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quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Boletim Ecetistas em Luta - Minas Gerais - 27-12-2012



Boletim Ecetistas em Luta DF, 27-12-2012

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A farsa da “participação nos lucros”

Uma manobra patronal: A PLR é um instrumento dos patrões para chantagear e manipular a luta dos trabalhadores



27 de dezembro de 2012


No ano passado, segundo dados oficiais da ECT, os Correios tiveram quase R$ 900 milhões de lucro. Mas o que é repartido com os trabalhadores é apenas uma pequena parte desse valor, que não chega a 10%. Quer dizer, é uma farsa dizer que há uma real repartição dos lucros.

Essa farsa, é bom que se diga, não é uma peculiaridade dos Correios, das empresas brasileiras estatais ou privadas. Em um texto escrito já no início do século XX, chamado “O programa de Ação da Internacional Sindical Vermelha”, o autor russo Alexandre Losovski explica que “habitualmente, a participação nos lucros não é mais do que a concessão aos operários de uma porcentagem insignificante dos lucros.” Ou seja, a participação nos lucros em “engodo”, uma mentira inventada pelos capitalistas.

O autor argumenta ainda que os operários, enganados pela ideia da “participação nos lucros” são mais explorados, ele diz: “as distintas experiências de participação dos operários nos lucros em diversos países demonstram que o único resultado deste sistema é o aumento da exploração dos operários, que trabalham mais intensamente para poderem aumentar sua parte nos lucros”. Nos Correios, essa situação é muito clara. Não é à toa que a direção da empresa quer discutir apenas os chamados critérios. Esses “critérios” funcionam como uma espécie de chantagem, em que os trabalhadores são obrigado a se submeter a uma série de exigências para receber a PLR. Assim, se o trabalhador não faltar nenhuma vez no ano, ele recebe o valor integral da PLR, apenas para citar uma das exigências.

O que ocorre na prática: o trabalhador que, por algum milagre conseguir cumprir todas as exigências vai receber de presente uma miséria de 800 ou 900 reais, tem sido assim nos Correios. Quer dizer, esse valor nem compensa o tanto que o funcionário trabalhou a mais para ganhar a PLR, servindo apenas para a maior exploração dele.

No Brasil, os maiores sindicatos têm negociado a PLR juntamente com a campanha salarial da categoria. Essa manobra é outra arma dos patrões para aumentar a confusão entre os trabalhadores. Para o capitalista, a PLR serve como uma espécie de “cala a boca” para as reivindicações na campanha salarial. Se a categoria precisa e pede 20% de reajuste salarial, é muito mais vantajoso para os patrões darem 7% e pagar uma PLR mais alta, pelo menos na aparência. A PLR funciona como um abono, ou seja, ela não será agregada ao salário do trabalhador.

Nos Correios, a manobra patronal PLR versus reajuste salarial não é muito bem sucedida, já que as negociações da PLR são feitas separadamente às da campanha salarial. Para a categoria, isso é um trunfo, pois há menor margem para manobras patronais.

A ECT tenta de todas as formas pagar uma PLR baixa, pois não é vantagem pagar um valor alto e em outro momento ter que negociar o reajuste salarial. O trabalhador dos Correios pode lutar por um reajuste alto e por uma PLR alta sem que a direção da empresa utilize um para rebaixar o outro.

O fato de a PLR ser um engodo inventado pelos patrões não significa que o trabalhador deva abrir mão desse direito. No entanto, é necessário esclarecer o trabalhador sobre o seu real significado e esclarecer a categoria sobre a importância de lutar por aumento real de salário. Por isso, os trabalhadores dos Correios devem lutar por no mínimo R$ 2.500,00 de PLR para todos e exigir o fim dos critérios escravagistas que a empresa quer impor.

MG: Chefe do CDD Tirol usa polícia militar para reprimir trabalhador dentro do setor

Trabalhador do CDD tirol é assediado pela gerência e pela polícia militar dentro do setor de trabalho, depois do chefe Mateus tentar obrigar um carteiro a levar toda a sobrecarga de serviço para rua

27 de dezembro de 2012

Mais uma ação de total abuso por parte da chefia do CDD tirol na cidade de Belo Horizonte. Depois de sofrer todo o tipo de pressão para levar toda a sobrecarga de serviço, um trabalhador do CDD Tirol não aguentando mais tanta opressão falou que não daria para levar a sobrecarga porque era serviço demais e que o setor precisa de mais trabalhadores. O chefe do setor (Matheus) foi até o carteiro para obrigá-lo a levar o serviço de qualquer jeito.

É importante lembrar que todo o streess que os ecetistas vem sofrendo dentro das unidades dos Correios é principalmente por falta de funcionários para a realização da enorme demanda de serviço que existe hoje dentro dos Correios. São inúmeros os casos de doenças ocupacionais físicas e principalmente psicológicas causadas pelo alto índice de pressão dentro dos setores para que um trabalhador faça serviço de até três funcionários. Isso inclusive é coisa comum dentro das unidades dos correios, visto que o plano do governo do PT que hoje dirige a Empresa de Correios é privatizar a maior estatal do país.

O caso do CDD Tirol não está separado deste plano geral para entrega da estatal nas mãos dos abutres capitalistas que querem só lucrar, mesmo que seja as custas do sangue derramado dos ecetistas de todo o Brasil. Claro que os chefes estão explorando o trabalhador dentro do setor até o seu limite. No CDD Tirol, depois do chefe tentar impor uma enorme quantidade de serviço para um trabalhador, este carteiro não aguentou tamanha pressão e foi acometido por um ataque de stresse. Não bastando a pressão, o gerente da unidade chamou a polícia militar para o trabalhador dentro do setor. Segundo informações dos trabalhadores os policias foram chamados pelo gestor para conter uma suposta "quebradeira" no setor. Chegando no setor o policial começou a exigir que o carteiro levasse o serviço para entrega, conforme a orientação do chefe do setor. Ou seja, a polícia foi chamada para ajudar no processo de assédio ao trabalhador dentro do setor de trabalho. Ainda segundo alguns carteiros do setor que estavam presentes eles escutaram o policial falando com o carteiro que se não levasse as cartas para a entrega ele mesmo ia fazer o carteiro engolir as cartas.

Por este motivo os trabalhadores já falaram em paralisação no setor para impedir que assédios como este se repitam. O trabalhador foi encaminhado para o médico devido um ataque de streess e a direção do SINTECT-MG vai acompanhar o caso de perto e dar toda a assistência, inclusive jurídica, para os trabalhadores do CDD Tirol.

