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quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Diretoria da ECT homenageia comando da PM

Os militares continuam tendo influência e mantêm controle dentro dos Correios

Na última quarta-feira, dia 30 de novembro, os trabalhadores dos Correios que passavam pelo prédio do Jaguaré, sede da DR/SPM (Diretoria Regional São Paulo Metropolitana) e maior setor dos Correios do País, com cerca de 5 mil trabalhadores, ficaram surpresos com a presença de várias viaturas da Polícia Militar no estacionamento do prédio e nas suas imediações.
A direção da ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) fez uma homenagem à PM de São Paulo no auditório do prédio.
A direção dos Correios ofereceu um café da manhã para a polícia em agradecimento ao serviço prestado pela PM, que forneceu seus quartéis para a realização da famigerada prova física do último concurso dos Correios. Diga-se de passagem, a prova física, de tão exigente, reprovou a maioria dos aprovados no concurso e o resultado é que menos de 60% das vagas de carteiros e OTTs foram preenchidas até agora.
O evento serve para mostrar bem a íntima relação entre a direção da ECT e a polícia militar, acontece como uma troca de favores, veja que a PM forneceu os quartéis sem maiores custos.

Uma empresa militarizada


Até o final dos anos 80 a ECT era diretamente controlada pelos militares. Os trabalhadores eram submetidos inclusive a uma disciplina militar dentro da empresa. Por exemplo, era proibido fazer greve.

Foram as primeiras greves, que passaram por cima da ditadura e a luta dos trabalhadores que tiraram a empresa das mãos dos militares, o que aconteceu no momento em que a própria ditadura militar caía de uma vez por todas no País.
No entanto, apesar de não terem mais o controle direto sobre a empresa e os trabalhadores, os militares se encontram infiltrados em várias partes da empresa. O serviço de correios é considerado de “segurança nacional” e está claro que as forças armadas mantêm uma atuação na ECT.
Como ocorreu no Estado brasileiro, com a queda da ditadura os militares foram apenas formalmente afastados do governo, no entanto, ainda hoje os mesmos políticos da burguesia daquele tempo continuam ainda mandando no País. A mesma coisa ocorre dentro dos Correios. Os militares perderam o controle direto da empresa, mas continuam ocupando postos em sua direção e procuram manter certo controle e influência.

PM para reprimir os trabalhadores


Não precisa fazer muito esforço para saber que os trabalhadores são os primeiros que sofrem com a presença dos militares dentro da ECT. A principal função da polícia é impedir que os trabalhadores desenvolvam sua luta.

Qualquer trabalhador sabe que, ao primeiro sinal de mobilização, a polícia é a primeira a ser chamada pelos patrões, antes mesmo de qualquer negociação.
Na última greve, apenas para citar um exemplo, quando os trabalhadores de Brasília, Minas Gerais e outros lugares fizeram o piquete no edifício sede, a direção da ECT chamou dezenas de homens da tropa de choque da PM para intimidar a categoria que estava apenas exercendo o seu direito de fazer greve.
Sempre que o patrão precisar, a polícia estará lá para bater no trabalhador e prender se for necessário.
É para isso que a direção da ECT mantém essa troca de favores com o comando da PM e é para isso que a PM tem interesse em manter sua presença dentro dos Correios: para impedir qualquer tentativa dos trabalhadores de se revoltar contra a sua situação de escravidão dentro da empresa.
A burguesia e seu braço armado, que é a PM, tentam de todas as formas evitar que os trabalhadores possam tomar para si o controle da empresa. Esse é o maior temor dos patrões da ECT. Tal intimidação e repressão é ainda mais necessária para a direção da ECT e o governo nesse momento para impedir que qualquer ação dos trabalhadores possa atrapalhar os planos para privatizar os Correios.

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