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domingo, 27 de março de 2011

Senado aprova prorrogação do contrato de franquias

Privatização dos Correios
Senado aprova prorrogação do contrato de franquias
As ACFs (Agências dos Correios Franqueadas) fazem parte da política de distribuir o dinheiro público dos Correios para a iniciativa privada

O governo mais uma vez fez o serviço para os empresários que ganham dinheiro à custa da exploração dos Correios. O Senado aprovou na última quarta-feira, dia 23, a Medida Provisória (MP) 509 que prorroga os contratos de franquias de agências da ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos).
A Medida Provisória perderia a validade na quinta-feira. A aprovação do Senado mantém a prorrogação dos contratos até 30 de dezembro de 2012. Inicialmente, o prazo estipulado seria até 11 de junho de 2011. A proposta de prorrogação para 2012 veio do deputado do PT de São Paulo, Ricardo Berzoini, relator da medida.
Foi aprovada também uma emenda da deputada Rose de Freitas (PMDB-ES) que concede um ano para as novas franquias se adequarem às normas definidas pela ECT. A medida precisa agora apenas da sanção presidencial.
A prorrogação do prazo das franquias é o atendimento do governo da reivindicação dos empresários que têm a concessão das agências franqueadas (ACFs). As franquias foram estabelecidas definitivamente no início dos anos 90 e foi uma das primeiras manifestações da política de privatização dos Correios, se constituindo na distribuição de dinheiro para empresários e capitalistas apadrinhados de membros da cúpula da ECT.
Ao manter o esquema milionário das franquias o PT favorece e fortalece a política de privatização dos Correios. A franquia nada mais é do que uma maneira de transferir para a iniciativa privada o serviço dos Correios, incluindo aí, aquele relativo ao monopólio postal, ou seja, coleta, tratamento e distribuição de correspondências, telegramas e malotes. Esses serviços, que deveriam ser realizados exclusivamente pelos Correios, são feitos também pelas franquias.
Os empresários lucram com esses serviços e repassam apenas uma parte aos Correios. Existem quase 1.500 ACFs distribuídas em vários estados, com cerca de 20 mil trabalhadores, a maioria em São Paulo.
As franquias fazem parte da privatização dos Correios. Os trabalhadores exigem que todas as ACFs sejam repassadas para as mãos da ECT e seus trabalhadores sejam incorporados aos quadros da empresa.

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