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sábado, 12 de maio de 2012

PSTU e Conlutas estão querendo entregar a campanha salarial nas mãos de Dilma Rousseff, Paulo Bernardo e Wagner Pinheiro e facilitar a privatização da ECT


No momento de maior acirramento da luta entre os trabalhadores dos Correios e a direção da empresa, que não por acaso coincide com uma crise terminal da burocracia sindical (PT-PCdoB) nas organizações, o PSTU/Conlutas lança uma política de ruptura com a federação nacional dos trabalhadores com o objetivo claro de confundir e dividir os trabalhadores e enfraquecer a oposição, favorecendo assim o PT. Mais uma vez, o PSTU prova que é essencial como ala “esquerda” do bloco burocrático 

José Pedro Martins, da redação e Henrique Áreas de Araújo, diretor suplente da Fentect

Os trabalhadores do correio de todo o Brasil e todos os interessados nos rumos do movimento sindical e da luta classe operária brasileira têm que tomar conhecimento do que está acontecendo nos correios, a categoria mais ativa no movimento sindical na última década e que acaba de realizar a maior e mais importante greve operária nacional em outubro passado, com 28 dias de duração, envolvendo mais de 50 mil trabalhadores.
No ínicio deste ano, a CTB, um aparelho sindical pelego dirigido pelo ultra-corrupto Partido Comunista do Brasil, anunciou a ruptura dos sindicatos dos correios de S. Paulo e do Rio de Janeiro com a Federação Nacional, que congrega 35 sindicatos de todo o país.
A explicação para a ruptura é do mais refinado cinismo. Acusam a federação de levar adiante uma política pelega. Ocorre que não apenas os sindicalistas do PCdoB compunham praticamente 50% do bloco dirigente da Fentect até ontem e são diretamente responsáveis por toda a política patronal levada adiante pela federação, como, na realidade, foram nos últimos anos o principal executor desta política pelega por dirigirem os principais sindicatos do país que utilizaram contra todas as lutas e mobilizações da categoria.
A declaração do PCdoB apenas ilustra o total desprezo que os burocratas sindicais têm pela inteligência dos trabalhadores e a falta de respeito desta excrecência sindical pela classe operária como um todo.
Pelas suas escandalosas traições, foram regiamente pagos com cargos e altos salários dentro da ECT e verbas de diversas origens que alimentam o enriquecimento de um punhado de escroques burocráticos às custas da pobreza e do sofrimento de 100 mil trabalhadores dos correios e suas famílias.
Na campanha salarial de 2009, foi um dos líderes da máfia sindical do PCdoB, conhecido como “Ronaldão” que anunciou que iria assinar o acordo bianual à revelia do comando de negociação, cuja maioria se posicionava contra o acordo. Foi necessário que os trabalhadores de Minas Gerais, liderados pelo Sintect-MG, cuja direção faz parte da corrente de Oposicão Ecetistas em Luta, ligada ao Partido da Causa Operária, fretasse dois ônibus com trabalhadores mineiros, paulistas e de outros estados para ir a Brasília, sob a complacência geral e cumplicidade do PT e PSTU, e aplicar um corretivo no inflamado dirigente sindical comprado pelos patrões, o que efetivamente ocorreu e que o levou a abandonar este propósito.
Vendo que o golpe de mão descarado não seria suficiente para colocar em prática a política ditada pelos patrões, depois da surra que levou dos trabalhadores da base o seu porta-voz no Comando de Negociação, a quadrilha sindical do PCdoB teve que fraudar as assembleias de Tocantins e Mato Grosso para conseguir o número suficiente de assinaturas para assinar o acordo bianual. Ali, nestes estados, estiveram também os militantes do PCO e de Ecetistas em Luta para evitar este desenvolvimento, o que não foi possível porque as pseudo assembleias foram realizadas sob a guarda das chefias dentro da empresa.
Por este simples fato, qualquer um pode ver o grau de cinismo da alegação da máfia sindical de que os que rompem com a Fentect o fazem porque discordam da política seguida por ela. Se isso fosse verdade, teríamos que concluir que a outra ala da burocracia é moderada e tímida demais nas suas traições para esta verdadeira quadrilha de bandidos.

