Escravidão
Trabalhador tem que trabalhar mais para pagar cesta básica
Trabalhador tem que trabalhar mais para pagar cesta básica
O DIEESE, órgão oficial das “Centrais Sindicais” e dos patrões apresentou os preços da cesta básica em fevereiro
As oscilações parecem irrelevantes se a análise for feita apenas com base nos dados relacionados a janeiro. O mais relevante das estatísticas apresentadas, no entanto, são os números do tempo mínimo de trabalho para que um trabalhador compre a cesta básica ganhando um salário mínimo. Nesse quesito, em nenhuma das capitais houve queda em relação a fevereiro de 2010.
Na principal cidade do País, São Paulo, para comprar a cesta básica em fevereiro do ano passado, o trabalhador precisava de 99h4m de trabalho. Em fevereiro de 2011 precisou de 106h24m. Em quase todas as capitais pesquisadas, o aumento do tempo de trabalho para que um trabalhador de salário mínimo adquirisse a chamada “ração essencial” manteve a média de aumento de São Paulo, entre quatro e seis horas a mais de trabalho, ou seja, quase um dia a mais de trabalho.
Os trabalhadores de Goiânia são os que mais tiveram aumento no tempo de trabalho. Se em fevereiro de 2010 eram necessárias 82h14m, em fevereiro desse ano foram necessárias 98h24m de trabalho para adquirir uma cesta básica. O aumento de mais de 16 horas representam mais de dois dias de jornada de trabalho.
Em São Paulo, onde o tempo de trabalho e o preço da cesta são os maiores do País o trabalhador teve que trabalhar mais da metade dos dias úteis do mês de fevereiro (excluindo sábados e domingos) para poder pagar a cesta básica;, foram necessários mais de 13 dias de jornada de trabalho.
Os números revelam que os trabalhadores estão cada vez mais sofrendo com a crise econômica, principalmente com a elevação no preço dos alimentos. A luta por um salário mínimo vital é crucial para a sobrevivência dos trabalhadores. O próprio DIEESE apresenta a necessidade de um salário mínimo de R$ 2. 194,18.
Porém o próprio salário mínimo do DIEESE não corresponde à real necessidade dos trabalhadores, pois os resultados apresentados pelo departamento estão vinculados aos capitalistas que têm relações diretas com esse órgão. É necessária a luta por um salário mínimo de R$ 2.500 que seja capaz de atender às “necessidades básicas vitais dos trabalhadores e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada a sua vinculação para qualquer fim”, conforme diz a própria Constituição Fedderal de 1988.
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