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domingo, 13 de janeiro de 2013

Verdades e mentiras nas eleições do Sintect-RJ

Rio de Janeiro Um esclarecimento necessário para os trabalhadores ecetistas do Rio de Janeiro
13 de janeiro de 2013

1) A chapa 1 (PCdoB/CTB) é independente da empresa?
Não. Não poderia haver maior mentira. A chapa 1, da turma do Ronaldão Bianual, Marcos Sant’Aguida e cia é composta pelo PCdoB. Esse partido, como todo mundo sabe, é base aliada do governo federal, ou seja, dos patrões da categoria. Mas não é só isso. O PCdoB compõem uma série de cargos do alto escalão da ECT: assessores de diretores, de vice-presidentes, diversas gerências etc. Um exemplo clássico é o senhor Luís Eduardo do Ceará. Esse elemento é filiado ao PCdoB e ocupa o cargo de gerente de negociações da empresa, isso significa dizer que foi ele o representante da ECT responsável pelos ataques aos trabalhadores nas últimas negociações salariais e de PLR.

2) A chapa 2 (Articulação/PT) é a chapa da direção da ECT?

Sim. Da mesma forma que a chapa 1, a chapa 2 é uma chapa ligada diretamente aos patrões da empresa. Essa chapa é composta por membros da Articulação Sindical, corrente majoritária do PT. Não precisa falar muito para saber que a chapa 2 é uma chapa apoiada pela empresa: o presidente da ECT, Wagner Pinheiro é do PT; a diretoria regional do Rio de Janeiro é do PT, assim como uma série de cargos de vice-presidência, diretorias regionais e gerências. Ana Zélia, conhecida como Zélia “Ginsp”, que também é do PCdoB, está lotada na sala do diretor regional da empresa no Rio de Janeiro. A chapa 2 tem dezenas de chefes que os apoiam, inclusive fazendo reuniões, como é o caso de João Maurício, conhecido como Janjão.

3) A chapa 1 não tem nada a ver com as traições feitas pela antiga diretoria da Fentect?

Mentira. Todas as traições e ataques à categoria que os elementos da chapa 1 atribuem à Fentect tiveram como protagonistas os próprios elementos da chapa 1. As acusações feitas por Ronaldão e sua turma são puro cinismo. Antes da diretoria doSintect-RJ sair da Fentect, esses elementos faziam parte da diretoria majoritária da federação. Todas as traições foram cometidas por uma aliança quase “santa” entre os integrantes da chapa 1 e os da chapa 2 (PCdoB e Articulação respectivamente). Em alguns casos, a turma da chapa 1 teve papel ainda mais importante do que a turma da chapa 2 como foi o caso do Acordo Binaual, em que Ronaldão foi pessoalmente para Tocantins fraudar a assembleia daquele estado depois de ter fraudado a assembleia do Rio e de ter passado por cima da maioria do comando de negociação da Fentect. Todo esse esforço feito por Ronaldão foi para aprovar o acordo bianual na marra. Na greve de 28 dias de 2011, foram Ronaldão e sua turma os primeiros a aceitarem as imposições dos juízes do TST mandando todos voltarem ao trabalho sem assembleia, o que resultou na famigerada compensação dos dias em regime de escravidão.

4) A divisão da Fentect levada adiante pela chapa 1 é um rompimento com o peleguismo e as traições?

De jeito nenhum. A resposta da pergunta anterior deixa claro que a chapa do Ronaldão Bianual e sua turma sempre estiveram juntos com os traidores. O rompimento com a Fentect nada mais é do que mais uma traição. Ronaldão e sua turma da chapa 1 saíram da federação seguinte as ordens da direção da ECT para dividir o movimento do correios e confundir a categoria. Isso ficou muito claro na campanha salarial em que foram elogiados pela empresa no “Primeira Hora” enquanto a Fentect, dessa vez comandada pela oposição, era acusada das piores coisas.

 
5) A Fentect é um “escritório” da empresa e do governo?

Não. Essa é a maior lorota já inventada dentro do movimento sindical. Quando a Fentect era dominada em 70% pela “santa” aliança Articulação/PT-PCdoB, seja por uma aliança da chapa 1 e da chapa 2, a política de sua diretoria era uma defesa, disfarçada ou não, dos ataques que a empresa e o governo desferiam contra os trabalhadores. Mas isso não significa que a categoria e a oposição não deveriam brigar para retomar a Fentect para as mãos dos trabalhadores. Foi o que aconteceu no último congresso da federação em que o bloco de oposição, constituído pelo que hoje é a chapa 4, conseguiu ganhar a maioria da Fentect. É o primeiro passo, mas muito importante, para retomar todo o movimento de acordo com os interesses dos trabalhadores ecetistas. A continuidade desse processo tem que se dar nessas eleições, lutando para retomar o Sintect-RJ para as mãos da categoria. Essa é a luta da chapa 4!

