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quinta-feira, 31 de março de 2011

Mini-ditador proíbe o PCO de fazer campanha contra o aumento da passagem e as enchentes

Ditadura de Kassab
Mini-ditador proíbe o PCO de fazer campanha contra o aumento da passagem e as enchentes
Guardas e agentes da prefeitura reprimiram militantes do partido que faziam campanha pelo “Fora Kassab”, além de apreenderem materiais distribuídos à população, como panfletos e jornais
Há mais de um mês o Partido da Causa Operária (PCO) vem realizando uma importante atividade de agitação e propaganda na cidade de São Paulo. Diariamente, os militantes do partido montam uma banca na Praça do Patriarca, localizada na região central da cidade, e realizam uma campanha política, distribuindo boletins, colhendo assinaturas, e divulgando o jornal Causa Operária e outros materiais do partido aos trabalhadores que circulam pelo local. 
Nas últimas semanas, a campanha realizada pelos militantes do PCO era contra o aumento da passagem e pelo “Fora Kassab”. A campanha denuncia todas as políticas do mini-ditador que colocaram a maior cidade do país em uma situação caótica, como pode ser visto nas enchentes do início do ano. Além disso, a atividade também servia como forma de convocar a população para os atos contra o aumento da passagem do ônibus que estão ocorrendo toda semana em São Paulo.
A atividade política realizada pelo PCO ganhou grande apoio da população, o que pode ser visto no grande número de jornais Causa Operária adquiridos pelos trabalhadores e estudantes, em manifestações de apoio das pessoas que passavam pelo local e nas quase dez mil assinaturas contra o aumento da passagem recolhidas nessas poucos dias de campanha.  
Para impedir que a campanha do PCO progredisse e ganhasse uma adesão ainda maior dos milhares de trabalhadores que passam pela Praça do Patriarca todos os dias, o mini-ditador de São Paulo, Gilberto Kassab, decidiu reprimir a atividade política do partido.
Na tarde desta quarta-feira, 30 de março, por volta das 14 horas a prefeitura impediu de forma ilegal que a atividade política do PCO, um direito constitucional, tivesse prosseguimento. Três guarda civis metropolitanos (GCM), oito agentes da prefeitura e dois coordenadores da subprefeitura da Sé agiram de forma truculenta contra os militantes do partido que estavam no local, apreendendo boa parte dos materiais distribuídos à população e a estrutura usada na atividade, como um banner. Entre os materiais apreendidos estavam centenas de boletins que divulgavam a campanha pelo “Fora Kassab” e o ato contra o aumento da passagem ocorrido na noite de quarta-feira . 
Os agentes da prefeitura e os policiais foram diretamente até a banca do PCO que era usada na atividade. O que não deixa dúvida que foi uma ação repressiva direcionada a por fim a uma atividade contra Kassab, pois não se tratava das fiscalizações contra camelôs que normalmente ocorrem naquela região. Foi uma típica medida ditatorial de um governo de direita contra a atividade política revolucionária de um partido operário. 
A operação e a forma com que os guardas agiram contra as pessoas que realizavam a campanha foram retratadas por um dos militantes do PCO presentes no local, o estudante André Sarmento. “Os agentes da subprefeitura da Sé chegaram informando que tinham ordens superiores para realizar a apreensão do material. Não houve qualquer diálogo. Eu e outros companheiros tentamos explicar que aquilo era parte da atividade do PCO, e como tal era legal. Tentamos negociar e evitar que o banner fosse aprendido. Pedimos tempo para entrar em contato com o nosso departamento jurídico, mas eles não aceitaram.
“Empurraram um dos nossos militantes e começaram a desmontar o material à força, danificando o mesmo. Pedimos uma declaração sobre os motivos da apreensão, mas eles se negaram a apresentar qualquer documento. Nos deram apenas três lacres de identificação, um procedimento padrão na apreensão realizada por estes agentes e jogaram o material em um caminhão baú.
“Eles também disseram que estávamos proibidos de panfletar no local e que nossa atividade contrariava a Lei Cidade Limpa”, afirmou.
Kassab é ditadura

Proibir qualquer pessoa de distribuir panfletos e de divulgar suas idéias é um atentado contra as liberdades democráticas mais elementares. Reprimir um partido político, impedindo-o de distribuir boletins e de divulgar seu órgão de imprensa em um local público, como é o caso da atividade na Praça do Patriarca é completamente antidemocrático. Neste caso, o ex-político do DEM mostra que é um típico herdeiro da ditadura militar.

Essa atitude de Kassab é mais uma tentativa de aumentar a repressão e fazer os órgãos de repressão perseguirem e prenderem qualquer opositor dos ditadores que comandam o governo.
Outro fato relevante é que um dos pretextos para ação, conforme relatou um dos guardas municipais aos militantes do PCO, era a Lei Cidade Limpa. Em primeiro lugar, a ação é completamente ilegal e contraria a Constituição que prevê a liberdade de expressão e de divulgação de idéias. A utilização da Lei Cidade Limpa para reprimir uma atividade política de uma organização operária prova o que estamos falando dela desde que foi aprovada, no final de 2006: trata-se de um pretexto para reprimir. A defesa de uma cidade mais bonita, além de uma idéia absurda, não passa de uma forma de convencer uma parcela conservadora da pequena burguesia a ser conivente com essa política repressiva.
Diante desta agressão política, o Partido da Causa Operária tomará todas as medidas legais contra a prefeitura, a Guarda Civil Metropolitana e todos os órgãos responsáveis, entrando com um processo por violação de direitos constitucionais contra eles.
Além de todas as medidas legais cabíveis, o PCO ampliará sua campanha de denúncias contra as medidas ditatoriais de Gilberto Kassab à frente da prefeitura de São Paulo. A campanha pelo “Fora Kassab” é um dos meios de levar esta luta adiante.
Chamamos toda a população e as organizações operárias e democráticas a repudiarem este ataque ao PCO e a se incorporarem nesta luta contra o mini-ditador que governa a cidade de São Paulo.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Direção dos Correios não apresenta nova proposta de PLR

Foi encerrada mais uma reunião de negociação entre a Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios) e a comissão dos Correios para discutir a PLR (Participação nos Lucros e Resultados) dos trabalhadores referente a 2010.
A direção da ECT mais uma vez não apresentou uma proposta que contemple a reivindicação dos trabalhadores que é o pagamento de R$ 2.000 lineares, ou seja, igual para todos os funcionários da empresa, sem distinção de cargos e funções.
A empresa quer impor uma série de critérios aos trabalhadores para deixar o máximo de pessoas sem receber a PLR. Para piorar, o valor apresentado é de míseros R$ 755, menor do que o do ano passado. Enquanto isso, a cúpula da ECT vai receber R$ 4 mil, isso se for possível crer na palavra da direção da empresa, que no ano passado, por exemplo, pagou R$ 40 mil para os altos cargos.
Na quinta e na sexta-feira vão ocorrer outras duas reuniões. Os trabalhadores não devem aceitar nenhum critério, que está sendo imposto pela direção da ECT para escravizar ainda mais a categoria.

domingo, 27 de março de 2011

Senado aprova prorrogação do contrato de franquias

Privatização dos Correios
Senado aprova prorrogação do contrato de franquias
As ACFs (Agências dos Correios Franqueadas) fazem parte da política de distribuir o dinheiro público dos Correios para a iniciativa privada

O governo mais uma vez fez o serviço para os empresários que ganham dinheiro à custa da exploração dos Correios. O Senado aprovou na última quarta-feira, dia 23, a Medida Provisória (MP) 509 que prorroga os contratos de franquias de agências da ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos).
A Medida Provisória perderia a validade na quinta-feira. A aprovação do Senado mantém a prorrogação dos contratos até 30 de dezembro de 2012. Inicialmente, o prazo estipulado seria até 11 de junho de 2011. A proposta de prorrogação para 2012 veio do deputado do PT de São Paulo, Ricardo Berzoini, relator da medida.
Foi aprovada também uma emenda da deputada Rose de Freitas (PMDB-ES) que concede um ano para as novas franquias se adequarem às normas definidas pela ECT. A medida precisa agora apenas da sanção presidencial.
A prorrogação do prazo das franquias é o atendimento do governo da reivindicação dos empresários que têm a concessão das agências franqueadas (ACFs). As franquias foram estabelecidas definitivamente no início dos anos 90 e foi uma das primeiras manifestações da política de privatização dos Correios, se constituindo na distribuição de dinheiro para empresários e capitalistas apadrinhados de membros da cúpula da ECT.
Ao manter o esquema milionário das franquias o PT favorece e fortalece a política de privatização dos Correios. A franquia nada mais é do que uma maneira de transferir para a iniciativa privada o serviço dos Correios, incluindo aí, aquele relativo ao monopólio postal, ou seja, coleta, tratamento e distribuição de correspondências, telegramas e malotes. Esses serviços, que deveriam ser realizados exclusivamente pelos Correios, são feitos também pelas franquias.
Os empresários lucram com esses serviços e repassam apenas uma parte aos Correios. Existem quase 1.500 ACFs distribuídas em vários estados, com cerca de 20 mil trabalhadores, a maioria em São Paulo.
As franquias fazem parte da privatização dos Correios. Os trabalhadores exigem que todas as ACFs sejam repassadas para as mãos da ECT e seus trabalhadores sejam incorporados aos quadros da empresa.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Depois de 10 anos, governo prepara demissão em massa nos Correios