O significado da nova traição do PCdoB

A ruptura do PCdoB com a Fentect – não pode restar dúvida alguma – é mais uma traição aos trabalhadores dos correios. Querem dividir o movimento nacional para se preservar nas entidades em que dirigem e abrir uma nova via para impor novas derrotas aos trabalhadores.
Qualquer pessoa normal sabe que dividir os sindicatos, como disse Lênin em uma frase memorável, “é o melhor serviço que se pode prestar à burguesia”, ou seja, que é uma política ferozmente patronal.
O sindicato tem como fundamento a unidade dos trabalhadores. Por isso, os velhos sindicatos chamam-se Uniões. Quem se lança a dividir estas organizações é, salvo em raras exceções, o agente patronal. O PCdoB já é sabido como agente da direção da ECT e dos patrões em inúmeros sindicatos e, como partido, um grupo de pistoleiros de aluguel a serviço dos monopólios nacionais e estrangeiros e dos latifundiários, como se viu na questão da aprovação do Código Florestal, obra fundamental do deputado Aldo Rebello, principal líder do PCdoB, como foi reconhecido pelos próprios latifundiários, assassinos em massa dos trabalhadores do campo.
Com a divisão da Fentect, os patrões poderão manipular a divisão dos trabalhadores em mais de uma organização sindical e fortalecer os pelegos. Nada diferente disso pode acontecer.
O motivo da ruptura do PCdoB com a Fentect não é segredo para para ninguém que conheça o movimento sindical dos correios e o movimento sindical em geral. O PCdoB está atravessando em todo o país uma crise de enormes proporções. Perdeu importantes lideranças para o PT e outros partidos. Nos correios, o PCdoB estava diretamente ligado ao PMDB, até ontem majoritário na direção da empresa. No governo Dilma, o PT vem procurando ganhar terreno às custas deste partido e exonerou dos seus cargos a maioria dos administradores estaduais, dos quais o PCdoB dependia. Este é o primeiro fato.
O segundo fato é que, diante da crise do sindicalismo do PT, a partir da traição da greve de 2003, e do fato de que contam com o maior número de cargos na empresa, o PCdoB recebeu a tarefa de controlar os dois maiores sindicatos da categoria, que foram entregues ao PCdoB pelo Bando dos Quatro para defender a política da direção da ECT.
A pressão nacional das bases contra o PCdoB vem crescendo de tal maneira que acuou os sindicalistas nas assembleias da campanha salarial e, mesmo com a ajuda do PSTU, não tiveram em momento algum coragem de propor o final da greve nem em S. Paulo nem no Rio de Janeiro, onde sempre são enterradas as campanhas salariais.
Os pelegos do PCdoB esperam enfraquecer os trabalhadores com a divisão da sua organização sindical e recuperar o controle, facilitando a aplicação da política patronal. A única coisa que se pode excluir é que mudem sua política patronal.

