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sexta-feira, 22 de abril de 2011

Está em marcha a maior de todas as traições à categoria ecetista

O PSTU/Conlutas quer dividir a organização da categoria
A política de divisão da categoria é apoiar, defender e encobrir as traições da burocracia sindical do PT e do PCdoB no momento da privatização da ECT
O PSTU/Conlutas quer repetir nos Correios aquilo que já realizou em outras categorias, como os petroleiros, e lança um novo ataque para dividir os trabalhadores, em defesa da burocracia sindical. No início de abril, no dia 9, a Conlutas publicou em seu portal na internet um “Manifesto do lançamento da Frente Nacional dos Trabalhadores dos Correios” (que publicamos na íntegra abaixo).
Com o lançamento dessa “frente” (FNTC), o PSTU está tentando impor aos trabalhadores dos Correios uma política de traição muito maior do que as inúmeras traições que a burocracia sindical da maioria da Fentect (Federação nacional dos Trabalhadores dos Correios) da direita do PT do PCdoB já realizou em vários anos.
A Frente Nacional é o resultado do enterro do bloco dos 17 sindicatos, que o PSTU/Conlutas sabotou de todas as maneiras possíveis e imagináveis para fazer exatamente o que está fazendo agora: um curralzinho político com sindicalistas covardes que querem fazer discursos radicais, mas que morrem de medo de enfrentar, de fato, a burocracia sindical do PT e do PCdoB.
No momento em que os trabalhadores estão se levantando contra essa burocracia sindical traidora, a política do PSTU/Conlutas é a de dividir a federação. Ao invés de organizar a luta dos trabalhadores e convocar a categoria a derrotar de uma vez por todas os traidores o PSTU está tentando ensinar para os trabalhadores ecetistas que a melhor política é se esconder. Além de uma gigantesca traição, é uma enorme demonstração de covardia.
A malandragem do manifesto publicado pelo PSTU/Conlutas consiste em esconder seu verdadeiro objetivo, que é justamente a divisão da categoria através da divisão da Federação Nacional. No entanto, é necessário afirmar claramente o que esse grupo está tentando esconder, embora diga ao “pé do ouvido” sempre que o interessa que seu maior objetivo é justamente romper com a federação e formar uma federação paralela, minúscula, “pura” e com meia-dúzia (literalmente) de sindicatos.
Para quem ainda tem dúvidas, basta ver o que o PSTU promoveu nos petroleiros. Romperam com a organização real da categoria, a FUP (Federação Única dos Petroleiros) e fundaram com meia-dúzia de sindicatos a FNP (Federação Nacional dos Petroleiros), uma fantasia sindical que serve para abrir o caminho para a burocracia sindical da FUP aprovar toda a política do governo e dos patrões.
É importante assinalar que a FNP, atual federaçãoo, começou exatamente como “Frente”.
Essa é a intenção do PSTU/Conlutas ao formar a tal FNTC, conforme os companheiros da corrente Ecetistas em Luta, do PCO, já vinham denunciando. A intenção é dar a possibilidade da burocracia sindical da maioria da Fentect de aprovar tudo o que quer, no momento em que enfrenta uma crise terminal em todos os sindicatos do País. Mas a crise da burocracia não é a questão central. Esta política é colocada em prática exatamente no momento em que o governo do PT avança na privatização da ECT. É uma manobra tão favorável ao governo que é difícil acreditar que não esteja sendo estimulada pela própria direção da ECT.
Vejamos alguns exemplos: em 2009, a direta do PT e o PCdoB aprovaram, contra a categoria e a favor da direção da ECT, o acordo bianual e deixaram os trabalhadores sem campanha salarial em 2010. O golpe foi tão grande e a disposição dos trabalhadores de aceitá-lo foi tão pequena que a burocracia sindical não conseguiu seguir adiante nos seus planos e é obrigada a renegar o que ela mesma havia defendido. Também em função daquele golpe, houve um esfacelamento geral da burocracia e metade dos sindicatos formou a Frente dos 17 sindicatos contra o Acordo Bianual, que aprofundou a crise da burocracia e quase levou a maioria da federação a uma derrota completa.