EUA 
Depois de 10 anos, governo prepara demissão em massa nos Correios
O Serviço Postal dos EUA (USPS) sofrerá um corte de 7.500 funcionários, principalmente nos cargos administrativos nos próximos dias. Postos de operações também serão fechados em várias cidades
O ataque aos trabalhadores dos correios norte-americanos vem sendo administrado há 10 anos, tendo deixado mais de 234 mil trabalhadores sem emprego.
A empresa utilizou vários truques, como o plano de incentivo a demissão voluntária e antecipação das aposentadorias (nos correios brasileiros é usado o mesmo truque, o PDV, programa de demissão voluntária) para promover o corte.
Cerca de 22.500 trabalhadores deixam o USPS por ano por conta de programas de demissão. Geralmente as demissões diretas são raras, por conta das diversas proteções legais que os trabalhadores conquistaram ao longo dos anos.
A novidade desta vez é que os 7.500 trabalhadores sofreram um processo diferente e foram demitidos, sem nenhum plano de demissão voluntária. Para conseguir essa façanha contra os trabalhadores, um acordo preliminar tinha sido fechado com os sindicatos, que permitiria despedir um número expressivo de funcionários de uma só vem, sem a intervenção do sindicato.
A meta da empresa, segundo alguns jornais, é demitir 30 mil funcionários até o final do ano, qualificados pela empresa como “excesso de mão de obra”. A notícia das demissões diretas e a ajuda do próprio sindicato acabou repercutindo mal entre os trabalhadores, que vinham sendo enganados há algum tempo pela empresa.
As demissões, até o momento, foram apenas anunciadas, resta saber como os trabalhadores irão reagir com o ataque feito à categoria. Esse é mais um dos diversos ataques que estão sendo feitos contra os trabalhadores nos EUA. Até a própria atividade sindical já está sendo ameaçada no país, evidenciada pelo ataque do Partido Republicano ao direito dos sindicatos dos servidores públicos participarem das negociações no estado de Wisconsin.
Com o aprofundamento da crise, os truques usados pelos empresários para enganar os trabalhadores acabaram se esgotando, ou estão em vias de acabarem, restando um enfrentamento direto de interesses como única alternativa para que os capitalistas consigam fazer com que os trabalhadores paguem por sua crise.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Os Correios estão usando a PLR para aumentar a escravidão dos trabalhadores

Não aos critérios A categoria não deve aceitar nenhum critério que a empresa está querendo impor para o pagamento da PLR, mais uma política para privatizar a empresa

As reuniões entre a comissão permanente da Fentect e os representantes da ECT sobre a PLR (Participação nos Lucros e Resultados) de 2010 se resumiram, até agora, em discussões sobre os critérios que seriam impostos pela empresa para o pagamento aos trabalhadores.
Os representantes da corrente Ecetistas em Luta deixaram claro nas reuniões e pubicamente para os trabalhadores a sua oposição a qualquer tipo de critério. Os critérios nada mais são do que uma maneira perversa de escravizar ainda mais a categoria, que está adoecendo nos setores por conta do excesso de serviço.
O que tem ocorrido nas reuniões é uma mal disfarçada intenção da direção da empresa de atacar a fundo os trabalhadores. Isso porque a direção dos Correios, a mesma que foi nomeada pelo governo para privatizar a empresa, não quer pagar a categoria e já colocou em prática o plano de baratear o custo da mão de obra para aumentar os lucros dos capitalistas com a empresa. Se depender desses critérios absurdos, o trabalhador não poderá faltar, não poderá ficar doente, não poderá reivindicar nada com medo de receber uma punição e, é claro, não poderá fazer greve.
Para impor esses critérios, a empresa utiliza uma série de justificativas morais cínicas que revelam o nível de degradação dos ex-sindicalistas que estão negociando em nome da ECT.
O nível de cinismo é tão grande que, é bom lembrar que, aqueles que clamam por justiça, fazem parte da direção de uma empresa que tem sido o centro dos escândalos de corrupção no governo do PT.
Para piorar, os negociadores da empresa já deixaram claro que sua intenção é a de assinar um acordo de PLR que valha por dois anos. Uma espécie de “PLR bianual”, mais um golpe contra a categoria.
A empresa está usando a PLR, que nada mais é do que um abono, para aumentar a escravização dos trabalhadores. É mais um ataque da empresa, que se soma ao excesso de serviço e ao acordo bianual de 2009, depois disso, a direção da empresa poderia muito bem propor a volta dos castigos corporais.
A corrente Ecetistas em Luta convoca os trabalhadores a rejeitarem essa política fascista da ECT. Não é papel dos sindicalistas discutirem esses critérios. Não existe critério “justo”, o que existe é a exploração dos trabalhadores.
A comissão da Fentect está fazendo o jogo da direção da ECT para punir a categoria que trabalhou o ano inteiro sob as piores condições possíveis, agüentando o assédio da chefia, o excesso de trabalho, a falta de funcionários, a falta de materiais de trabalho, as doenças do trabalho etc.
Se a empresa quiser impor critérios aos trabalhadores, ela que arque com as conseqüências, não é trabalho de sindicalista ajudar a empresa a escravizar os trabalhadores. Aceitar esses critérios será uma monstruosa traição desses que deveriam representar a categoria.
É uma política de colaboração com a empresa de todos os grupos políticos que estão presentes na negociação, ajudando a direção dos Correios a esfolar ainda mais os trabalhadores.
Não bastasse essa política escravagista da empresa, a proposta dos negociadores da ECT é pagar uma PLR ainda menor do que a do ano passado. O valor disponível para os trabalhadores ficou menor, sendo que a produtividade visivelmente aumentou em 2010, uma fraude descarada das contas da empresa.
A última reunião, que aconteceu no último dia 23 de março, manteve as negociações em um impasse já que a empresa se recusa a apresentar uma nova proposta aos trabalhadores e não quer atender as reivindicações da categoria, de uma PLR linear de R$ 2.000 para todos. Pelo contrário, fica cada vez mais claro que a política da empresa é pagar um valor muito maior para a cúpula da empresa do que para os milhares de trabalhadores carteiros, OTTs (Operadores de Triagem e Transbordo) e atendentes que durante o ano de 2010 deram o sangue para dar conta do excesso de trabalho nos setores.
Os trabalhadores não devem aceitar que as contas sejam apresentadas apenas na conversa, mas exigir que os Correios, sendo uma empresa pública, abram o seu livro caixa para que os trabalhadores possam participar de fato das discussões.

- Nenhum critério para o pagamento da PLR!
- Defender a proposta de R$ 2.000 linear para toda a categoria!
- Abertura imediata do livro caixa da empresa!

quarta-feira, 23 de março de 2011

Número de vagas oferecidas pela direção dos Correios é insuficiente

Concurso
Número de vagas oferecidas pela direção dos Correios é insuficiente

Para poder dar conta da enorme defasagem, a reivindicação dos trabalhadores é de 30 mil contratações apenas para começar, muito longe das 9.190 vagas oferecidas pela empresa
A direção dos Correios anunciou para os sindicalistas da Fentect, ontem, a abertura e publicação de edital no Diário Oficial da União, do novo concurso dos Correios. O período de inscrições será do dia 23 de março até o dia 4 de abril e as provas deverão ocorrer no dia 15 de maio. As datas das contratações definitivas dos trabalhadores ainda não foram divulgadas.
A direção dos Correios anunciou a contratação do Cespe/UnB (Centro de Seleção e Promoção de Eventos da Universidade de Brasília) para realizar as provas do novo concurso. Depois de mais um ano de enrolação, adiamentos e o cancelamento do concurso cuja edital foi publicado em dezembro de 2009, fica difícil acreditar que dessa vez o certame será realizado definitivamente.
Tanto que, os Correios escolheram a instituição sem licitação, exatamente o mesmo problema alegado pelo Ministério Público (MP) para cancelar a contratação da Cesgranrio que organizaria o concurso passado. Na ocasião, o MP contestou a contratação da organizadora alegando favorecimento devido ao valor do contrato ter sido considerado muito alto: cerca de R$ 26 milhões. Para piorar, a contratação do Cespe/UnB, além de também ter ocorrido sem licitação, foi feita por um valor ainda mais alto: R$ 32.770.000,00.
Apesar de todos esses problemas e do histórico nem um pouco confiável, a direção da ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) divulgou o calendário do concurso prevendo que as provas devem ocorrer em maio. O próprio diretor de gestão de Pessoas, Larry Manoel Medeiros de Almeida, na reunião que realizou com sindicalistas, afirmou que nada pode garantir que alguém entre na justiça contra a realização das provas.
Toda a enrolação não é obra do acaso, mas faz parte da política de privatização da empresa. Apesar do grave problema de falta de funcionários na empresa, admitido pela própria direção dos Correios, a não contratação é uma pérfida política para super-explorar os trabalhadores. É só visitar qualquer setor de trabalho para verificar a sobrecarga de trabalho devido ao excesso de serviço.
Enquanto a ECT passou cerca de três anos sem contratação, a terceirização – outra maneira de aumentar a exploração dos trabalhadores – tomou conta da empresa. Hoje, é possível encontrar terceirizados realizando todos os tipos de trabalho nos Correios. Essa é exatamente a política feita sob medida para os capitalistas que estão colocando as mãos nos lucros da empresa.

Pela imediata contratação de 30 mil ecetistas

Caso o concurso realmente saia, os trabalhadores já sabem que ainda assim não terão motivos para comemorar. A direção dos Correios já anunciou que o número de vagas oferecidas será de apenas 9.190. Quantidade muito inferior ao necessário para resolver os problemas nos setores. A contratação dos MOTs (Mão de Obra Temporária) nos últimos meses comprova a insuficiência desse número.