O papel político do PSTU, o significado do bando dos quatro

A função do PSTU (Conlutas) no interior do movimento sindical e dos movimentos em geral, desde a sua criação em tempos remotos foi fornecer uma versão de esquerda para a política oportunista de colaboração de classes.
Nos correios, não foi diferente. Depois da criação dos sindicatos e das Fentects, nos quais a participação do PSTU foi inexpressiva, no momento de baixa das lutas tomaram conta dos principais sindicatos e da direção da Fentect, constituindo-se em eixo organizador da burocracia sindical nos correios. Mantiveram um bloco político permamente com o PCdoB e com as alas mais direitistas do PT até 2003, quando a enorme greve da categoria os obrigou a romper esta frente.
Foram responsáveis pela derrota de inúmeras greves da categoria, chegando até a elaborar um sistema de traição dessas campanhas salariais, utilizado recentemente pelo bloco PT e PCdoB, ou seja, levar a campanha salarial para o TST, onde era estrangulada. Naquele momento, foram apelidados de TSTU pela maneira sistemática como quebravam as greves e arruinavam as campanhas salariais com a ajuda de juízes.
A função do PSTU – que decorre das suas próprias características pequeno-burguesas vacilantes – é a de conseguir apresentar a mesma política do PT e do PCdoB sob uma aparência esquerdista para o setor que já compreendeu o caráter burguês da política do PT ou que não consegue levar adiante esta política.
Sua política centrista nunca o coloca de fato à esquerda da política oficial de colaboração de classes e, certamente, nunca o coloca em uma luta real contra ela e, muitas vezes, os colocam efetivamente à direita da política oficial, como acontece agora nos correios, onde com um discurso esquerdista querem dividir o movimento sindical nacional, o que levaria os trabalhadores a derrotas muito maiores do que aquelas que PT e PCdoB produziram como direção da Fentect.
A frente popular atualmente no governo nunca conseguiria atrelar os trabalhadores à sua política de colaboração de classes se apresentasse um discurso único, um método único, uma tática única para os trabalhadores. Assim como a burguesia não conseguiria nunca atrelar a classe operária ao regime burguês e ao Estado capitalista se não contasse com mais de uma política para fazer isso.
O PSTU é, nesse sentido, uma espécie de ala esquerda da política burguesa. Dizemos “uma espécie” porque o seu esquerdismo, hoje, quando o PT está no governo, é pura aparência, é uma questão de meras palavras, de jogo de cena e que, na prática, na luta, não se diferencia em absolutamente nada da política do PT e do PCdoB.
No próprio acordo bianual, bem como na campanha salarial anterior, os militantes e dirigentes sindicais do PSTU procuraram a todo momento sabotar a luta da oposição com um discurso de esquerda. Não assinaram o acordo bianual apenas porque os trabalhadores estavam conscientes de que este era uma traição, em grande medida pela propaganda da corrente Ecetistas em Luta. No entanto, nada fizeram para que fosse vitorioso em momento algum. Dentro do Bloco dos 17 sindicatos fizeram o impossível com sua campanha de intrigas para dissolver o bloco com o único intuito de formar a sua federação anã. Em momento algum fizeram nada de prático contra o acordo bianual e foram o principal instrumento para impedir o progresso daquela luta.
Na última campanha salarial, a sua atuação direitista foi muito mais difícil de esconder. Estiveram juntos com o PCdoB em S. Paulo, sendo os únicos autorizados pela quadrilha sindical para falar nas assembleias, onde apoiaram todas as medidas propostas pela diretoria do sindicato, trabalhando para impedir os trabalhadores de chocar-se com os pelegos.
O papel mais importante do PSTU como ala “esquerda” do peleguismo no movimento sindical dos correios é a campanha permanente para mostrar que as denúncias do PCO e da corrente Ecetistas em Luta contra o peleguismo não passam de calúnias, que os métodos de luta do PCO são “tumulto” etc. Essa campanha de falsificação e de mentiras tem um papel fundamental em confundir os setores que querem romper com a política pelega do PT e do PCdoB e para isolar o setor mais combativo desta ala esquerda indefinida que tende lutar contra a burocracia. Nesse papel verdadeiramente policial são sempre ajudados pelo coro dos sindicatos pelegos e, para os elementos mais confusos, a unidade do PSTU com o PCdoB e PT contra o PCO e contra a luta parece ser uma “opinião geral”, ou seja, tanto da direita como da esquerda, o que contribui para criar a ilusão de que não é uma política direitista, embora a própria frente única seja uma prova do seu caráter direitista.

