EUA
Depois de 10 anos, governo prepara demissão em massa nos Correios
Depois de 10 anos, governo prepara demissão em massa nos Correios
O Serviço Postal dos EUA (USPS) sofrerá um corte de 7.500 funcionários, principalmente nos cargos administrativos nos próximos dias. Postos de operações também serão fechados em várias cidades
O ataque aos trabalhadores dos correios norte-americanos vem sendo administrado há 10 anos, tendo deixado mais de 234 mil trabalhadores sem emprego.
A empresa utilizou vários truques, como o plano de incentivo a demissão voluntária e antecipação das aposentadorias (nos correios brasileiros é usado o mesmo truque, o PDV, programa de demissão voluntária) para promover o corte.
Cerca de 22.500 trabalhadores deixam o USPS por ano por conta de programas de demissão. Geralmente as demissões diretas são raras, por conta das diversas proteções legais que os trabalhadores conquistaram ao longo dos anos.
A novidade desta vez é que os 7.500 trabalhadores sofreram um processo diferente e foram demitidos, sem nenhum plano de demissão voluntária. Para conseguir essa façanha contra os trabalhadores, um acordo preliminar tinha sido fechado com os sindicatos, que permitiria despedir um número expressivo de funcionários de uma só vem, sem a intervenção do sindicato.
A meta da empresa, segundo alguns jornais, é demitir 30 mil funcionários até o final do ano, qualificados pela empresa como “excesso de mão de obra”. A notícia das demissões diretas e a ajuda do próprio sindicato acabou repercutindo mal entre os trabalhadores, que vinham sendo enganados há algum tempo pela empresa.
As demissões, até o momento, foram apenas anunciadas, resta saber como os trabalhadores irão reagir com o ataque feito à categoria. Esse é mais um dos diversos ataques que estão sendo feitos contra os trabalhadores nos EUA. Até a própria atividade sindical já está sendo ameaçada no país, evidenciada pelo ataque do Partido Republicano ao direito dos sindicatos dos servidores públicos participarem das negociações no estado de Wisconsin.
Com o aprofundamento da crise, os truques usados pelos empresários para enganar os trabalhadores acabaram se esgotando, ou estão em vias de acabarem, restando um enfrentamento direto de interesses como única alternativa para que os capitalistas consigam fazer com que os trabalhadores paguem por sua crise.
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