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sábado, 5 de maio de 2012

Federação Anã vai romper com a Fentect para seguir o PCdoB e ajudar o PT




O PSTU e alguns de seus aliados estão defendendo a divisão da categoria para apoiar a burocracia sindical 


A Federação Anã publicou um manifesto chamado “Chegou a hora de romper com a Fentect, governo Dilma e a direção dos Correios”. Há duas considerações iniciais sobre o documento, que é uma verdadeira cartilha de capitulação e covardia política para dizer o mínimo. 

Uma fraude contra os trabalhadores

Para começo de conversa, o manifesto da FNTC, conhecida como Federação Anã, é um golpe contra os próprios integrantes da tal frente. Em nenhum momento a política de romper foi aprovada nas reuniões da frente, segundo informações de alguns de seus integrantes. Pior ainda, a ânsia do PSTU em aprovar sua política divisionista é tanta, que fraudaram a assinatura de pelo menos dois dos sindicatos: o Sintect-PI e o Sintect-AM. A defesa da ruptura com a Fentect não foi aprovada nem pelas diretorias desses sindicatos.
É claro que, se nem mesmo as diretorias de alguns sindicatos aprovam a política do PSTU, muito menos os trabalhadores da base desses sindicatos apoiam essa política. Não há e nunca houve discussão na base. O PSTU e seus aliados divisionistas querem impor aos trabalhadores essa política, pois sabe que a categoria não apoia uma política que só pode favorecer aos patrões.
Os trabalhadores também nunca apoiariam uma política que pega carona na política do PCdoB, maior traidor da categoria. Não existe unanimidade nem mesmo entre os próprios diretores sindicais da Federação Anã, é um golpe do PSTU.

Argumentos de esquerda para uma política patronal de direita

Na história, as piores atrocidades contra o povo foram feitas com as melhores intenções, sob a bandeira da maior moralidade, do “bom”, do “puro”, do “belo”. Na política não é diferente, no meio da esquerda pequeno-burguesa também não.
Em nome da “luta” os pequeno-burgueses são capazes de cometer os maiores crimes justamente contra a luta. Em nome do marxismo e da classe operária, a esquerda pequeno-burguesa é capaz de passar por cima dos princípios elementares do socialismo científico e dos interesses da classe operária. Tudo para esconder que na realidade sua política é carregada do mais puro individualismo pequeno-burguês.
É isso o que transpira o manifesto da Federação Anã e todas as palavras pronunciadas pelo PSTU e seus aliados menores. O caso do rompimento com as organizações sindicais é o mais significativo.
Nada mais “belo e puro” ou mais “de luta” do que romper com um sindicato, federação ou central, na caso em questão a Fentect, porque esta seria “patronal” ou “pelega”. Em nome dessa consideração carregada de boas intenções, o PSTU e seus aliados querem dividir os trabalhadores, pegando carona na política do PCdoB, e o que é pior, no momento em que um bloco de oposição tem chances reais de impor uma derrota à burocracia sindical da Fentect.
A crise da burocracia sindical obrigou o PCdoB, um de seus principais pilares, a romper com a Fentect na tentativa desesperada de ganhar uma sobrevida, tentando dar exclusividade de todas as traições ao PT. Dessa maneira, o PT foi abandonado pelo seu principal cúmplice dos crimes contra a categoria. Existiria prova maior da crise e fraqueza da burocracia sindical?
Pois o PSTU quer sair da Fentect para de um lado, apoiar a sobrevida do PCdoB e de outro dar a sobrevida ao PT na Fentect, na medida em que com a política divisionista pode enfraquecer o bloco de oposição em troca de um minúsculo aparato sindical com alguns cargos e que absorveria um dinheiro dos sindicatos de base que a compuserem.
“Saudamos todas as rupturas”
Foi com essa frase que o manifesto da Federação Anã, no 5o parágrafo deixa claro, para os que não querem se iludir, seu apoio ao PCdoB. “A FNTC saúda todas as iniciativas de ruptura com a falida Fentect”. Todas as iniciativas, mas quais seriam essas todas?
A única inciativa tomada de ruptura até agora foi do PCdoB, a frase poderia muito bem ser substituída por “saúda a iniciativa do PCdoB de ruptura”. Mas não é só isso. O manifesto pede coerência aos “companheiros” do PCdoB, que as diretorias de S. Paulo e do Rio de Janeiro deveriam “romper também com o governo Dilma e a direção da ECT”, o que significa simplesmente rir dos trabalhadores que acompanham a podridão que é a trajetória dessa ala da burocracia. O PSTU se solidariza na prática com a ação do PCdoB e procura, com este “chamado”, simplesmente encobrir o crime da quadrilha de bandidos do PCdoB contra os trabalhadores apontando para a sua “regeneração”.
O PSTU apoia o PCdoB, mas faz uma “ressalva” que mais corretamente poderia ser chamada de “pedido” aos “companheiros” do PCdoB. Eles estão certos em terem rompido com a Fentect e dividido a categoria, mas deveriam também dizer que não apoiam o governo Dilma.
No seu manifesto, em nome da Federação Anã, o PSTU tenta convencer que o PCdoB,comprometidos até a medula com o governo do PT e a direção da ECT, cujos diretores sindicais são os mais corruptos e traidores reconhecidos pela categoria, ainda teria alguma remota chance de serem combativos, operários ou no mínimo “democráticos”. Está claro que esse “pedido de coerência” é mais um apoio ao PCdoB, serve para confundir os trabalhadores sobre o principal significado desse partido para o movimento operário. O PCdoB sempre foi a ala mais direitista da burocracia.
A pergunta que fica é: será que o Ronaldão (PCdoB-RJ) que assinou o acordo bianual vai romper com o governo conforme está pedindo o PSTU? E o Diviza? E será que as dezenas de membros do PCdoB que têm cargos na ECT vão entregar seus cargos como está pedindo o PSTU? Uma piada.
Esta política e este pedido não é para desmascarar o PCdoB, mas para mascarar o seu caráter de traidores, para criar a ilusão de que o PCdoB está rompendo com a sua própria política ocultando que a própria ruptura é mais uma traição aos trabalhadores e uma traição ainda maior, porque ameaça dividir todo o movimento nacional e enfraquecê-lo diante dos patrões.

