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quinta-feira, 23 de junho de 2011

PSTU quer rachar a Fentect, PT e PCdoB fazem de conta que não vêem

Nova federação anã do PSTU
PSTU quer rachar a Fentect, PT e PCdoB fazem de conta que não vêem
No 30º Conrep, a política divisionista do PSTU/Conlutas foi completamente ignorada, tanto por eles próprios, como pelo bloco traidor do PT e do PCdoB, os maiores beneficiados da divisão da categoria
O PSTU/Conlutas está levando adiante, nos Correios, uma política para romper com a Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios) e criar uma nova federação anã com meia-dúzia dos menores sindicatos da categoria, que não representam nem 10% dos trabalhadores dos Correios.
A política do PSTU poderia ser encarada pelo PT e pelo PCdoB, os grupos que compõem a maioria da federação, como uma ameaça à sua política e à organização da qual tem maioria e impõem sua política na categoria. No entanto, fica claro que o PT e o PCdoB não encaram o divisionismo do PSTU como uma ameaça.
O que ocorre é que a política do PSTU não tem absolutamente nenhum resquício de oposição. O racha com a federação e a criação de uma nova é uma manobra casada que visa a favorecer a burocracia sindical traidora do PT e do PCdoB. O objetivo é enfraquecer a oposição para dar uma maioria folgada ao bloco traidor.
Nesse momento, depois das enormes traições desses sindicalistas, das quais o PSTU/Conlutas foi o mais fiel aliado, a burocracia sindical nos Correios se encontra em uma crise terminal. Em todos os sindicatos há a formação de oposições, em muitos casos dentro das próprias diretorias. Os trabalhadores estão se levantando espontaneamente em vários lugares, contra a super-exploração nos setores de trabalho.
A burocracia não tem a menor condição de conter a mobilização dos trabalhadores, o que deve ser ainda mais grave no momento em que o governo intensifica os ataques para privatizar os Correios. Para defender a privatização, a burocracia sindical precisa da ajuda preciosa do PSTU/Conlutas.
O divisionismo do PSTU nada mais é do que uma cobertura da política do bloco PT-PCdoB. Por isso, no XXX Conrep (Conselho de Representantes da Fentect), o bloco traidor sequer levantou o assunto. O “grande opositor” PSTU quer rachar a federação e justamente aquelas que a dominam não dizem nada e fingem que não estão vendo. Resta dúvida que existe um acordo? Claro que não.
O acordo é tão explícito que foi dada uma sala para cada grupo político poder realizar reuniões. A sala do PSTU, não era bem do PSTU, mas da tal frente que formaram para criar a nova federação anã. Total e completo apoio dos traidores. O que dizer então que os “combativos” divisionistas do PSTU tinham até mesmo o poder de conduzir os trabalhos na plenária do Conrep?
A discussão sobre o rompimento com a federação e a criação de uma nova não foi sequer levantada porque há o claro interesse do bloco PT-PCdoB e da própria empresa de que haja esse racha na categoria. Em troca do apoio do PSTU/Conlutas a todos os ataques que estão sendo preparados contra os trabalhadores, o reconhecimento da nova federação anã, que significa mais liberações sindicais, verbas e cargos.
O trabalho sujo do PSTU/Conlutas no 30º Conrep também fica absolutamente claro no apoio ao golpe contra a oposição nacional Ecetistas em Luta, que teve, de maneira completamente arbitrária, toda a bancada expulsa pelo bloco traidor.
A discussão não levantada também porque o objetivo é fazer tudo nas costas dos trabalhadores. A categoria não pode saber do tamanho da traição, para que não haja resistência.
A nova federação anã do PSTU/Conlutas serve apenas aos interesses particulares desse grupo, que são opostos aos interesses dos trabalhadores. Serve também, e principalmente, aos objetivos do governo e da direção da ECT que preparam os maiores ataques contra a categoria para privatizar os Correios.

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