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quinta-feira, 4 de abril de 2013

Empresa quer manter GCR e todos os condicionantes

Para os Correios, PLR é igual a escravidão. A categoria não deve aceitar nenhuma critério para o pagamento da PLR

Presidente dos Correios, Wagner Pinheiro.
 
A comissão de negociação da ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) quer impor aos trabalhadores uma série de critérios condicionantes para o pagamento da PLR.

O real significado desses critérios, o trabalhador já conhece bem: é chantagear a categoria, estabelecendo um regime de escravidão dentro dos setores. Assim, se o trabalhador quiser ganhar a PLR integral, terá que se sujeitar a todas as imposições dos chefes e mesmo assim ainda terá que contar com a sorte. Quer dizer, o trabalhador não pode faltar nem ficar doente, não pode fazer greve nem protestar, tem que cumprir todas as metas e muito mais.

Um dos condicionantes que a direção da ECT quer impor para o pagamento da PLR desse ano é o GCR (Gestão de Competências e Resultados). O GCR é uma avaliação que existe no setor e é feita pela chefia. Já seria ruim para o trabalhador um sistema de avalição concreto, mas o GCR é o próprio assédio moral. Os critérios utilizados ali são inteiramente subjetivos e o trabalhador sabe muito bem como funciona isso. Quando o chefe entrega o GCR do funcionário, não existe explicação, é aquilo e pronto.

Estabelecer o GCR como critério para a PLR é uma canalhice da direção da empresa. É oficializar o assédio moral dentro do setores. O objetivo é bem claro: transformar de vez os Correios em uma empresa escravocrata, em que o trabalhador é obrigado a se submeter à chicotada dos chefes calado.

O problema não é só o GCR

Os trabalhadores dos Correios são contra o sistema do GCR e de qualquer maneira de avaliação de produtividade e de metas. Antes de qualquer coisa, os patrões deveriam se preocupar com a contratação de funcionários, o excesso de serviço e as condições de trabalho.

Portanto, colocar o GCR, como quer a ECT, entre os condicionantes da PLR é um ataque gravíssimo aos trabalhadores. Mas a categoria não deve se iludir. O objetivo da empresa é aumentar a exploração do trabalhador e esse objetivo não será atingido apenas com o GCR.

Por isso, os sindicalistas não devem se opor apenas à vinculação da PLR ao GCR, mas a qualquer tipo de condicionante. Para a empresa, que até agora se recusa a negociar com a Fentect e insiste em manter o GCR como critério, seria um grande negócio, por exemplo, aceitar retirar o GCR e manter todos os condicionantes.

O patrão faz diferente do que os sindicalistas pelegos querem fazer com as reivindicações da categoria, rebaixando a pauta. Pelo contrário, a empresa propõe o máximo de absurdos contra o trabalhador para conseguir chegar em um objetivo determinado, ela nunca “rebaixa” sua proposta a não ser que seja pressionada pela mobilização da categoria.

Portanto, para o patrão, se ele conseguir impor o GCR como critério, melhor, mas se conseguir fazer os sindicalistas caírem na armadilha, retirando o GCR e mantendo todos os outros critérios, também está ótimo.

Diante da intransigência da empresa está na hora de aumentar a mobilização na base. Eleger um comando de negociação amplo, com um representante por sindicato eleito nas assembleias, denunciar todos os golpes da ECT, organizar atos públicos, exigir a transparência nas negociações e preparar uma paralisação nacional. Por uma PLR de no mínimo R$ 2.500,00 igual para todos e sem critérios.

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