Solidariedade com o PCdoB

O mais escandaloso do manifesto é que o PSTU declara abertamente solidariedade com a manobra traiçoeira do PCdoB: “Apesar de opinarmos que as decisões das diretorias dos sindicatos de São Paulo e Rio de Janeiro de romperem com a FENTECT deveriam ser submetidas às assembleias de base, nossos militantes nestas bases não irão participar do XI CONTECT como delegados, pois em momento algum faremos qualquer tipo de aliança ou unidade de ação em relação a defesa da falida FENTECT”.
Ou seja, não elegeram delegados no Rio de Janeiro para apoiar a divisão dos traidores do PCdoB. Fica claro aqui que não se trata de defender romper com a Fentect para agrupar os setores de luta e combater a burocracia.Se trata, isso sim, de apoiar a burocracia traidora dos Ronaldão, Peixe, Diviza, Santaguida e outros criminosos para conseguir, através da destruição da Fentect, uma federaçãozinha com uns cargos para os dirigentes sindicais do PSTU que, em todos os lugares estão sendo completamente repudiados pelas massas e a ponto de perder o emprego.
Por outro lado, é importante ressaltar a duplicidade do PSTU, que não elege delegados no Rio para apoiar explicitamente o PCdoB, mas vai ao congresso, caso o golpe da federação paralela não dê certo.

