Luta, revelando os abusos e o descaso dos chefes e da direção da ECT

Trabalhadores do turno da manhã do Centro de Tratamento de Cartas da Mooca, em São Paulo, estão sofrendo com as péssimas condições de trabalho, o assédio das chefias e a superexploração.
Os companheiros enviaram um depoimento com as principais denúncias e problemas do setor. Leia abaixo o relato dos trabalhadores do CTC Mooca.

“CTC MOOCA TURNO I URGENTE.
Os chefes do CTC Mooca, Turno I, acham que seus subordinados, os OTTs, são imbecis e adeptos do velho Pão e Circo. A todo momento estão organizando “cafezinhos” para tentar encobrir as mazelas do setor que são muitas: cadeiras quebradas e de péssima qualidade, falta de limpeza principalmente nos vestiários e banheiros dos OTTs e chega-se ao cúmulo do ridículo de oferecer-se café em troca do Ouro do SAPPP que é corporativo – como se isso fosse algum sinal de reconhecimento.
Os trabalhadores do CTC Mooca não querem migalhas, querem e exigem respeito, condições decentes de trabalho e saúde, e projeção profissional. Para se ter uma ideia, numa atitude totalmente truculenta, o Gerente um dia após o café oferecido, assediou os OTTs que vestiam camisa de time de futebol, ordenando que as retirassem, sendo que no mesmo setor o Gerente do Turno II numa atitude esportiva brincou e participou da alegria dos seus subordinados.
A situação em que vivem os trabalhadores neste setor é péssima. Eles são assediados constantemente. A mais nova artimanha foi levada a cabo pela coordenadora do setor de devolução (ao remetente) que está coagindo os trabalhadores a mudarem seus horários de trabalho das 6 horas para as 7 horas. O coordenador do setor de triagem manual, numa atitude aética esconde-se atrás de pilastras e cargas ficando nas costas dos trabalhadores a  fim de escutar as suas conversas.
Esses chefes não sabem lidar com o Absenteísmo altíssimo do setor e ao invés de atenderem ao pedido da base pela visita do Médico do Trabalho ao setor, pressionam os OTTs, deixando-os nervosos e afobados, preocupados com o horário de liberação das cargas, fazendo-os errar e cometer cargas mal encaminhadas como aconteceu recentemente no entreposto 3: por conta de pressão e desorganização do coordenador, companheiros acabaram mal encaminhando uma carga. Assim, os coordenadores disparam as famigeradas papeletas assediando moralmente os trabalhadores.
Fora esses absurdos, o Gerente não quer liberar trabalhadores que precisam ir ao CTP por necessidade da empresa para resolver sua vida funcional junto ao RH, ele acha que os trabalhadores só podem sair meia-hora mais cedo para tal situação. Se o trabalhador está na empresa então está a serviço, sendo assim faz juz a hora- extra? Se o trabalhador tem assuntos a resolver referente à sua situação funcional, este assunto também interessa a ECT. Assim, o trabalhador tem que ser liberado durante sua jornada de trabalho em tempo hábil para voltar para casa no tempo de sua jornada, até porque se acontecer algo a esse trabalhador, a empresa deve ser responsabilizada.
O Gerente do Turno I demitiu vários MOTs que prestavam serviço no Turno I por motivos fúteis, ao seu bel prazer, discutindo com eles no meio do salão operacional, numa atitude de total desrespeito aos trabalhadores. Frequentemente chama trabalhadores em sua sala e lá os assedia. Ele se sente um verdadeiro deus, chegando a ponto de mudar as suas férias que iriam coincidir com a avaliação do famigerado SAPPP para que, segundo as suas palavras “ninguém faça nenhuma cagada”. É um absurdo
Os trabalhadores do Turno I não aguentam mais esse carrasco e exigem respeito.
FORA CAPITÃO DO MATO!”

Chamamos todos os trabalhadores a fazerem o mesmo e denunciar qualquer tipo de abuso dos patrões. Escreva você também para o boletim Ecetistas em Luta e coloque a boca no trombone!
Envie sua denúncia para o e-mail: correios@pco.org.br ou converse com o companheiro que estiver distribuindo o boletim na porta do seu setor de trabalho.

Desespero da diretoria do Sintect-SP diante do repúdio da base leva a violência e selvageria contra os trabalhadores

Na noite de quarta-feira (25 de julho), um bando de marginais contratados pela diretoria do Sintect-SP foi à assembleia na Praça da Sé na tentativa de impedir que os trabalhadores discutissem a campanha salarial e elegessem seu representante no Comando de Mobilização e Negociação. O tumulto começou quando trio elétrico contratado pela Fentect chegou à Praça. Os brutamontes trazidos pela diretoria do Sintect-SP começaram a bater nos caminhões de som e ameaçaram os motoristas e operadores do equipamento.

Bombas, tiros e facada
Os capangas do PCdoB/CTB jogaram bombas, dispararam tiros e puxaram facas para ameaçar os trabalhadores. ESPANCARAM trabalhadores, destruíram equipamentos, arrancaram mochilas à força e DESTRUÍRAM OS CABOS DOS CARROS DE SOM São conhecidíssimos capangas usadas pela máfia da Força Sindical.
Um companheiro, que participava da assembleia, foi agredido violentamente pelos capangas da máfia do crime, tendo recebido um corte no pescoço.
Tentaram dispersar a assembleia na base da porrada, da violência física contra a categoria. É a ditadura da máfia do crime no Sintect-SP! Como os trabalhadores de base demonstraram seu repúdio aos pelegos e apoiaram a iniciativa da Fentect de convocar a assembleia para não deixar os trabalhadores de São Paulo de fora da campanha salarial, a máfia do crime partiu para a violência.
Mentira tem perna curta: o único problema na Praça da Sé foram os marginais contratados pela máfia do crime do Sintect-SP
Não teve polícia, não teve prefeitura... há tempos os bandidos do PCdoB vêm enganando, mentindo para os trabalhadores dizendo que não é possível fazer assembleia na Praça da Sé. Mas foi a própria máfia do crime do Sintect-SP que levou seus capangas para tentar impedir a realização da assembleia da campanha salarial.

O que explica tanta violência, nunca vista antes na categoria dos Correios?

Toda essa selvageria aconteceu porque a máfia do crime do Sintect-SP quer impedir a campanha salarial para aprovar o acordo quadrianual.
Estão orientados pela direção da ECT a impedir a campanha salarial, porque a orientação vinda do alto comando da empresa é empurrar a campanha salarial para o dissídio e forçar os trabalhadores a aceitar a decisão do TST usada para encerrar a greve no ano passado.
A Fentect vai denunciar nacionalmente essa manifestação da fascismo da direção do Sintect-SP e chamar os trabalhadores de todo o Brasil a repudiar a máfia patronal que dirige o sindicato de São Paulo.

terça-feira, 24 de julho de 2012

terça-feira, 17 de julho de 2012

Quem dirige a Fentect agora é a Oposição

Os companheiros que acompanharam a transmissão ao vivo do último Congresso Nacional dos Trabalhadores dos Correios (XI Contect) puderam ver a derrota dos pelegos e traidores do PT e do PCdoB, que há décadas dirigiam a Fentect e comandaram as maiores traições à categoria.

Agora, a Fentect é dirigida pela Oposição. Essa derrota dos pelegos e traidores é um fato novo no movimento sindical. Há décadas, os partidos que fazem parte do governo (PT e PCdoB), dominam as principais entidades do movimento sindical com mãos de ferro. A vitória da Oposição mostrou que essa situação pode ser revertida em várias categorias. O nosso movimento sindical, depois dessa vitória da Oposição, é um exemplo agora para todas as outras categorias do País: mostra que é possível tirar do poder a máfia que dirige a maioria dos sindicatos e organizações operárias.


Como os pelegos foram derrotados na Fentect?

Os pelegos foram derrotados por dois votos no XI Contect realizado em junho, em Fortaleza (CE). Foram 131 votos a favor da Oposição contra 129 votos nos traidores na eleição que escolheu a nova diretoria da Federação. Foram aprovadas também várias mudanças no estatuto da Federação que abrem o caminho para a organização de uma forte campanha salarial e para a conquista das nossas reivindicações.


O que mudou na Federação?

Entre as mudanças aprovadas no XI Contect, está a de que agora o acordo salarial somente poderá ser assinado pela Federação após a aprovação de 2/3 dos sindicatos em nível nacional. Não será como antes, em que a diretoria da Federação conseguia aprovar o acordo com o apoio de apenas 50% mais 1 dos sindicatos.

Também mudou a forma como se organizará o Comando de Negociação da campanha salarial. Antes, o Comando de Negociação da nossa campanha salarial era um verdadeiro balcão de compra e venda de sindicalistas. Eram apenas 6 negociadores, o que facilitava para a direção da empresa comprar um punhado de sindicalistas para conseguir que o Comando aprovasse um acordo rebaixado.

O Comando agora se tornou um Comando Nacional de Mobilização e Negociação que será formado por 41 representantes, com um representante de cada um dos 35 sindicatos dos trabalhadores dos Correios nacionalmente e seis representantes eleitos pela direção da Fentect.


Todos à assembleia da Fentect em São Paulo, para organizar a nossa campanha salarial

Estamos organizando uma campanha salarial séria e pra valer. Não vamos aceitar golpes e traições. O Sintect-SP, dirigido pelos pelegos da máfia do crime do PCdoB/CTB, retirou-se da campanha salarial nacional. É por isso que é importante que o maior número possível de trabalhadores vá à assembleia convocada pela Fentect para a quarta-feira da semana que vem. Lá vamos eleger o nosso representante no Comando Nacional de Mobilização e Negociação que está organizando a campanha salarial em nível nacional.