A direção do SINTECT-MG chama os trabalhadores do CDD Tirol e de todas as unidades a denunciarem todo e qualquer ato de assédio moral que estiver acontecendo no setor. Não vamos dar mole pra nenhum tipo de exploração. Qualquer dúvida ou suspeita de assédio entrem em contato com a direção do Sindicato para a imediata verificação do fato.

Chega de assédio dentro das unidades dos Correios, que este exemplo seja o último e se preciso for faremos paralisações e uma ampla campanha contra os opressores.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Relembrar é viver

Eleições Rio de Janeiro: Ronaldão (PCdoB/CTB) levou uma surra dos trabalhadores quando quis assinar o acordo bianual

Ronaldão e sua turma passaram por cima dos trabalhadores para aprovar o acordo
Em 2009, a maioria que dominava a Fentect era formada por uma aliança entre a Articulação/PT e o PCdoB/CTB. Desde o começo da campanha salarial, a empresa apresentou uma proposta que, além de ridícula como sempre, previa que a próxima campanha salarial seria feita apenas dois anos depois: foi o acordo bianual.

Os trabalhadores logo rejeitaram tal ataque, pois sabiam que ficar dois anos sem campanha e sem reajuste representaria uma enorme perda. Já os sindicalistas do PT-PCdoB não pensavam assim. Na época, o comando de negociação da Fentect era composto por sete membros. A pressão dos trabalhadores contra o acordo bianual foi tão grande que a maior parte do comando (quatro membros) foi obrigado a se posicionar contra o acordo.

A decisão da maioria do comando, no entanto, não foi o suficiente para frear a vontade dos sindicalista do PT-PCdoB de aprovar de qualquer maneira o acordo bianual e agradar a direção da empresa. O principal representante desses traidores era Ronaldão, do PCdoB do Rio de Janeiro.

Diante da rejeição ao acordo, Ronaldão declarou que assinaria o acordo bianual de qualquer jeito, passaria por cima do comando e dos cem mil trabalhadores.

A corrente Ecetistas em Luta, prevendo o golpe, organizou, por meio do sindicato de Minas Gerais, um ônibus de trabalhadores para dar uma surra no Ronaldão em Brasília. Juntaram-se a eles, companheiros de São Paulo, Campinas e Brasília. Ronaldão nunca correu tanto pelos corredores do prédio onde fica a Fentect. Teve o que merecia. Naquele dia, Ronaldão perdeu totalmente a coragem.

No final, foi preciso muita manobra para aprovar o acordo. Ronaldão viajou pra Mato Grosso e Tocantins para ajudar a empresa a dar o golpe nos trabalhadores e reverter a decisão da categoria, fazendo assembleias de chefes, dentro da empresa.

O acordo bianual foi aprovado graças à vontade de Ronaldão e sua turma de defenderem com unhas e dentes os ataques da ECT contra os trabalhadores.

Desde então, Ronaldão ganhou o seu nome de guerra: Ronaldão Bianual.

Nessas eleições do Sintect-RJ, os trabalhadores do Rio de Janeiro e de todo o País vão se mobilizar para dar o troco e terminar aquilo que foi feito pelos companheiros de Minas Gerais, em 2009. Expulsar os traidores do movimento sindical e retomar o sindicato para a luta.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Ronaldão (PCdoB/CTB) levou uma surra dos trabalhadores quando quis assinar o acordo bianual

Eleições Rio de Janeiro: relembrar é viver
Ronaldão e sua turma passaram por cima dos trabalhadores para aprovar o acordo

 


24 de dezembro de 2012


Em 2009, a maioria que dominava a Fentect era formada por uma aliança entre a Articulação/PT e o PCdoB/CTB. Desde o começo da campanha salarial, a empresa apresentou uma proposta que, além de ridícula como sempre, previa que a próxima campanha salarial seria feita apenas dois anos depois: foi o acordo bianual.

Os trabalhadores logo rejeitaram tal ataque, pois sabiam que ficar dois anos sem campanha e sem reajuste representaria uma enorme perda. Já os sindicalistas do PT-PCdoB não pensavam assim. Na época, o comando de negociação da Fentect era composto por sete membros. A pressão dos trabalhadores contra o acordo bianual foi tão grande que a maior parte do comando (quatro membros) foi obrigado a se posicionar contra o acordo.

A decisão da maioria do comando, no entanto, não foi o suficiente para frear a vontade dos sindicalista do PT-PCdoB de aprovar de qualquer maneira o acordo bianual e agradar a direção da empresa. O principal representante desses traidores era Ronaldão, do PCdoB do Rio de Janeiro.

Diante da rejeição ao acordo, Ronaldão declarou que assinaria o acordo bianual de qualquer jeito, passaria por cima do comando e dos cem mil trabalhadores.

A corrente Ecetistas em Luta, prevendo o golpe, organizou, por meio do sindicato de Minas Gerais, um ônibus de trabalhadores para dar uma surra no Ronaldão em Brasília. Juntaram-se a eles, companheiros de São Paulo, Campinas e Brasília. Ronaldão nunca correu tanto pelos corredores do prédio onde fica a Fentect. Teve o que merecia. Naquele dia, Ronaldão perdeu totalmente a coragem.

No final, foi preciso muita manobra para aprovar o acordo. Ronaldão viajou pra Mato Grosso e Tocantins para ajudar a empresa a dar o golpe nos trabalhadores e reverter a decisão da categoria, fazendo assembleias de chefes, dentro da empresa.

O acordo bianual foi aprovado graças à vontade de Ronaldão e sua turma de defenderem com unhas e dentes os ataques da ECT contra os trabalhadores.

Desde então, Ronaldão ganhou o seu nome de guerra: Ronaldão Bianual.

Nessas eleições do Sintect-RJ, os trabalhadores do Rio de Janeiro e de todo o País vão se mobilizar para dar o troco e terminar aquilo que foi feito pelos companheiros de Minas Gerais, em 2009. Expulsar os traidores do movimento sindical e retomar o sindicato para a luta.

A ação dos tribunais é sempre um ataque aos trabalhadores

Ditadura do judiciário: É preciso colocar em prática uma ampla campanha contra a ditadura do poder judiciário contra os trabalhadores e os direitos da população

 
É cada vez mais comum a intervenção do judiciário nas lutas dos trabalhadores. À medida que as mobilizações aumentam, os patrões recorrem ao poder judiciário para tentar encerrar as greves e impor sua vontade aos trabalhadores. Uma pesquisa recente do DIEESE (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócio-econômicos) revelou que quase 70% das greves das estatais tiveram intervenção judicial em 2011.