Para se ter uma idéia, a reivindicação dos trabalhadores, aprovada pelos sindicatos, é a contratação de 30 mil trabalhadores concursados apenas de início.
Os trabalhadores estão adoecendo nos setores por conta das péssimas condições de trabalho. A falta de funcionários exige que os trabalhadores façam o serviço de dois ou mais funcionários, transforma as horas-extras em uma rotina e os setores no caos que é possível presenciar em qualquer parte do País.
As nove mil vagas não chegam nem próximo do que é necessário para suprir as necessidades dos trabalhadores. Só com os PDVs (Planos de Demissões Voluntárias) que ocorreram nos últimos anos, a empresa perdeu pelo menos sete mil funcionários. Diante disso, os trabalhadores continuam se mobilizando e exigem a imediata contratação de mais funcionários, o fim da terceirização e a imediata incorporação dos terceirizados que já estão trabalhando na empresa.

Correios batem recorde de reclamações de clientes

10.000 reclamações
Na última semana, os Correios teriam batido o recorde de reclamações de clientes devido à sabotagem de sua direção que quer privatizar a empresa
A sabotagem da direção da ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) contra a empresa para privatizar atingiu novo patamar. A central de atendimento ao cliente bateu recorde de reclamações: são 10.000 por dia.
A maior parte das reclamações é relativa a atrasos na entrega de correspondências e encomendas, objetos danificados ou perdidos etc. A fonte não é oficial, mas o número de 10.000 reclamações diárias “circula” entre os funcionários do setor administrativo da empresa.
O recorde nas reclamações é a continuidade da política de sucateamento dos Correios. Há mais de um ano os trabalhadores denunciam o caos que se tornaram os setores de trabalho. Há setores onde os trabalhadores mal conseguem e locomover devido à enorme quantidade de objetos jogados pelo local. No meio do caos, é possível ver encomendas com um mês de atraso, muitas delas danificadas pelo tempo e pela falta de um local adequado para o armazenamento.
Quem mais sofre com essa situação precária são os próprios trabalhadores. Em todos os setores do País há excesso de trabalho. Já virou rotina para a categoria as horas-extras e as dobras (um trabalhador fazendo o serviço de dois ou mais). O aumento da carga não veio acompanhado pelo aumento de funcionários, nem pela compra de materiais de trabalho. A situação é tão grave que os trabalhadores estão adoecendo nos setores.
A política da empresa tem nitidamente a intenção de criar as condições para privatizar os Correios. De um lado, criando na população a falsa de idéia de que os problemas da empresa são conseqüência do fato de ser uma empresa pública. Por outro lado, aumentando a exploração dos trabalhadores para aumentar os lucros da empresa para encher os bolsos dos capitalistas que estão de olho nos Correios brasileiros.
Os trabalhadores não aceitam essa situação e estão se levantando em todo o País contra as péssimas condições de trabalho. A tendência de luta da categoria fica expressa em diversas paralisações isoladas em diferentes setores em vários estados diferentes. A mobilização dos trabalhadores é uma questão de tempo, por isso é necessário fortalecer uma organização independente para derrotar os ataques da direção da empresa e do governo e derrotar a privatização.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Assembléias de todo o País rejeitaram PLR da escravidão

Não aos critérios da ECT
Assembléias de todo o País rejeitaram PLR da escravidão
O resultado das assembléias e a decisão do XII Consin revelam a insatisfação da categoria com a superexploração nos setores de trabalho
Nas últimas duas semanas, foram realizadas assembléias em diversos sindicatos de trabalhadores dos Correios de todo o País para discutir a proposta apresentada pela direção da ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) da PLR (Participação dos Lucros e Resultados) de 2010.
Dos 35 sindicatos da categoria, 24 realizaram assembléia e em todos eles os trabalhadores rejeitaram a proposta da empresa. Os resultados comprovam que a categoria não está disposta a ser escravizada ainda mais nos setores de trabalho.
Aceitar a proposta da direção dos Correios significa assinar embaixo de um acordo para aumentar a exploração dos trabalhadores. Segundo a proposta apresentada pela empresa, o trabalhador não poderá fazer greve, não poderá faltar, não poderá ficar doente, não poderá reivindicar melhorias com o chefe, ou seja, trabalhar calado e aceitar todos os abusos da empresa. Assim o trabalhador seria merecedor de ganhar uma merreca de PLR de R$ 755.
A direção corrupta da ECT quer que os trabalhadores ajoelhem no milho para pagar a PLR. Por trás dessa política de super-exploração está a privatização dos Correios. Todas as medidas que facilitam os lucros dos capitalistas, explorando mais os trabalhadores, estão sendo tomadas. A direção dos Correios quer entregar aos capitalistas uma empresa tomada pela terceirização e por trabalhadores que trabalham cada vez mais e recebam cada vez menos. Para garantir essa política, é necessário reprimir e punir a categoria.
A direção da ECT quer impor esses critérios e comprometer os sindicalistas que fazem parte da comissão permanente da Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios) e os sindicatos. A proposta dos negociadores da ECT, todos ex-sindicalistas ligados ao PT e PCdoB, é chegar a um acordo sobre critérios que seriam “mais justos”. É necessário deixar claro que não existe essa “justiça”, o que existe é a exploração e a repressão contra os trabalhadores, ainda mais quando essa suposta “moralidade” vem da direção da empresa que esteve mais envolvida em casos de corrupção nos últimos anos.
Qualquer sindicalista ou sindicato que se comprometer com esses ou com qualquer outro critério, deve ser denunciado como um traidor da categoria. Não há critérios “justos”, portanto não é papel de sindicalista decidir qual trabalhador vai ficar sem receber a PLR, numa palavra, não é papel de sindicalista punir o trabalhador.
Os resultados das assembléias e a rejeição posterior no Consin (Conselho de Sindicatos da Fentect) da proposta fascista da empresa expressam o descontentamento dos trabalhadores em relação às condições de trabalho cada vez piores nos Correios.
Os trabalhadores devem exigir a sua reivindicação de pagamento de uma PLR linear de R$ 2.000 e se a empresa não quiser pagar, ela que arque com as conseqüências. Os trabalhadores estão preparando sua mobilização e não vão aceitar esse golpe da empresa, mais um na lista de golpes para privatizar os Correios.

Reportagem flagra caos em setor dos Correios em Bauru

Boicote para privatizar
Reportagem flagra caos em setor dos Correios em Bauru
Encomendas danificadas, atrasos de mais de 15 dias nas entregas e falta de funcionários, esse é o cenário comum nos setores dos Correios em todo o País
Em Bauru, no interior de São Paulo, um jornal da imprensa capitalista denunciou o caos em um setor dos Correios da cidade. Segundo o jornal Bom Dia, uma denúncia anônima teria levado a sua reportagem ao pátio dos Correios, localizado no Distrito Industrial 1. O que foi flagrado pela equipe do jornal foi um amontoado de carga de várias regiões do País.
As encomendas estariam expostas ao sol e à chuva e estão sendo danificadas pela ação do tempo. Segundo a reportagem, há eletrodomésticos, brinquedos, materiais de escritório acumulados próximos ao portão do setor. O atraso das encomendas pode chegar a 15 dias.
O jornal ainda constata que a causa dos problemas é a falta de funcionários nos Correios. “A empresa estatal de correspondências está com problemas causados pelo baixo número de funcionários responsáveis pela entrega de encomendas”, diz o jornal em sua matéria do dia 18 de março.

Em Bauru, seriam cerca de 20 mil encomendas recebidas para serem entregues na cidade e em toda a região, mas os funcionários dão conta de apenas sete mil entregas por dia.
Há uma campanha orquestrada entre os capitalistas e a direção da ECT, usando a imprensa, para denegrir a imagem dos Correios para a população. Como já dissemos em outras oportunidades, a campanha consiste em criar artificialmente um sucateamento na empresa, através do boicote da direção da ECT, para criar na população a idéia de que o problema seria causado pelo fato de os Correios serem uma empresa pública.
O ex-diretor de Recursos Humanos da ECT, Pedro Magalhães Bifano, admitiu para a Folha de S. Paulo, no final do ano passado que a direção dos Correios e o governo estavam sucateando a empresa propositalmente.
O quadro alarmante flagrado em Bauru se repete em qualquer setor dos Correios no Brasil, provando que o sucateamento faz parte de uma política geral da direção da ECT. Os trabalhadores não devem se iludir com essa campanha e lutar pela contratação imediata de no mínimo 30 mil funcionários.

É a categoria quem mais sofre com o caos nos setores. Muitos carteiros estão sendo agredidos por moradores, que transferem a culpa dos atrasos de correspondências para os trabalhadores. Além disso, o sucateamento está aumentando o número de trabalhadores doentes, que não suportam mais o excesso de serviço, resultado da falta de funcionários e das péssimas condições de trabalho.