 
6) A vitória da oposição mudou pouco a Fentect?


Mentira. Se antes a “santa” aliança PT-PCdoB dominava 70% da federação, agora a oposição está com maioria. Mesmo sendo apertada (um voto), essa maioria já é uma enorme mudança em relação ao passado. Além disso, a vitória da oposição na Fentect também abriu as portas para colocar a federação mais próxima dos interesses da base da categoria. Um exemplo disso foi a mudança no Comando de Negociação e Mobilização da campanha salarial, que passou de sete membros para 41, sendo um por sindicato. Foi o fim do balcão de negócios de compra e venda de sindicalistas na campanha salarial. Foi preciso que a turma dos divisionistas da chapa 1 entrasse na jogada para rebaixar a pauta e confundir a categoria para permitir que a empresa atacasse os trabalhadores.

7) A chapa 3 (PSTU/Conlutas) também é oposição?


Mentira. Quem não se lembra que o principal representante da chapa 3, Heitor Fernandes foi o primeiro a defender a divisão da categoria? Sua ideia foi seguida pelos traidores do PCdoB/chapa 1. Quem não se lembra também que Heitor foi árduo defensor das assembleias dos traidores durante a campanha salarial? Enquanto a oposição, representada pela chapa 4, lutava para unificar os trabalhadores do Rio de Janeiro na campanha salarial, Heitor atuava junto com os divisionistas para jogar a categoria nas mãos dos traidores do PCdoB.

A chapa 3 é apenas uma chapa laranja para dividir a oposição e assim tirar votos da chapa 4 para favorecer a chapa 1. Basta ver que a chapa 1 não fala nada da chapa 3. Se Heitor e o PSTU/Conlutas/Chapa 3 fossem realmente oposição lutariam juntos com a chapa 4 para derrotar os traidores da chapa 1. No entanto, Heitor e sua turma preferem confundir os trabalhadores atacando a Fentect, repetindo o discurso da chapa 1.

8) As chapas não tem interesses “partidários”?

Mentira. Todas as chapas são formada por membros e militantes de diversos partidos políticos. O discurso anti-partidário ou apartidário serve apenas aos interesses dos patrões e daqueles que têm medo de assumirem seus partidos e grupos políticos. Vejamos, um por um, os partidos majoritários em cada uma das chapas: a chapa 1 é constituída pelo PCdoB, a chapa 2 é formada principalmente pelo PT e alguns elementos do PCdoB, a chapa 3 é dominada pelo PSTU e a chapa 4 é essencialmente uma aliança entre o PCO e o MRL e o MUTE esses dois grupos são formados por uma maioria de militantes da esquerda do PT, ou seja, que não concordam com a política da corrente majoritária do PT.

Nós defendemos que os trabalhadores devem ter o sua próprio partido político, que seja independente dos patrões. Partidos como o PCdoB e a corrente majoritária do PT são partidos dos patrões, pois formam a direção da ECT e no governo defendem os interesses dos capitalistas e banqueiros. O PSTU, da chapa 3, é um partido que, embora não faça parte oficialmente do governo, é conhecido pelos trabalhadores dos Correios por estar junto com PCdoB e PT nas piores falcatruas contra a categoria, como foi o caso da assinatura do PCCS 2008 da escravidão. A chapa 4 não esconde seus partidos e chamam os trabalhadores a formarem um partido classista e independente dos patrões e da direção da ECT.

9) A unidade formada pelos grupos da chapa 4 é uma coligação “sem princípios”?


Não. Da mesma maneira como foi feito no congresso da Fentect, a unidade dos grupos que formam a chapa 4 (Ecetistas em Luta/PCO-MRL-MUTE-Alternativa) é uma unidade em torno da defesa de um sindicato de luta. É uma frente com um objetivo bem determinado: derrotar os traidores do Sintect-RJ, retomar o sindicato para a luta e defender a unidade nacional da categoria. Por isso, em primeiro lugar, a chapa 4 luta para mobilizar os trabalhadores contra a direção da empresa e contra a burocracia sindical traidora que está a serviço da empresa. Os grupos que formam a chapa 4 formam o MOPe (movimento de Oposição ao Peleguismo) que luta para mobilizar os trabalhadores em nível nacional.

A chapa 4 convoca todos os trabalhadores do Rio de Janeiro e do País e se mobilizarem na luta contra os ataques da ECT e os traidores da burocracia sindical.
 
 

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