Encobrindo o PCdoB, com um discurso de esquerda

É exatamente isso que vemos no caso da ruptura do PCdoB, que quer levar os trabalhadores dos principais sindicatos a romper com o restante da categoria, transformando o que é um movimento nacional em movimentos parciais sem enenhum poder real de barganha diante dos patrões.
Qualquer trabalhador minimamente informado sabe que a ruptura do PCdoB é mais uma traição e a rejeita de imediato. A tendência dos trabalhadores e de várias lideranças sindicais é a de sair à luta imediatamente contra o divisionismo do PCdoB e derrotar esta manobra patronal.
É exatamente aí que entra o PSTU para confundir uma parcela de dirigentes sindicais e paralisar esta luta. E como é possível? É possível porque os PSTU vai explorar a ilusão de um setor de que ele, PSTU, é de esquerda e luta contra o peleguismo para fazer com que estes mesmos trabalhadores apoiem exatamente a política do PCdoB e da direção da ECT.
Imediatamente, quando a indignação dos trabalhadores se levantou contra o PCdoB, o PSTU saiu a público para “aplaudir” (nas suas próprias palavras) a ruptura do PCdoB e para propor ele mesmo a ruptura, arrastando junto com eles os pequenos sindicatos que agrupou na federação anã.
Assim, o que os trabalhadores vêem como sendo uma traição da máfia sindical do PCdoB contra a categoria, o PSTU apresenta como sendo uma “luta” contra o PT.
Fazem um malabarismo para confundir ainda mais os trabalhadores ao apresentar o PCdoB, principal tropa de choque da traição aos trabalhadores como estando “rompendo” com o PT – uma mentira descarada – chamando-o a “romper com o governo”, coisa que qualquer um sabe que nunca irá acontecer e que somente serve para confundir os trabalhadores dando a ideia de que o PCdoB não é pelego, mas um grupo de pessoas honestas que estavam sendo enganados pelo PT e agora estão evoluindo à esquerda.
A maior confusão de todas, que fazem em todos os sindicatos, é entre romper politicamente, ser contra a política patronal de fato, e a ruptura puramente aparente que é criar um novo sindicato ou federação, cuja política nada mais é que a mesma política dos outros com os quais rompeu. Esta falsificação da realidade serve para atrelar ainda mais os trabalhadores à política da ala majoritária e oficial do peleguismo.
Assim foi sempre com o PSTU e assim será sempre com o PSTU até que os trabalhadores se convençam pela sua própria experiência de que a política deste partido nada mais é que a versão com sabor esquerdista da política do PT.
Os trabalhadores e sindicalistas dos correios precisam compreender, com base na experiência que está sendo realizada neste momento, que a política do PSTU é uma traição aos trabalhadores dos correios a serviço dos patrões da ECT e da privatização da empresa, disfarçada com um discurso de ruptura com os pelegos, contra os patrões e a privatização. Para isso, precisam entender que há uma enorme distância entre o que um partido diz e o que ele efetivamente faz. Neste momento, o PSTU fala que quer lutar contra o peleguismo, mas está, nos seus atos, ajudando o PCdoB a trair os trabalhadores. As palavras não mudam os fatos.

Um plano para preservar os sindicalistas vendidos à direção da empresa

O fato fundamental da situação atual, que o PSTU, com seus golpes de mágico de circo quer ocultar dos trabalhadores dos correios e dos sindicatos é que o peleguismo está afundado em uma crise sem precedentes na história do sindicalismo do correio.
Em junho vai ocorrer o XI Congresso da Fentect e todo mundo sabe que esse momento é decisivo para a constituição do comando de negociação da campanha salarial e da própria direção da federação.
Do último congresso, em 2009, a diferença entre o conjunto das forças do peleguismo, PT e PCdoB e as forças de oposição, passou de 50% dos delegados para menos de 10%.
No Congresso de 2009, o bloco dos sindicalistas patronais tinha 75% dos delegados. Neste, terá pouco mais de 50%. O peleguismo perdeu cerca de um quarto dos delegados que passaram para a oposição. Um dos fatores fundamentais nessa crise é o racha entre PT e PCdoB, que é o mais importante resultado da pressão dos trabalhadores sobre a burocracia.
Estes dados estão mostrando o enorme avanço da oposição como resultado da revolta da categoria contra as traiçãos.
O bloco pelego, por outro lado, embora tenha uma pequena maioria de delegados está completamente dividido e enfraquecido, o que abre enormes possibilidades para a oposição, tanto no Congresso como na Campanha Salarial.
O PSTU vem, por debaixo do pano, tentando enganar os sindicalistas dos sindicatos da federação anã dizendo que não é verdade que o congresso está equilibrado. É mais um argumento de mágico de caberé, pois se o Congresso não estiver equilibrado, nem mesmo os matemágicos do PSTU conseguirão demonstrar que a relação de forças na categoria dos correios virou-se totalmente contra o peleguismo e que a linha de desenvolvimento aponta claramente para o crescimento dos oposição e para o enfraquecimento do peleguismo. Este fato é inconveniente também porque este desenvolvimento de crise do peleguismo atinge o próprio PSTU que passou de ser a maior força do movimento sindical dos correios em 2003 dirigir hoje apenas dois sindicatos, Pernambuco e Vale do Paraíba e para perder completamente a sua autoridade política em S. Paulo, onde sempre dominaram o sindicato dos correios em aliança com o PT e o PCdoB.
A formação do bloco dos 17 não foi produto do acaso, mas da crise da política da burocracia sindical do PT, do PCdoB e do próprio PSTU. O PSTU conseguiu na maré baixa que se seguiu à provação do acordo arrastar os sindicalistas para a formação da federação anã com mentiras, dissimulação e intrigas. Agora, está se formando um bloco ainda mais poderoso de oposição e a tendência geral na categoria é a do fortalecimento da oposição e enfraquecimento da burocracia.
Qualquer pessoa com um mínimo de experiência no movimento sindical pode perceber, acima de qualquer dúvida, que este é um momento decisivo para organizar a luta contra o a burocracia sindical do PT e do que restou do PCdoB dentro da Fentect e impor a eles e à direção da ECT uma derrota decisiva.
Mais importante ainda, a ruptura dos sindicatos de S. Paulo e do Rio de Janeiro, enquanto o restante do movimento sindical nacional se mantém unido, representa um extraordinário enfraquecimento dos pelegos destes dois sindicatos que, no desespero, levaram a si mesmos a uma posição de completo isolamento e que abre também uma enorme possibilidade de reconquistar os dois maiores sindicatos para a oposição. Estes se somariam ao terceiro maior sindicato, que é o Sintect-MG, dirigido por Ecetistas em Luta, formando uma força avassaladora dentro da federação.
O caráter profundamente contrarrevolucionário, traidor e nefasto da política do PSTU deve ser compreendido diante dos fatos que estão aí para qualquer um analisar. Diante destes fatos, o apoio ao PCdoB e a proposta de dividir o movimento nacional é uma das maiores, senão precisamente a maior traição que os trabalhadores dos correios já sofreram em toda a sua história.