Falta de segurança faz agências ficarem fechadas em Betim e Citrolândia

Denúncia nos Correios em Minas Gerais
Falta de segurança faz agências ficarem fechadas em Betim e Citrolândia
Os atendentes comerciais não suportam mais tanto descaso da empresa em relação às condições de trabalho
A falta de responsabilidade da ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) com os trabalhadores chegou ao extremo. Em visita à agência de Correios em Betim o Sintect-MG se deparou com a mesma fechada e um cartaz na entrada com os seguintes dizeres ”Agência fechada temporariamente por motivos internos pedimos desculpa aos clientes. A gerência”. Procurando saber o que estava acontecendo, o representante do sindicato foi informado pelos trabalhadores que a agência estava fechada porque o segurança que presta serviço aos Correios pela empresa contratada não se encontrava. O motivo da ausência deste funcionário é que ele se encontrava em uma audiência reivindicando seus direitos, pois, o mesmo está com os vencimentos todos atrasados (férias, décimo terceiro, salário etc).
Também houve a informação de que em Citrolândia, cidade próxima a Betim, a mesma situação está ocorrendo há vários dias e a ECT sabia que estes funcionários iriam se ausentar. Por aí já dá para notar o descaso da empresa com os atendentes comerciais, apesar da demagogia de chamar todos de “colaboradores”. Como se não bastasse a dupla jornada que é imposta aos atendentes comerciais como funcionários dos Correios e bancários ao mesmo tempo, exigência de metas absurdas através do famigerado GCR (Gerenciamento de Competência e Resultados) ainda têm que se submeter a esta situação ridícula, tendo que se justificar junto à população de Betim pela não abertura da agência, uma cidade com aproximadamente 400.000 habitantes.
Diante de tanta arbitrariedade e descaso da ECT, o Sintect-MG convoca os trabalhadores a se engajarem na luta contra a privatização, contra esta política de terceirização (onde o terceirizado é ainda mais explorado e destratado pelos patrões, pela ECT e pelo governo Dilma), contra as alterações no estatuto da ECT etc. Os trabalhadores já entenderam que toda esta operação criminosa que estão fazendo contra a categoria de Correios e a população brasileira visa beneficiar uma minoria de capitalistas parasitas que vivem à custa do suor dos trabalhadores.

domingo, 20 de março de 2011

Exigir a apresentação oficial do documento do novo estatuto dos Correios

Novo estatuto é privatização
A direção da ECT e o governo estão escondendo da categoria o novo estatuto, com medo da mobilização dos trabalhadores contra a privatização
Há quase três meses, o presidente da ECT, Wagner Pinheiro, e o governo estão anunciando a mudança do estatuto da empresa. O documento já foi elaborado, já tramitou nos ministérios e deve ser aprovado em pouco tempo.
Apesar de tudo, o documento ainda não foi sequer apresentado aos trabalhadores e às suas organizações sindicais. Não só os trabalhadores não tiveram nenhuma chance de opinar sobre as mudanças, como estão sendo impedidos de ter conhecimento do conteúdo do documento.
A julgar pelos pontos que a direção da empresa já revelou, o novo estatuto representa um modelo definitivo de privatização dos Correios. É esse o motivo pelo qual o governo e o presidente da ECT se recusam a apresentar o documento do novo estatuto. Eles não querem que os trabalhadores tomem conhecimento para evitar a resistência e a mobilização da categoria contra a privatização.
A direção da empresa sabe que há uma forte tendência de luta nos trabalhadores. Para privatizar a empresa, a categoria está sendo atacada em todos os setores de trabalho. A situação nos setores é precária, com excesso de serviço, falta de funcionários, horas-extras constantes, doenças ocupacionais etc.
Para privatizar, os ataques aos trabalhadores fazem parte da necessidade dos capitalistas de aumentarem seus lucros por meio da super-exploração da categoria. Os problemas nos setores de trabalho são parte, dentro dos Correios, dessa política de rapina.
Os ataques contra os trabalhadores dos Correios fazem parte de um plano geral do governo para aprofundar o roubo da população brasileira para sustentar os capitalistas internacionais em crise. Esse é o fundo das medidas de Dilma Rousseff, que cortou R$ 50 bilhões do orçamento, que aprovou um salário mínimo miserável e que anunciou as privatizações, como a dos aeroportos e a dos Correios.
A categoria vai se mobilizar contra esses ataques e contra a privatização dos Correios. Os trabalhadores exigem que o documento do novo estatuto, que diz respeito à vida de toda a categoria, seja apresentado imediatamente.

sábado, 19 de março de 2011

Sindicalistas do governo, com o apoio do PSTU, marcam greve apoiada pelo governo

Dá pra acredita?

No Consin, os traidores do PT e do PCdoB, com a cobertura do PSTU, marcaram outro calendário de lutas farsa para tentar desmobilizar os trabalhadores e defender a privatização e os ataques da direção dos Correios
Terminou nesta quinta-feira, dia 17, o XIII Consin (Conselho de Sindicato da Fentect). Os temas que seriam discutidos eram o novo estatuto dos Correios e a PLR (Participação nos Lucros e Resultados) da empresa.
Depois de muito discurso dos sindicalistas, o encontro terminou do jeito que sempre termina: sem nenhuma medida concreta para mobilizar os trabalhadores, apenas a aprovação de mais um “calendário de luta”. A mesma história dos encontros anteriores. Os sindicatos elaboram um calendário para dar uma satisfação para os trabalhadores.
O “calendário de lutas” foi elaborado em acordo pelo PT, pelo PCdoB e pelo PSTU, prevendo o início da greve para o dia 26 de abril. Ninguém acredita que os sindicalistas do governo estejam dispostos a tomar alguma iniciativa de luta por menor que seja.
O “calendário de lutas” é mais um farsa de quem não quer fazer nada para lutar contra a privatização, pelo contrário é uma medida daqueles que defendem a privatização e os ataques da empresa contra os trabalhadores.
O PT e o PCdoB são os principais responsáveis dentro do movimento sindical por defenderam a política da direção da ECT. O acordo bianual, assinado em 2009 contra a vontade de toda a categoria, foi o maio exemplo disso. Em conluio com a direção da empresa, fraudaram o acordo para deixar os trabalhadores sem luta em 2010 e facilitar que a empresa pudesse aprofundar os ataques aos trabalhadores e assim, a privatização.
A greve marcada para o dia 26 é mais uma farsa orquestrada pelos sindicalistas do governo (PT e PCdoB) e pela própria direção da ECT para tentar impedir a mobilização da categoria. Para isso, mais uma vez contaram com a ajuda do PSTU.
Apenas para tomar como exemplo o último calendário de lutas, aprovado no Consin de janeiro, nada do que foi previsto foi realizado pela burocracia sindical. Estava aprovada uma caravana para a semana entre os dias 21 e 25 de fevereiro. Nada foi feito. Os sindicatos de oposição haviam aprovado um ato em frente ao edifício sede, no dia 24, contra a privatização, com ocupação do prédio. Apenas a corrente Ecetistas em Luta compareceu ao ato, trazendo companheiros de Minas Gerais, São Paulo e Campinas. A iniciativa foi boicotada por todos os grupos.
O novo “calendário de lutas” aprovado no Consin é outra farsa que serve apenas como uma resposta à tendência de luta dos trabalhadores, para no final ocorrer um boicote generalizado.
A greve para o dia 26 é exatamente a mesma coisa. Já ficou provado que os sindicalistas do governo não estão dispostos a lutar, pelo contrário, estão no bolso da direção da empresa para defender a privatização e os ataques aos trabalhadores. O PSTU, por seu lado, tenta dar uma cobertura para a farsa e a traição.
Os trabalhadores não se iludem com mais essa manobra feita em conjunto entre os sindicalistas, a direção dos Correios e o próprio governo. Em todos os setores de trabalho cresce cada vez mais a tendência de luta da categoria. Os trabalhadores devem se organizar de maneira independente, contra a traição dos sindicalistas do governo, para enfrentar os ataques dos patrões e barra a privatização dos Correios.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Plenário vota MP que amplia prazo para licitação de franquias postais

Luiz Alves (Agência Câmara de Notícias) Berzoini consultou a Casa Civil sobre a necessidade de ampliação do prazo.O Plenário vota hoje a Medida Provisória 509/10, que prorrogou de 7 de novembro de 2010 para 11 de junho de 2011 o prazo para os Correios concluírem as licitações das suas franquias. Ao editar a MP, o governo argumentou que não conseguiu cumprir o prazo para licitar as franquias por causa de ações judiciais.
A Lei 11.668, de 2008, deu dois anos de prazo para os Correios promoverem licitação para todos os pontos de franquia, substituindo os contratos em vigor, feitos sem licitação. Ao final do prazo (7 de novembro), apenas 227 processos de licitação haviam sido concluídos e 504 estavam em andamento. Os demais (519) estavam suspensos por decisão judicial, conforme a mensagem do governo que acompanha a MP.
Enquanto não forem concluídas as licitações, ficarão valendo os contratos anteriores à lei. A MP precisa ser votada pelos deputados e senadores até o próximo dia 23, ou perderá a eficácia. Há acordo de líderes na Câmara para votar a medida hoje.
Mais prazo
O relator da MP, deputado Ricardo Berzoini (PT-SP), não descarta a possibilidade de ampliar ainda mais o prazo estabelecido pela MP para a conclusão das licitações. "A nossa preocupação agora é dialogar com o governo. Estou fazendo isso, para ver se o prazo é esse mesmo ou se há necessidade de mais tempo para a conclusão do processo com total eficiência e respeito ao interesse público", disse.
Segundo o deputado Edson Santos (PT-RJ), o prazo deveria ser estendido para 14 de outubro de 2012. Santos apresentou uma emenda à MP propondo a nova data. "Essa demanda foi apresentada pelo movimento dos franqueados. É preciso verificar com a Casa Civil e o Ministério das Comunicações a viabilidade da extensão desse prazo, que eu considero boa para o governo, por garantir mais tempo para preparar todo o processo de licitação", afirmou.