Todos à assembleia de aprovação da pauta, convocada pela Fentect na quarta-feira da semana que vem, dia 25 de julho, na Praça da Sé.

Vamos encher a praça, aprovar a pauta e iniciar uma grande campanha salarial pela conquista das nossas reivindicações.

Todos à assembleia do Sintect-MG para organizar nossa campanha salarial

 No auditório do Sindados-MG, à rua David Campista, nø150, bairro Floresta, Belo Horizonte-MG

Companheiro trabalhador dos Correios, o Sintect-MG convoca a todos a participar dessa importante assembleia, que faz parte do Calendário Nacional de Mobilização da Fentect e dará início à Campanha Salarial Unificada da categoria.

Essa campanha salarial será a mais combativa dos últimos tempos.

A vitória do Movimento de Oposição no XI Contect (11º Congresso Nacional dos Trabalhadores dos Correios) não mudou só a maioria da diretoria da Federação Nacional. Foram feitas uma série de mudanças que colocarão a campanha salarial sob o controle dos trabalhadores. O Comando de Negociação não será mais um balcão de negócios de sindicalistas e será composto por 41 membros, sendo um por sindicato.

Por isso, companheiro, é importante a sua presença na nossa assembleia, para discutirmos e aprovarmos nossa pauta de reivindicações e, também, acrescentar as reivindicações e sugestões da categoria.

Todos à assembleia, organizar a campanha salarial e a luta pelo atendimento das nossas reivindicações!

Pelegos do PCdoB/CTB querem sair da Fentect para aprovar um novo Acordo Bianual sozinhos

As diretorias do Sintect-SP e Sintect-RJ, do PCdoB/CTB, estão divulgando que estão se desfiliando da Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios). Esse golpe é mais uma traição dos pelegos, talvez a maior de todas as traições, já que querem dividir a categoria para favorecer os patrões.

Mas é preciso ressaltar que esse golpe já fracassou completamente. A própria ECT anunciou que vai negociar o acordo coletivo apenas com a Fentect e que as negociações serão válidas para todos os trabalhadores, a fim de garantir o principio de isonomia da categoria.

Mas por que os traidores do PCdoB/CTB querem sair da Federação?

Os pelegos das diretorias dos sindicatos do Rio e Janeiro e de São Paulo foram os principais responsáveis por todas as derrotas dos ecetistas. A principal delas foi o inesquecível Acordo Bianual.

Na greve de 2009, quando foram fraudadas uma série de assembleias para ser aprovado o acordo bianual, quem estava na linha de frente dessa traição eram justamente os que hoje querem dividir a categoria.

No Rio de Janeiro, a diretoria do Sintect-RJ foi a primeira a aceitar o bianual, abandonando a greve ainda nos primeiros dias, usando uma assembleia “fantasma” para justificar sua decisão. Um diretor do sindicato, conhecido como Ronaldão, fazia parte do Comando de Negociação da Fentect. Esse elemento, apesar de estar em minoria dentro do Comando, afirmou que passaria por cima dos trabalhadores para assinar o acordo. Ele só voltou atrás depois que a corrente Ecetistas em Luta levou companheiros de ônibus para Brasília para dar uma surra no traíra.

Em São Paulo, o presidente e o secretário-geral do Sintect-SP, Peixe e Diviza, também fraudaram uma assembleia para aprovar o bianual sem o consentimento dos trabalhadores.

Depois de terem traído os trabalhadores do Rio e de São Paulo, Ronaldão, Diviza (Presidente do Sintect-SP) e Peixe (diretor do Sintect-SP) estiveram pessoalmente em Tocantins e Mato Grosso para fraudar as assembleia desses estados e garantir a aprovação forçada do acordo bianual. Fizeram assembleias de chefes, dentro do setor de trabalho.

A vontade desses elementos divivionistas de assinar o bianual contra a categoria explica em parte a saída deles da Fentect. Ronaldão, Diviza, Peixe e todo a máfia do crime querem assinar o acordo bianual sozinhos.

Por isso, os trabalhadores de São Paulo e do Rio de Janeiro devem estar atentos. Essa quadrilha de bandidos está entregando a cabeça dos trabalhadores dos dois maiores estados do País em uma bandeja para os patrões.

Chamamos a categoria de São Paulo e do Rio de Janeiro a passar por cima desses traidores e a fazer parte da campanha salarial unificada, participando da assembleia convocada pela nova diretoria da Fentect, dia 24 no Rio de Janeiro e dia 25 em São Paulo, pela unidade nacional da categoria na sua campanha salarial.

CDD Vespasiano, Minas Gerais: "traga-me um copo d’água tenho sede”

Há vários anos os ecetistas do CDD Vespasiano solicitam o pagamento de agua mineral para o consumo, visto que a água fornecida ali naquele local tem um sabor horrível  e segundo os trabalhadores do setor não sacia a sede. Este fato se deve ao altíssimo nivel de calcário presente na água daquela cidade. Os trabalhadores têm que tirar do bolso todos os dias para pagar a água que bebem durante a jornada de trabalho. Isso mesmo, os trabalhadores do CDD Vespasiano pagam a água de beber há anos e a ECT/DR/MG sequer toma uma atitude para melhorar a condição de trabalho destes ecetistas.

Além de não dar aumento, o governo do PT – que é a presidência da ECT – não oferece nem agua para os trabalhadores do CDD Vespasiano. Um abuso, mas perto do que já fizeram com a gente não seria de espantar que a ECT não resolveria este problema que aparentemente seria simples. Simples porque é só comprar água mineral para que os trabalhadores possam trabalhar tranquilamente sem prejudicarem a saúde.

Um médico-cirurgião do Centro Médico de Vespasiano já alertou que assim como o calcário se prende à resistência do chuveiro, pode haver prejuízo aos rins das pessoas que consomem água com alto nível de calcário formando os dolorosos cálculos renais.

O sindicato juntamente com os trabalhadores querem dar um basta nesta situação e exige que a ECT/DR/MG forneça água de qualidade para que os ecetistas de Vespasiano possam beber sem nenhum ônus para os trabalhadores, pois a situação atual é que os trabalhadores que já ganham uma miséria de salário ainda têm que arcar com o custo da água potável para o setor de trabalho.

Só nos últimos três meses foram compradas mais de 5 (cinco) resistências de chuveiros, foram trocadas 6 (seis) buchas de torneiras e sem falar nos bebedouros que nunca ficam mais de 2 (dois) meses funcionando.

A ECT precisa tomar vergonha e tirar dos milhões de lucro que os ecetistas da base garantem todo o ano para o governo e comprar a água para os trabalhadores de Vespasiano.

Queremos condições dignas de trabalho!

Em São Paulo, motoristas sofrem com a exploração das cooperativas-fantasma

Está na cara que a direção da ECT  está aumentando a terceirização para atacar todos os trabalhadores. Para isso, a empresa extinguiu o cargo de motorista com o PCCS 2008, com a ajuda dos sindicalistas traidores do Bando dos Quatro (PT, PCdoB, PSTU e Psol), que assinaram o documento da empresa passando por cima dos trabalhadores.

O ataque aos motoristas concursados resultou em uma enorme terceirização dessa função. Hoje em dia, a maior parte dos transportes em vans e peruas é feita por motoristas terceirizados que fazem parte de cooperativas, que na verdade são empresas de transporte disfarçadas, .

Em São Paulo, os trabalhadores dessas cooperativas estão sendo escravizados. Esses motoristas denunciam que estão trabalhando mais de 12 horas por dia e que não recebem nada a mais por isso.


A volta da escravidão


Os motoristas dessas cooperativas começam a trabalhar às 7 horas da manhã e só saem do serviço às 7 horas da noite, isso quando não acontece de serem obrigados a trabalhar ainda mais tempo.

No entanto, apesar dessa enorme carga de serviço, os trabalhadores não têm a quem recorrer para receber as horas-extras. Na realidade, os trabalhadores não têm o mínimo direito garantido.

Os motoristas terceirizados também tem que arcar com todas despesas do carro. As peruas e vans são propriedade dos trabalhadores, o que faz com que nem a cooperativa, nem a ECT se responsabilizem por qualquer problema que possa ocorrer com os veículos. Os companheiros motoristas têm que tirar do próprio bolso os custos de manutenção dos carros e arcar com todos os prejuízos. Mas não é só isso. Os Correios não permitem sequer que os carros sejam usados para outros trabalhos, apesar de serem propriedade dos próprios motoristas.

Os companheiros afirmam ainda que aos finais de semana e durante as férias são descontados do que recebem. Ou seja, se quiserem exercer o direito mínimo do descanso, têm que arcar com o prejuízo.

Esse é um verdadeiro sistema de escravidão escondido por trás das Cooperativas, que na prática são dominada por poucas pessoas que levam vantagem em cima da maioria dos motoristas.

A corrente Ecetistas em Luta vai usar todos os meios possíveis para que todos os direitos sejam garantidos a esses motoristas. A luta dos motoristas, assim como de todos os companheiros terceirizados, será levada como uma luta da Fentect e de todos os trabalhadores dos Correios, inclusive nessa campanha salarial.

Em São Paulo: todos à assembleia da Fentect para dar início à campanha salarial - quarta-feira, 25/7, às 19h na Praça da Sé

A corrente Ecetistas em Luta percorrerá setores de trabalho dos Correios em São Paulo distribuindo seu boletim convocando os trabalhadores à Assembleia Geral da categoria para unificar a luta nacionalmente.

