Dá pra acredita?
No Consin, os traidores do PT e do PCdoB, com a cobertura do PSTU, marcaram outro calendário de lutas farsa para tentar desmobilizar os trabalhadores e defender a privatização e os ataques da direção dos Correios
Terminou nesta quinta-feira, dia 17, o XIII Consin (Conselho de Sindicato da Fentect). Os temas que seriam discutidos eram o novo estatuto dos Correios e a PLR (Participação nos Lucros e Resultados) da empresa.Depois de muito discurso dos sindicalistas, o encontro terminou do jeito que sempre termina: sem nenhuma medida concreta para mobilizar os trabalhadores, apenas a aprovação de mais um “calendário de luta”. A mesma história dos encontros anteriores. Os sindicatos elaboram um calendário para dar uma satisfação para os trabalhadores.
O “calendário de lutas” foi elaborado em acordo pelo PT, pelo PCdoB e pelo PSTU, prevendo o início da greve para o dia 26 de abril. Ninguém acredita que os sindicalistas do governo estejam dispostos a tomar alguma iniciativa de luta por menor que seja.
O “calendário de lutas” é mais um farsa de quem não quer fazer nada para lutar contra a privatização, pelo contrário é uma medida daqueles que defendem a privatização e os ataques da empresa contra os trabalhadores.
O PT e o PCdoB são os principais responsáveis dentro do movimento sindical por defenderam a política da direção da ECT. O acordo bianual, assinado em 2009 contra a vontade de toda a categoria, foi o maio exemplo disso. Em conluio com a direção da empresa, fraudaram o acordo para deixar os trabalhadores sem luta em 2010 e facilitar que a empresa pudesse aprofundar os ataques aos trabalhadores e assim, a privatização.
A greve marcada para o dia 26 é mais uma farsa orquestrada pelos sindicalistas do governo (PT e PCdoB) e pela própria direção da ECT para tentar impedir a mobilização da categoria. Para isso, mais uma vez contaram com a ajuda do PSTU.
Apenas para tomar como exemplo o último calendário de lutas, aprovado no Consin de janeiro, nada do que foi previsto foi realizado pela burocracia sindical. Estava aprovada uma caravana para a semana entre os dias 21 e 25 de fevereiro. Nada foi feito. Os sindicatos de oposição haviam aprovado um ato em frente ao edifício sede, no dia 24, contra a privatização, com ocupação do prédio. Apenas a corrente Ecetistas em Luta compareceu ao ato, trazendo companheiros de Minas Gerais, São Paulo e Campinas. A iniciativa foi boicotada por todos os grupos.
O novo “calendário de lutas” aprovado no Consin é outra farsa que serve apenas como uma resposta à tendência de luta dos trabalhadores, para no final ocorrer um boicote generalizado.
A greve para o dia 26 é exatamente a mesma coisa. Já ficou provado que os sindicalistas do governo não estão dispostos a lutar, pelo contrário, estão no bolso da direção da empresa para defender a privatização e os ataques aos trabalhadores. O PSTU, por seu lado, tenta dar uma cobertura para a farsa e a traição.
Os trabalhadores não se iludem com mais essa manobra feita em conjunto entre os sindicalistas, a direção dos Correios e o próprio governo. Em todos os setores de trabalho cresce cada vez mais a tendência de luta da categoria. Os trabalhadores devem se organizar de maneira independente, contra a traição dos sindicalistas do governo, para enfrentar os ataques dos patrões e barra a privatização dos Correios.
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