A federação anã e o PSTU estão trabalhando para entregar o XI Congresso da Fentect ao PT em crise

A Federação Anã, formada pelo PSTU e por sindicalistas confusos, foi criada para defender a divisão dos trabalhadores, em favor dos pelegos e dos patrões, em troca de cargos e verbas estatais e outros privilégios para um punhado de sindicalistas que perderam todo o prestígio na base dos seus sindicatos, como se pode ver em S. Paulo, Rio de Janeiro, Paraíba, Rio Grande do Sul etc. A caricatura de federação do PSTU publicou um Manifesto, sem nenhuma discussão com os trabalhadores de base dos sindicatos e, nem mesmo com os diretores do próprios sindicatos. Na Paraíba, a maior parte dos diretores do sindicato – até mesmo porque metade da diretoria é formada por militantes do PT (!) - já denunciaram o golpe dado por uma única pessoa, o sr. Emanuel, mostrando que sequer houve reunião da diretoria e que Emanuel tomou a decisão sozinho sem consultar ninguém.
Os anões pubicaram depois uma nota ridícula onde dizem que o PCO está caluniando este tal Emanuel. A calúnia seria, dizem por debaixo do pano, mas não em público, entre outras coisas, que o PCO afirma que o sr. Emanuel é um ditador e isso seria um “ataque pessoal”. O argumento é ainda mais ridículo quando é “explicado” (por isso, não é explicado de público, para não matar os trabalhadores de rir), primeiro porque é uma coisa óbvia, que não precisa ser demonstrada que quando uma única pessoa toma decisões à revelia e contra toda a diretoria e mais dois mil trabalhadores é quase que um definição de dicionário de ditador. Em segundo lugar, porque a “calúnia”, que no dicionário do PSTU significa “a verdade” não foi feita pelo PCO, que apenas a divulgou, mas pelos próprios diretores que foram atropelados pelo aprendiz de ditador.
A importância desta crise que expõe a ditadura emanuelista na Paraíba é que revela que esta política não expressa o sentimento das massas, mas é uma tentativa de impor aos trababalhadores e a todos os desejos de um punhado de burocratas de segunda linha em interesse próprio.
A mesma fraude dos ditadores do PSTU foi feita contra outros sindicatos, como o Sintect-PI, que já desmentiu oficialmente o Manifesto divisionista da categoria. A diretoria do Amazonas também não autorizou a assinatura deste manifesto e não sabemos dos outros três sindicatos, mas está absolutamente claro que, até o momento, tudo vem sendo feito em surdina. Tem que ser assim, pois o maior inimigo desta política é a publicidade, pois uma vez que os trabalhadores saibam que os seus dirigentes querem dividir a categoria em aliança com os que assinaram o acordo bianual – o chefe da máfia do PCdoB no Comando de Negociação da Fentect, o “Ronaldão”, é que foi o líder da façanha – a situação destes combativos sindicalistas ficaria periclitante como já o está na Paraíba.
Nesse manifesto,o PSTU defende que os trabalhadores dos correios deveriam romper com a Fentect, pegando carona na traição do PCdoB. Eles aplaudem o PCdoB (diretoria de S. Paulo e Rio de Janeiro), os maiores traidores da categoria que já romperam e também estão dividindo os trabalhadores.

