ESSE BLOG MUDOU

PARA CONTINUAR ACOMPANHANDO AS NOTÍCIAS DOS CORREIOS ACESSO AO LINK olhovivoecetista.wordpress.com
Este blog será desativado em 30 dias

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Correios franceses demitiram mais de 11 mil trabalhadores em 2010

Planos para privatizar
Correios franceses demitiram mais de 11 mil trabalhadores em 2010
Os problemas dos trabalhadores dos correios franceses são semelhantes aos dos brasileiros, que sofrem com as péssimas condições de trabalho devido à falta de funcionários. A intenção é aumentar a exploração para entregar as empresas para os capitalistas
Assim como no Brasil, o governo francês está modificando os correios do país (La Poste), o que resultou, somente em 2010, em 11.694 postos de trabalho suprimidos. Em decorrência disso, os trabalhadores dos correios franceses realizaram uma paralisação no último dia 29 de março.
Em um ano, os correios franceses tiveram uma baixa de 4,7% no quando de funcionários. Dados do jornal Le Monde apontam que desde 2006, a La Poste perdeu 12,9% de seu efetivo. A empresa tinha 271.887 funcionários e em 2010, esse número caiu para 236.593. Os cortes de funcionários estão em todas as áreas: distribuição, encomendas, atendimento, banco postal, administração etc.
Segundo os cálculos dos sindicatos da categoria, em 2011, a La Poste deve perder ainda mais trabalhadores, cerca de 10 mil.
A greve que ocorreu na última semana de março paralisou a empresa para protestar contra os cotes dos postos de trabalho e contra as péssimas condições de trabalho nos setores. Os trabalhadores reclamam que, com a que no número de funcionários, as condições de trabalho no setor estão ainda piores.
O problema enfrentado pelos trabalhadores franceses é o mesmo que enfrentam os trabalhadores brasileiros. A falta de funcionários está causando um enorme excesso de serviço para carteiros, OTTs (Operadores de Triagem e Transbordo), atendentes e em grande parte das funções administrativas.
Os trabalhadores da ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) têm um agravante. Os Correios têm apenas 107 mil funcionários. O Brasil é um país muito maior do que a França e com uma população muito maior. O Brasil tem mais de 190 milhões de habitantes, enquanto que a França tem 65 milhões. Mesmo com as demissões, os correios franceses empregam mais do que o dobro de funcionários da ECT. Se a situação dos trabalhadores dos correios da França não está boa, o que dizer em relação à dos brasileiros?
No Brasil, nos últimos anos, PDVs (Programas de Demissão Voluntária) eliminaram cerca de nove mil postos de trabalho. A situação nos setores, que já era grave, se tornou ainda mais insuportável. A abertura do novo concurso, com 9 mil vagas, deve, na melhor das hipóteses, suprir os funcionários perdidos com os PDVs. No entanto, o problema nos setores não deve ser resolvido nem minimamente, para se ter uma idéia, a reivindicação dos trabalhadores é a contratação imediata de 30 mil funcionários apenas para começar.
As demissões na La Poste fazem parte dos planos de privatizar os correios franceses. Os governos de vários países estão fazendo o mesmo, inclusive os projetos de modificação nas empresas, que na Europa são chamados de “liberalização”, são muito semelhantes em vários países e não passam de modificações para entregar essas empresas para a iniciativa privada.
As mudanças estatutárias nos Correios brasileiros seguem exatamente a mesma lógica. A diferença é que o governo brasileiro e a direção da ECT escondem dos trabalhadores a privatização, o que não ocorre nos países europeus, onde a palavra “privatizar” é dita abertamente.
A luta dos trabalhadores franceses é a mesma que a dos brasileiros. Os capitalistas internacionais em crise estão de olho nos lucros das empresas de correios nos países onde essas empresas são uma das últimas que ainda não foram privatizadas. Para se recuperar da crise, os capitalistas precisam roubar a população dos países e aumentar a exploração dos trabalhadores, por isso demitem em massa e terceirizam os postos de trabalho.

Nenhum comentário:

Postar um comentário