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terça-feira, 29 de maio de 2012

A unidade dos trabalhadores é uma condição para a luta


A divisão da categoria que a burocracia procura impor aos trabalhadores serve para atacar a campanha salarial e a unidade do movimento grevista contra os patrões 

A crise sem precedentes da burocracia sindical dos Correios (PT-PCdoB) deu lugar a uma política desesperada e criminosa dessa mesma burocracia e seus aliados, de tentar dividir os trabalhadores formando mais uma federação.
O PCdoB/CTB desfiliou os sindicatos de S. Paulo e Rio de Janeiro com o pretexto de formar uma nova federação supostamente em oposição à política da Fentect, o que é puro cinismo, uma vez que esse partido juntamente com o PT foram os principais responsáveis pelas inúmeras traições contra a categoria, assinando os piores acordos (PCCS da escravidão, acordo bianual etc) em troca de privilégios e cargos oferecidos pela direção da ECT.
Por outro lado, o PSTU/Conlutas, pioneiro dessa política, com a criação da FNTC (Frente Nacional dos Trabalhadores dos Correios), conhecida na categoria como “federação anã” ,logo saíram em defesa do PCdoB vendendo a ilusão que a “ruptura” dos burocratas seria para formar uma federação de luta. Isso está absolutamente fora de cogitação, uma vez que o PCdoB foi e é o um dos principais partidos ligado à direção da empresa. Dessa maneira, o PSTU/Conlutas procura encobrir a sua política patronal de direita com um vocabulário “esquerdista”.    
Os efeitos profundamente nocivos dessa política que tem serventia apenas aos patrões são evidentes, independentemente dos argumentos cínicos e oportunistas utilizados pela burocracia para justificar a divisão.
O que os divisionistas não sabem ou o que, mais provavelmente, querem ocultar é que o principal papel que tem uma associação sindical e no caso dos Correios, a Federação, é organizar a defesa da força de trabalho contra a feroz exploração dos patrões e, em termos jurídicos, negociar as cláusulas do contrato coletivo de trabalho com base nos interesses e reivindicações da categoria. A divisão dos trabalhadores, portanto, vai isolar os sindicatos e diluir a força e a pressão da categoria contra os patrões, que negociando separadamente com cada federação terá melhores condições de impor uma derrota aos trabalhadores.
A divisão da categoria em mais uma federação servirá para diluir a força e o poder de pressão dos trabalhadores contra os patrões. É um ataque, nesse sentido, diretamente à campanha salarial, ou seja, ao salário e aos benefícios econômicos conquistados pelos trabalhadores. É uma forma da ECT atacar essas conquistas em nível nacional fazendo os sindicatos rastejarem diante da empresa pedindo uma esmola.
Trata-se, portanto, de uma política para enfraquecer a organização da luta dos trabalhadores, uma vez que a divisão criará uma enorme confusão durante a campanha salarial, a greve ou a qualquer mobilização, onde a categoria, que embora seja nacional e tenha apenas um patrão, o governo, a direção da ECT, está dividida, sem nenhuma voz de comando onde possam ser discutidos e resolvidos os problemas organizativos e políticos da categoria.
No caso do PCdoB, não há nenhuma novidade nessa política, pois desde que assumiu o domínio do Sintect-SP e Sintect-RJ ele tem utilizado o poder desses dois sindicatos, os maiores da categoria, para liquidar a campanha salarial em momentos decisivos, aprovando a mando da empresa, em assembleias manipuladas, o fim da greve e iniciando uma debandada geral da campanha salarial no restante do País, levando a categoria à derrota.
Todos os trabalhadores sabem perfeitamente que a força de uma categoria, a vitória na luta contra os patrões, reside principalmente na organização centralizada e unificada do movimento operário. A força da última greve dos Correios comprovou claramente esse fato; o caráter amplo e nacional da greve de 28 dias foi o que permitiu passar por cima da burocracia sindical que não teve força para derrotar a greve, precisando da ajuda do judiciário, o TST (Tribunal Superior do Trabalho) e da campanha de desinformação e ataque da imprensa burguesa. 
A unidade dos trabalhadores em uma organização centralizada, unificada é uma conquista da categoria que deve ser defendida energicamente.
A Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios) é uma realidade que não pode ser ignorada, é a única organização independente de qualquer consideração que possa ser feita, que foi efetivamente criada pelos trabalhadores e que unifica a categoria. Se a sua direção é pelega, é vendida, segue a política da empresa, que então seja mudada, derrotada pela luta dos trabalhadores ecetistas para colocar uma direção nova, combativa que defenda seus interesses.
Os trabalhadores dos Correios e os elementos que participam ativamente dessa luta devem ter isso claro. O caminho é lutar para retomar os sindicatos e a Fentect para os trabalhadores. A divisão é uma arma dos patrões para derrotar os operários e uma forma da burocracia dominar sem a pressão da base. 
A crise terminal da burocracia PT-PCdoB e seus aliados tem relação com a luta cotidiana, a experiência do movimento dos Correios com essas direções pelegas e foi através dessas que a luta e a consciência da categoria avançou e continua avançando.

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