Mais de 500 sindicalistas já receberam cargos de chefes na direção dos Correios

Um mercadão de sindicalistas vendidos
Mais de 500 sindicalistas já receberam cargos de chefes na direção dos Correios

A compra de sindicalistas para facilitar a privatização é coisa corriqueira no movimento sindical dos Correios. Com o PT assumindo a presidência da República, mais de 500 sindicalistas já receberam cargos em troca de facilitar os ataques aos trabalhadores e a privatização da ECT

Após a onda de liquidação total do patrimônio do Brasil, com as grandes empresas estatais construídas com o dinheiro do povo sendo privatizadas por FHC a preço de banana, ascende no cenário político, na presidência da república, o Partido dos Trabalhadores.
Para grande parte da burocracia sindical,formada por pessoas ligadas ao PT, surge a oportunidade de conseguir cargos no governo em troca de facilitar a política governamental dentro de cada categoria dos trabalhadores.
Após a onda neoliberal, os Correios ficam como uma das últimas grandes estatais que não foram privatizadas e uma grande oportunidade de dinheiro fácil para os capitalistas internacionais
Deu-se início a uma grande liquidação de sindicalistas e ex-sindicalistas que foram comprados pela empresa. Em oito anos de governo Lula, mais de 500 sindicalistas assumiram cargos na ECT, fortalecendo a política de rapina da empresa levada adiante pelo PT.A burguesia comprou esses sindicalistas a fim de colocar essa máquina corrupta, na qual se transformaram os sindicatos,na defesa dos interesses dos grandes capitalistas industriais e banqueiros nacionais e internacionais em detrimento da população e, principalmente, dos trabalhadores dos Correios.
Esses sindicalistas do PT, PCdoB e outros grupos recebem regalias em troca da defesa da política da ECT de arrocho salarial e super-exploração do trabalhador para garantir os lucros dos abutres internacionais. Esta turma se mantém nos cargos, através da utilização indevida do sindicato, como trampolim para seus interesses de corrompidos pela ascensão “fácil” dentro da ECT.
Essa política continua e temos vários exemplos recentes, como o do traidor Manoel Cantoara, na época Secretário Geral da Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios), que após sua colaboração na assinatura do PCCS/2008 ( Plano de Cargos, Carreiras e Salários), que ficou conhecido como PCCS da escravidão, Cantoara recebeu o pagamento de sua traição com um cargo no Comitê Permanente de Relações de Trabalho da ECT, em Brasília, de R$ 16.000,00 (dezesseis mil reais) e hoje trabalha diretamente para o presidente da empresa. Além de outros diretores do Sintect-AL como Jurandir Martins Rodrigues, José Benedito Nazário da e Edeil Gomes Cavalcante que também receberam cargos de confiança na ECT.
Outro caso é Maria Teresa Frizera, vulgo Teresão, ex-secretária-geral do Sintect-ES que hoje ocupa o cargo de Diretora Regional Adjunta do Espírito Santo, Teixeirinha que formou a oposição ao Sintect-MG, sindicato que realiza a campanha contra a privatização da ECT e, mais recentemente, o do diretor da Secretaria de Anistia da Fentect, João Maria, da Articulação Sindical do PT, do Rio Grande do Norte. O sindicalista saiu da Fentect para receber um cargo na Gerência de Assuntos Sindicais em Brasília, ou seja, para tratar diretamente, do lado dos patrões, contra os trabalhadores.
É uma verdadeira liquidação de sindicalistas para favorecer a destruição da ECT em benefício dos grandes capitalistas. Os trabalhadores devem se organizar e investigar seriamente a corrupção da ECT e a compra de sindicalistas. É preciso realizar uma ampla campanha de denúncias na categoria e fora dela e colocar para fora do movimento sindical as direções corruptas e criminosas com a direção do PCdoB e do PT.