De lá para cá, essa crise só aumentou. Nas atuais discussões da PLR a burocracia simplesmente não consegue aprovar a proposta da empresa, tamanha é a rejeição da categoria.
Durante todo este período, conforme denunciamos desde o início, o PSTU trabalhou com um único objetivo: destruir o bloco dos 17 e aproveitar a crise para construir o seu pequeno guetho sindical.
Por fim, diante dos enormes ataques contra os trabalhadores com o objetivo de privatizar a empresa, como o excesso de trabalho, a falta de funcionários, terceirização e a própria privatização, a categoria começa a se levantar espontaneamente em diversos setores espalhados em vários estados. Uma centena de greves, paralisações e pequenas manifestações pipocaram nos setores, dando o tom e a temperatura da situação política geral na base dos trabalhadores.
Qual é a “saída” do PSTU? Se esconder e chamar a categoria a fazer o mesmo. Não contribui com a crise da burocracia sindical, mas alivia a situação dos traidores. Se nesse momento, a fraqueza da burocracia não permite sequer a aprovação da PLR, a divisão da categoria, como quer o PSTU/Conlutas, vai permitir que os traidores do PT e do PCdoB retomem uma maioria folgada na federação para poder realizar a vontade sua política. É a maior traição possível , encoberta com um cínico discurso combativo de oposição ao “governismo”.
O golpe que quer dar o PSTU é uma manobra típica de quem quer encobrir e defender aqueles que estão sendo derrotados pela luta dos trabalhadores. Uma manobra rasteira que não convence ninguém, até mesmo as diretoria da meia-dúzia dos sindicatos em questão estão divididas. Só mesmo um ingênuo em política ou um mal intencionado poderia acreditar que saindo correndo e se escondendo vai ser possível enfrentar a burocracia.
O PSTU/Conlutas fala muito em “antigovernismos”. Sua ação, ao dividir a categoria, é justamente a de apoiar o governo do PT-PCdoB, o que dá continuidade e aprofunda o que o PSTU já vem fazendo há muito tempo nos Correios. Apenas para citar um exemplo, o próprio calendário de lutas aprovado pela Fentect e que o PSTU diz cinicamente em seu manifesto que irá denunciar, está sendo defendido conjuntamente com os “governistas” da federação que apóiam a direção dos Correios. Tanto que, quando a Frente dos 17 aprovou um ato em frente ao edifício sede em Brasília, com ocupação, o PSTU/Conlutas foi o primeiro a boicotar a manifestação, não levando um representante sequer, mas comparecendo no dia seguinte a um ato farsa convocado pelos “governistas” da maioria da Fentect.
Esse é o verdadeiro e único significado da Frente fundada pelo PSTU/Conlutas e de sua política de divisão da categoria: apoiar as traições da burocracia sindical e impedir que os trabalhadores imponham uma derrota definitiva a ela. A categoria dos Correios e todos os trabalhadores devem estar atentos a essa traição e denunciar claramente as tentativas de dividir sua luta.
É preciso chamar todos os trabalhadores que querem lutar a denunciar esta manobra traiçoeira colocada em marcha pelo PSTU/Conlutas e que pode envolver os sindicalistas atrasados propensos a cair na lorota de que a ruptura da federação representa uma luta e não uma monstruosa ajuda à burocracia do PT e do PCdoB.

Um comentário:

  1. É tudo que os governista da FENTECT querem...

    ...que os SINTECT´s que fazem frente a política da Federação se desfiliem.

    A luta tem que se dar na pratica, no dia-a-dia...

    ...e não criando mais uma estrutura, até mesmo, porque os trabalhadores ecetistas já tem a sua, que é a "FENTECT".

    Deixar a FENTECT neste momento para criar uma nova Federação é sacramentar a "PRIVATIZAÇÃO" dos Correios...

    ...e o governo Dilma agradece!

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