Não é à toa que os patrões usam os tribunais quanto maior é o impasse de uma greve. Os patrões, a imprensa capitalista, o governo e os sindicalistas pelegos procuram enganar os trabalhadores de que o judiciário seria uma espécie de poder “místico”, sem interesses, independente de tudo e de todos. É preciso dizer exatamente o oposto.

Os trabalhadores precisam compreender que o poder judiciário é uma instituição criada pelos próprios patrões para defender os interesses dos próprios patrões.


O judiciário é o poder da burguesia


Vejamos alguns argumentos simples que comprovam o óbvio.

Ninguém elege um Juiz, um desembargador, ou um ministro do TST ou STF. O Juiz – quando o processo é limpo, o que é raro – é alçado ao cargo quando é aprovado em concurso público. Somente isso já eliminaria a possibilidade de um trabalhador ser um Juiz. Explicando melhor, um trabalhador pobre, apesar de todas as dificuldades, poderia ser eleito deputado. Porém, para ser Juiz a dificuldade seria milhares de vezes maior. Em resumo, ele teria que estudar, passar na faculdade de direito, fazer os cinco anos de curso, se especializar, continuar os estudos, estudar para o concurso de Juiz, conseguir passar no concurso e ainda ter a “sorte” de agradar seus superiores, que podem muito bem boicotar suas iniciativas. É fácil perceber que uma pessoa com melhores condições sociais sai muito mais à frente nessa “disputa”. Seria como uma corrida em que um dos concorrentes estivesse mais bem treinado e saísse 20 voltas antes do outro concorrente.

Em segundo lugar, no caso do TST e do STF, quem indica os ministros é o próprio governo. Mas é preciso saber que o governo faz essa escolha com base em interesses e no lobby de grandes capitalistas, que têm condições de influenciar nas decisões do Estado.

Em terceiro lugar, o Juiz tem quase que um poder absoluto para fazer o que bem entender. A população não tem nenhum controle sobre suas decisões.

Fica fácil de entender porque os juízes não são isentos de interesses. Pelo contrário, eles defendem em geral a classe social a qual representam: a burguesia.


Nenhuma confiança nos tribunais


Alguns sindicalista e trabalhadores se iludem com algumas decisões pontuais que o judiciário às vezes toma em favor do trabalhador. Mas essas decisões, além do pontuais, são facilmente revertidas. Por exemplo, é positivo o fato de um tribunal proibir uma empresa como o Correios a terceirizar a mão-de-obra. Entretanto, a empresa e os patrões em geral têm milhares de recursos para descumprir a ordem. O que vale, no final das contas, é o interesse daqueles que possuem o dinheiro e o poder.

É criminosa a ilusão de que o judiciário é passível de confiança. O trabalhador deve confiar apenas na sua luta e mobilização. Confiar no TST para decidir uma campanha salarial é ser levado à derrota. Da mesma forma, confiar em um tribunal como o STF, por exemplo, de que ele seria um xerife contra a corrupção, é um suicídio. O caso do Supremo é bem claro, os Ministros biônicos estão passando por cima da própria lei e do Congresso para perseguir os corruptos do PT.

Se os Juízes estão fazendo isso com notáveis corruptos do PT, que faz parte do governo, imagine o que não poderão fazer com um trabalhador grevista ou uma categoria que está em luta contra os patrões.

A força do trabalhador é sua mobilização e sua luta.

• Fora Juízes biônicos de todos os tribunais, dissolução do STF, TST e TSE;

• Não à ditadura da intervenção do judiciário nas greves;

• Eleição direta para todas as instâncias do judiciário;

•Total liberdade de organização.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Correios usam PLR para chantagear o trabalhador

Participação nos lucros: A empresa não quer pagar a PLR, quer estabelecer “critérios” para transformar o trabalhador em escravo

21 de dezembro de 2012

Com a ajuda da burocracia sindical, os patrões inventaram a PLR (Participação nos Lucros e Resultados) como uma espécie de abono para iludir o trabalhador. O principal objetivo da PLR é desviar a atenção do aumento real de salário, que é o que de fato importa para o trabalhador.

Para o patrão, é maior vantagem pagar um abono ou gratificação, seja lá qual seja o valor, do que aumentar o salário do trabalhador, já que esse aumento será irreversível.

Nos Correios não é diferente. A empresa tenta fazer o trabalhador acreditar que a PLR seria um grande negócio. Mas basta olhar a seguinte situação para ver que não é nada disso: no ano passado, por exemplo, segundo dados oficiais da empresa, os Correios tiveram quase R$ 900 milhões de lucro. O que é “repartido” com os trabalhadores é apenas uma pequena parte desse valor. Ou seja, é uma farsa dizer que há uma repartição dos lucros.

Os Correios não querem pagar a PLR para os trabalhadores, pois não é vantagem para a empresa. Por isso, a direção da ECT tem usado as negociações da PLR para chantagear os trabalhadores.

Nas mesas de negociação, os representantes da empresa recusam-se a discutir valores, apresentar os lucros da empresa, o balancete etc. Nada é transparente.

O único interesse da ECT é discutir os chamados critérios. Esses “critérios” nada mais são do que uma chantagem. A direção da ECT usa a PLR para aumentar a ditadura nos setores.

Funciona assim: o trabalhador só ganha PLR se não faltar ou; o trabalhador só ganha PLR se não fizer greve ou; o trabalhador só ganha PLR se tiver alta “produtividade” ou; o trabalhador só ganha PLR se tiver “bom comportamento” ou; o trabalhador só ganha PLR se não estiver afastado; e assim vai sem limite os absurdos da empresa. Quem dita as regras é a própria empresa, é claro.

O trabalhador, depois de ser o mais “obediente” possível, respeitando os padrões ditados pela empresa e se tiver sorte, recebe uma mixaria de PLR, enquanto a cúpula da ECT recebe cinco vezes mais. É sempre assim que termina a história.

Nos últimos anos, como a Fentect era dominada pelos traidores, os sindicalistas que negociavam a PLR aceitavam de cabeça baixa essa chantagem, que na realidade é uma tentativa de transformar o trabalhador em escravo. Esse ano não será assim, a Fentect não vai se comprometer com os capitães-do-mato do trabalhador. Se a empresa fizer sacanagem, o trabalhador vai lutar contra.

Vale uma última nota: o senhor Luiz Eduardo do Ceará, do PCdoB, chefe das negociações, está novamente tentando usar os seus aliados dos sindicatos divisionistas para chantagear os trabalhadores. É preciso rejeitar esse golpe.