Leia aqui o boletim (em PDF) que será distribuído em São Paulo e no Grande ABC convocando os trabalhadores à assembleia que ocorrerá na quarta-feira, dia 25 de julho, a partir das 19h, para discutir a pauta da campanha salarial e organizar a luta unificada dos trabalhadores dos Correios em nível nacional.

sábado, 14 de julho de 2012

Direção da ECT ataca direito de organização dos trabalhadores


Em Santa Catarina, a direção regional chegou a chamar a polícia para a diretoria do sindicato 

A direção da ECT não quer que os trabalhadores sejam informados. Há dezenas de casos em que sindicalistas são impedidos de entrar nos setores para entregar panfletos e até mesmo fazer reuniões setoriais.
Os companheiros do Sintect-SC (Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de Santa Catarina) levaram um golpe da direção regional da empresa, que desmarcou em cima da hora várias reuniões setoriais, em cinco cidades, para impedir que a diretoria do sindicato pudesse conversar com os trabalhadores. Mesmo assim, os companheiros do sindicato insistiram e enfrentaram a ditadura da empresa que mostrou que não está disposta sequer a respeitar o direito de organização dos trabalhadores. A polícia foi chamada para levar os companheiros. Somente na duas últimas semanas, foram pelo menos três boletins de ocorrência contra os companheiros, além de ameaça de multas contra o sindicato. O diretor regional de Santa Catarina, senhor Marcio Miranda, está dando uma aula de como atacar o direito dos trabalhadores.
Diante de tanto autoritarismo, a Fentect protocolou na sede da administração dos Correios em Brasília uma carta do Sintect-SC exigindo respeito da direção da ECT em relação à autonomia do movimento sindical e à liberdade de organização dos trabalhadores.
O caso de Santa Catarina não é isolado. Em Brasília, companheiros que distribuíram o boletim Ecetistas em Luta foram impedidos de entrar no setor para entregar o informativo aos trabalhadores. Um dos companheiros era do próprio setor e foi impedido de entrar mesmo assim. As ordens teriam sido dadas pelo diretor regional, senhor Antônio Tomás.
É importante dizer que essa ditadura contra o movimento sindical é uma pequena amostra da ditadura que os trabalhadores sofrem todos os dias na empresa.
Essa postura da empresa é mais uma provocação para tentar desmoralizar os trabalhadores e é um ato de puro desespero político de quem sabe que a mobilização da categoria será a maior dos últimos anos. A empresa também está com medo da revolta dos trabalhadores que está aumentando nos setores. Ninguém aguenta as péssimas condições de trabalho e o excesso de serviço que é praticamente uma epidemia nos setores nacionalmente.

Fentect é a única organização que tem o direito de negociar por todos os trabalhadores dos Correios


Foi derrotada a tentativa do PCdoB de realizar negociações separadas dos sindicatos de São Paulo, Rio de Janeiro, Tocantins e Bauru com a ECT. Em comunicado, a ECT afirmou que somente a Fentect será reconhecida como a única entidade legitimada para firmar Acordo Coletivo de Trabalho 

Um comunicado da ECT à Federação dos Aposentados, Aposentáveis e Pensionistas dos Correios e Telégrafos (FAACO), expedido neste mês, esclarece que somente a Fentect tem direito de negociar pelos 118 mil trabalhadores dos Correios.
O comunicado demonstra que foi fracassada a tentativa do PCdoB de realizar uma negociação em separado dos sindicatos de São Paulo, Rio de Janeiro, Tocantis e Bauru com a empresa.
O PCdoB anunciou há poucos meses a ruptura desses sindicatos com a Fentect, se aproveitando da campanha feita pelo PSTU de que os sindicatos deveriam organizar uma federação paralela, que foi apelidada de federação anã, afirmando que era impossível derrotar a burocracia sindical que dirigia a entidade.
Essa burocracia, formada pela Articulação/PT e PCdoB foi derrotada no último congresso pelo Movimento de Oposição ao Peleguismo. A ruptura do PCdoB teve como objetivo preservar sua dominação já débil nesses sindicatos.
A tentativa do PCdoB de negociar em separado foi divulgada no boletim do Sindicato de São Paulo (Sintect-SP). Nesse boletim, a diretoria apresentou a sua pauta de reivindicações, afirmou que estaria garantida sua representação junto à ECT e lançou ataques à nova diretoria da Fentect. 
A carta da ECT esclarece que em função das mudanças na estrutura do movimento sindical da categoria, somente a Fentect “será reconhecida como a única entidade legitimada para firmar Acordo Coletivo de Trabalho, tendo em vista a amplitude territorial (nacional) de atuação da ECT, cujos trabalhadores se encontram organizados em quadro único, o que implica necessidade de negociação uniforme, a fim de assegurar isonomia de tratamento a todos os nossos empregados”.
Ao final o documento, a empresa afirma que “o Acordo firmado com a Fentect se estenderá a todos os empregados da ECT, em nível nacional, tendo em vista o que o seu Estatuto estabelece, no Art. 1°, 92°, o território nacional como sua base territorial de representação”.
A nova diretoria da Fentect já havia afirmado que ia representar os trabalhadores dos sindicatos que romperam com a federação por iniciativa de suas diretorias. Depois desse comunicado, é mais do que claro que somente a Fentect poderá representar não só os trabalhadores da base desses sindicatos como todos os empregados da ECT.
O reconhecimento da Fentect como única representação dos trabalhadores se deu, sobretudo, devido às mudanças que o Movimento de Oposição ao Peleguismo conseguiu aprovar no XI Contect e à postura da nova diretoria de enfrentar as provocações da empresa, como a tentativa de marcar o início das negociações de forma unilateral.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Trabalhadores afirmam: Negociações só iniciarão a partir do dia 26 de julho


A Fentect enviou comunicação para os negociadores da ECT apresentando a data do dia 26 de julho para inicio das negociações, quando será entregue a pauta de reivindicação da categoria 

Acostumados com os sindicalistas do Bloco PT-PCdoB que controlavam a Fentect à serviço dos interesses do partido do governo e da direção da ECT, ou seja, faziam o que a empresa queria, os negociadores da ECT, através do ex-sindicalista Luiz Eduardo Rodrigues Silva vem tentando determinar o inicio das negociações da campanha salarial, de forma unilateral. 
Chegaram ao absurdo de elaborarem uma ATA de reunião no dia 03 de julho, onde afirmam de forma mentirosa que esperaram por duas horas a representação dos trabalhadores para iniciar as negociações, sendo que a representação dos trabalhadores havia telefonado para os negociadores no dia e hora mencionada na ATA. 
A secretária do Sr. Luiz Eduardo atendeu o telefone e afirmou que não estava ocorrendo nenhuma reunião sobre a campanha salarial, mas apenas uma reunião de rotina deste  departamento da ECT. 
Para se garantir da má-fé demostrada pela empresa com as negociações do Acordo Coletivo deste ano, os representantes dos trabalhadores protocolaram  uma carta (FEN -147/2012) na ECT, esclarecendo que a reunião proposta pela empresa não tinha a menor possibilidade de existir, por motivos que a própria direção da ECT já  tinha conhecimento. 
Mas mesmo assim, os representantes da Fentect reafirmaram novamente na carta que os trabalhadores dos correios realizaram recentemente um Congresso, onde foi aprovada profundas mudanças na estrutura da entidade, sendo que estas mudanças deveriam ser processadas pela nova direção da Fentect. 
Uma destas mudanças,  diz respeito diretamente as negociações, como a formação de um novo formato de Comando de Negociação para  representar os trabalhadores nas negociações. 
O Congresso da Fentect extinguiu o balcão de negócios estabelecido nas campanhas salarias passadas, onde a Fentect elegia sete membros para este comando, e sempre a direção da ECT acabava comprando a maioria para assinar o acordo ao seu gosto.  
O novo Comando de Negociação será mais representativo, com a formação de um representante por sindicato, mais seis membros da Fentect, formando 41 representantes, muito mais difícil da empresa comprar os negociadores. 
Negociadores da ECT liderados pelo ex- sindicalista Luiz Eduardo ignoram os interesses dos trabalhadores
Os negociadores da ECT não estão minimamente preocupados em atender as reivindicações da categoria, deixaram claro que querem uma negociação à toque de caixa. 
Sem levar em conta as necessidades dos trabalhadores dos Correios de se organizar para estabelecer o inicio das negociações, o ex-sindicalista Luiz Eduardo, enviou nova carta para Fentect remarcando a negociação para o dia 10 de julho, sem consultar os trabalhadores. 
Mais uma vez a representação dos trabalhadores precisou enviar um comunicado aos negociadores patronais, onde afirmam que os trabalhadores só poderão iniciar as negociações no dia 26 de julho de 2012, quando será entregue a pauta de reivindicações da categoria. 
No mesmo comunicado os representantes dos trabalhadores externaram a insatisfação da categoria com a conduta do ex- sindicalista do Ceará, Luiz Eduardo, que de forma unilateral vem marcando reuniões com a Fentect para forjar o início as negociações, sem respeitar minimamente a autonomia da categoria. 
Ao protocolar a carta os representantes dos trabalhadores foram abordados pela representação da ECT, que pediu à Fentect, uma reunião apenas para agendar o inicio das negociações, uma vez que as negociações de fato só irão acontecer após o dia 26. 
Diante disso, os representantes dos trabalhadores sugeriram o dia 16 de julho, para apresentar um calendário de reuniões, a partir do dia 26 de julho, quando já estará formado a Comissão de Negociação e a pauta da categoria. 
Mostrando estar mal intencionado nesta campanha salarial, Luiz Eduardo, enviou comunicado para as unidades dos Correios, afirmando mais uma mentira, de que o inicio das negociações irão ocorrer no dia 16 de julho e que por isso a ECT propõe uma campanha vapt-vupt, terminando as negociações em 26 de julho. 
Responder as provocações da ECT com muita mobilização da categoria
Para responder ao provocador Luiz Eduardo,  ex-sindicalista , que chefia os negociadores patronais e que se vendeu a ECT por este cargo, os trabalhadores devem seguir o calendário de mobilização dos trabalhadores, referendando a pauta de reivindicação da categoria até o dia 19 de julho, elegendo o representante de sua base sindical para o Comando Nacional de Negociação da campanha salarial e a partir daí iniciar o processo de mobilização até o dia 10 de setembro dia da greve da categoria para arrancar da ECT as reivindicações. 
O calendário dos trabalhadores para iniciar as negociações a partir de 26 de julho, visa inserir de fato os 120 mil trabalhadores dos Correios na campanha salarial de 2012/2013.
A inserção dos trabalhadores na campanha salarial deste ano, começará com a entrega da pauta de reivindicação a todo os trabalhadores da categoria, onde poderão propor acréscimos na pauta, antes mesmo dela ser entregue a direção da ECT. Uma forma de mobilização da categoria, nunca antes realizada. 
A direção da ECT terá que aprender na prática que acabou a farra das negociações de mentirinha, que chegou a hora da categoria rever todas as suas perdas salariais, recuperar  o respeito dentro da ECT. E esta história começará a partir do dia 26 de julho.

