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quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Atual vice-presidente dos Correios já foi condenado por desvio de verba da empresa

O atual vice-presidente de Gestão de Pessoas da empresa e também ex-sindicalista, Larry Manoel Medeiros de Almeida, foi condenado pelo TCU quando era diretor no Rio Grande do Sul



O vice-presidente de Gestão de Pessoas dos Correios Larry Manoel Medeiros de Almeida (PT), um dos novos diretores da empresa que tomou posse no início do ano, após a entrada de Dilma Rousseff na presidência da República, foi condenado pelo TCU (Tribunal de Contas da União) quando era diretor regional dos Correios no Rio Grande do Sul (DR/RS).
A condenação do TCU aconteceu por flagrantes fraudes em licitações e despesas na DR/RS. Larry ficou no cargo por mais de sete anos, no Rio Grande do Sul, e a auditoria que o condenou foi feita apenas em 2007.
O documento da auditoria do TCU classifica as infrações como “graves”. Entre elas estão dispensas irregulares de licitação, incluindo contratos de R$ 2 milhões por ano para telefonia, contratação emergencial fabricada, contratação ilícita de trabalhadores para a execução das atividade de distribuição, além da suspeita de notas superfaturadas.
Segundo o TCU o dinheiro teria sido usado para a realização de festas e eventos sem vinculação com os “objetivos institucionais” da empresa, um nome pomposo para desvio de dinheiro da empresa.
O tribunal aponta um seminário de um dia com 100 funcionários em que, no entanto, teriam sido pagas refeições para mil pessoas.

Para a cúpula da empresa, nenhuma punição

Mesmo com todos os casos levantados pelo TCU, que inclusive condenou o então diretor regional, nada aconteceu. Em vez de ter que se explicar à população sobre a corrupção comprovada e devolver o dinheiro distribuído aos amigos, Larry foi agraciado com um cargo maior: vice-presidente na direção nacional da empresa, em BSB.
Não precisa muito esforço para saber que o tratamento dado aos trabalhadores é o completo oposto. Enquanto o trabalhador é demitido apenas por ser suspeito de alguma coisa, os diretores da empresa, afundados até pescoço em lama, são gratificados.
Foi essa diretoria da empresa a mesma que tanto acusou os grevistas na última greve, que descontou de maneira intransigente e arbitrária sete dias dos trabalhadores que apenas exerciam seu direito de fazer greve e de lutar por melhores condições. Melhores condições, diga-se de passagem, muito distante de serem as condições desses membros da cúpula da ECT, que chegam a ganhar mais de 20 vezes o que ganham um trabalhador.
É essa diretoria também a que está perseguindo os grevistas após a greve, através da compensação de horas.

A terceirização para favorecer os capitalistas

Chama a atenção uma das acusações contra o vice-presidente de Gestão de Pessoas da ECT. A de que foi “fabricada” uma emergência para se contratar trabalhadores...terceirizados, obviamente.
Para poder despejar o dinheiro público da empresa nas mãos de algum capitalista dono de uma empresa que fornece mão de obra terceirizada, é inventada uma emergência, para que não seja necessário cumprir o processo de licitação e o dinheiro possa ser dado ao empresário que faz parte do esquema dos diretores dos Correios. Essa é a essência da terceirização: distribuir dinheiro aos capitalistas amigos.

Ex sindicalista, capitão-do-mato

Além de ser vice-presidente da ECT e antigo diretor regional do Rio Grande do Sul, Larrry Manoel de Medeiros é mais um caso de corrupção envolvendo a distribuição de cargos a sindicalistas da categoria.
Larry foi diretor do Sintect-RS (Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Rio Grande do Sul) e recebeu seu cargo na empresa, como em todos os casos, à custa da traição aos trabalhadores.
As denúncias envolvendo o ex-sindicalista, do PT (Partido dos Traidores) revelam mais uma vez que esses elementos, que deixaram sua condição de sindicalista suspostamente de defesa da categoria, pra ocupar um alto posto de chefia, são os mais ávidos para atacar os trabalhadores.
Durante a greve essa característica perversa ficou clara na atitude anti-trabalhador do líder da empresa durante as negociações, Luís Eduardo, ex-sindicalista no Ceará, coordenador do PCdoB/CTB no Correio. E depois da greve, do recém promovido a chefe, Nilson “capitão-do-mato” Rodrigues, ex-secretário-geral do Sinticom-PR e secretário da Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios), que defendeu a perseguição aos grevistas em reunião com representantes dos trabalhadores.
A única maneira de resolver o problema dos escândalos de corrupção dentro da ECT, que só servem para atacar ainda mais as condições de vida dos trabalhadores, é através da mobilização da categoria e da luta pelo controle da empresa pelos próprios trabalhadores, por meio de eleições diretas desde o presidente da empresa até coordenador de operações.
-    Afastamento imediato da corja de sindicalistas que se venderam para a empresa e estão metidos até o pescoço em todo tipo de negócios escusos na empresa.
-    Devolução de todo o dinheiro desviado da empresa e, portanto, dos trabalhadores e da população.

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