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quarta-feira, 2 de março de 2011

Está em marcha uma traição na PLR


Não à escravidão
Está em marcha uma traição na PLR
A direção dos Correios, com o apoio dos sindicalistas da Fentect, apresentou uma proposta contra a categoria em reunião sobre a PLR que impõe critérios para proíbem o trabalhador até mesmo de ficar doente
Nesta terça-feira, dia 1º, ocorreu mais uma reunião entre a comissão de negociação da Fentect (Federação nacional dos Trabalhadores dos Correios) e a direção dos Correios para discutir a PLR (Participação nos Lucros e Resultados) dos trabalhadores, referente a 2010. Não houve avanço em nenhum dos pontos, pelo contrário, os negociadores da empresa apresentaram uma proposta fascista de PLR. A ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) quer impor uma série de critérios aos trabalhadores, que significam a escravização da categoria.
Isso tudo, com um valor mínimo apresentado de R$ 785,81, menor do que os anos anteriores. Na realidade, grande parte dos trabalhadores não receberia sequer esse valor, devido aos vários critérios impostos.
Na reunião, a representação da Fentect demonstrou estar disposta a negociar esses critérios fascistas com a empresa. Todos os sindicalistas (do PT, PCdoB ao PSTU) concordaram em discutir os critérios para apresentar oficialmente à empresa na próxima reunião, marcada para quinta-feira.
A corrente Ecetistas em Luta, presente na negociação, deixa claro que é contra todo e qualquer tipo de critério. Os critérios são uma maneira de escravizar ainda mais os trabalhadores que já estão adoecendo nos setores de trabalho por conta do excesso de serviço. A indicação da maioria dos sindicalistas de que os critérios deveriam ser negociados é uma traição à categoria.
Uma proposta como essa não merece sequer ser discutida com os representantes da empresa, que não têm absolutamente nenhuma autoridade para querer impor qualquer coisa aos trabalhadores. Enquanto a categoria está se matando de tanto trabalhar nos setores, a direção da ECT está se enriquecendo e se envolvendo em inúmeros casos de corrupção. E são exatamente os corruptos que querem impor critérios à categoria, como se fossem os grandes defensores da justiça e da ética.
Está em marcha uma monstruosa traição contra a categoria, caso qualquer critério seja aceito. Isso sem contar que, segundo a proposta da comissão da ECT, enquanto o trabalhador do setor operacional (ou seja, aquele que efetivamente produz) vai receber pouco mais de R$ 780, a burocracia da ECT deve receber mais de R$ 3.800.
A PLR, por si só, não é mais do que um abono dado pelas empresas para distrair os trabalhadores em relação àquilo que verdadeiramente interessa: o aumento salarial. No entanto, a direção da ECT quer usar esse abono para aumentar ainda mais a escravização dos trabalhadores. Segundo a proposta da empresa (ver no final desse artigo), os trabalhadores não poderão faltar, não poderão estar afastados pelo INSS, não poderão brigar com a chefia, nem ser demitidos, nem fazer greve, nem ficar doentes, pois tudo que ele fizer poderá ser usado contra ele para que não receba a miséria de PLR. Desse jeito, é melhor ser escravo.
PSTU/Conlutas a caminho da traição
A posição do PSTU/Conlutas, através de seu representante na negociação Jacozinho, na reunião foi a mesma do bloco traidor da federação (PCdoB e PT). Os “antigovernistas” estão cada vez mais próximos da posição do governo.
Esse ataque da empresa na reunião da PLR nada mais é do que mais um capítulo da política de privatização dos Correios. Faz parte exatamente dos planos do governo de entregar a ECT nas mãos dos capitalistas internacionais, como já ficou claro.
Toda a política nos Correios é aumentar a exploração dos trabalhadores e pagar cada vez menos, para deixar o terreno livre para os abutres que vão lucrar à custa da super-exploração da categoria, por um lado, e dos terceirizados de outro.
A posição do PSTU/Conlutas é novamente a de dar apoio à traição dos sindicalistas do PCdoB e do PT, apoiando a política de privatização da empresa. Esse grupo está unido aos traidores, os mesmos que assinaram o acordo bianual em 2009 e deixaram a categoria sem reajuste em 2010. Agora, esses mesmos elementos que mataram o trabalhador de fome, estão escravizando com a PLR.
É uma traição vergonhosa para quem passou boa parte do ano fazendo discurso contra os “traidores governistas”. Eles estão se recusando a mobilizar os trabalhadores. Isso ficou claro quando boicotaram o ato contra a privatização em frente ao edifício sede no último dia 24 de fevereiro, aprovado por eles próprios. Agora, aceitam os critérios fascistas da direção corrupta da empresa para escravizar os trabalhadores.
Qualquer critério em relação à PLR é uma traição. O único acordo possível é o pagamento integral da PLR, igual para todos, sem nenhum critério escravista.

Essas são, em resumo, alguns dos critérios propostos pela direção da empresa para não pagar a PLR e escravizar os trabalhadores:
- No que diz respeito ao afastamento médico. O trabalhador que estiver afastado por mais de 90 dias, não importando o motivo da doença, não receberá a PLR integral;
- O trabalhador que foi punido com uma suspensão não receberá a PLR;
- O trabalhador que tiver uma falta injustificada, recebe 75% de PLR, o que tiver duas, recebe 50%, o que tiver três, apenas 25% e o que tiver quatro ou mais faltas injustificadas não recebe PLR;
- Os trabalhadores demitidos por justa causa não receberão PLR.

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