A única PLR possível é aquela que divida igualmente os lucros entre todos os trabalhadores e que seja de no mínimo R$ 2.500,00, sem nenhum critério.

Boletim Ecetistas em Luta MG 21-12-2012



ECT não pode perseguir trabalhadores por causa da greve

Decisão judicial: Termo de Ajuste de Conduta no Piauí proíbe praticas que caracterizam retaliação por causa de participação em movimento paredista

21 de dezembro de 2012
 
Em todo o país existem denúncias de retaliação e perseguição de trabalhadores que participaram do movimento paredista durante a Campanha Salarial 2012/2013.

No Paraná um carteiro foi demitido, em Brasília chefes estão distribuindo SIDs como se fossem panetone no Natal; em Minas Gerais nem mesmo dirigente sindical se viu livre da perseguição e ameaças de transferências indevidas. Isso só para dar alguns exemplos.

Antes de qualquer coisa, é preciso dizer que greve é um direito constitucional de todos os trabalhadores. Nas condições em que se deram a Campanha Salarial deste ano foi o último recurso da categoria ecetista na tentativa fazer com que a ECT negociasse suas reivindicações.

Diante da ditadura da empresa é necessário manter a mobilização dos trabalhadores e denunciar toda perseguição. Numa tentativa barrar de uma vez por todas o assedio e ação da ECT contra os grevistas os companheiros do Sintect-PI entraram com uma ação na justiça.

O resultado saiu nos últimos dias e determina que a direção da empresa pague “multa de R$ 50 mil caso continue a persuadir ou aliciar os trabalhadores dos Correios a não participarem do movimento grevista, bem como coagir, ou de qualquer forma, intimidar empregados a fim de impedir ou dificultar o livre exercício do direito de greve. Esse é o compromisso que a diretora regional assume perante o Ministério Público do Trabalho (MPT), conforme termo de ajuste de conduta Nº 3539/2012”. O compromisso foi assumido num Termo de Ajuste de Conduta (TAC).

A empresa ficou proibida de “quaisquer práticas que importem em prejuízo à situação funcional do empregado, como mudança de lotação, de função ou de horário de trabalho, punição disciplinar, ou demissão, dentre outras levadas a efeito em razão do movimento grevista”.

A própria convocação excessiva para o pagamento dos dias parados é parte dessa retaliação. Mas a ECT sempre disfarça suas motivações e a perseguição por causa da greve facilmente se transforma em justa causa.

A experiência mostra que não bastam decisões, é preciso manter a categoria mobilizada e denunciar todas as ações da empresa que na prática visam intimidar os trabalhadores contra a sua luta organizada.

Boletim Ecetistas em Luta - DF 21-12-2012

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quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Compensação dos dias de greve não é banco de horas

É preciso denunciar a imposição do banco de horas e derrotar a perseguição aos lutadores da categoria

20 de dezembro de 2012
 
 

A direção da ECT está aproveitando a decisão do Tribunal Superior do Trabalho na última Campanha Salarial para impor o regime de banco de horas aos trabalhadores.

A decisão do Tribunal sobre o dissídio coletivo deste ano determina a compensação dos dias da greve, ou desconto em folha dos dias parados. No entanto, não esclarece exatamente como deve ser essa compensação. Dando margem para a direção petista da ECT barbarizar na retaliação e perseguição aos trabalhadores grevistas.

Os trabalhadores estão sendo convocados a trabalhar em regime de banco de horas. Além das convocações em domingos e feriados.

Em muitos setores os chefes não estão aceitando pagar horas extras para os grevistas.

A perseguição é tamanha que os chefes estão contabilizando banco de horas mesmo para aqueles trabalhadores que autorizaram o desconto dos dias da greve no contracheque. Isso acontece em todo o país, em Brasília, São Paulo Minas Gerais...

Como denunciamos aqui, quando o trabalhador recusa o banco de horas e saí na hora ou exige a hora extra para o excedente, ou até mesmo se sai na hora e não fica mais tempo no setor, está sendo punido com SIDs (Solicitação de Informação e Defesa).

Enquanto não paga horas-extras aos grevistas, esse recurso foi utilizado para garantir que fura-greves trabalhassem dobrado nos setores operacionais. Muita gente do setor administrativo aceita ir para o setor operacional durante a greve fazer o serviço de carteiro, Operador de Triagem e Transbordo (OTT) para ganhar dobrado. Pagamento em dobro para traição dobrada. Essa é a lógica da ECT.

Os lutadores que garantem as conquistas da categoria, como na Campanha Salarial deste ano garantiram a permanência do Correios Saúde sem alterações, sofrem com a perseguição e o chicote dos chefes. Já os fura-greves e traidores estão ganhando em dobro.

É preciso derrotar essa lógica da direção carrasca da ECT.

O banco de horas é uma artimanha dos patrões para esfolar os trabalhadores sem pagar devidamente pelo serviço. Ela foi aceita pelos traidores que estavam à frente da Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios) no acordo coletivo de 2008. Uma experiência duríssima para a categoria que desde então rejeita profundamente esse método.

Este ano a nova direção da Fentect, composta majoritariamente pelo Mope - Movimento de Oposição ao Peleguismo, de maneira nenhuma aceitaria a imposição do banco de horas. Por isso a ECT recorreu à ditadura do TST.

É preciso deixar claro para os carrascos da direção da empresa, os chefes capitães do mato, e os pelegos traidores do movimento sindical, que não existe acordo para bando de horas nos Correios.

Na categoria dos Correios não existe banco de horas e os trabalhadores não estão dispostos a aceitar essa imposição goela abaixo. Muito menos como punição pela greve.

Greve é um direito de todos os trabalhadores e uma necessidade vital na luta por salários e condições de trabalho contra a intransigência da empresa e do governo.

É preciso passar por cima da ditadura do judiciário e lutar contra a perseguição aos grevistas. Garantir o direito de organização da categoria, o fim do banco de horas imposto pelos carrascos petistas da ECT.

Sintect-RJ - Chapa 1: a chapa do Ronaldão Bianual e do SAP

Não é só o acordo bianual que faz parte do programa da chapa do PCdoB/CTB, ela também é uma das responsáveis pelo SAP

20 de dezembro de 2012
 
Quando em 2011 a diretoria do Sintect-RJ (Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Rio de Janeiro), comandada por Ronaldão Bianual (PCdoB/CTB), cancelou uma assembleia de greve e “avisou” pela internet, em plena véspera de feriado, que os trabalhadores deveriam retornar ao trabalho, estava decretada uma nova era de perseguições e assédio nos Correios.