Pelego do PCdoB/CTB quer censurar quadro de avisos da campanha salarial


Para evitar a organização da campanha salarial em São Paulo, pelego do PCdoB impede delegado sindical de afixar informativo da Fentect em mural no CTC Mooca 

Os pelegos do PCdoB continuam suas provocações contra a campanha salarial dos ecetistas. O delegado sindical do CTC (Centro de Tratamento de Cartas) Mooca, em São Paulo, denunciou à corrente Ecetistas em Luta que o diretor do Sintect-SP ligado  ao bando do PCdoB/CTB impediu que um informe da Fentect fosse afixado no quadro de avisos do setor.
O diretor do sindicato, Nestor, agiu como dono da categoria. De acordo com o  delegado sindical “o pelego do PCdoB afirmou que o sindicato não está mais filiado à Fentect e por isto só quem poderia usar o quadro é o Sintect-SP”.
A declaração é puro cinismo. A clausula 50 do Acórdão da campanha salarial determina que a “A ECT assegurará que as entidades sindicais, vinculadas à Fentect, instalem quadro para a fixação de avisos e comunicações de interesses da categoria profissional”.
O informativo da nova diretoria da Fentect são um dos pilares da campanha salarial, uma arma dos trabalhadores para organizar a luta contra a ECT. O informativo da Fentect denunciava toda a bandalheira da direção da empresa, que lançou vários ataques contra o comando de negociação.
A diretoria do Sintect-SP não quer uma imprensa dos trabalhadores para esconder a verdade da categoria. Os pelegos do Sintect-SP estão tentando calar os trabalhadores para ajudar os mentirosos da empresa a denegrir a campanha salarial, sabotando qualquer iniciativa no sentido de esclarecer os trabalhadores contra as provocações e imposições da empresa.
O PCdoB/CTB sempre foi um dos maiores inimigos da categoria e, nesse momento, sem dúvida alguma, sobretudo depois da queda do PT na direção da Fentect, é um dos maiores obstáculos à luta dos trabalhadores. Não é à toa que o representante da empresa na mesa de negociação é Luiz Eduardo, ex-sindicalista do PCdoB que ganhou cargo na empresa após trair os trabalhadores.
Os pelegos do PCdoB organizaram, sob o comando da empresa, os principais ataques, liquidando campanhas salariais inteiras, assinando os piores acordos e traindo sistematicamente as mobilizações dos trabalhadores em troca de cargos e outros privilégios.
É necessário derrotar os traidores do PCdoB e responder os ataques da empresa. A nova diretoria da Fentect deve ampliar a mobilização na base da categoria, impulsionando a construção de uma oposição de trabalhadores para retomar o sindicato, coloca-lo a serviço dos interesses dos trabalhadores e fortalecer ainda mais a unidade da categoria em nível nacional contra os ataques da empresa.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Nova diretoria da Fentect responde as provocação da ECT e marca campanha salarial para o dia 26


Em reunião na última terça-feira, dia 10, a nova diretoria da Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios (Fentect) protolocou na ECT uma carta marcando o início das negociações da campanha salarial para o dia 26.
Nesse documento, os diretores da Fentect respondem à provocação da empresa, que enviou um comunicado aos trabalhadores dos Correios marcando de forma unilateral uma data para a campanha salarial, ignorando o comunicado enviado anteriormente pela federação.
A Fentect afirma que a conduta do representante da ECT, o ex-sindicalista do Ceará Luiz Eduardo Rodrigues da Silva, é reprovável e pede o seu afastamento das negociações. Denuncia também as manobras feitas pela empresa para confundir os trabalhadores forjando atas e marcando reuniões que não ocorreram.
A Fentect afirma ainda que se a empresa está com pressa em negociar basta aceitar a reivindicação de 43,7% de reajuste salarial para a categoria.

Carta da nova diretoria da Fentect  à ECT:

Brasília-DF, 10 de julho de 2012.
À Gerência Corporativa de Negociações Trabalhistas – GNEG/DERET
EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS

ASSUNTO: CT/GNEG/DERET – 0734/2012

Com muita surpresa recebemos o comunicado da ECT - CT/GNEG/DERET – 0734/2012, assinado novamente pelo ex - sindicalista do Ceará Luiz Eduardo Rodrigues da Silva, que se intitula Gerente de Negociações da Empresa e de forma leviana insiste em provocar os trabalhadores dos Correios, marcando de forma unilateral nova data para o início das negociações coletivas para o dia 10 de julho, ignorando nosso comunicado e as necessidades dos trabalhadores, sem ao menos consultar a Federação.
Muito nos surpreende conduta tão infantil de um representante autorizado desta que é maior empregadora do país. Acreditamos que os negociadores devem estar capacitados para uma negociação de tal envergadura o que não é o caso deste senhor, que está brincando com uma questão séria.
Ignorou completamente nossa carta CT/FEN – 147/2012, que esclarece à direção da ECT que vamos comunicar a disponibilidade da nossa federação para iniciar as negociações do ACT 2012/2013, PROTOCOLADA NO DIA DA REUNIÃO, ALÉM DE CONTATO PESSOAL DE REPRESENTANTES DA FENTECT COM O SR. LUIZ EDUARDO E JANETE RIBAS AGUIAR, os quais sequer estavam no local de reunião no horário marcado, obrigando os representantes dos trabalhadores a localizá-los em uma outra reunião para entregar o comunicado.
Ocultaram todos estes fatos dos funcionários dos Correios.
Chegaram ao extremo de forjar uma ata dizendo que esperaram duas horas, quando sabem que entramos em contato avisando da situação real. Estão transformando a negociação em uma farsa e indicando, ou a má vontade dos negociadores indicados ou de toda a direção da ECT.
Indo ao extremo, somos informados posteriormente, que anunciam que marcaram nova reunião para o dia 5 de julho, coisa que simplesmente não aconteceu e que constitui uma uma conduta completamente inadequada de um funcionário público que ameaça até mesmo a comprometer as negociações.
Advertimos que tal conduta será denunciada diante dos trabalhadores de todo o país.
A conduta deste representante da ECT mostra que começaram mal a relação da ECT com a nova direção da Fentect e que, de fato não se dispõem a negociar.
Não somos crianças e rejeitamos tais infantilidades, insistindo em que a direção da ECT deveria colocar pessoas sérias para tratar com uma Federação que representa 118 mil trabalhadores em todo país.
Não vamos aceitar nem jogos nem truculência dos representantes patronais.
Somos trabalhadores dos correios, representantes desta categoria e de seus interesses e reivindicações, não somos serviçais dos interesses da direção da ECT.
Alertaremos a categoria de que todas estas invenções podem se constituir na preparação de um processo sem qualquer base para impedir a negociação da campanha salarial.
Vamos negociar de acordo com o cronograma aprovado por nossa categoria e de acordo com as nossas formas de organização, não de acordo com as imposições destes senhores.
Se a ECT está com pressa de encerrar as negociações deste ano, basta aceitar a reivindicação de 43,7% de reajuste salarial da nossa categoria que encerramos as negociações já no mês de julho deste ano.
Por isso já estamos exigindo que a direção da ECT indique negociadores sérios para representar uma empresa do seu porte, que é reconhecida internacionalmente, e diante disso, deixamos nossa posição de não negociar com ex-sindicalistas que abandonaram a reivindicação da categoria para se transformar em inimigos dos interesses dos trabalhadores.
Devido ao processo, que a direção da empresa muito bem conhece, de formação do comando e eleição de negociadores, bem como da necessidade de realizar assembleias de trabalhadores propomos que a primeira reunião de negociação seja realizada no dia 26 de julho e que será precedida da entrega da pauta de reivindicações da categoria ecetista.
Qualquer pessoa sabe – e certamente a direção desta empresa sabe – que, em uma negociação séria, as datas devem ser acertadas entre as partes. Propomos que a direção da ECT se comporte como convém a pessoas sérias.

Aguardando uma resposta



Édson Dorta
Secretário-Geral da Fentect

Joel Arcanjo Pinto
Diretor da Fentect

Edmar dos Santos Leite
Diretor da Fentect

Henrique Áreas de Araujo
Diretor da Fentect

Maria de Lourdes Paz Félix
Diretora da Fentect

Boletim Ecetistas em Luta Edição Nacional N°403

Clique aqui para acessar a versão em pdf.



terça-feira, 10 de julho de 2012

Boletim Ecetistas em Luta Edição Nacional N°402

Clique aqui para acessar a versão em pdf.  