Pelas costas de todos os trabalhadores, PSTU prepara a maior de todas as traições nesta categoria tantas vezes traídas

A divisão da Fentect em três federações, como propõe cinicamente o PSTU significaria nada menos que a destruição da unidade nacional dos trabalhadores. Em lugar de uma organização unitária, surgirão três organizações mutiladas, debilitadas, cuja única função – qualquer que seja a sua direção –   será a de ser um joguete nas mãos dos patrões.
O trabalhador, que vive do seu baixo salário, lutando contra as maiores dificuldades para manter a cabeça para fora d’água, vê a luta sindical como uma necessidade fundamental. Destruir a única ferramenta que o trabalhador tem para enfrentar o patrão que o oprime como um escravo no local de trabalho é uma coisa que nenhum trabalhador pode aceitar.
Se o seu sindicato está dirigido por pelegos, por pessoas sem caráter e sem hombridade que se venderam por um salário maior, traindo os seus irmãos de classe, a solução é derrubá-los, colocar outros no seu lugar, mudar os estatutos, ou seja, melhorar o seu instrumento de luta da melhor maneira possível.
Já para o pequeno-burguês, que acredita que o capitalismo sempre vai lhe dar o que precisa, embora isso não seja verdade, porque ele tem um pouquinho mais que os operários que vivem exclusivamente dos salários, o sindicato não é uma ferramenta de luta pela sobrevivência, mas um mero divertimento, um brinquedo ou, no caso dos mais venais, um meio de vida às custas da maioria dos trabalhadores. Por isso, para eles, destruir uma federação nacional unitária, que leva todos os trabalhadores do país juntos à luta, não significa nada. Eles dizem: “esse brinquedinho está chato, vou pedir a papai para comprar outro, sem pelegos, sem pessoas que se vendem para o patrão”. E isso, quando eles mesmo estão prontos a se vender para o patrão!
Esse crime, no entanto, é muito maior, mais concreto, imediato e tramado conscientemente pelo PSTU do que pode parecer à primeira vista.
O manifesto da federação anã faz também uma outra declaração, da maior importância para compreender o verdadeiro sentido da política do PSTU e na qual aquele partido está envolvendo todos os sindicatos da federacão anã como São José dos Campos, Vale do Paraíba, Pernambuco, Amazonas, Piauí e Paraíba.
Segundo eles:
“Por isso, diferente dos outros anos, proporemos que os sindicatos não dêem essa autorização para FENTECT ou seu Comando de Negociações.
“Vamos eleger um novo Comando Nacional de Mobilização e Negociação, diretamente nas instâncias de base da categoria, composto por companheiros provados na luta, que não se ven- dam para o governo e a direção da empresa, em troca de cargos, como fez (sic) nos últimos anos os dirigentes sindicais da CUT e CTB” (Manifesto da FNTC, assinado pelos sindicatos de Pernambuco, Paraíba, Piauí, Amazonas, Vale do Paraíba e S. José dos Campos, com a ressalva de que a diretoria do Sintect-PI negou posteriormente ter dado autorização para assinar este manifesto e vários diretores da Paraíba declararam que a assinatura do Sintect-PB foi ali colocada em sequer discussão na diretoria).