Os trabalhadores, que estavam mobilizados por 28 dias de uma das maiores greves da categoria, foram obrigados a aceitar as imposições dos juízes biônicos do TST e “esquecer” tudo o que estavam reivindicando. A partir dali, os trabalhadores amargaram o desconto de sete dias da greve e a compensação dos dias parados, incluindo os dias de repouso, nos finais de semana.

A punição aos trabalhadores dos Correios, que Ronaldão Bianual e sua turma aceitaram de joelhos, foi um prato cheio para que os chefes iniciassem uma verdadeira onda fascista. Trabalhadores chegaram a ficar sem o repouso semanal obrigatório, alguns foram transferidos compulsoriamente de setor, outros tiveram o horário modificado e teve início um verdadeiro festival de SIDs, e advertências.

Enquanto os trabalhadores sofriam no setor e a greve era desmoralizada pela ação da burocracia sindical, a empresa apresentou um plano para aumentar ainda mais a perseguição e o assédio no correio: o SAP (Sistema de Avaliação de Produtividade).

A traição do Ronaldão Bianual e sua turma foi o que deu espaço para que a empresa implementação o plano nazista do SAP. Como o trabalhador já conhece bem, o SAP prevê metas absurdas de triagem, vigilância, advertências e demissão. O regime de perseguição na empresa estava institucionalizado, raças à Ronaldão Bianual e sua turma de pelegos que entregaram a greve de 28 dias.

Mas não é só por isso que Ronaldão Bianual e a chapa 1 são os meninos do SAP. O partido da chapa 1 (PCdoB) faz parte da direção da empresa e foi um dos que planejaram o SAP. O senhor Luís Eduardo do Ceará, do PCdoB, diretor de negociações da empresa, é um dos que defendem o SAP.

A chapa 1 é a cara do SAP

Chapas patronais querem ganhar eleição sindical na base da cerveja e do churrasco

Sintect-RJ: É hora de votar chapa 4, a chapa do Movimento de Oposição ao Peleguismo e trazer o sindicato de volta para a luta dos trabalhadores ecetistas

20 de dezembro de 2012

Começou o vale tudo nas eleições sindicais no Rio de Janeiro.
 
 
Como é tradicional no movimento sindical pelego e traidor, as chapas 1 e 2 que concorrem ao Sintect-RJ começaram a fazer sua campanha eleitoral na base da reunião dos brameiros.

Esse é o esquema tradicional da burocracia sindical do PCdoB/CTB e Articulação Sindical/PT que compõem ambas as chapas e comprova que embora tenham suas disputas e diferenças, no elementar possuem a mesma política.

O método do brameiro consiste em despolitizar completamente a eleição e o movimento sindical. Substitui o debate de ideias, propostas e reivindicações dos trabalhadores pela troca de favores, o churrasco e a cerveja.

Ao invés de apesentar aos trabalhadores sua proposta para o sindicato, faz campanha com a farta distribuição da bebida.

É preciso explicar para a categoria que esses churrascos em clubes ou encontros em bares próximos dos setores operacionais não são uma mera confraternização entre os apoiadores das chapas. Trata-se de um verdadeiro método despolitizado, para criar uma clientela, cabos eleitorais que atuam troca de favores e cerveja.

Não é à toa que as chapas que recorrem a esses métodos são as chapas que estão diretamente ligadas à empresa. A chapa 1 do Ronaldão bianual é a chapa do PCdoB/CTB, mesma organização que o provocador da última campanha salarial Luiz Eduardo. O negociador da ECT que defendeu os 3% de reajuste é também do PCdoB/CTB. A chapa 2 é a direção da empresa propriamente dita. A chapa dos carrascos da direção da ECT que impôs um reajuste miserável através do TST, persegue os grevistas nos setores de trabalho e agora não quer pagar a PLR dos trabalhadores.

É por causa dessas relação patronal que as chapas da direção da empresa precisa do churrasco e da cerveja. Com um histórico desse não dá para discutir com a categoria na cara limpa. Só na base da Brahma.

A categoria não é boba e já sabe como funciona a burocracia sindical. Por isso não está mais disposta a se submeter aos traidores.

Até mesmo porque essa é só a primeira fase. Quando ver que seu esquema corrupto ao está funcionando, logo logo os pelegos apelam para a violência, para a ameaça.

É hora de mudar essa situação. Sindicato é dos trabalhadores e não para ser usado por uma máfia capaz das mais absurdas manobras para manter seu poder e preservar seus interesses particulares.

É hora de votar chapa 4, a chapa do Movimento de Oposição ao Peleguismo e trazer o sindicato de volta para a luta dos trabalhadores ecetistas.

Qual deve ser a reivindicação dos trabalhadores em relação à segurança?

Segurança pra quem? Não à repressão e à perseguição aos trabalhadores

 


20 de dezembro de 2012


Muitos sindicalistas dos Correios, de uma maneira completamente equivocada, estão fazendo coro com a imprensa capitalista na campanha contra a “violência” urbana e por “mais segurança”.

É inegável que os trabalhadores dos Correios, como categoria, tem sido uma das que mais tem sofrido com esse problema social. Porém, as causas e as medidas a serem tomadas não têm nada a ver com o que tem espalhado por aí a direção da empresa, a imprensa e alguns sindicalistas.

Em primeiro lugar, a causa do aumento de assaltos, furtos etc nos Correios coincide com aumento do serviço de cargas valiosas que antes não eram prestados pelos trabalhadores dos Correios. O principal exemplo é a introdução do Banco Postal, que exigiu que os trabalhadores começassem a fazer o trabalho de bancário, sem ser bancário. Os carteiros e OTTs, principal mentos nos centros que manipulam encomendas, trabalham com objetos valiosos: cartões de crédito, joias, aparelhos eletrônicos e outras coisas. Quer dizer, os trabalhadores têm feito serviços que escapam da própria área de atuação do correio.

Os Correios não é transportadora de valores, como uma empresa de carro-forte, e os carteiros e OTTs não são seguranças treinados para tal situação, da mesma maneira que os atendentes não são bancários.

Segurança para a empresa, repressão para o trabalhador

A direção da empresa é sedenta pelo lucro, não importa quais as consequências para o trabalhador. Pedir que a direção da ECT aumente a segurança será apenas uma maneira da empresa proteger suas mercadorias para diminuir os prejuízos vindos dos assaltos. O trabalhador estará em segundo plano, como já ocorre hoje. Um carteiro assaltado, com ou sem escolta armada, vai ter problemas psicológicos da mesma maneira.