ECT prepara nova provocação contra os trabalhadores


Nova diretoria da Fentect vai protocolar carta na empresa contra as provocações e mentiras divulgadas pelo chefe das negociações 

A direção da ECT está querendo passar por cima dos trabalhadores e da nova direção da Fentect por meio do senhor Luis Eduardo do Ceará. Esse elemento, que atualmente é gerente de negociações da empresa, é um ex-sindicalista do PCdoB/CTB que ganhou cargo na ECT para trair a categoria.
Esse elemento que faz o papel de capitão-do-mato dos trabalhadores, está armando uma provocação contra a categoria.
A nova diretoria da Fentect vai protocolar nessa manhã, dia 10, uma carta na empresa exigindo respeito com os trabalhadores e com as organizações da categoria. A nova diretoria da federação não vai aceitar nenhuma imposição patronal.
Mais uma vez, exigimos a saída do negociador capitão-do-mato Luis Eduardo das negociações pois o movimento dos trabalhadores entende a presença desse ex-sindicalista vendido uma provocação e um deboche.
Leia na íntegra, a carta que será protocolada na ECT
“Com muita surpresa recebemos o comunicado da ECT - CT/GNEG/DERET – 0734/2012, assinado novamente pelo ex - sindicalista do Ceará Luis Eduardo Rodrigues da Silva, que se intitula Gerente de Negociações da Empresa e de forma leviana insiste em provocar os trabalhadores dos Correios, marcando de forma unilateral nova data para o início das negociações coletivas para o dia 10 de julho, ignorando nosso comunicado e as necessidades dos trabalhadores, sem ao menos consultar a Federação.
Muito nos surpreende conduta tão infantil de um representante autorizado desta que é maior empregadora do país. Acreditamos que os negociadores devem estar capacitados para uma negociação de tal envergadura o que não é o caso deste senhor, que está brincando com uma questão séria.
Ignorou completamente nossa carta CT/FEN – 147/2012, que esclarece à direção da ECT que vamos comunicar a disponibilidade da nossa federação para iniciar as negociações do ACT 2012/2013, PROTOCOLADA NO DIA DA REUNIÃO, ALÉM DE CONTATO PESSOAL DE REPRESENTANTES DA FENTECT COM O SR. LUIZ EDUARDO E JANETE RIBAS AGUIAR, os quais sequer estavam no local de reunião no horário marcado, obrigando os representantes dos trabalhadores a localizá-los em uma outra reunião para entregar o comunicado.
Ocultaram todos estes fatos dos funcionários dos Correios.
Chegaram ao extremo de forjar uma ata dizendo que esperaram duas horas, quando sabem que entramos em contato avisando da situação real. Estão transformando a negociação em uma farsa e indicando, ou a má vontade dos negociadores indicados ou de toda a direção da ECT.
Indo ao extremo, somos informados posteriormente, que anunciam que marcaram nova reunião para o dia 5 de julho, coisa que simplesmente não aconteceu e que constitui uma uma conduta completamente inadequada de um funcionário público que ameaça até mesmo a comprometer as negociações.
Advertimos que tal conduta será denunciada diante dos trabalhadores de todo o país.
A conduta deste representante da ECT mostra que começaram mal a relação da ECT com a nova direção da Fentect e que, de fato, não se dispõem a negociar.
Não somos crianças e rejeitamos tais infantilidades, insistindo em que a direção da ECT deveria colocar pessoas sérias para tratar com uma Federação que representa 118 mil trabalhadores em todo país.
Não vamos aceitar nem jogos nem truculência dos representantes patronais.
Somos trabalhadores dos correios, representantes desta categoria e de seus interesses e reivindicações, não somos serviçais dos interesses da direção da ECT.
Alertaremos a categoria de que todas estas invenções podem se constituir na preparação de um processo sem qualquer base para impedir a negociação da campanha salarial.
Vamos negociar de acordo com o cronograma aprovado por nossa categoria e de acordo com as nossas formas de organização, não de acordo com as imposições destes senhores.
Se a ECT está com pressa de encerrar as negociações deste ano, basta aceitar a reivindicação de 43,7% de reajuste salarial da nossa categoria que encerramos as negociações já no mês de julho deste ano.
Por isso já estamos exigindo que a direção da ECT indique negociadores sérios para representar uma empresa do seu porte, que é reconhecida internacionalmente, e diante disso, deixamos nossa posição de não negociar com ex-sindicalistas que abandonaram a reivindicação da categoria para se transformar em inimigos dos interesses dos trabalhadores.
Devido ao processo, que a direção da empresa muito bem conhece, de formação do comando e eleição de negociadores, bem como da necessidade de realizar assembleias de trabalhadores propomos que a primeira reunião de negociação seja realizada no dia 26 de julho e que será precedida da entrega da pauta de reivindicações da categoria ecetista.
Qualquer pessoa sabe – e certamente a direção desta empresa sabe – que, em uma negociação séria, as datas devem ser acertadas entre as partes. Propomos que a direção da ECT se comporte como convém a pessoas sérias.

Aguardando uma resposta

Édson Dorta
Secretário-Geral da Fentect

Joel Arcanjo Pinto
Diretor da Fentect

Edmar dos Santos Leite
Diretor da Fentect

Henrique Áreas de Araujo
Diretor da Fentect

Maria de Lourdes Paz Félix
Diretora da Fentect”

Movimento de Oposição aprova primeiras propostas para a campanha salarial


As propostas aprovadas na plenária da oposição serão transformadas em um calendário de luta 

Na Plenária Nacional do Movimento de Oposição ao Peleguismo, que ocorreu em São Paulo no último dia 8, foram referendadas as primeiras propostas para a organização da campanha salarial que a Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios) deve levar adiante. Essas propostas, serão transformadas, ainda essa semana, em um calendário de luta e mobilização e em materiais diversos como cartazes e panfletos para dar início à campanha de agitação na base da categoria.
Sem dúvida nenhuma, as propostas, que foram referendadas por cerca de 100 ativistas da oposição presentes na plenária, são as mais combativas dos últimos anos. O espírito combativo do Movimento de Oposição é a expressão do espírito de toda a categoria. O que está colocado a partir de agora é uma grande mobilização dos trabalhadores dos Correios, que poderá ser a maior campanha salarial da história.

Propostas para a organização da campanha salarial

1.    Dar prioridade à ação e agitação política na base
O que vai garantir o maior ou menor êxito na campanha salarial será a campanha de esclarecimento e propaganda política na base. Nossa arma será a iniciativa dos trabalhadores, conforme vem acontecendo em todas as iniciativas vitoriosas até agora. O resultado no Contect, a derrota da política do PSTU só foram possíveis porque a opinião política da categoria esteve ao nosso lado.

2.    Priorizar a iniciativa política do bloco sobre a estrutura da Fentect
As decisões e iniciativas políticas devem ser definidas pelo Movimento de Oposição, por meio de reuniões de representantes das correntes e de plenárias amplas, que devem ser cada vez mais participativas a partir da base dos trabalhadores. Em primeiro lugar, porque temos apenas um voto de diferença dentro da diretoria da federação. Em segundo lugar, porque apenas a participação ativa dos trabalhadores da base sobre a estrutura da Fentect será possível uma política que esteja realmente de acordo com os interesses da categoria.

3.    Boletim nacional
A primeira e mais importante conclusão a ser tirada dos dois pontos anteriores é o investimento de forças para a realização de um boletim nacional do bloco de oposição. Essa iniciativa exige um plano sério de distribuição em todas as bases sindicais da categoria, com destaque aos sindicatos do RJ e SP. Exige também um plano financeiro e um plano de edição para tornar possível estabelecer uma regularidade de publicação. Deve ser organizado um plano especial de comunicação para a campanha.

4.    Cartaz – principais reivindicações – especial para SP e RJ
Confeccionar um cartaz com as principais reivindicações da campanha salarial da Fentect, como uma primeira medida para unificar as bases desses dois importantes sindicatos, para uma ampla divulgação nacional.

5.    Adesivo
Ainda sobre a atividade de agitação e propaganda, confeccionar milhares de adesivos com os principais pontos da campanha para criar um clima de luta e atrair a atenção dos trabalhadores e da população.

6.    Proposta inicial de pauta até 10/7
O companheiro Pedro Paulo deve elaborar uma proposta inicial de sistematização da pauta de reivindicações, até o dia 10/7. No dia 11 será realizada reunião com o outro bloco da diretoria para encaminhar e apresentar à categoria e dar início à campanha. A proposta de pauta e a pauta aprovada devem ser impressas e divulgadas em toda a categoria.

7.    Assembleias até dia 19, quinta-feira
Todos os sindicatos da federação devem realizar as primeiras assembleias até o dia 19 desse mês para dar início oficialmente à campanha salarial e aprovar o restante da pauta de reivindicações e eleição dos membros do comando de negociação.

8.    Recolher sugestões para a pauta até as assembleias
Até as assembleias, deve ser feita uma campanha na base recolhendo sugestões nos setores para a pauta. Essa iniciativa será uma maneira de mobilizar a categoria. Essas sugestões devem ser sistematizadas e aprovadas nas assembleias.

9.    Protocolo da pauta dia 26
A pauta de reivindicações completa deve ser protocolada no dia 26, com um ato político em Brasília.

10.    Greve, indicativo, dia 11
O indicativo de greve deve ser para o dia 11 de setembro, com assembleias de deflagração de greve no dia 10. Deve ser amplamente divulgado no Rio de Janeiro e em São Paulo.

