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terça-feira, 2 de abril de 2013

O que é o Conselho de Administração dos Correios?

Engodo e privatização: As eleições para a representação dos trabalhadores no Conselho de Administração foi paralisada por liminar expedida pela Fentect


O Sintect-MT (Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de Mato Grosso) publicou em seu portal na internet uma nota sobre as eleições para o representante dos trabalhadores no Conselho de Administração dos Correios. A nota explica que a eleição está parada devido ao fato de que a Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios) entrou com liminar pedindo a interrupção do processo. Um dos motivos era a falta de divulgação e a própria lisura do processo.

Em contrapartida, a diretoria do Sintect-MT afirma ainda que a eleição teria sido “amplamente divulgado” e pede que a Fentect “esclareça os trabalhadores da importância desta eleição”.

Ao contrário do que tenta explicar a nota do Sintect-MT, a liminar foi correta. A eleição do Conselho de Representante não foi divulgada, apenas 20% da categoria participou, segundo dados oficiais da empresa. Na realidade, o processo eleitoral foi um esquema para a participação das chefias e a eleição do candidato da empresa, justamente Luís Carlos Vargas, eleito no primeiro turno e que a nota do Sintect-MT afirma ter tido o dobro de votos do Segundo colocado. Vargas é o candidato do PT/Articulação, apoiado diretamente pela empresa.

Mas a falta de divulgação da eleição não é o problema mais importante. O que os trabalhadores devem saber é que o Conselho de Administração da ECT é produto da política de privatização da empresa, por um lado, e um engodo contra os trabalhadores do outro.

A cargo de Conselho de Administração foi criado com a MP 532, Medida Provisória editada por Dilma Rousseff para mudar o estatuto da ECT eabrir caminho para a transformação da empresa em Sociedade Anônima (SA), ou seja, privatizar os Correios. O representante dos trabalhadores no Conselho de Administração é um cargo obrigatório para empresas com gestão segundo a lei das Sociedades Anônimas. E qual é o objetivo disso? Iludir o trabalhador.

Os patrões e as representações patronais têm total controle da empresa, dominam todos os cargos de mando e todos os cargos financeiros. O trabalhador recebe um cargo sem nenhum poder de decisão em um conselho em que ele é minoria. O poder de voz e voto é mera ilusão, na realidade a representação dos trabalhadores é nula. Serve apenas como um “cala a boca” dados pelos patrões para que os sindicalistas pelegos desviem a luta da categoria.

A situação é ainda pior. Normalmente, o único representante da categoria nesse conselho é na realidade um representante patronal disfarçado. É o que vai acontecer na ECT. Mesmo porque tudo é controlado pela própria empresa, desde as eleições até a maneira como será exercido o cargo. Representante eleito, então, pode ainda se beneficiar com os jetons, as diárias, as liberações, tudo pago pela empresa.

O Sintect-MT afirma que a ECT é a única estatal que ainda não tem representante sindical no Conselho de Administração. Nós entendemos isso como uma demonstração de combatividade dos trabalhadores dos Correios. Em primeiro lugar, mostra que os ecetistas não aceitam assinar embaixo da privatização da empresa. Em segundo lugar, a categoria organizada não cai no engodo dos patrões e sabe que seus interesses só serão atendidos pela empresa por meio da luta sindical, da mobilização e da greve.

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