É fácil perceber isso observando as centenas de histórias de companheiros que foram assaltados várias vezes e os chefes insistiam em mandar o companheiro repetir o distrito.

Além disso, um sindicalista deveria saber que, para os patrões, o primeiro suspeito é sempre o trabalhador. Em primeiro lugar, as câmeras são instaladas para vigiar os próprios trabalhadores, como forma de assédio e perseguição. A presença da escolta armada e principalmente o aumento do policiamento vai servir, antes de tudo, para intimidar o próprio trabalhador.

Também existem dezenas de histórias de trabalhadores que foram assaltados e que a polícia e a empresa colocaram como suspeito.

Portanto, a reivindicação de “mais segurança” é uma reivindicação puramente patronal. É parte da campanha da empresa para preservar seu patrimônio e de tabela, aproveitar para apertar ainda mais o cerco ao trabalhador.

Para a categoria, o que interessa é a melhora das condições de trabalho e uma das principais reivindicações têm que ser o fim da perseguição, do assédio moral e da opressão nos setores. Essa é a arma da empresa para aumentar a exploração do trabalhador.

No caso das agências, é preciso reivindicar o imediato fim do Banco Postal. Correios não é banco, e o atendente, além de estar sob os mesmos riscos do bancário, está sendo super-explorado por cumprir dupla função. Portas giratórias, seguranças armados e câmeras não irão resolver esses problemas, apenas aumentar a repressão aos trabalhadores e ao povo que necessita do serviço do correio.

No caso de carteiros e OTTs, devemos reivindicar melhores condições de trabalho e o fim da manipulação de cargas valiosas, que não dizem respeito ao trabalho dos Correios.

- Por um seguro de integridade física a todos os funcionários;

- Fim do Banco Postal, ecetista não é bancário;

- Redução da jornada de trabalho para 35 horas semanais;

- Fim do assédio moral;

- Fim da terceirização, que a segurança seja feita por uma comissão dos próprios trabalhadores;

- Não à instalação de câmeras para reprimir o trabalhador.

Privatização dos correios: Uma tendência internacional

Os correios de Portugal serão privatizados no primeiro semestre do ano que vem e outros correios do mundo passam por problemas parecidos com a ECT

20 de dezembro de 2012


O governo português anunciou que pretende acelerar o programa de privatizações em 2013, no qual está incluída a venda do correio português (CTT). Segundo a imprensa portuguesa, o plano é privatizar os correios já no primeiro semestre do ano.

A privatização dos correios é uma exigência da Troika, um comitê liderado pelo Banco Centra Europeu e o FMI para chantagear os países europeus em crise. A ideia é entregar todas as empresas estatais para os banqueiros. Na realidade, os capitalistas que estão levando a Europa (Portugal foi um dos primeiros a falir) a uma crise sem precedentes, querem devastar ainda mais a economia dos países por meio da destruição da economia nacional.

Os correios portugueses não são os únicos alvos. Na França, Inglaterra, Estados Unidos e outros países as empresas de correios estão na mira dos capitalistas. Como no Brasil, a privatização está escondida atrás da palavra “modernização” ou “reestruturação”.

A aprovação da MP 532, no ano passado, que mudou o estatuto social da ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) abrindo o espaço para transformá-la em S.A. também foi feita sob a máscara da “modernização”. Os trabalhadores conhecem bem o vocabulário do governo e dos patrões.

O que estamos vendo agora é o aumento da presença da iniciativa privada dentro da ECT, como é o caso do vertiginoso aumento da terceirização na empresa. Além disso, o aumento de medidas para aumentar a exploração dos trabalhadores é parte da mesma política, como o SAP ou o SARC. Na campanha salarial, a tentativa da empresa de destruir o plano de saúde da categoria também é parte da privatização da empresa.

A propaganda do governo e da direção da empresa, ambos do PT-PCdoB-PMDB, é a de que os Correios brasileiros não serão privatizados, pelo contrário, estariam crescendo como empresa. A situação interna da empresa, conforme foi descrita, e situação internacional mostram exatamente o contrário.

A ECT, apesar das contradições de interesses existentes dentro da própria cúpula da empresa, está sendo levada para a privatização. O próprio anúncio de que os Correios brasileiros são os maiores interessados nos correios de Portugal (CTT) é um sinal muito claro dessa tendência. Ao contrário do que se possa apresentar, a participação da ECT na privatização dos CTT é um sinal claro de que os Correios brasileiros já estão profundamente dominados pelas capitalistas em banqueiros internacionais.

Resta aos trabalhadores organizar uma campanha e a mobilização contra a privatização dos Correios e denunciar todas as manifestações dessa política dentro da empresa.

Boletim Ecetistas em Luta DF, 20-12-2012



Boletim Ecetistas em Luta MG, 20-12-2012



quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Chefes distribuem SIDs sem motivo

Perseguição aos grevistas: A chefia do CTE Saúde tem repetido os chefes de outros setores, perseguindo os trabalhadores com advertências

A ditadura no CTE Saúde parece não ter limites. Desde o final da greve, os companheiros que aderiram à paralisação estão sendo perseguidos no setor. Os trabalhadores já perderam a conta de quantas SIDs levaram da chefia.

Depois da greve, a gerência distribuiu SID sem motivo. A novidade foi uma SID (Solicitação de Informação e Defesa) recebida por três trabalhadores por terem, pasmem, saído no horário!

Os companheiros, que são do turno da noite, trabalham aos domingos, por isso, durante a semana seu horário de saída é cerca de meia-hora mais cedo do que os companheiros que não trabalham de domingo. Essa diferença de horário faz muita falta na hora de somar todos os dias da semana, já que o trabalhador não pode ter uma jornada maior do que 44 horas.

Os companheiros, todos eles grevistas, quando chegou a hora de ir embora, bateram o cartão e saíram. No outro dia foram surpreendidos com uma SID, com uma alegação ridícula da chefia: de que os trabalhadores não comunicaram aos coordenadores imediatos sua saída.

Em primeiro lugar, horário de saída é horário de saída. Só as mentes perturbadas da chefia do CTE Saúde poderia pensar que o trabalhador é obrigado a dar explicações depois do seu horário como se o chefe fosse um capataz de fazendo de escravos. Em segundo lugar, não é praxe nos Correios os trabalhadores avisarem quando estão indo embora, o que seria absurdo. Quem tem que sair, quando der o horário tem o pleno direito de bater o cartão e ir embora, assim como tem o direito, se quiser e se a empresa necessitar, de fazer horas extras.

