ESSE BLOG MUDOU

PARA CONTINUAR ACOMPANHANDO AS NOTÍCIAS DOS CORREIOS ACESSO AO LINK olhovivoecetista.wordpress.com
Este blog será desativado em 30 dias

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

O “laboratório” da terceirização e da privatização dos Correios

CTP Jaguaré, em São Paulo
Pela imediata incorporação dos terceirizados aos quadros da empresa e contratação de 30 mil funcionários
CTP Jaguaré, em São Paulo
O “laboratório” da terceirização e da privatização dos Correios
Pela imediata incorporação dos terceirizados aos quadros da empresa e contratação de 30 mil funcionários

8 de dezembro de 2010
Uma semana depois de a empresa ter revogado o concurso público, que já vinha se arrastando por um ano, e de ter publicado o edital de um novo concurso para poder enrolar mais os trabalhadores, em pleno final de ano, quando a categoria nunca precisou tanto de mais contratações, é impossível deixar de notar a enorme quantidade de trabalhadores terceirizados e temporários que estão sendo contratados.
Em agosto, a direção da ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) utilizou a desculpa de um suposto “apagão postal”, em decorrência da ameaça de quebra nos contratos das franquias, para anunciar um “plano de contingência”. Esse plano nada mais era do que um conjunto de ataques aos trabalhadores no sentido da privatização dos Correios. Entre as medidas que mais chamaram a atenção foi o anúncio da contratação de 10 mil MOTs (Mão de Obra Temporária), ou seja, 10 mil terceirizados.
O tal “apagão postal” não veio e os contratos que beneficiavam centenas de empresários que ganham dinheiro com as ACFs (Agências de Correios Franqueadas), foram prorrogados. No entanto, parte dos ataques contidos no “plano de contingência” foi mantida pela direção da ECT. O principal deles: a terceirização dos setores.
Tanto é assim que no último mês a empresa contratou milhares de terceirizados e vai contratar mais. Esses companheiros terceirizados que estão chegando nesse final de ano somam-se aos outros milhares que já haviam sido contratados pela empresa para executar diversos serviços: limpeza, administrativo e agora os serviços essenciais como a função de OTT e de carteiro.
O CTP Jaguaré, maior setor dos Correios em nível nacional, está servindo como um verdadeiro laboratório da empresa para terceirizar de vez as funções dos trabalhadores ecetistas. Centenas e mais centenas de terceirizados foram contratados para exercer funções de triagem, expedição e até mesmo de distribuição e coleta. E provavelmente muito mais companheiros serão contratados.
A direção dos Correios está usando o excesso de trabalho do final de ano para enfiar goela abaixo dos trabalhadores a terceirização. É importante deixar claro aos companheiros terceirizados e aos companheiros concursados que a terceirização é um ataque contra todos os trabalhadores. Os patrões usam os trabalhadores terceirizados para pagar menores salários e não precisar pagar os mesmos direitos de um trabalhador concursado, como é o caso do convênio médico e do vale refeição, além de adicionais e outros.
É importante também dizer claramente aos companheiros que estão sofrendo com o excesso de trabalho do final de ano que não será a terceirização que dará conta do serviço. Pelo contrário, enquanto contratam os terceirizados, estão deixando o concurso de lado e demitindo os companheiros através dos PDVs. Na realidade os terceirizados estão entrando para sofrer junto com os concursados com a falta de materiais, com as chefias autoritárias, as dobras e horas-extras e trabalhos aos finais de semana.
A terceirização é um golpe da direção da empresa, do governo e dos capitalistas para privatizar os Correios. Não é preciso muito esforço para entender que para os capitalistas que estão de olho na ECT a terceirização é um grande negócio. Os terceirizados ganham menos e trabalham mais, aumentando os lucros dos patrões.
Como é o maior setor dos Correios do País, o Jaguaré está lotado de terceirizados e temporários. Entretanto, o problema é uma realidade em outros setores em São Paulo (no CTE Saúde, turno II, 15 MOTs foram contratados de uma só vez) e em outros estados. Os trabalhadores não devem admitir a exploração nem dos companheiros concursados nem dos terceirizados pela direção da ECT, que está sucateando os Correios propositalmente para criar um pretexto para a privatização.
É preciso lutar pela campanha salarial da categoria, contra a privatização dos Correios, contra o acordo bianual, reivindicando a contratação imediata de no mínimo 30 mil novos trabalhadores concursados e a incorporação imediata de todos os terceirizados e temporários aos quadros da empresa, com os mesmos direitos e o mesmo salário.

Nenhum comentário:

Postar um comentário