PSTU propõe entregar o comando de negociação ao PT

O Manifesto da Federação Anã, colocado de maneira sorrateira pelo PSTU/Conlutas, sobre o imediato rompimento com a Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios) expõe a política covarde e traidora que está sendo levada adiante pelo PSTU.
O manifesto diz sobre a campanha salarial e as negociações com a direção da ECT que “os sindicatos não deem essa autorização para a Fentect ou o seu comando de negociações”. Estão pedindo para que os sindicatos e os trabalhadores deixem de disputar a Fentect com a burocracia sindical e liberem os espaços de disputa para os sindicalistas do PT tomarem conta. Se os sindicatos não disputarem o comando, estarão pura e simplesmente entregando o comando nas mãos exclusivas do PT e isso no momento em que esse partido atravessa a sua maior crise.
O PSTU/Conlutas está propondo uma política covarde e que vai beneficiar diretamente o PT na direção da Fentect e no comando de negociação da campanha salarial. Isso porque a burocracia do PT encontra-se numa crise monumental que coloca seu domínio na direção da Fentect em xeque.
O que estamos observando é que existe uma diferença muito pequena entre as delegações de oposição e situação, nas eleições de delegados para o XI Contect, o que representa uma possibilidade de derrota da burocracia do PT.
O quadro de delegados deixa claro que a política da federação anã de dividir a Fentect é uma política criminosa cujo único sentido é abandonar a luta contra uma burocracia em crise total, que vai beneficiar o PT.

A farsa da “luta” do PSTU/Conlutas

O PSTU critica o comando de negociação, mas esconde que sempre atuou com as falcatruas e traições do PT/PCdoB no comando, sem sequer denunciar para a categoria o que ocorria nas reuniões com a direção da ECT.
Sempre esteve aliado do PT e do PCdoB nas principais traições contra a categoria, formando com o Psol o famoso Bando dos Quatro. Foi assim na assinatura do Banco de Horas, em 2008, na intervenção da justiça patronal nas eleições do Sintect-SP e na assinatura do PCCS da escravidão, cujo membro do PSTU, Ezequiel Ferreira, conhecido como “Jacaré”, foi o principal defensor e, na prática, foi quem viabilizou dentro da Fentect a aprovação daquele ataque patronal contra os trabalhadores.
Na greve de 2011, “Jacozinho” se negou a denunciar os acordos entre a direção da ECT, o TST e a burocracia do PT (sequer protestou) no carro de som nas manifestações que ocorreram em Brasília.
Pelo contrário, não falaram nada sobre o golpe no TST (Tribunal Superior do Trabalho), para que os trabalhadores voltassem ao trabalho sob a ditadura dos Bandidos de Toga, e saíram da greve juntamente com os pelegos do PT/PCdoB sem sequer realizar assembleias. Uma verdadeira traição e apoio à manutenção da Fentect nas mãos da direção da ECT.


Abandonar a Fentect é favorecer a burocracia

O manifesto da Federação Anã ainda afirma que não mandará delegados ao XI Contect das bases de S. Paulo e do Rio de Janeiro pois não farão nenhum tipo de “aliança ou unidade de ação em relação à defesa da falida Fentect”. Para o PSTU é melhor se aliar ao PCdoB na política patronal de dividir a categoria, do que defender a Fentect. A discussão, no entanto, é uma manipulação, pois levar delegados ao congresso não significa defender a Fentect, mas fortalecer o bloco de oposição que irá ao congresso para se opor à burocracia do PT. É isso o que está em questão e justamente o contrário disso o que o PSTU está querendo fazer: enfraquecer a oposição.
O único conteúdo da política divisionista do PSTU é favorecer a burocracia sindical e de tabela favorecer os patrões.
A tarefa dos trabalhadores, pelo contrário, é se organizar e partir para cima da burocracia, denunciar as traições e derrotar de vez os traidores em uma luta que lance mão de todas os meios.
O PCO e a corrente Ecetistas em Luta são os que mais denunciam e lutam contra as traições e a subordinação da direção da Fentect (PT-PCdoB) à ECT. Mas essas denúncias não são feitas para que uma corja de vigaristas – seja lá com qual argumento ou coloração política – formarem um cabide de empregos às custas da destruição da organização de luta dos trabalhadores. Dizemos claramente para todos os trabalhadores dos correios: o único caminho de luta honesto é o de derrotar e derrubar os pelegos da direção da federação nacional e dos sindicatos, não construir cabides de empregos para dirigentes sindicais que foram repudiados pelos trabalhadores.

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