Perseguição política

A situação é tão absurda que fica muito claro que a SID dada aos companheiros é a mais pura perseguição política. Fica claro também que há uma orientação geral da empresa de perseguir os grevistas. Outra coisa que está sendo comum nos setores é a perseguição aos trabalhadores mais jovens. A ECT está em uma clara política de assédio aos companheiros recém contratados para tentar fazer os trabalhadores desistirem de lutar pelos seus direitos e até mesmo desistirem da empresa.

O interesse da ECT em desanimar os trabalhadores jovens tem de fundo a mesma causa da demora em convocar concurso público e contratar. A ECT quer diminuir progressivamente o número de funcionário e ir aumentando a terceirização como está claro.

Convocamos os trabalhadores a denunciar todo o tipo de assédio e perseguição contra os grevistas e qualquer funcionário.

Empresa quer dar o golpe na entrega pela manhã

Ao invés de “priorizar” a entrega de encomendas e correspondências pela manhã como ficou estabelecido no Acórdão, ECT quer restringir mudança a apenas três cidades

 

A mudança no horário da entrega das correspondências é uma reivindicação história dos trabalhadores dos Correios.

A entrega no período da tarde significa um flagelo para os carteiros num país onde a temperatura em muitos estados ultrapassa os 40°.

Em mais de uma ocasião a empresa realizou projetos pilotos em testando a mudança no horário. A mudança é uma orientação de pesquisas realizadas pela própria empresa. Onde foi testada a mudança os pedidos de licença por problemas de saúde diminuíram significativamente.

Esse era um dos pontos que mais pesaram na última campanha salaria, ao lado da defesa intransigente do Plano de Saúde da categoria.

Tanto que ficou registrado no Acórdão do TST de 2012 o compromisso de priorizar a empresa a entrega pela manhã e implementar a mudança em três “unidades”. Ficou o entendimento de que seriam “unidades” federativas, ou seja, três estados. Tanto que a empresa registrou Piauí, Tocantins e Baixada Santista como as primeiras regiões onde supostamente já estariam sendo negociadas as mudanças.

No entanto, agora a empresa está querendo realizar a entrega pela manhã em apenas três cidades! É muita cara de pau. A direção da empresa sabe que seriam necessárias uma reorganização logística, mas os benefícios que a mudança traria superaria toda e qualquer dificuldade inicial.

Para além dos benefícios para a vida labora da categoria, a empresa economizaria com a medida. Inclusive com o Plano de Saúde. A ECT não diz que precisa diminuir os gastos com Saúde? Ao invés de atacar Plano de Saúde deveria garantir mudanças que favoreçam e não prejudicam os trabalhadores.

Para garantir a saúde dos trabalhadores, entrega só pela manhã!

Para Ministério Público cargo amplo é irregular

PCCS da escravidão: É preciso organizar a luta contra o PCCS 2008, que abre caminho para a privatização da ECT
 
A Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios) participou de uma audiência pública no Ministério Público do Trabalho (MPT) onde denunciou o PCCS 2008, conhecido pela categoria como PCCS da escravidão.

Os companheiros do Sintect-PI (Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Piauí) haviam questionado o fato de a ECT utilizar a mão de obra dos atendentes comerciais para cumprir outras funções como a de carteiro, por exemplo.

O desvio de função é um dos principais ataques contidos no PCCS 2008, de muitos outros. Tudo o que foi aprovado no PCCS da escravidão tem como objetivo claro abrir caminho para a privatização da ECT, por meio do aumento da exploração do trabalhador. O desvio de função está sendo colocado em prática com a criação do Agente de Correios, que é a institucionalização do cargo amplo. Na época do golpe do PCCS os trabalhadores apelidaram o cargo de Agente de Correios como o “funcionário Bombril”.

A superexploração advinda do cargo amplo é sentida por todos os trabalhadores, mas nos pequenos setores é onde esse problema aparece com bastante gravidade. O Sintect-PI denunciou que em agências de pequeno porte ou unipessoais (onde trabalha apenas um funcionário) os atendentes comerciais têm que desempenhar dupla função, além do atendimento, são obrigado a fazer o serviço de distribuição.

O PCCS da escravidão

O cargo amplo não é o único problema do PCCS 2008, nem mesmo o mais grave. No documento está previsto uma série de ataques contra os trabalhadores que estão sendo sentidos hoje.

É possível dizer que o PCCS 2008 abriu caminho para a terceirização, para o SAP e o SARC, pois instituiu a adesão de metas no trabalho, instituiu a política de absenteísmo, do GCR (Gestão de Competências e Resultados) e vários outros ataques aos direitos dos trabalhadores. Não é à toa que o PCCS ficou conhecido como “da escravidão”.

Além de todos esses ataques contidos no PCCS 2008, a documento só foi aprovado por meio de um golpe dado pela empresa e os representantes dos trabalhadores na época, os traidores do Bando dos Quatro (PSTU-PCdoB-PT-Psol). Mesmo com a completa rejeição dos trabalhadores, os traidores assinaram o documento que hoje está trazendo um enorme prejuízo para a categoria.

A própria procuradora do MPT disse que o cargo amplo (agente de Correios) burla as regras do concurso público.

Nenhum benefício para os trabalhadores, só para a ECT

A procurado do MPT, Dra. Paula de Ávila fez uma afirmação muito importante para os trabalhadores. Segundo a notícia do portal on line 180 Graus, a procuradora “não compreende a assinatura do acordo que institui a criação do cargo amplo, pois não representa nenhum benefício para os trabalhadores, somente para a ECT”.

Aquilo que os trabalhadores vêm denunciando há muito tempo, a procurado confirma. Só os traidores do Bando dos Quatro fingiram que não viram que o PCCS somente trazia malefícios para a categoria. Parte da comissão do PCCS que deveria representar os trabalhadores, hoje recebeu cargo na empresa, como é o caso de Manoel Cantoara (PT) que na época era secretário-geral da Fentect. Tudo faz sentido.

A procuradora afirmou que se realmente os trabalhadores e sindicatos rejeitam o PCCS 2008 ela poderia mediar uma negociação com a ECT ou até ajuizar Ação Civil Pública contra o PCCS 2008.

É mais uma arma na luta contra o PCCS da escravidão.

Cinco motivos para derrotar o PCdoB

A derrota da máfia sindical do PCdoB de Ronaldão Bianual é condição para a vitória dos trabalhadores

 

1) O PCdoB/CTB sempre foi o principal aliado da Articulação/PT nas traições na categoria dos Correios. Há muitos anos, essa aliança esteve na maioria dos sindicatos e na maioria da Fentect assinando todos os tipos de acordo com a direção da ECT, atacando os trabalhadores. Apenas para citar alguns: acordo bianual, PCCS da Escravidão, banco de horas, compensação dos 28 dias de greve, mudança da data-base de dezembro para agosto etc etc etc.

