CTE Saúde, São Paulo
Trabalhadores não têm lanchonete para se alimentar
Trabalhadores não têm lanchonete para se alimentar
Para piorar, a direção da empresa proibiu companheiros de venderem pequenos lanches para os funcionários
Há anos, o espaço onde seria a lanchonete do CTE Saúde está fechado. Para almoçar ou jantar, não restam muitas opções aos trabalhadores: ou saem do setor para ir se alimentar em alguma lanchonete por perto, ou levam comida de casa.
No caso do terceiro turno, essa situação é ainda pior, pois durante a madrugada (a hora da janta para a maioria é entre uma e duas da manhã) quase não há restaurantes ou bares abertos na região. Sem contar os riscos que os trabalhadores sofrem deixando o setor nesse horário. Se o trabalhador esquecer de levar algum alimento de casa, provavelmente vai ter que ficar sem comer durante todo o tempo de operação.
A direção da ECT e a chefia do setor nunca explicaram porque não é aberta outra lanchonete no local, já que há o espaço para isso.
Para resolver o problema da falta de lanchonete, muitos funcionários vendem pequenos lanches, doces e salgados caseiros para os companheiros. A atitude desses companheiros ajuda a suprir a falta de opção dos trabalhadores.
No entanto, sempre de maneira autoritária, a empresa tenta proibir os trabalhadores de vender qualquer tipo de coisa dentro dos Correios, prejudicando não só os companheiros que vendem, mas também todos os funcionários que usam a iniciativa desses companheiros como única opção para se alimentar diante de uma jornada de trabalho tão extenuante.
A proibição é uma arbitrariedade e uma hipocrisia. Enquanto a direção da ECT está entregando os bilhões faturados pela empresa – à custa do suor dos trabalhadores – aos capitalistas que querem privatizar os Correios, persegue os trabalhadores que estão vendendo pequenas coisas dentro do setor.
Isso sem contar que dentro do prédio dos Correios, uma série de coisas são vendidas com o consentimento da direção da ECT, em contratos milionários com banqueiros, como é o caso do Bradesco no Banco Postal e empresários, como é o caso da venda de TeleSenas, pertencente ao Grupo Sílvio Santos, por funcionários dos Correios.
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