O que os patrões querem com a PLR? A Participação nos Lucros foi a maneira que a os patrões
encontraram para exigir produtividade através do pagamento de um abono que não
está vinculado necessariamente ao lucro, mas a metas e critérios
É por isso que em 2011 a empresa fez questão de mudar as negociações sobre a PLR. A história dessa traição começa com o acordo dos ditos representantes dos trabalhadores com a mudança no calendário de negociação.
Antes de 2011 as discussões eram feitas para discutir a Participação nos Lucros do ano anterior. Ou seja, em 2013 se discutiria a PLR dos trabalhadores sobre a base do lucro de 2012. Neste quase os quase 1 bilhão apresentado pela ECT ao governo no ano passado.
A parte a ser paga a título da PLR nos Correios é definida depois que a empresa repassa a parte do governo, por ser empresa pública. Ainda que antes de 2011 a empresa nunca tenha aberto suas contas e apresentado na mesa de negociação os balancetes pra a discussão da PLR ela ao menos era baseada em números, em valores.
Depois de 2011 isso mudou. Agora a empresa senta para discutir a PLR do ano corrente, ou seja, sem que a empresa tenha auferido seus lucros, e sequer saiba qual o montante que será destinado para esse pagamento.
Por isso a chamada negociação é uma farsa e só pode ser feita com base no estabelecimento de metas e critérios. A negociação é a empresa exigindo a “produtividade” dos trabalhadores sem se comprometer com nada.
Assim como o traidor Luiz Eduardo do Ceará (PCdoB), foi beneficiado pela empresa por mudar a data-base da categoria de dezembro para o meio do ano, no caso da PLR o traidor foi o Nilson Rodrigues (MRL-PR).
Agora a empresa tirou da gaveta a PLR de 2011 foi rejeitada por mais de 11 bases sindicais e apresenta com a ajuda dos sindicalistas traidores como se fosse uma grande conquista. Em 2011 o cavalo de Tróia era a mudança da data de negociação, dessa vez é a reserva de 10% do montante da PLR para a direção da empresa. A pergunta é, quem será o traidor a assinar o acordo?
A categoria não deve aceitar a PLR como uma chantagem contra a categoria, e continuar defendendo uma PLR linear e sem metas. Além da ampliação do Comando de Negociação da Fentect, para que as negociações com a ECT deixem de ser um balcão de negócios para os sindicalistas traidores, como Luiz Eduardo e Nilson Rodrigues.
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