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quarta-feira, 22 de junho de 2011

Uma manobra financiada pela empresa para beneficiar os traidores do PT e do PCdoB

Federação anã do PSTU
Uma manobra financiada pela empresa para beneficiar os traidores do PT e do PCdoB
Federação anã do PSTU/Conlutas quer retirar seis sindicatos da Fentect, para diminuir o quadro geral de assembléias para aprovar qualquer negociação entre a Fentect e a ECT, caindo para 15 o número de sindicatos necessários para aprovar qualquer acordo
Com a criação da federação anã, o PSTU/Conlutas coloca para fora da Fentect seis sindicatos anões, Sintect-AM (Amazonas); Sintect-PI (Piauí); Sintect-PE (Pernambuco); Sintect-PB (Paraíba); Sintect-SJO (São José do Rio Preto) e Sintect-VP (Vale do Paraíba), deixando a Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios), que possue hoje 35 sindicatos filiados, com 29 sindicatos. Isso significa dizer que qualquer acordo feito pela Fentect com a direção da ECT poderá ser concretizado com o apoio de 50% mais um dos 29 sindicatos, ou seja, apenas 15 sindicatos. É mais um fôlego que o PSTU/Conlutas proporciona para que a burocracia do PT-PCdoB na Fentect, em crise terminal, possa levar adiante a política de privatização da ECT.
Esses seis sindicatos não representam nem 10% de toda a categoria dos Correios, porém os efeitos políticos da divisão da categoria serão muito maiores quando se trata de fortalecer a burocracia sindical e enfraquecer a luta dos trabalhadores. Por isso a direção da ECT está incentivando o divisionismo do PSTU na categoria.
PSTU/Conlutas divide a Fentect para que o trabalhador fique nas mãos do PT e do PCdoB
A Fentect foi criada pelos trabalhadores dos Correios no final dos anos 80, em um momento de muitas greves no País, o que elevou o nível de combatividade do movimento operário brasileiro. Neste ambiente de acirramento das lutas entre os trabalhadores e os patrões, o movimento de trabalhadores ecetistas buscou criar uma Federação em que as decisões fossem tomadas amplamente pela categoria.
Por isso ficou estabelecido através dos seus Estatutos, que qualquer acordo coletivo ou negociação feita entre os representantes da Fentect com a direção da ECT só seria sacramentada se 2/3 dos sindicatos filiados à Fentect aprovassem tal decisão em suas assembléias, o que representa 23 sindicatos.
Com acirramento da luta política nos Correios, a burocracia sindical do PT e PCdoB, apoiada pelo PSTU, precisou aprofundar a defesa da direção da ECT contra os trabalhadores dos Correios, aprovando vários acordos contrários aos interesses dos trabalhadores, inclusive passando por cima da vontade das assembléias para conseguir os 2/3 de sindicatos para apoiar a política da ECT.
Na campanha salarial de 2003, a burocracia sindical (PT-PCdoB e PSTU) quase foi à lona, pois sem o apoio dos trabalhadores, precisaram passar por cima da maior greve dos últimos anos, principalmente no Sintect-SP, maior sindicato do país controlado pela burocracia, o que obrigou a burocracia a assinar o acordo sem os 2/3 dos sindicatos necessários.
Desenvolvimento da crise do Bando dos Quatro (PT-PCdoB-PSTU e PSOL) para impor a política da direção da ECT
A partir da traição da greve de 2003, o Bloco PT-PCdoB e PSTU não conseguia mais aprovar acordos salariais com os 2/3 das assembléias.
Para diminuir a crise da burocracia, diante da fraqueza política para sustentar as fraudes nas assembléias, o PT-PCdoB, com o apoio do PSTU, realizou o Contect/2006 (Congresso Nacional dos Trabalhadores dos Correios) com delegados eleitos em assembléias fraudadas, controladas pela direção da ECT, nas quais um dos pontos fundamentais a ser estabelecido pela burocracia era a mudança estatutária, diminuindo o poder de decisão dos trabalhadores sobre os acordos coletivos, diminuindo para 50% dos sindicatos mais um para aprovar o acordo,rebaixando de 23 para 18 sindicatos para aprovar as negociações.
No entanto, a desmoralização do bloco burocrático da Fentect continuou com os diversos acordos contra a categoria, como o acordo do PCCS/2008, saldamento do Postalis e por fim o fraudado Acordo Bianual. A crise foi tão grande que a burocracia precisou da intervenção da direção da ECT em dois sindicatos Tocantins e Mato Grosso, para ter os já reduzidos 18 sindicatos para aprovar a fraude do Acordo Bianual.
A fraqueza da burocracia PT-PCdoB e PSTU foi exposta novamente na negociação da PLR-2010, quando fraudaram 18 assembléias para aprovar o acordo contra a categoria, o que deixou claro que se não for diminuído ainda mais o quórum das assembléias, a burocracia não terá condições para aprovar mais nenhum acordo, pois terá que fraudar sempre o resultado das assembléias para adquirir o apoio de 18 sindicatos, diminuindo a margem de manobras e aumentando a oposição a burocracia.
Porém, a burocracia não consegue mais os 18 sindicatos na defesa das propostas da ECT e também não pode modificar o estatuto, de forma que o acordo pudesse ser assinado por menos da metade da categoria. Diante disso, a política do PSTU de dividir a categoria e incentivar a debandada de sindicatos que sempre votaram contra as decisões da direção da Fentect só serve para adequar a situação de fraqueza da burocracia para a assinatura de novos acordos coletivos.
O PSTU mostra novamente que a burocracia sindical do PT e PCdoB só sobrevive graças aos serviços prestados por esta oposição consentida. É por isso que o Secretário Geral da Fentect, José Rivaldo, Talibã, participou da chapa do PSTU/Conlutas na eleição do Sintect-SP para garantir a vitória do PCdoB/CTB neste sindicato.
É por isso que no 30º Conrep, a burocracia do PT-PCdoB saldou a política divisionista do PSTU/Conlutas não criticando nenhuma vez esta Federação anã que está sendo gerida dentro da própria burocracia com o apoio dos traidores da Fentect. O acordo foi tão explícito que o Bloco PT e PCdoB que dirige a Fentect organizou até uma sala para que os sindicatos anões se reunissem no Encontro como uma futura federação que está rachando a unidade dos trabalhadores dos Correios.
Por isso a federação anã do PSTU só beneficia um lado, a ECT e a burocracia da Fentect que terá menos dificuldade para impor os acordos traidores aos trabalhadores.

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