terça-feira, 15 de março de 2011

Dez mil rifas até o final do ano

Por uma organização independente dos trabalhadores
Para garantir a independência da luta dos trabalhadores contra os ataques dos patrões, a corrente sindical Causa Operária e a corrente Ecetistas em Luta estão realizando a campanha financeira nacional
A corrente sindical Causa Operária e a corrente Ecetistas em Luta (dos trabalhadores dos Correios) estão realizando uma ampla campanha financeira nacional para fortalecer a luta dos trabalhadores contra a burocracia sindical e os ataques que os capitalistas estão preparando contra os trabalhadores.
Para a campanha, os militantes e simpatizantes da corrente sindical nacional Causa Operária estão vendendo uma rifa para garantir a ampla participação de todos os trabalhadores. A campanha com a rifa, que já é tradicional, está sendo feita em diversas categorias. Trabalhadores dos Correios, bancários, professores, metalúrgicos, trabalhadores dos frios, processamento de dados, servidores públicos estão adquirindo a rifa, participando e dando sua colaboração para a organização independente dos trabalhadores em sua luta contra os patrões.
Os trabalhadores têm a oportunidade de contribuir para essa organização durante todo o ano. Entre os prêmios, que são sorteados no último sábado de cada mês pela Loteria Federal, estão notebooks, aparelhos eletrônicos, geladeira e o principal prêmio: uma motocicleta CG 125 cilindradas, que será sorteada em dezembro. O trabalhador que adquirir o número da rifa participará de todos os dez sorteios que ocorrerão até o final do ano, com cinco chances por mês de ganhar.
No caso dos trabalhadores dos Correios, a importância da campanha financeira torna-se mais relevante. A direção da ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos), o governo e os capitalistas internacionais estão privatizando os Correios. A privatização, que já vinha sendo anunciada através de uma série de medidas, está sendo encaminhada na prática com a mudança de estatuto da empresa, que vai permitir que o dinheiro público dos Correios seja distribuído pelos capitalistas, através da sociedade com empresas privadas e a criação de empresas subsidiárias. Isso se levarmos em conta apenas o que foi admitido pela direção da ECT, que está escondendo dos trabalhadores o documento do novo estatuto para evitar a resistência da categoria contra a privatização.
A participação massiva dos trabalhadores adquirindo a rifa e inclusive colaborando com a venda entre os companheiros nos setores de trabalho será de extrema importância para fortalecer a luta contra a privatização. Fortalecer a corrente Ecetistas em Luta é fortalecer uma organização independente que luta contra os patrões e que faz uma oposição nacional à maioria da Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios), constituída pela direita do PT e pelo PCdoB, que há anos vem traindo a categoria como foi o caso do acordo bianual em 2009.
A meta da corrente sindical Causa Operária é vender, até o final do ano, cerca de dez mil rifas. Para aqueles que ainda não colaboraram, está na hora de contribuir para a luta contra a privatização dos Correios e os ataques que os trabalhadores estão sofrendo a cada dia nos setores de trabalho.
O fortalecimento de uma organização independente dos patrões e da burocracia sindical, tanto financeira como politicamente, será essencial para a luta do próximo período que será de intensas mobilizações dos trabalhadores contra os ataques que os capitalistas em crise estão preparando.

Direção da ECT contrata, sem licitação, organizadora do novo concurso

Concurso dos Correios
Direção da ECT contrata, sem licitação, organizadora do novo concurso
Apesar de finalmente ter anunciado o organizador do concurso, a contratação foi feita sem licitação e por um valor mais caro do que a anterior, R$ 32 milhões

Depois de muita enrolação, a direção dos Correios publicou no “Diário Oficial da União” desta segunda-feira, dia 14, o anúncio da escolha da nova organizadora do concurso público. A escolhida foi o Centro de Seleção e de Promoção de Eventos da Universidade de Brasília (Cespe/UnB) para a realização do concurso da empresa.
Segundo o que foi anunciado, os candidatos que se inscreverem no concurso disputarão cerca de oito mil vagas distribuídas entre os diferentes cargos. Número de vagas, diga-se de passagem, insuficiente para o problema de falta de funcionários da empresa. Os cargos relacionados são de carteiro, OTT (Operador de Triagem e Transbordo), atendente comercial, analista de correios, analista de saúde, auxiliar de enfermagem do trabalho, enfermeiro do trabalho, engenheiro de segurança do trabalho, médico do trabalho e técnico em segurança do trabalho.
Desde dezembro de 2009 o concurso dos Correios, com mais de um milhão de inscritos, está parado e chegou a ser cancelado no final de 2010 depois de contestação do Ministério Público. O MP contestou a contratação da Cesgranrio como organizadora da prova, alegando irregularidades. A Cesgranrio foi escolhida por meio de dispensa de licitação, ou seja, o contratado foi firmado entre as partes sem licitação da empresa estatal.
Apesar do gravíssimo problema de falta funcionários em todos os setores do País, a direção da empresa vem enrolando os trabalhadores, sem contratar funcionários.
Por conta desse problema, o excesso de serviço nos setores está se tornando um problema sério. Os trabalhadores estão enfrentando uma carga de trabalho bem maior, com menos funcionários, o que resulta em dobras e horas-extras constantes. O número de trabalhadores doentes é muito grande e faltam materiais adequados para o trabalho, os setores estão um verdadeiro caos, com atrasos nas entregas.
A falta de funcionários e a calamidade nos setores fazem parte da política de privatização dos Correios, aumentando a exploração dos trabalhadores para aumentar os lucros da empresa, para beneficiar os capitalistas que querem colocar as mãos na estatal. O visível aumento da terceirização a partir do final de 2010 é prova dessa política para explorar mais a categoria. Os terceirizados, além de não receberem os mesmos direitos e salários dos concursados, sofrem com atrasos e calotes por parte das empresas terceirizadas.
O anúncio da contratação de Cespe/UnB não veio junto com a publicação das datas das provas, o que faz os trabalhadores ainda suspeitarem se realmente o concurso vai acontecer. Até agora foram apenas promessas da direção da ECT. Um agravante é o fato de que a Cespe/UnB foi contratada em condições parecidas com a da Cesgranrio, ou seja, por meio de dispensa de licitação.
O valor do contrato foi de R$ 32,770 milhões e ocorreu sem licitação. O valor é maior do que o contestado pelo MP no contrato com a Cesgranrio que era de cerca de R$ 26 milhões. O contrato com a Cespe/UnB além de ocorrer sob as mesmas condições é ainda mais caro, o que implica mais suspeitas contra a direção da ECT.
Os trabalhadores exigem a contratação imediata de no mínimo 30 mil novos ecetistas, a abertura imediata do concurso, o fim da terceirização e a incorporação de todos os terceirizados que já estejam trabalhando nos Correios aos quadros da empresa.

domingo, 13 de março de 2011

Oposição CTB/PCdoB de Minas Gerais quer os sindicatos nas mãos dos patrões

Não à intervenção
Oposição CTB/PCdoB de Minas Gerais quer os sindicatos nas mãos dos patrões
A direção dos Correios financiou elementos da oposição para tirar o sindicato das mãos dos trabalhadores e impedir a luta contra a privatização
A pretensa oposição à diretoria do Sintect-MG (Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de Minas Gerais) distribuiu alguns panfletos para os seus amigos para caluniar o Sintect-MG e os trabalhadores dos Correios nacionalmente.
Uma das ofensas contra a categoria foi a defesa explícita da intervenção patronal tanto no sindicato de Minas Gerais, como no Sintect-ES, que recentemente sofreu uma intervenção da justiça dos patrões.
Essa oposição, formada por elementos desclassificados e comprados como verdadeiras garotas de programa pela direção da ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos), como é o caso de seu líder, Orozimbo Roberto dos Santos, que nesse momento está sendo processado por tentativa de assassinato por esfaquear dois companheiros em pleno setor de trabalho durante as eleições sindicais em junho de 2010.
Esses elementos receberam dinheiro e privilégios da direção dos Correios e do bloco traidor (PT e PCdoB) da Fentect, como eles mesmos admitiram em mais de uma ocasião, para fazer oposição ao Sintect-MG. Isso porque o sindicato de Minas Gerais, terceiro maior da categoria em nível nacional e dirigido pela corrente Ecetistas em Luta, do PCO, é o principal sindicato na luta contra os traidores da Fentect, o que foi decisivo na luta contra o acordo bianual de 2009, assinado pela direção da empresa e os traidores da direita do PT e do PCdoB/CTB que deixou os trabalhadores sem aumento e sem luta em 2010.
Na tentativa desesperada de tirar o maior sindicato de oposição nacional das mãos dos trabalhadores, a direção da empresa e os traidores financiaram esses elementos. Eles não têm nenhuma autoridade entre os trabalhadores, pois são constituídos por puxa-sacos de chefes e por pessoas como o “famoso” traidor Teixeirinha, que vendeu a categoria em troca de um cargo na empresa. Desse modo, não tinham a menor chance de enganar os trabalhadores e saírem vitoriosos nas eleições sindicais, tanto que sequer conseguiram inscrever uma chapa.
Como não têm apoio entre os trabalhadores, contaram com o incentivo financeiro da direção dos Correios para entrar na justiça contra o sindicato pedindo a intervenção judicial. Querem ganhar o sindicato no “tapetão”, colocando no lugar dos trabalhadores alguém nomeado pelos patrões para decidir sobre o sindicato. Em Minas Gerais, não estão sendo bem sucedidos, mas ainda torcem para que a justiça dos patrões tome conta do sindicato, tomando por base acusações que a própria justiça já declarou serem completamente infundadas.
Contudo, apesar da derrota em Minas Gerais e do total desprezo que recebem da categoria, no seu panfleto tentam intimidar os trabalhadores de Minas Gerais defendendo o que ocorreu no Espírito Santo. Nesse Estado, um grupo também constituído de chefes e apoiados abertamente pelos traidores da federação e por membros da direção corrupta da ECT, também pediu a intervenção judicial no Sintect-ES. O juiz que julgou o caso, um ex-chefe dos Correios no Espírito Santo, nomeou um interventor e convocou eleições farsa para dar a vitória para os traidores.
Tanto no caso de Minas Gerais como no Espírito Santo, a intenção da direção da empresa é tirar dos trabalhadores o sindicato e colocá-lo a serviço dos patrões para não haver resistência contra os planos para privatizar os Correios e contra os ataques aos trabalhadores como foi o caso do acordo bianual.
Esses elementos desclassificados e corruptos, que se vendem por um trocado e traem uma categoria com mais de cem mil trabalhadores, estão sendo esmagados pela mobilização dos próprios trabalhadores. A tendência de luta da categoria é se levantar contra os ataques da empresa, como o excesso de serviço e a alta de funcionários, que estão sendo colocados em prática com o objetivo de privatizar os Correios. No Espírito Santo, por exemplo, os trabalhadores boicotaram massivamente as eleições farsa convocadas pelo interventor patronal e não reconhecem a diretoria empossada pela empresa.
Em Minas Gerais, essa pretensa oposição não agüenta mais ser hostilizada pelos trabalhadores, que sabem que ela foi formada com o dinheiro dos principais traidores da categoria da CTB/PCdoB, os mesmos que foram colocados pela empresa no Sintect-SP para defender a privatização dos Correios. A CTB, que financia essa oposição em Minas Gerais, foi a principal responsável pelo acordo bianual e pelas maiores traições contra a categoria. Quem não se lembra que nos panfletos anteriores da oposição, o logotipo da CTB vinha estampado para todo mundo ver?
Esses elementos vão ser atropelados pela categoria, que não aceita mais os traidores e vendidos. Os trabalhadores não vão permitir que os patrões tomem conta do sindicato, o que está na ordem do dia é a luta contra a privatização dos Correios.