10.    Mutirão para assembleia em SP e RJ em outra data
As assembleias de SP e RJ devem ser posteriores para garantir a presença do maior número possível de militantes de todos os estados nessas bases para passar por cima do PCdoB e chamar os trabalhadores à unidade. A assembleia no Rio de Janeiro dia 24, terça-feira e em São Paulo, no dia 25, quarta-feira.

11.    Cartilha da greve
O bloco de oposição deve confeccionar milhares de cartilhas explicativas da greve, tratando didaticamente os principais problemas da categoria e a pauta de reivindicações.

12.    Calendário geral
O Movimento de Oposição deve elaborar um calendário nacional de luta. Esse calendário não tem nada a ver com os calendários burocráticos criados pela burocracia sindical nas campanhas anteriores, que serviam na realidade como um freio para a luta.

13.    Ato nacional em BSB
Conforme ficou claro na greve de 28 dias, o ato unificado em Brasília foi decisivo para a mobilização. Uma ato vitorioso na capital federal, além de colocar o governo diretamente na parede e dar uma repercussão nacional, serve como um fator de unificação da luta e mais ainda, politiza o movimento dos trabalhadores.

14.    Ver preços de TV
Todas as inciativas para dar publicidade à mobilização devem ser levadas em conta. A televisão é um veículo de grande impacto na população. O Movimento de Oposição deve pesquisar e procurar seriamente a possibilidade de colocar a campanha da categoria na televisão.

15.    Reunir comissão da Fentect para finalizar pauta
Após o recolhimento das sugestões da base para a pauta, o Movimento de Oposição deve tomar a iniciativa de reunir a diretoria e formar uma comissão para finalizar a pauta para ser protocolada.

16.    Impugnar os ex-sindicalistas como negociadores
O bloco deve tomar a inciativa e propor ao restante da diretoria da Fentect para que seja publicado um documento na empresa exigindo o afastamento dos ex-sindicalistas da comissão de negociação da empresa. Esses ex-sindicalistas devem ser tratados como capitães-do-mato dos trabalhadores. Essa campanha também deve se dar principalmente na base da categoria.

Plenária nacional do Movimento de Oposição prepara a luta para campanha salarial


Com cada vez mais militantes e diretorias sindicais, representantes do Movimento Nacional de Oposição se reuniram um uma plenária para dar início à intervenção na Fentect 

Neste domingo, dia 8, aconteceu em São Paulo, a Plenária Nacional do Movimento de Oposição ao Peleguismo na Fentect. Essa é a primeira plenária do movimento desde o XI Contect (Congresso Nacional dos Trabalhadores dos Correios), que ocorreu, em junho, em Fortaleza-CE.
A primeira reunião do bloco aconteceu uma semana antes do Contect e foi decisiva para organizar a atuação da oposição no congresso, o que resultou na espetacular vitória contra a burocracia sindical (Articulação/PT e PCdoB). A tarefa a partir de agora é organizar a luta da categoria nacionalmente.
Estiveram presentes na Plenária cerca de cem ativistas dos Correios de várias bases sindicais. São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Piauí, Santa Catarina, Mato Grosso, Paraíba, Rio Grande do Sul, Campinas, Paraná, Goiás, Brasília, Uberaba, Alagoas, Pernambuco e São José do Rio Preto. Os companheiros desses últimos sindicatos são os mais novos integrantes do Movimento de Oposição, tendo rompido com a política divisionista da Federação Anã, incentivada pelo PSTU.
Na plenária foram discutidos a organização da campanha salarial, o trabalho da oposição nacional, principalmente no Rio de Janeiro e em São Paulo e a organização e o fortalecimento do bloco.
Foram discutidas propostas políticas para o encaminhamento da campanha salarial. Entre as propostas aprovadas estão a publicação e distribuição de um boletim nacional na base da categoria, cartazes e adesivos para divulgar as principais reivindicações da campanha salarial. A organização de uma ato em Brasília com milhares de trabalhadores também foi aprovada como mais uma medida para mobilizar a categoria.
Ainda na próxima semana será divulgado um conjunto de propostas, com datas indicativas de assembleias, atos e da deflagração de greve que serão levadas à diretoria da federação para que seja aprovado um calendário nacional de luta.
Durante todo o mandato da Fentect, as Plenárias do Movimento de Oposição irão ocorrer regularmente. As discussões feitas nas plenárias serão o que vão nortear a política que o bloco deve seguir na diretoria da federação. Portanto, quanto maior a participação dos trabalhadores, maior será o poder de decisão das bases na política da federação.
Um dos pontos mais importantes discutidos na Plenária foi a campanha contra a presença dos ex-sindicalistas na negociações da campanha salarial. O bloco vai exigir, por meio de documento público e da campanha na base, o afastamento desses verdadeiros capitães-do-mato dos trabalhadores das mesas de negociação.
A tarefa imediata é iniciar a mobilização da categoria para a campanha salarial, que com certeza deverá ser a mais combativa da história dos Correios.

Novo sindicalismo: quem manda é a base dos trabalhadores


A vitória da oposição no último congresso da Federação Nacional dos Correios (Fentect), foi o pontapé para a ascensão de um novo sindicalismo. Falamos em “novo”, porque se opõe ao sindicalismo lulista, que tomou conta do movimento operário nas últimas décadas, e que era praticado por toda a esquerda pequeno-burguesa e burguesa do Bando dos Quatro (PT, PCdoB, Psol e PSTU).
Neste domingo foi realizada uma plenária do bloco que ganhou a direção da Fentect. A primeira diferença pode ser verificada logo nesse fato. Os diretores eleitos pelo bloco para a Federação não estão colocados acima da categoria, nem tem poderes para fazer o que bem entenderem: eles são legítimos representantes dos trabalhadores e estão a serviço desses.
Na plenária, trabalhadores da base de diversos sindicatos puderam discutir sobre como deverá ser encaminhada a campanha salarial da categoria e como a Federação deverá ser dirigida.
Para reforçar o caráter de meros representantes dos sindicalistas eleitos, a secretaria geral, cargo máximo da entidade, deverá ser ocupada pelas diversas forças que compõem o bloco, em sistema de rodízio. O objetivo é justamente que não se consolide o poder na mão de nenhum indivíduo, permitindo assim um maior domínio da base dos trabalhadores sobre a Federação.
Também com essa ideia, o comando de negociação foi ampliado e a assinatura do acordo foi dificultada, justamente para que a vontade da categoria não seja traída por meio de manobras.
Assim, o bloco que ganhou a direção da Federação inaugurou um novo sindicalismo, que é um apelo das bases trabalhadoras para controlar suas próprias entidades e poder assim levar adiante sua luta e que inevitavelmente se estenderá para todo o país.

domingo, 8 de julho de 2012

“A vitória do movimento de oposição dá uma nova perspectiva para o movimento sindical brasileiro”


Causa Operária entrevista o companheiro Édson Dorta Silva, atual secretário-geral da Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios 

8 de julho de 2012
O companheiro Édson Dorta, militante do Partido da Causa Operária e membro da Coordenação Nacional da Corrente Nacional de Oposicão Ecetistas em Luta, de trabalhadores dos correios, é carteiro em Campinas (SP) desde 1994. Sua trajetória no movimento sindical começou no mesmo ano, quando foi eleito vice-presidente da Comissão Interna de Prevenção a Acidentes (Cipa). Em sua gestão, realizou reuniões que contavam com a participação de mais de 50 cipeiros de toda região mobilizando os trabalhadores em torno às suas reivindicações. Em 1997, Edson participou da direção do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de Campinas (1998-2001). Em 2001, o companheiro foi eleito secretário-geral da Fentect no momento em que pela primeira e única vez foi estabelecido o rodízio de diretores na direção da entidade. Em 2003, Édson Dorta foi reeleito para direção da Fentect (2003-2006). Militante da corrente Ecetistas em Luta (PCO), travando a luta por uma oposição nacional aos traidores da burocracia sindical, foi demitido por motivos políticos em 2006, sendo reintegrado em 2010, após uma intensa campanha contra sua demissão. Foi aprovado também neste congresso que a secretaria geral da Fentect será em regime de rodízio entre as organizações que fazem parte do movimento de oposição.  O companheiro, cuja trajetória impecável e de militante classista e de luta contrasta com os burocratas que dirigiram a entidade nas últimas décadas, assume o primeiro turno do rodízio na secretaria geral da federação depois da espetacular vitória do movimento de oposição no XI Congresso Nacional dos Trabalhadores dos Correios, impulsionada a partir das bases sindicais, que derrotou os traidores da Articulação Sindical/PT e do PCdoB. Fala em favor do companheiro, também, o merecido ódio e a ampla campanha de calúnias que os inimigos dos trabalhadores realizam contra ele, assim como outros dirigentes da corrente Ecetistas em Luta
Causa Operária: Qual a importância do movimento sindical dos correios e da Fentect no quadro geral do movimento sindical brasileiro?
Édson Dorta: O movimento sindical dos Correios representa hoje um exemplo para várias categorias de trabalhadores brasileiros, pois nos últimos anos este movimento foi protagonista das maiores lutas no Brasil contra a política de arrocho salarial e corte de direitos dos trabalhadores ditadas pelo capitalismo mundial, que aqui no Brasil foi impulsionada pelos governos Sarney, Color, FHC, Lula e que o governo Dilma Rousseff está dando continuidade. Para se ter uma ideia, os trabalhadores dos Correios fizeram no ano passado uma greve de 28 dias, e o Governo Dilma do PT só conseguiu derrotar este movimento através da intervenção ditatorial do TST – Tribunal Superior do Trabalho, que decidiu politicamente pelo fim da greve, ameaçando os trabalhadores, que já haviam passado por cima de suas direções sindicais pelegas. A combatividade dos trabalhadores dos Correios se transforma em uma ação real e forte contra o  seu patrão, que no caso é governo federal, pois esta categoria de mais de 110 mil trabalhadores está organizada de forma unitária na Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios). Que mesmo sendo dirigida nos últimos anos por sindicalistas do PT e PCdoB, que são representantes do partido do governo, não impediu que os trabalhadores passassem por cima destas direções, realizassem uma das maiores greves de sua história e ainda no último Congresso da Categoria, derrotassem o Bloco patronal, elegendo para seu Comando o Bloco de Oposição.  Podemos dizer, com segurança, que entre os trabalhadores dos Correios de todo o país se dá a mais avançada experiência de organização, de luta e de desenvolvimento da consciência dos trabalhadores. Nesse sentido, acreditamos que a vitória da oposição no XI Congresso não apenas não é um acidente, como também não é mais que o primeiro capítulo de uma importante transformação que está para ocorrer no movimento sindical e no movimento operário em geral em seu conjunto.
Causa Operária: Há décadas não se tinha notícia de uma mudança tão significativa em uma organização operária no movimento sindical brasileiro. Como foi travada a luta que permitiu essa vitória do movimento de oposição?
Édson Dorta: A luta se travou nos locais de trabalho contra a burocracia sindical da Fentect, que nos últimos anos se organizou em torno do Bando dos Quatro (PT-PCdoB-PSTU e PSol) para manter o controle da Federação a serviço dos interesses da ECT, aprovando os acordos salariais rebaixados e retirando direitos dos trabalhadores em troca de cargos e privilégios para estes sindicalistas.
A burocracia sindical da Fentect atuava contra a categoria com funções definidas, de um lado o PT e PCdoB defendiam abertamente a política da direção da ECT, e de outro o PSTU combatia as iniciativas de luta contra a burocracia da Fentect, vindo do movimento de oposição, como ocorreu no interior do Bloco dos 17 sindicatos contra o Acordo Bianual, onde o PSTU propunha que os 17 sindicatos de oposição abandonassem a luta contra o PT e PCdoB na Fentect e formasse uma nova Federação. Essa iniciativa levou à liquidação dessa primeira tentativa de formação de um bloco oposicionista e ao retardamento da derrota da burocracia.
A vitória do movimento de oposição foi possível devido à politica persistente de denuncia das traições do PT e PCdoB, aliada à denuncia do papel nocivo da política divisionista do PSTU na Fentect que atuou todo o tempo como o braço esquerdo do peleguismo. 

