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quarta-feira, 3 de abril de 2013

O golpe dos Correios com a vinculação da PLR 2013 com a de 2012

O que os patrões querem com a PLR? Empesa não conseguiu garantir a reserva de 10% da Participação nos Lucros para a cúpula junto ao DEST e agora quer o aval da Fentect para aprovar essa traição

A intransigência da direção da ECT colocou os negociadores da PLR numa situação de impasse.

As reuniões foram retomadas em fevereiro com a Fentect querendo rediscutir a PLR 2012, e a ECT insistindo que não falaria mais desta PLR, apenas faria reuniões se fosse para discutir a PLR 2013.

Os negociadores da ECT apresentaram então a proposta da empresa para 2013 que é a mesma proposta de 2012.

Essa proposta é a escravização da categoria. Entre outras coisas mantém as metas vinculadas ao GCR, a chantagem de que uma única falta resulta no corte de 50% do que seria recebido pelo trabalhador, e inaugura a reserva de 10% do valor da PLR a ser pago exclusivamente para o tal “setor estratégico” da empresa.

Aqui chegamos no impasse em que se encontra a direção da empresa. A PLR 2012 não teve acordo com a Fetnect e foi protocolada pela ECT junto ao DEST (Departamento de Coordenação e Controle das Empresas Estatais) unilateralmente.

Acontece que as inovações da empresa para essa PLR comprometeram a sua aprovação pelo departamento do governo. O principal problema é a reserva de 10% para a cúpula da empresa.

Por uma razão que ainda não foi completamente revelada, o DEST afirma que esse critério só poderá ser liberado se for fechado o acordo com os representantes dos trabalhadores.

Por isso a empresa aceitou colocar de volta na mesa de negociação a PLR 2012. A direção da empresa simplesmente não age por boa vontade para com os trabalhadores. Ou se move pela mobilização dos trabalhadores ou por interesses no sentido contrário, realizar algum ataque contra a categoria. Como é o caso dessas negociações da PLR.

A empresa está armando uma armadilha e os trabalhadores não podem cair nela. A ameaça de que não vai pagar a PLR é na verdade uma pressão para tentar forçar a Fentect a fechar um acordo que não representa as reivindicações da categoria, e a empresa aprovar a sua proposta que já foi rejeitada até mesmo pelo DEST.

É um golpe e o estabelecimento de um piso e um teto na PLR não resolve o problema. Essa é a proposta da empresa que afirma que não vai haver diferença maior que cinco vezes entre o menor e o maior valor a ser pago, mas na prática os que ganham mais vão continuar recebendo uma PLR muito maior, enquanto os que recebem menores salários vão receber a esmola de sempre.

A Federação deve aproveitar a situação e esclarecer os trabalhadores sobre o golpe da empresa e mobilizar a categoria para forçar uma PLR de verdade. Não é hora de ceder com base num acordo de portas fechadas. Nenhum acordo com os traidores deve ser feito, porque isso significa que a proposta da empresa será aprovada como se fosse uma vitória para a categoria.

Os sindicatos divisionistas da pelega Findect (do PCdoB e PMDB) que atuam na categoria para difundir a confusão e no final realizar a vontade da direção petista da empresa estão dispostos a aceitar as condicionantes e as metas. A Fentect não pode fazer o mesmo.

Assinar qualquer acordo que aceite os condicionantes, o GCR, o SAP, para o pagamento da PLR além da reserva de qualquer mínima porcentagem para a cúpula dos Correios é uma capitulação. Uma traição contra todos os trabalhadores ecetista.

PLR de verdade, é PLR linear, sem condicionantes, nem metas. PLR de verdade precisa estar baseada nos números dos lucros, com as contas da empresa aberta para os trabalhadores avaliarem e negociarem. PLR de verdade nos Correios deve ser de no mínimo 2.500,00 para todos os trabalhadores.

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