Oposição para defender o acordo bianual

CTB/PCdoB em Minas Gerais
Oposição para defender o acordo bianual
A oposição patronal da CTB/PCdoB em Minas Gerais tenta enganar os trabalhadores como se ela não tivesse nada a ver com a traição que deixou a categoria sem aumento em 2010
Em seu panfleto, a oposição ao Sintect-MG (Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de Minas Gerais), desesperada, tenta “tirar o corpo fora” dos traidores que são seus tradicionais aliados.
Em determinado momento do seu panfleto, tentam enganar os trabalhadores “criticando” levemente a Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios) e o seu secretário-geral e o seu aliado Manoel Cantoara, ambos da Articulação do PT. Os elementos desclassificados dessa pretensa oposição, que na verdade não passa de um grupo em defesa dos patrões, pensam que a categoria é idiota.
Todos sabem que a oposição patronal de Minas Gerais foi criada com o financiamento da direção da empresa e com o apoio justamente dos traidores da federação nacional. Os panfletos da oposição sempre vinham acompanhados com o logotipo da CTB (Central dos Trabalhadores do Brasil), central pelega dominada pelo PCdoB.
A CTB e obviamente a oposição patrão de Minas Gerais, são os maiores aliados da Articulação do PT, justamente o grupo político do secretário-geral da Fentect, José Rivaldo “Talibã” e de Manoel Cantoara, ex-secretário geral que ganhou um cargo de R$ 16 mil na cúpula dos Correios após ter traído os trabalhadores. Esses são os maiores traidores da categoria e amigos da oposição patrão de Minas Gerais.
A oposição patrão tenta colocar a culpa pelo acordo bianual apenas em Manoel Cantoara e no Talibã, quando na verdade todos sabem que a assinatura do acordo bianual só foi possível por causa da união desses elementos da direta do PT, com a CTB/PCdoB. A participação da CTB para fraudar o acordo bianual foi decisiva e essencial, sem o grupo político do qual faz parte a oposição de Minas Gerais, seria infinitamente mais difícil para os traidores e a direção da ECT terem assinado o acordo bianual, passando por cima da vontade dos trabalhadores.
A CTB/PCdoB é a diretoria do Sintect-SP, o maior sindicato da categoria e que foi decisivo para a traição do acordo em 2009, fraudando descaradamente a assembléia que acabou com a greve. Foram inclusive os elementos do PCdoB/CTB, que hoje financiam a oposição em Minas Gerais, que viajaram até o Tocantins para ajudar os chefes locais e o pelego do sindicato local a fraudar o acordo.
Todos eles, Talibã e Manoel Cantoara, ambos da direita do PT, e os elementos da CTB/PCdoB, incluindo aí a oposição de Minas Gerais, são responsáveis pelo acordo bianual que deixou a categoria sem aumento e sem luta em 2010. Isso porque, todos eles estão trabalhando para a direção da ECT, que está intensificando os ataques contra os trabalhadores para privatizar os Correios. Não é à toa que em seu panfletinho não dizem uma palavra sequer sobre a privatização.
É por isso que os elementos mais pelegos e traidores da burocracia sindical dos Correios tentaram formar essa oposição patronal em Minas Gerais, com o total apoio da empresa, para tentar tirar o sindicato das mãos dos trabalhadores. O Sintect-MG, dirigido pela corrente Ecetistas em Luta, como já é reconhecido em toda a categoria em nível nacional, é o maior sindicato que faz oposição real aos traidores da categoria.
No próprio boletim, os elementos da oposição patronal traem o que eles mesmos dizem. Ao comemorar a intervenção dos patrões no Sintect-ES, comemoram o fato de que a direção da empresa está agora na diretoria daquele sindicato, provando que são elementos patronais. Contudo, não é só isso: ao apoiar a intervenção no Espírito Santo, apóiam justamente Manoel Cantoara, Talibã e a CTB/PCdoB, todos esses estiveram no estado para dar total apoio à chapa patronal de oposição criada pela direção da empresa, que como em Minas Gerais, quer ver o sindicato fora do controle dos trabalhadores.
Essa é a cara da oposição patronal de Minas Gerais. Desesperados e cada vez mais sozinhos, tentam enganar os trabalhadores para fazer defender os interesses da direção corrupta da ECT e dos traidores dos trabalhadores.

sábado, 12 de março de 2011

Líder da oposição/CTB em Minas Gerais é indiciado por tentativa de assassinato

Derrota da máfia nos Correios
Orozimbo Roberto dos Santos deve ser condenado por esfaquear companheiros durante as eleições sindicais no ano passado
Enquanto os elementos desclassificados e corruptos da oposição patronal ao Sintect-MG (Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de Minas Gerais) tentam juntar as mínimas forças para enganar os trabalhadores, sem nenhum resultado, eles escondem da categoria os seus integrantes principais.
No seu último panfleto, esconderam o fato de pertencerem à CTB/PCdoB, grupo de pelegos que estão nos sindicatos para fazer a política dos patrões, como foi o caso da assinatura do acordo bianual nos Correios. Esconderam também a assinaturas dos elementos que constituem o grupo, isso porque a maioria debandou.
Outra coisa que tentam esconder da categoria é que seu líder, chamado Orozimbo Roberto dos Santos, carteiro no CDD Sid, está sendo indiciado pela justiça criminal por tentativa de assassinato e deve receber ordem de prisão pelas próximas semanas.
Esse elemento, para intimidar os trabalhadores, esfaqueou dois companheiros da Corrente Ecetistas em Luta que trabalhavam nas eleições para o Sintect-MG, em junho. O completo e massivo apoio da categoria à chapa da corrente Ecetistas em Luta e o fato de que seu grupo de oposição- financiado pela direção da ECT – não ter conseguido sequer pessoas para montar uma chapa levou-o ao desespero.
Orozimbo partiu para cima dos companheiros que ajudavam nas eleições e os esfaqueou, causando ferimentos graves em ambos.
A corrente Ecetistas em Luta entrou na justiça contra esse delinqüente, pois não aceita que esses elementos patronais agridam companheiros numa tentativa de intimidar todos os trabalhadores.
Essa é a política do PCdoB em todos os lugares. A ação desses elementos é intimidar os trabalhadores para dominar o sindicato e poder levar adiante sua política em defesa dos patrões. Em São Paulo, por exemplo, o PCdoB/CTB, na diretoria do Sintect-SP, realiza assembléias escondidas, sem convocar os trabalhadores, com distribuição de cerveja para os seus aliados e impedem que a oposição fale e que os trabalhadores possam se manifestar.
A CTB/PCdoB é uma máfia patronal dentro dos sindicatos. Os trabalhadores não vão aceitar esse tipo de tratamento e vão partir para cima desses capitães-do-mato da direção dos Correios. No caso da ECT, o papel claro da CTB/PCdoB é o de ajudar os capitalistas e a direção da empresa a privatizar os Correios.
Orozimbo Roberto dos Santos, líder da oposição patronal CTB/PCdoB de Minas Gerais, será pagará devidamente pelos seus crimes contra os trabalhadores e a máfia patronal do PCdoB/CTB será expulsa pelos trabalhadores, que vão se levantar em todo o País contra os ataques da direção da empresa e contra a privatização.