Causa Operária: Há muitos anos as organizações operárias estão sob o controle do PT, do PCdoB e outros partidos que estão no governo, você considera que essa vitória da oposição nos Correios representa uma tendência geral de luta no movimento operário brasileiro? Qual o significado desta vitória para o movimento sindical de conjunto e para a CUT?
Édson Dorta: Com certeza esta vitória do movimento de oposição dos Correios está sendo analisada por diversos grupos oposicionistas à politica da burocracia sindical dirigida pelo PT e PCdoB em outras organizações operárias e serve como um importante fator de esclarecimento dos limites dessa política direitista. O movimento operário brasileiro está amarrado em uma camisa de força, lutando para se libertar do controle desta burocracia. Por isso, a vitória do movimento de oposição dá uma nova perspectiva na luta sindical brasileira, mostrando, ao contrário do que diz o PSTU/Conlutas, que a burocracia sindical do PT e PCdoB é, pelo menos do  ponto de vista dos seus fundamentos sindicais de base, extremamente débil, fraca e está aí para ser derrubada. Diante disso, acho que devemos colocar a questão com mais intensidade no interior da CUT, e formar uma oposição classista à  burocracia sindical da Articulação que dirige esta Central. Eu creio que esta vitória oposicionista nos Correios marca um linha divisória de etapas no movimento sindical, mais especificamente, e, de um modo geral, na classe operária em seu conjunto, inclusive com implicações importantes para a luta fundamental pela construção de um partido operário verdadeiro, ou seja, socialista e revolucionário, levando à conclusão a experiência que os trabalhadores estão realizando com o PT e demais partidos que são, oficial ou oficiosamente, da frente popular de colaboração de classes, como o PCdoB, PSTU e Psol.

Causa Operária: Quais as conclusões que o movimento sindical deve tirar da vitória da Oposição à burocracia sindical nos Correios?
Édson Dorta: Acho que o movimento sindical está percebendo a insatisfação dos trabalhadores com as direções sindicais de suas organizações, e que se não houver uma mudança de política, se libertando da política patronal do PT, PCdoB, e da politica entreguista do PSTU, os trabalhadores irão atropelar estas direções como esta acontecendo nos Correios. Na greve de 28 dias de 2011 nos Correios, os trabalhadores passaram por cima destas direções e se mantiveram em greve contra o acordo realizado por estes grupos na primeira audiência do TST.
Há, portanto, um enorme potencial de desenvolvimento.
Por outro lado, seria um erro subestimar as dificuldades e desafios que temos pela frente. É preciso um intenso trabalho para ir, gradualmente, dando maior coesão à grande heterogeneidade das forças que compõem a oposição, e que, apesar disso, estão unidos por questões fundamentais para a grande massa dos trabalhadores dos Correios. Creio que esta superação deverá se dar no próximo período através da experiência comum na luta contra os inimigos dos trabalhadores. Há muito o que fazer para fortalecer a organização dos trabalhadores e dos sindicatos pela base. Em resumo, há uma grande conquista e muito trabalho a ser feito. Não devemos abaixar a guarda, mas intensificar a luta.

Causa Operária: Nesse congresso, a burocracia sindical foi derrotada e a oposição conseguiu aprovar uma série de mudanças no estatuto da Federação, permitindo um controle maior dos trabalhadores sobre a entidade. Quais são essas mudanças e o que permitiu que elas fossem aprovadas?
Édson Dorta: Aprovamos o aumento de diretores na Fentect, de 13 para 21, com a secretaria geral em forma de rodizio, também aprovamos um Comando de Negociação mais amplo e democrático. Antes tínhamos um Comando de 7 pessoas e hoje temos um Comando  de 41 membros, sendo haverá um representante por base sindical, ampliando extraordinariamente a participação das bases sindicais em um âmbito que havia se tornado um privilégio de poucos. E este comando só poderá assinar o acordo se 23 sindicatos aprovarem a proposta em suas bases sindicais. Antes era  preciso apenas 18 assembleias. Estas mudanças foram possíveis diante da insatisfação dos trabalhadores com a forma anterior, onde o comando pequeno ficava sob o controle da burocracia sindical, que sempre, em sua maioria, se vendia para direção da ECT. Este foi um dos pontos significativos da luta dentro do Congresso e creio que, nesse ponto, agimos como a voz e o braço do trabalhador da base.

Causa Operária: Em que medida essas mudanças serão determinantes para a próxima campanha salarial? 
Édson Dorta: Estas mudanças colocam novamente o controle da campanha salarial na mão dos trabalhadores, além de fortalecer a democracia no interior da Fentect. Claro que as formas estatutárias são apenas uma forma cujo conteúdo só pode ser dado pela luta, tanto dos trabalhadores como da sua direção que é o Movimento Nacional de Oposição. Isso quer dizer que ainda temos que tornar o que aprovamos no Congresso uma realidade com a mobilização massiva dos trabalhadores, ensinando aos trabalhadores com controlar os seus representantes. Na nossa opinião, isso é, da minha corrente e do Partido da Causa Operária, uma das alavancas fundamentais deste processo está na informação e na formação da opinião unitária dos trabalhadores. Nas campanha salariais, a Fentect atuou como um escritório, agora temos que agir como centro organizador da luta de 100 mil trabalhadores. Acredito que os nossos aliados na Oposição compartilham desta ideia fundamental e a nossa unidade será essencial para colocá-la em prática.

Causa Operária: Qual foi a repercussão dessas transformações da federação entre os trabalhadores, a burocracia sindical e a empresa?
Édson Dorta: Os trabalhadores aplaudiram e estão esperando o momento em que o Movimento de Oposição irá chamá-los a fazer a mobilização pela campanha salarial deste ano. Já a burocracia sindical e a empresa estão desesperados, pois não sabem como vão controlar a categoria. A burocracia sabe que se não controlar a categoria vai ser jogada de lado pela empresa e não terá mais cargos e privilégios, e a direção da ECT sabe que os trabalhadores dos Correios representam uma força poderosa que poderá modificar completamente os planos de privatização da ECT que estão sendo colocados em prática por ordem dos bancos e capitalistas do mercado postal mundial. Este é, podemos dizer assim, o panorama geral da luta que se inicia agora. O jogo está feito, agora é colocar em movimento.

Causa Operária: Como você avalia que será a mobilização para a campanha salarial desse ano?
Édson Dorta: Avalio que este ano a campanha salarial será uma campanha histórica, pois vários trabalhadores já estão sinalizando que a vitória do movimento de oposição vai levar a categoria à greve e com muito mais força do que nos anos anteriores. Creio que será uma mobilização extremamente combativa e massiva. Contribui para isso, além da vitória no Congresso, a formação do Movimento de Oposição que tem plena capacidade de alavancar esta mobilização e é o nosso maior trunfo. Daí que todos os ataques até o momento são dirigidos a tentar quebrar o bloco de oposição, sem nenhum sucesso, é importante sublinhar. Nossa tarefa é fazer uma campanha para valer, nas bases, com ampla participação do trabalhador, dando voz plena, ampla participação e poder de decisão ao carteiro, ao OTT, ao atendente, aos diretores e militantes dos sindicatos de base etc. que são, na nossa visão, os verdadeiros donos da Fentect. Contamos, para o êxito da mobilização, com a criatividade dessa massa de trabalhadores que acreditaram que a vitória da Oposição começou a libertar os trabalhadores dos Correios da ditadura burocrática atrelada à direção da empresa.

