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quinta-feira, 24 de março de 2011

Os Correios estão usando a PLR para aumentar a escravidão dos trabalhadores

Não aos critérios A categoria não deve aceitar nenhum critério que a empresa está querendo impor para o pagamento da PLR, mais uma política para privatizar a empresa

As reuniões entre a comissão permanente da Fentect e os representantes da ECT sobre a PLR (Participação nos Lucros e Resultados) de 2010 se resumiram, até agora, em discussões sobre os critérios que seriam impostos pela empresa para o pagamento aos trabalhadores.
Os representantes da corrente Ecetistas em Luta deixaram claro nas reuniões e pubicamente para os trabalhadores a sua oposição a qualquer tipo de critério. Os critérios nada mais são do que uma maneira perversa de escravizar ainda mais a categoria, que está adoecendo nos setores por conta do excesso de serviço.
O que tem ocorrido nas reuniões é uma mal disfarçada intenção da direção da empresa de atacar a fundo os trabalhadores. Isso porque a direção dos Correios, a mesma que foi nomeada pelo governo para privatizar a empresa, não quer pagar a categoria e já colocou em prática o plano de baratear o custo da mão de obra para aumentar os lucros dos capitalistas com a empresa. Se depender desses critérios absurdos, o trabalhador não poderá faltar, não poderá ficar doente, não poderá reivindicar nada com medo de receber uma punição e, é claro, não poderá fazer greve.
Para impor esses critérios, a empresa utiliza uma série de justificativas morais cínicas que revelam o nível de degradação dos ex-sindicalistas que estão negociando em nome da ECT.
O nível de cinismo é tão grande que, é bom lembrar que, aqueles que clamam por justiça, fazem parte da direção de uma empresa que tem sido o centro dos escândalos de corrupção no governo do PT.
Para piorar, os negociadores da empresa já deixaram claro que sua intenção é a de assinar um acordo de PLR que valha por dois anos. Uma espécie de “PLR bianual”, mais um golpe contra a categoria.
A empresa está usando a PLR, que nada mais é do que um abono, para aumentar a escravização dos trabalhadores. É mais um ataque da empresa, que se soma ao excesso de serviço e ao acordo bianual de 2009, depois disso, a direção da empresa poderia muito bem propor a volta dos castigos corporais.
A corrente Ecetistas em Luta convoca os trabalhadores a rejeitarem essa política fascista da ECT. Não é papel dos sindicalistas discutirem esses critérios. Não existe critério “justo”, o que existe é a exploração dos trabalhadores.
A comissão da Fentect está fazendo o jogo da direção da ECT para punir a categoria que trabalhou o ano inteiro sob as piores condições possíveis, agüentando o assédio da chefia, o excesso de trabalho, a falta de funcionários, a falta de materiais de trabalho, as doenças do trabalho etc.
Se a empresa quiser impor critérios aos trabalhadores, ela que arque com as conseqüências, não é trabalho de sindicalista ajudar a empresa a escravizar os trabalhadores. Aceitar esses critérios será uma monstruosa traição desses que deveriam representar a categoria.
É uma política de colaboração com a empresa de todos os grupos políticos que estão presentes na negociação, ajudando a direção dos Correios a esfolar ainda mais os trabalhadores.
Não bastasse essa política escravagista da empresa, a proposta dos negociadores da ECT é pagar uma PLR ainda menor do que a do ano passado. O valor disponível para os trabalhadores ficou menor, sendo que a produtividade visivelmente aumentou em 2010, uma fraude descarada das contas da empresa.
A última reunião, que aconteceu no último dia 23 de março, manteve as negociações em um impasse já que a empresa se recusa a apresentar uma nova proposta aos trabalhadores e não quer atender as reivindicações da categoria, de uma PLR linear de R$ 2.000 para todos. Pelo contrário, fica cada vez mais claro que a política da empresa é pagar um valor muito maior para a cúpula da empresa do que para os milhares de trabalhadores carteiros, OTTs (Operadores de Triagem e Transbordo) e atendentes que durante o ano de 2010 deram o sangue para dar conta do excesso de trabalho nos setores.
Os trabalhadores não devem aceitar que as contas sejam apresentadas apenas na conversa, mas exigir que os Correios, sendo uma empresa pública, abram o seu livro caixa para que os trabalhadores possam participar de fato das discussões.

- Nenhum critério para o pagamento da PLR!
- Defender a proposta de R$ 2.000 linear para toda a categoria!
- Abertura imediata do livro caixa da empresa!

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