Os Correios estão sendo privatizados em vários países

Tendência internacional
Os Correios estão sendo privatizados em vários países
Trabalhadores dos Correios na Europa também estão sofrendo com a privatização
Apesar das mentiras do governo brasileiro, que tenta convencer os trabalhadores de que não haverá privatização dos Correios, os capitalistas internacionais estão decididos a colocar as mãos nos lucros da empresa estatais que ainda restam.
No Brasil, em 2009, Dilma Rousseff, então ministra da Casa Cilvil e Paulo Bernardo, então ministro do Planejamento, atual ministro das Comunicações, estiveram representados pelos seus ministérios em um Grupo de Trabalho Interministerial (GTI), criado pelo governo Lula, que elaborou um projeto para transformar a ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telágrafos) em Correios do Brasil S.A., uma Sociedade Anônima para distribuir os dinheiros público da empresa para os capitalistas em crise.
O projeto ainda não foi colocado em prática, mas abriu caminho para modificações que o atual governo está realizando na empresa. A principal delas é o novo estatuto dos Correios, que está sendo elaborado escondido dos trabalhadores. As partes reveladas desse documento, que o presidente da ECT, Wagner Pinheiro, se recusa a apresentar, já mostram que as mudanças vão ao sentido da privatização, como a permissão da empresa em constituir empresas subsidiárias e em ser sócia acionária em empresas privadas. Além disso, o chamado modelo de gestão da empresa será todo baseado em empresas de capital aberto, o que vai significar o aumento da exploração dos trabalhadores.
As mudanças no estatuto serão adicionadas a negócios que já existem na empresa, como o Banco Postal, que distribui bilhões de dinheiro público aos banqueiros e as franquias, que permitem que empresários lucrem com a exploração de serviços que deveriam ser exclusividade da ECT.
Tudo isso comprova que a privatização dos Correios já é uma realidade e já está acontecendo. As medidas privatizantes que estão sendo tomadas nos Correios brasileiros são as mesmas que estão sendo feitas nos Correios de vários países europeus, como por exemplo, Portugal, França e Inglaterra.
Em fevereiro, sindicalistas desses três países realizaram um protesto no Parlamento Europeu contra o que eles chamam de “liberalização” dos serviços postais, o que significa exatamente a mesma coisa que está acontecendo no Brasil.
Os serviços postais, que são serviços praticados pela empresa estatal, estão sendo jogados nas mãos dos capitalistas para que eles lucrem à custa dos trabalhadores das empresas públicas.
Um sindicalista português declarou: “queremos «tentar travar de fato que a liberalização avance por toda a Europa”. A afirmação revela a tendência geral de privatização dos Correios em todo o mundo. Os capitalistas e especuladores internacionais estão atravessando a maior crise de todos os tempos e precisam atacar os trabalhadores dos países tomando conta do dinheiro “fácil” das empresas públicas.
A fórmula é simples: os abutres internacionais tomam conta da empresa já formada para roubar o dinheiro da população através da privatização. Isso sem contar na qualidade dos serviços que sofrem uma enorme queda.
Os trabalhadores dos Correios estão vendo nos setores as conseqüências da privatização: falta de funcionários, terceirização, excesso de trabalho, demissões, super-exploração. Essa é a tendência internacional e os capitalistas que estão de olho nos Correios europeus também estão colocando as mãos na ECT, considerada uma das principais empresas do mundo no setor.
O governo Dilma Rousseff mente para tentar enganar os trabalhadores e evitar a mobilização contra o roubo que está sendo preparado contra todo o povo brasileiro.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Trabalhador tem que trabalhar mais para pagar cesta básica

Escravidão
Trabalhador tem que trabalhar mais para pagar cesta básica
O DIEESE, órgão oficial das “Centrais Sindicais” e dos patrões apresentou os preços da cesta básica em fevereiro
O DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) apresentou na última semana o preço de cesta básica de fevereiro. O Órgão oficial, controlado pela direitista Força Sindical, apresentou uma leve queda no preço da cesta (em nenhuma capital a queda ficou muito acima dos 2%) em nove das 17 capitais pesquisadas. Nas outras oito capitais houve aumento, Aracaju foi recordista com uma elevação de 4,32%.
As oscilações parecem irrelevantes se a análise for feita apenas com base nos dados relacionados a janeiro. O mais relevante das estatísticas apresentadas, no entanto, são os números do tempo mínimo de trabalho para que um trabalhador compre a cesta básica ganhando um salário mínimo. Nesse quesito, em nenhuma das capitais houve queda em relação a fevereiro de 2010.
Na principal cidade do País, São Paulo, para comprar a cesta básica em fevereiro do ano passado, o trabalhador precisava de 99h4m de trabalho. Em fevereiro de 2011 precisou de 106h24m. Em quase todas as capitais pesquisadas, o aumento do tempo de trabalho para que um trabalhador de salário mínimo adquirisse a chamada “ração essencial” manteve a média de aumento de São Paulo, entre quatro e seis horas a mais de trabalho, ou seja, quase um dia a mais de trabalho.
Os trabalhadores de Goiânia são os que mais tiveram aumento no tempo de trabalho. Se em fevereiro de 2010 eram necessárias 82h14m, em fevereiro desse ano foram necessárias 98h24m de trabalho para adquirir uma cesta básica. O aumento de mais de 16 horas representam mais de dois dias de jornada de trabalho.
Em São Paulo, onde o tempo de trabalho e o preço da cesta são os maiores do País o trabalhador teve que trabalhar mais da metade dos dias úteis do mês de fevereiro (excluindo sábados e domingos) para poder pagar a cesta básica;, foram necessários mais de 13 dias de jornada de trabalho.
Os números revelam que os trabalhadores estão cada vez mais sofrendo com a crise econômica, principalmente com a elevação no preço dos alimentos. A luta por um salário mínimo vital é crucial para a sobrevivência dos trabalhadores. O próprio DIEESE apresenta a necessidade de um salário mínimo de R$ 2. 194,18.
Porém o próprio salário mínimo do DIEESE não corresponde à real necessidade dos trabalhadores, pois os resultados apresentados pelo departamento estão vinculados aos capitalistas que têm relações diretas com esse órgão. É necessária a luta por um salário mínimo de R$ 2.500 que seja capaz de atender às “necessidades básicas vitais dos trabalhadores e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada a sua vinculação para qualquer fim”, conforme diz a própria Constituição Fedderal de 1988.

quinta-feira, 10 de março de 2011

A política “sindical” da direção dos Correios

Atacar os trabalhadores e privatizar 
As últimas reuniões, como a da PLR, confirmam que a política da direção da empresa é comprometer os sindicalistas para evitar a resistência da categoria
As recentes negociações entre sindicalistas da Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios) e a direção da ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) vêm revelando o objetivo do governo na nomeação da nova diretoria da empresa. Como já vem assinalando esse jornal desde que tomaram posse os novos diretores, Dilma Rousseff escolheu a dedo ex-sindicalistas ligados ao próprio PT para ocupar os principais postos da empresa, acabando assim com anos de dominação do PMDB nos Correios.
A começar pelo presidente Wagner Pinheiro, petista ligado aos bancários, que inclusive atuou no sindicato da categoria, a bancada conta ainda, apenas para citar alguns nomes, com Larry Manoel Medeiros de Almeida, diretor de Gestão de Pessoas, ex-carteiro e ex-sindicalista da categoria no Rio Grande do Sul; e o diretor de Administração, Nelson Luiz Oliveira de Freitas, petista que já atuou na prefeitura Marta Suplicy em São Paulo.
A privatização dos Correios já é certa pelo governo, indicada nos discursos de Dilma no momento de sua posse.
É exatamente da necessidade de impor os maiores ataques contra a categoria que surge a necessidade de nomear uma diretoria com ligações diretas com o movimento sindical e o próprio PT. O objetivo do governo é “amolecer” as relações com os sindicalistas para evitar uma resistência na hora de endurecer com os trabalhadores.
A escolha do governo não indica, pois, uma política mais favorável aos trabalhadores. Pelo contrário, a escolha de Dilma satisfez os banqueiros e os capitalistas e seus planos de privatização dos Correios. Se é verdade que os diretores petistas têm antigas relações com o sindicalismo, é ainda maior a verdade de que suas relações atuais são com os banqueiros. Exemplo do próprio Pinheiro que foi presidente da Petrus, fundo de pensão dos trabalhadores da Petrobras e controlada pelos bancos como todo fundo de pensão.
Comprometer os sindicalistas para derrotar os trabalhadores

Os dois últimos encontros entre a Fentect e a direção da ECT deixam bem claro a relação pretendida pela empresa.
Para representar a ECT nas negociações sobre a PLR (Participação nos Lucros e Resultados) foi convocada uma comissão composta quase que exclusivamente por ex-sindicalistas. Alguns exemplos são João Rocha (PT), em membro da Fentect atual diretor regional do Mato Grosso do Sul, e Eugênio Valentin (PT) ex-diretor de Recursos Humanos em São Paulo e também ex-sindicalista.
Nas reuniões da PLR, que ainda estão acontecendo, os dois lados da mesa são compostos por sindicalistas. Contudo, apesar do enorme clima de amizade que existe entre os representantes da Fentect (PT, PCdoB e PSTU) e a comissão da empresa, todo o circo foi cuidadosamente armado para lesar os trabalhadores.
São esses traidores os responsáveis por querer empurrar à categoria critérios absurdos para restringir ao máximo o pagamento da PLR. De acordo com os negociadores da empresa, o trabalhador não poderá faltar, ficar doente, não poderá reivindicar nada com medo de receber uma punição e, claro, não poderá fazer greve. Os critérios impostos pela empresa revelam o nível de degradação moral dos ex-sindicalistas que negociam em seu nome.
São ataques monstruosos e profundos contra os trabalhadores, com o objetivo de aumentar a exploração nos setores, barateando o custo da mão-de-obra para aumentar os lucros dos capitalistas com a empresa. Com esses critérios, os trabalhadores que já estavam trabalhando doentes, serão ainda mais escravizados, tudo com uma boa dose de “moralidade” por parte dos ex-sindicalistas.
A situação armada pela empresa está dando certo. Todos os ataques “oferecidos” pelos patrões contra os trabalhadores estão sendo cuidadosamente considerados e apoiados por todos os representantes da Fentect (PT, PCdoB, PSTU e MRL).
Outro exemplo do comprometimento entre a direção da ECT e os supostos representantes dos trabalhadores foi a última reunião entre estes e o presidente da empresa, Wagner Pinheiro.
O tema da reunião foi o novo estatuto dos Correios, que a direção da empresa se recusa a apresentar o documento, cujos pontos que foram minimamente revelados representam claramente a privatização da ECT, como a possibilidade de constituição de empresas subsidiárias.
A reunião convocada por Wagner Pinheiro ocorreu no último dia 3 de março. Ele continuou se recusando a apresentar o documento aos trabalhadores e suas organizações, porém queria dos representantes da Fentect uma espécie de “voto de confiança”. Ou seja, o estatuto de uma empresa pública está sendo ocultado da categoria e da população e o que a direção da empresa quer é que nove sindicalistas reunidos em uma sala fechada confiem que as mudanças sigilosas não representarão nenhum mal aos cem mil trabalhadores em todo o País.
Está claro que a intenção da direção petista dos Correios é comprometer os sindicalistas para poder ter carta branca para atacar como nunca a categoria.
As intenções do governo do PT e da direção dos Correios estão claras: atacar ainda mais os trabalhadores para privatizar a empresa, exatamente como vem ocorrendo nos setores de trabalho. A categoria não deve aceitar discursos da direção corrupta da empresa, nem do governo e deve rejeitar qualquer tentativa dos sindicalistas de comprometer a categoria com os ataques dos patrões. A única garantia dos trabalhadores é sua mobilização e sua luta.

