Golpe da direção da ECT para eleger delegados do PT ao XI Contect é derrotado em assembléia dos trabalhadores dos Correios da cidade de Campinas e região, que impediram a entrada dos chefes na assembléia
No dia 23 de março de 2012 realizou-se em Campinas, interior de São Paulo a assembléia geral do Sintect-Cas (Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de Campinas e Região) para eleger os representantes desta base sindical ao XI Contect - Congresso da Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios.
A base sindical do Sintect-Cas possiblita a eleição de 10 delegados para o Congresso da Fentect, o que pode fazer muita diferença na luta contra o Bando dos Quatro (PT-PCdoB-PSTU e Psol) que mantem o controle da Fentect a serviço da política da direção da ECT, ou seja, do processo de privatização dos Correios, em troca de cargos e benefícios para a burocracia sindical.
Como a direção sindical Sintect-Cas participou intensamente da luta contra a política da ECT na última campanha salarial, como a de organizar caravanas de grevistas para Brasília, afim de pressionar a direção da ECT, pressionar o Governo da Dona Dilma Privatizadora Roussef e impedir que o Bando dos Quatro da Fentect entregasse mais uma campanha salarial, o PSTU/Conlutas e o PT, através do núcleo de chefes do PT de Campinas, tentaram mobilizar o setor mais atrasado da categoria na região de Campinas para irem à assembléia, eleger delegados contra a chapa da direção do Sintect-Cas, que se propôs lutar contra o Bando dos Quatro na Fentect.
O PSTU-Conlutas com a propaganda de que estariam fazendo oposição ao Sintect-Cas, para dividir o movimento sindical, formando uma Federação anã, se apresentaram com o atendente Paulão da AC Campinas, o carteiro Cícero do CDD Itália e aposentado Cidão, o primeiro elemento da burocracia a assinar a PLR da escravidão, logo que os “lucros” começaram a ser “distribuidos pela direção da ECT.
Já o núcleo dos chefes do PT de Campinas, com a promessa de dar cargos para carteiros que os apoiassem, usando a estrutura da empresa, veículos dos correios, veículos dos próprios chefes, como o carro do Sr. França do CDD Dunlop, um dos Coordenadores deste núcleo de trairas, conseguiram levar mais de 30 trabalhadores para a assembléia.
Contavam eleger no mínimo dois delegados para o PT ao Contect, o carteiro Ronaldo do CDD Dunlop, filhote do traíra ex-sindicalista Alexandre Fluminense, e o motoqueiro Daniel do CDD Pq Itália, filhote do direitista Sérgio Bandeira, político do PTB que pulou para o PT este ano para conseguir um cargo maior.
Os trabalhadores de Campinas rejeitam a entrada de chefes na Assembléia e desmascaram a manobra da empresa
Antes de iniciar a assembléia, alguns trabalhadores de Campinas começaram a chegar à sede do sindicato em carros de chefes, acompanhados por eles.
Para impedir a ingerência da direção da ECT na Assembléia, os chefes (prepostos da empresa) foram proibidos de entrar e tiveram que ir embora.
Os integrantes do PSTU-Conlutas, pressionados pela combatividade dos trabalhadores de Campinas, que encararam a disputa com o núcleo dos chefes do PT, como uma questão de vida ou morte dentro do sindicato, foram obrigados a acompanhar a polarização do debate contra o PT.
A pauta da assembléia, formada pela luta da categoria contra o SAP, os dias descontados da greve de setembro do ano passado e toda opressão dentro dos Correios motivado pela privatização da ECT, proporcionou um ataque feroz ao PT, seu governo, seu núcleo e todos os seus chefes.
Vários trabalhadores se inscreveram para mostrar sua indignação contra a política fascista do PT e acusaram os trabalhadores que estivessem na assembléia a mando do núcleo dos chefes do PT de estarem ali defendendo a privatização dos Correios, ou seja, a própria demissão, sendo usados pelo ex-sindicalista traira Alexandre Fluminense e por chefes oprotunistas, como Sérgio Bandeira, Sérgio da Cruz, Carlos Fidêncio, França entre outros, que correram para se filiar no PT a fim de manter seus cargos, ou conseguir uma boquinha maior na moleza.
Depois de duas horas de debates, os meninos do PT se expuseram afirmando que realmente foram a assembléia para se eleger como delegados do PT.
Os trabalhadores que estavam com eles perceberam toda manobra, que estavam fazendo papel de trampolim para os chefes do PT e pediram a retirada da chapa do PT.
Os principais elementos presentes na assembléia, a mando do PT, ao final das discussões retiram sua chapa e votaram na chapa unitária formada formada pelos trabalhadores, direção do sindicato, Ecetistas em Luta-PCO e PSTU-Conlutas.
Somente a um elemento apoiador do PT, Ronaldo, do CDD Dunlop, que passou a assembléia inteira recebendo telefonemas do Traidor Alexandre Fluminense, foi permitida a sua participação no Contect – Congresso Nacional dos Trabalhadores do Correio, na condição de observador.
Quando os filhotes do PT anunciaram que estavam retirando a chapa patronal, os mais de 130 trabalhadores que se mantiveram firmes na assembléia até as 23 horas, comemoram a vitória da categoria sobre a empresa, como uma torcida comemora um gol de seu time em final de campeonato.
Organizar a oposição nacional contra a burocracia da Fentect
A experiência da assembléia de Campinas serviu para mostrar que a disposição dos trabalhadores dos Correios de enfrentar a política privatizadora do governo do PT, levada a frente pelos corruptos diretores da ECT, auxiliados pela burocracia sindical do Bando dos Quatro da Fentect.
Também ficou evidente na assembléia de Campinas que o PT e PCdoB não aguentam 10 minutos de debate, por isso a burocracia sindical do Bando dos Quatro precisa esvaziar imediatamente a luta política dentro da Federação.
Neste sentido a política do PSTU/Conlutas e sua Federação anã serve para ajudar os "Fluminenses" da ECT a manter seus cargos e privilégios, bloqueando a formação de uma oposição dos trabalhadores à burocracia da Fentect .
Esta política é um crime contra a luta da nossa categoria. Enquanto os chefes do PT estão tentando tomar de assalto os sindicatos de luta, o PSTU está promovendo a debandada da luta interna dentro da Fentect, é um movimento que converge para um só sentido: deixar a Fentect como está, na mão do patrão.
Por isso, a próxima tarefa é derrotar o divisionismo do PSTU/Conlutas e sua federação de anões, que a serviço da burocracia sindical do Bando dos Quatro, quer retirar da Fentect, os sindicatos de oposição para facilitar o controle da entidade pelos chefes do PT e sua burocracia sindical falida.
Chegou a hora de derrubar a burocracia e tomar a frente na luta contra os ataques da empresa e do governo e contra a privatização.
- Por uma oposição nacional para derrubar a burocracia da Fentect, formada pela base.