2) Depois de tantas traições, muitos elementos do PCdoB, que eram sindicalistas traidores, como é Ronaldão-Bianual e Cia, receberam cargos de alto escalão na ECT após terem traído os trabalhadores. O caso mais famoso é o do Luís Eduardo do Ceará. Ex-sindicalista, Luís Eduardo atua agora como capitão-do-mato da empresa nas meses de negociação e foi o responsável direto pelos ataques nas últimas greves. Luís Eduardo ainda é ativo integrante do PCdoB, correligionário de Ronaldão, Marcos Santáguida e cia.

3) O PCdoB é uma máfia sindical que se sustenta nos sindicatos com o apoio dos patrões e estabelecendo uma ditadura utilizando a máquina do sindicato para fraudar, dar golpes e agir com extrema violência para intimidar os trabalhadores. Dois exemplos claros são a agressão à assembleia da Fentect em São Paulo por capangas contratados pelo PCdoB e a recente agressão a militantes da oposição na assembleia eleitoral no Rio de Janeiro. A ação como uma verdadeira máfia faz parte da própria história do PCdoB. É por isso que a direção da ECT manteve o PCdoB, mesmo sem nenhum apoio na base, nas diretorias do Sintect-RJ e Sintect-SP, a ditadura nos dois maiores sindicatos do País serve como uma contenção da luta nacional dos trabalhadores.

4) O PCdoB, eterno aliado da Articulação/PT (ver ponto 1), decidiu dividir a categoria, talvez o maior crime já feito contra os trabalhadores. A divisão foi claramente incentivada pela direção da ECT para tentar neutralizar o crescimento da oposição nacional que venceu o congresso da Fentect e a crise da burocracia sindical como um todo. O incentivo ficou claro na campanha salarial, em que a ECT elogiava os sindicatos divisionistas.

5) A direção da ECT e o governo, a mando dos capitalistas internacionais, estão em uma jornada para privatizar os Correios brasileiros. A presença do PCdoB como agente patronal é condição essencial para que a privatização seja feita. Ronaldão Bianual também é um agente da privatização dos Correios e da superexploração dos trabalhadores como o SAP, o SARC, GCR etc.

Chapa 4, a chapa do movimento de oposição

É por isso que todos os grupos de oposição, constituídos por trabalhadores de base, formaram a chapa 4. Para unificar a categoria nacionalmente e retomar o Sintect-RJ para a luta dos trabalhadores.

As eleições no Rio de Janeiro não deve ser apenas uma campanha meramente eleitoral. A oposição fará das eleições um amplo terreno de mobilização dos trabalhadores contra os ataques da ECT e seus agentes dentro do sindicato, representados pelo PCdoB/CTB chapa1, do Ronaldão Bianual e seus amigos.

Eleições Sintect-RJ: Votar na Chapa 4 para derrotar os traidores e divisionistas

Para colocar o sindicato nas mãos dos trabalhadores e acabar com anos de traição a serviço da empresa e do governo, em defesa da unidade nacional da categoria ecetista
19 de dezembro de 2012

Está em andamento no Rio de Janeiro a eleição para a direção do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios, o Sintect-RJ.

As eleições são fundamentais para impor uma derrota aos traidores e divionistas da categoria.

Quatro chapas foram inscritas. De todas, a única chapa que representa o movimento sindical de luta é a Chapa 4, dos companheiros que integram o Movimento de Oposição ao Peleguismo nos Correios.

Chapa 1 - é a chapa da situação, dos divisionistas e bate-paus da direção da ECT. A chapa do Ronaldão que assinou o acordo bianual em 2009 e na assembleia para definir a comissão eleitoral colocou bate-paus para bater na oposição. Por essas e outras, o seu partido ficou conhecido como Partido dos Capangas do Brasil – PCdoB. Em São Paulo, seus aliados da CTB/PCdoB também contratou bate-paus para impedir a organização e participação da categoria na Campanha Salarial 2013, organizada pela Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios). Romperam com a Fentect para deixar a base de SP e Rio sob o tacão dos pelegos, achando que iam se livrar da oposição.

Chapa 2 - é a chapa que representa a crise na direção do Sintect-RJ. É a confirmação de que é chegada a hora de tirar os traidores e pelegos do Sindicato e coloca-lo sob controle dos trabalhadores. É composta por ex-integrantes da direção do Sintect-RJ, do PCdoB/CTB e da Articulação Sindical/PT que é a mesma organização que está na direção da empresa.

Chapa 3 – são os diviosnistas da Federação Anã. Com membros do PSTU/FNTC são os que sempre estiveram à reboque da atual direção do Sindicato. É a oposição amiga, do Heitor Fernandes, que ao lado do PCdoB/CTB está querendo dividir a categoria e enfraquecer seu poder de luta nacional. Participaram das assembleias da Campanha Salarial ao lado da direção do sindicato e há muitos anos dão o aval necessário para a perpetuação dos traidores na direção.

Chapa 4 – é a verdadeira chapa da mudança, composta pelos setores que estiveram à frente da luta da categoria e representam uma verdadeira resistência aos pelegos e traidores. A chapa representa a unidade da categoria, tem apoio nacional dos lutadores que nos últimos anos enfrentaram o acordo bianual e todas as traições dos que estiveram à frente da Fentect e do Sintect-RJ. Hoje estão à frente da Fentect e lutam para mudar a cara da Federação, a transformando em uma entidade de luta, democrática e que de fato esteja do lado dos trabalhadores e não da ECT. Essa mesma mudança a chapa 4 está defendendo no Sintect-RJ. É composta por companheiros da Corrente Ecetistas em Luta, que dirige o Sintect-MG; companheiros da base e diretores da Fentect, que integram o MRL, o MUTE, Alternativa Ecetista e independentes.

A chapa 4 é a verdadeira oposição que pode operar mudanças na direção do sindicato para coloca-lo novamente sob controle dos trabalhadores a serviço de sua luta e reivindicações.

Para derrotar os traidores, pelegos e divisionistas, apoie, integre e vote Chapa 4 a chapa do movimento de oposição ao peleguismo.

Boletim Ecetistas em Luta MG, 19-12-2012

Leia, imprima e distribua o Boletim Ecetistas em Luta MG, 19-12-2012
 

 

Boletim Ecetistas em Luta DF, 19-12-2012

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