Causa Operária: Nessa campanha salarial, a direção dos dois maiores sindicatos da categoria, de SP e RJ, dirigidos pelo PCdoB, decidiu romper com a federação e tentar negociações separadas com a empresa. Qual a razão desta ruptura? Como você avalia a política dessas diretorias e como o Movimento de Oposição vai agir em relação a isso?
Édson Dorta: A ruptura do PCdoB nos grandes sindicatos do RJ e SP está se dando por uma política defensiva destas organizações diante da insatisfação da categoria com o bloco PT- PCdoB que dirigia a Fentect e a crescente impossibilidade de levar adiante a sua política de capachos dos diretores da ECT. Tentaram dar o golpe de que as traições das campanhas salariais passadas são da responsabilidade única e exclusiva dos sindicalistas do PT, no entanto, os trabalhadores sabem que o PCdoB foi parte decisiva nestas traições e tem pelo menos 50% do crédito, senão até mais. Esta política é um tiro no pé destas direções, que serão varridas do nosso movimento, pois os trabalhadores estão cada vez mais convencidos de que só a unidade em uma única Federação pode levar o trabalhador à vitória, isto foi comprovado com a derrota da politica divisionista do PSTU no Contect, e também será comprovada na luta contra os traidores e divisionistas do PCdoB em SP e no RJ. O Movimento de Oposição vai lutar energicamente contra estes traidores que estão tentando enganar os trabalhadores e não vamos permitir em hipótese nenhuma que eles participem de qualquer negociação em nome dos trabalhadores. Vamos fazer oposição nestas bases sindicais e inserir os trabalhadores de São Paulo e Rio de janeiro na campanha salarial da Fentect com o apoio, espero, de todos os sindicatos filiados e de todos os trabalhadores do Brasil inteiro.

Causa Operária:
 Outra ala da burocracia sindical, comandada pelo PSTU, também anunciou a intenção de dividir a federação. A que se devem essas tentativas de ruptura? Elas terão sucesso mesmo depois da vitória da oposição?
Édson Dorta: A ruptura proposta pelo PSTU/Conlutas, por ser sócio menor da burocracia sindical foi a primeira a ser derrotada, e também a que tinha o menor objetivo, ou seja, apenas formar uma federação anã, com menos de 6% da categoria, uma inutilidade, uma ficção sindical criada apenas para garantir cargos e privilégios para os sindicalistas do PSTU, como o Jacaré, o Geraldinho e o Heitor. Esta ruptura foi duramente derrotada no Contect, e não há a menor condição de ser colocada novamente, pois dos seis sindicatos que estavam arrastando para este gueto politico, apenas o sindicato do Vale do Paraíba ainda não se pronunciou contra a desfiliação da Fentect, no entanto, ainda estamos procurando este sindicato para exigir deles um posicionamento, pois caso contrário teremos que formar uma oposição lá, como estamos fazendo em SP e no RJ onde está o PCdoB fazendo este papel sujo. Uma questão chave para nós e para todo o movimento de Oposição é a luta para impedir a desagregação da Fentect da qual somos, de fato, os únicos defensores.

Causa Operária: Qual o significado destes fatos em relação à política de construção de uma central sindical alternativa como a Conlutas, que envolve uma parcela do ativismo da esquerda no movimento sindical e, em geral, para este tipo de proposta?
Édson Dorta: O papel da Conlutas, projeto de central sindical do PSTU, é o de dispersar as forças de oposição à política da burocracia sindical dirigida pelo PT e PCdoB com o intuito de criar uma base eleitoral para o PSTU e privilégios para os seus dirigentes sindicais. Foi o que eles fizeram na CUT. Quando a Articulação Sindical do PT enfrentou a sua pior crise, com a questão da reforma sindical proposta pelo governo Lula, o PSTU/Conlutas se retirou de dentro da CUT, do movimento de oposição, alegando que a CUT não era democrática, e que era um escritório do governo. Mesmo sem a oposição no interior da CUT, a Articulação não conseguiu aprovar a reforma sindical do governo. Mas conseguiu se manter em um controle verdadeiramente ditatorial da maior e única central de trabalhadores com a ajuda inestimável da Conlutas. Eles queriam fazer o mesmo na Fentect, o movimento de oposição nos Correios não caiu nesta politica sectária. 
A derrota desta política na Fentect não foi uma manobra de aparelho, mas veio das bases, tem relação com a greve de 28 dias. Ela foi rejeitada por milhares e milhares de trabalhadores. Nesse sentido, é preciso não se confundir sobre o fato de que esta derrota coloca em xeque, podemos dizer até mesmo, em xeque-mate, toda a política fictícia, sectária e oportunista ao mesmo tempo, de construção da Conlutas. Não há como sobreviver uma política que foi derrotada em uma arena de classe tão ampla. Creio que está na pauta, na ordem do dia, a discussão sobre a oposição classista dentro da CUT e pretendemos fazer esta discussão com os nossos aliados e com os trabalhadores dentro do movimento dos Correios.
Nós temos, também, uma outra proposta, que se opõe a este divisionismo que é a da criação de um sindicato único nacional dos trabalhadores dos Correios, discussão que pretendemos fazer no movimento com muita calma, mas que acredito ser possível para obter um consenso geral e superar a crise atual aberta pelos pelegos do PCdoB e apoiada pelo PSTU.

Causa Operária: Qual é o balanço do PSTU como partido de esquerda com base na sua atuação no movimento dos correios?
Édson Dorta: Com o combate que o movimento de oposição deu às posições ao mesmo tempo sectárias e oportunistas do PSTU nos Correios, a política do PSTU se mostrou em vários momentos, uma das mais reacionárias, defendendo o PCdoB, deixando claro que o PSTU vem abandonando até o discurso de esquerda, a ponto de defender intervenções em sindicatos, abonos em vez de salários etc. Uma coisa que muito não sabem é que o PSTU foi o eixo de organização da burocracia nos Correios e o principal responsável pelas maiores traições à categoria e que estas traições levaram à sua crise, agora crise terminal, e à sua perda de autoridade no interior da própria burocracia que ficou dominada por PT e PCdoB a partir de 2003. A situação de virtual dissolução do PSTU no movimento dos Correios é a conclusão lógica de uma longa trajetória baseada em uma política antioperária a qual, infelizmente, não temos condições de fazer aqui, mas que colocamos por escrito no processo do XI Congresso e a qual aconselharia a todos os companheiros que têm interesse em conhecer o movimento dos Correios que lessem.

Causa Operária: É possível concluir, a partir dessa vitoria do Movimento de Oposição, que a política de dividir as organizações sindicais, como alternativa ao domínio da burocracia sindical, se revelou fracassada?
Édson Dorta: Sem dúvida nenhuma, a politica de dividir só favorece quem tem mais controle dos aparelhos, e fortalece a direção da ECT que poderá escolher o grupo que ela vai negociar. No caso do PSTU/Conlutas dos Correios, a politica de dividir foi derrotada na prática e vai servir para outras categorias não cairem neste sectarismo de covardes.

Causa Operária :Do ponto de vista do desenvolvimento geral do movimento sindical dos correios, qual é o significado da etapa atual?
Édson Dorta: Inicialmente de colocar o movimento de oposição para dirigir os trabalhadores dos Correios na campanha salarial e nas lutas gerais da categoria, como a questão da privatização da ECT, para isso precisamos aumentar as base de oposição nos sindicatos controlados pela burocracia sindical. Em perspectiva, a ampliação da luta da categoria aponta para uma completa renovação, tanto sindical como política da categoria conforme afirmei anteriormente. Esta é uma discussão fundamental a ser feita no próximo período.

Causa Operária: Qual o papel da corrente Ecetistas em Luta, liderada pelos militantes do PCO, neste desenvolvimento?
Édson Dorta: O Partido da Causa operária esteve desde o inicio da construção do movimento dos trabalhadores dos  Correios, com a participação expressiva do companheiro Pedro Paulo de Abreu Pinheiro, atual presidente do Sintect-MG e que foi o primeiro presidente da Associação nacional dos trabalhadores dos Correios que se transformou futuramente na Fentect, só por isso já nos capacita para defender  a expulsão destes sindicalistas vendidos que tomaram conta da Fentect a mando da ECT. Num certo sentido temos aqui uma retomada de uma grande tradição de luta. Também atuamos com militantes experientes na luta contra a burocracia sindical em sindicatos importantes, como a companheira Anaí Caproni, que em São Paulo combateu energicamente as posições da burocracia sindical deste sindicato, dirigido pelo trio PSTU-PCdoB-PT.
Neste sentido a Corrente Ecetistas em Luta desenvolveu uma intensa atividade de combate à burocracia sindical, denunciando as traições e ao lado dos trabalhadores apontando a luta.
Lutamos pela unidade da Oposição, que consideramos necessária para este processo, que não pode ser levado adiante nesse momento por nenhuma força isolada e nos sentimos recompensados pela política assumida por diversos sindicatos, correntes e militantes aos quais estamos associados neste empreendimento.

Causa Operária: Você gostaria de fazer alguma consideração final?
Édson Dorta: Gostaria de agradecer a oportunidade e dizer que esta vitória, apesar de ser histórica e espetacular é apenas um passo para o controle dos trabalhadores sobre a Fentect, suas organizações e a própria direção da ECT. Temos muito o que fazer e a luta vai se dar nas bases, esclarecendo e organizando os trabalhadores. Vamos precisar de toda a determinação de todos os companheiros para levarmos esta luta à vitória. Uma andorinha só não faz verão.