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quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Motoristas são desviados da função em retaliação à greve

A chefia do CTO Jaguaré convocou os motoristas a fazerem o serviço de triagem em outro setor
Motoristas dos Correios que trabalham no CTO Jaguaré, na zona Oeste de São Paulo, denunciaram graves casos de desvio de função e de perseguição política no setor.
Os motoristas que fizeram a greve da categoria no ano passado foram convocados pela chefia a trabalharem no último sábado (14 de janeiro) para fazer o serviço de triagem que é função dos OTTs (Operador de Triagem e Transbordo). Para tanto, os motoristas foram convocados para outro setor, o CTE (Centro de Tratamento de Encomendas) Leopoldina.
O caso é absurdo e é mais uma nítida retaliação da empresa aos trabalhadores que fizeram a maior greve da categoria dos últimos anos.

Cargo amplo

Além de ser uma clara perseguição política contra os grevistas, o desvio de função dos motoristas é consequência do PCCS 2008, que foi acordado entre empresa e Bando dos Quatro sem o consentimento da categoria.
Nesse Plano de Cargos, Carreiras e Salários, que ficou conhecido como PCCS da escravidão, a direção contou com o apoio dos sindicalistas traidores para colocar em marcha um dos maiores ataques aos trabalhadores e abrir o caminho para a privatização dos Correios.
Lá foi institucionalizada a terceirização, a superexploração através das metas e do GCR (Gerenciamento de Competência e Resultados) e foi estabelecido o cargo amplo, que resultou na extinção do cargo de motorista.
Agora, a chefia se acha no direito de jogar os motoristas onde quiser, mas os trabalhadores não devem se sujeitar a isso.

Retaliação

A convocação para compensar as horas em outro setor vai contra o próprio comprometimento que a direção da DR/SPM (Diretoria Regional – São Paulo Metropolitana) havia feito em reunião com representantes dos trabalhadores de que a compensação seria feita apenas no próprio setor do trabalhador e de acordo com a demanda.
Alguém precisa avisar a chefia truculenta do CTO Jaguaré que a ditadura acabou e que os trabalhadores têm direito a fazer greve.
Em São Paulo parece que não existe sindicato, pois a empresa deita e rola e a diretoria do sindicato não abre a boca. Estão totalmente a serviço da ECT. Também não é novidade, pois durante a greve era  nítido, que todos dias, a turma do PCdoB, com o apoio do PSTU/Conlutas, fazia o que era possível para acabar com a paralisação, chegando ao extremo de encerrar a greve desmarcando a assembleia que aconteceria logo após o feriado.
Os motoristas do CTO Jaguaré, assim como todos os trabalhadores que estejam passando pelo mesmo problema, devem denunciar à opsição Ecetistas em Luta os abusos e se recusar a aceitar essa arbitrariedade, boicotando a convocação.

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