quarta-feira, 9 de março de 2011

PCdoB/CTB: sair na foto com a direção da ECT, sim, lutar contra a privatização, não

Fique de olho
PCdoB/CTB boicotou a manifestação contra a privatização em Brasília
Enquanto alguns diretores do Sintect-SP realizavam reuniões com a burocracia da ECT para fazer demagogia com os trabalhadores, chegando ao cúmulo de levar reivindicações absurdas para a direção da empresa, como a defesa do aumento da terceirização, os trabalhadores faziam um ato em Brasília contra a privatização dos Correios.
No último Consin (Conselho de Sindicatos da Fentec) que aconteceu no final de janeiro, foi discutido o novo estatuto dos Correios – que representa a privatização da empresa – e foi aprovado um ato em frente ao edifício sede da ECT contra a privatização. A diretoria do Sintect-SP sequer mandou um representante à reunião.
A manifestação contra a privatização ocorreu no dia 24 de fevereiro e foi deliberadamente boicotada por todas as organizações políticas, incluído aí o PCdoB/CTB, que dirige o Sintect-SP. Para não ter que enfrentar a direção dos Correios, a diretoria do sindicato não mobilizou absolutamente nenhum setor, nenhum trabalhador para a manifestação. Apenas os membros da corrente de oposição Ecetistas em Luta estiveram no ato em Brasília. A corrente Ecetistas em Luta, que dirige o sindicato de Minas Gerais e a oposição em São Paulo, levou cerca de 100 trabalhadores para protestar em Brasília.
O boicote generalizado não impediu que a manifestação ocorresse. O PCdoB/CTB não organizou a ida dos trabalhadores ao ato. A diretoria do Sintect-SP sequer mandou um representante para acompanhar, mesmo com os representantes do sindicato estando em Brasília no mesmo dia, mas estavam preocupados com outra coisa: tirar fotos com seus amigos corruptos da direção da ECT para tentar convencer os trabalhadores de São Paulo que eles estariam fazendo alguma coisa.
O PCdoB é a favor da privatização, por isso é contra qualquer iniciativa para mobilizar os trabalhadores e foi colocado no Sintect-SP para levar adiante a política dos patrões. Os trabalhadores devem passar por cima desses traidores, que são os mesmos que assinaram o fraudado acordo bianual em 2009 contra a vontade da categoria, e organizar de maneira independente a luta contra a privatização e os ataques da direção da ECT.

terça-feira, 8 de março de 2011

PCdoB/CTB defende a terceirização e a privatização

No sindicato dos Correios em São Paulo
PCdoB/CTB defende a terceirização e a privatização
A reivindicação da diretoria do Sintect-SP é o aumento dos terceirizados nos setores, exatamente a política da direção da empresa e dos capitalistas que querem privatizar os Correios
O PCdoB, diretoria do maior sindicato dos Correios do País, o Sintect-SP, mais uma vez não consegue esconder o completo alinhamento de sua política com a da direção dos Correios.
No portal do sindicato na internet, a diretoria do sindicato defende abertamente a terceirização na empresa, anunciando que uma das reivindicações levadas pelo sindicato à direção da empresa foi aumento na contratação de MOTs (Mão de Obra Temporária). “A necessidade urgente de contratações e de realização de concurso público, solicitando a definição de data para o mesmo, assim como o aumento dos MOTs, pois a quantidade fornecida a DR/SPM não foi suficiente para amenizar a demanda [grifo nosso]”.
O PCdoB/CTB incentiva a política de terceirização dos Correios. O fato de que os setores em São Paulo estejam abarrotados de terceirizados não só é ignorado, há a consideração de que o número de MOTs não seria o suficiente (!).
A defesa da contratação de mais terceirizados revela que o PCdoB/CTB não está minimamente preocupado com reais contratações e com o concurso público. A colocação no começo da frase é apenas um discurso para disfarçar o real conteúdo.
Dizer que o concurso é urgente não é novidade para ninguém, muito menos para a direção da empresa, que não contrata e não abre concurso justamente porque sua política é a terceirização. Essa sim, ao contrário do que diz a diretoria do Sintect-SP, está ocupando aos montes os setores de trabalho e justamente essa política de terceirização a que está sendo defendida pelo PCdoB/CTB.
A terceirização, desejada pelo PCdoB, significa a destruição da categoria dos Correios e a privatização da empresa. Ao invés de organizar os trabalhadores para exigir de fato mais contratações e a abertura imediata do concurso público, preferem fazer discurso para a direção corrupta da empresa e pior, dão o aval para a política de terceirização (privatização) dos Correios.
Além de todo o problema político, a contratação dos terceirizados e MOTs não resolverá o problema de completa falta de funcionários. Os terceirizados, como é possível presenciar no dia-a-dia, são usados como “bucha de canhão” pela empresa, ganhando menores salários e sem direitos, com contratos temporários, sem vínculo necessário para uma preparação efetiva para realizar o trabalho de carteiros, OTTs, atendentes etc.
A quantidade de terceirizados nos setores dos Correios aumentou consideravelmente nos últimos meses, fruto da política de privatização. A “reivindicação” da diretoria do Sintect-SP é tão absurda que, se for atendida pela empresa, o número de MOTs que seriam contratados para suprir a demanda de funcionários iria quase se igualar ao número de contratados. Seria a institucionalização definitiva da terceirização. Exatamente o maior desejo dos capitalistas que querem privatizar os Correios.
O PCdoB/CTB foi colocado na diretoria do Sintect-SP, através de duas eleições fraudadas para cumprir o papel dos patrões no sindicato, que é o maior do País. Isso significa frear a luta dos trabalhadores contra a privatização. É o que está sendo provado mais uma vez.
Está na ordem do dia a luta contra a privatização da ECT, que passa por lutar contra a terceirização, e pela contratação de no mínimo 30 mil novos ecetistas e pela abertura imediata do concurso público. Os terceirizados estão sendo contratados, pois recebem baixos salários e não tem os mesmos direitos dos contratados, por isso, devemos exigir a incorporação imediata aos quadros da empresa de todos os terceirizados que já estejam trabalhando, para unir os trabalhadores contra os ataques que estão sendo preparados pelos patrões.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Direção dos Correios se recusa a apresentar documento do novo estatuto

A ditadura do governo do PT
Direção dos Correios se recusa a apresentar documento do novo estatuto

Os trabalhadores dos Correios estão sendo impedidos de discutir o novo estatuto da ECT, que prepara a privatização da empresa
Nesta quinta-feira, dia 3, ocorreu uma reunião entre o presidente da ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos), Wagner Pinheiro, e os representantes da Fentect. A reunião foi proposta pela presidência da empresa para tratar sobre o novo estatuto dos Correios.
Pinheiro limitou-se a apresentar aos sindicalistas alguns pontos que foram modificados em relação ao estatuto atual da empresa e insistiu em não apresentar o documento do estatuto. Os pontos apresentados não são nenhuma novidade. Todos eles já foram publicizados pela direção da ECT, em entrevistas à imprensa e até mesmo no Primeira Hora (informativo interno da empresa) divulgado aos trabalhadores.
Esses pontos são, inclusive, os mais polêmicos, como o que trata sobre a criação de empresas subsidiárias pelos Correios, o que permite que a empresa seja sócia de empresas privadas ou o que trata sobre a possibilidade de nomeação de chefes que não são empregados dos Correios. Essas mudanças são nitidamente um ataque contra os trabalhadores e a privatização da empresa na prática.
A possibilidade da ECT constituir empresas subsidiárias ou ser sócia de empresas privadas é uma maneira de distribuir dinheiro público dos Correios para empresários, através dos serviços que deveriam ser feitos exclusivamente pela ECT.
Apesar de ser um ataque contra os trabalhadores e contra toda a população, a reunião limitou-se a uma “aulinha” do presidente da empresa explicando as mudanças. Aos sindicalistas, restou ouvir, sem a menor possibilidade de interferir na mudança estatutária.
O representante da corrente Ecetistas em Luta, do PCO, na Fentect, questionou e o fato de a direção da empresa estar escondendo o documento oficial do novo estatuto e que os trabalhadores têm o direito de tomar conhecimento e a direção da empresa a obrigação de apresentar o documento, já que se trata de uma empresa pública. Pinheiro apenas disse que não tem “autorização” do governo para apresentar o documento e que o estatuto já está no Ministério da Casa Civil para ser aprovado por decreto e depois por medida provisória.
Aos trabalhadores não resta nada, a não ser esperar a empresa enfiar goela abaixo da categoria um estatuto que nitidamente vai piorar a situação nos setores de trabalho.
O governo do PT está escondendo, não só dos trabalhadores, mas de todo o povo brasileiro, o documento do novo estatuto da ECT. É uma ditadura de um partido que se diz democrático, mas que não cumpre sequer a obrigação de deixar transparente o que pretende fazer em uma empresa pública da importância dos Correios. O governo do PT prova que é democrático apenas no discurso, está passando por cima de 110 mil trabalhadores dos Correios nacionalmente.
A categoria exige o documento do novo estatuto e a possibilidade de discutir as mudanças apresentadas ali. O autoritarismo do governo do PT e da direção da ECT, que não querem apresentar o documento, revela que a intenção é esconder os maiores ataques já feitos contra os trabalhadores sem que haja uma reação à altura.