O que significa essa declaração?
Simplesmente que os sindicalistas do PSTU/Conlutas e dos demais sindicatos da federação anã estão declarando que não vão participar da eleição do comando de negociação da campanha salarial, que não vão votar na oposição no XI Congresso da Fenect nos candidatos da oposição para derrotar os sindicalistas do PT e da direção da ECT nem para o Comando de Negociacão, nem para a direção da Fentect. Que vão entregar a direção da campanha salarial e da federação para o sindicalistas que estão a soldo do governo PT, boicotando a luta da oposição!
Vão formar um comando com três ou quatro sindicatos, que agrupam menos de 7% de total de trabalhadores dos correios e deixar os outros 93% de trabalhadores, ou seja, 93.000 mil trabalhadores exclusivamente nas mãos dos sindicalistas a mando da direção da empresa!
Ouçam bem, trabalhadores dos correios e sindicalistas da federação anã! O PSTU não quer participar da luta para derrotar o PT e o PCdoB no Comando de Negociação e na direção da Fentect! Quer deixar o comando de negociação exclusivamente nas mãos do PT!
OUÇAM BEM, TRABALHADORES DOS CORREIOS E SINDICALISTAS DA FEDERAÇÃO ANÃ! O PSTU QUER DERROTAR A OPOSIÇÃO NO CONGRESSO E DAR A VITÓRIA EXCLUSIVA AO PT!
OUÇAM BEM, TRABALHADORES DOS CORREIOS E SINDICALISTAS DA FEDERAÇÃO ANÃ! O PSTU QUER QUE O PT – OS VENDIDOS QUE RECEBEM CARGOS – DIRIJAM A CAMPANHA SALARIAL DOS CORREIOS SOZINHOS!
OUÇAM BEM, TRABALHADORES DOS CORREIOS E SINDICALISTAS DA FEDERAÇÃO ANÃ! O PSTU QUER DEIXAR A CAMPANHA SALARIAL NAS MÃOS DE DILMA ROUSSEF, PAULO BERNARDO E WAGNER PINHEIRO PARA QUE ELES FAÇAM O QUE QUEIRAM COM OS TRABALHADORES!
OUÇAM BEM, TRABALHADORES DOS CORREIOS E SINDICALISTAS DA FEDERAÇÃO ANÃ! NO MOMENTO DE MAIOR CRISE DA PELEGADA DO PT E DO PCDOB, QUANDO O CONGRESSO ESTÁ DIVIDIDO PELA METADE, DEPOIS DE 10 ANOS DE DURAS BATALHAS CONTRA OS PELEGOS, O PSTU CHAMA A OPOSIÇÃO E OS TRABALHADORES A ABANDONAREM O CAMPO DE BATALHA E DEIXAR O PT VENCER POR W.O.!
OUÇAM BEM, TRABALHADORES DOS CORREIOS E SINDICALISTAS DA FEDERAÇÃO ANÃ! NO MOMENTO EM QUE A EMPRESA, OU SEJA, O GOVERNO DO PT E DO PCDOB, ESTÁ PRIVATIZANDO A EMPRESA, AUMENTANDO A TERCEIRIZAÇÃO, IMPONDO O SISTEMA NAZISTA DO SAP, O PSTU CHAMA A OPOSIÇÃO E OS TRABALHADORES A DEIXAR A CAMPANHA SALARIAL NAS MÃOS DOS SINDICALISTAS A SERVIÇO DO GOVERNO, SEM LUTA NENHUMA.
OUÇAM BEM, TRABALHADORES DOS CORREIOS E SINDICALISTAS DA FEDERAÇÃO ANÃ!
ESTA É A MAIOR, MAIS MONSTRUOSA, MAIS PÉRFIDA FACADA NAS COSTAS DOS TRABALHADORES DOS CORREIOS DE TODA A SUA HISTÓRIA CHEIA DE TRAIÇÕES! MAIOR QUE ACORDO BIANUAL, O BANCO DE HORAS E O PCCS QUE ABRIU CAMINHO PARA A IMPLANTAÇÃO DO SAP!

O PSTU já está boicotando a luta da oposição, em favor do PT

Pois bem, Emanuel e o PSTU estão boicotando abertamente o congresso com a desculpa de que querem romper com a Fentect, mas tudo o que estão fazendo é garantir uma maioria do PT no comando.
Vejamos alguns exemplos que mostram que Emanuel e o PSTU estão prestando o serviço ao PT.
Pois bem, diante desse quadro favorável aos trabalhadores, o PSTU e seu amigo Emanuel defenderam que o Sintect-SJO não participasse do congresso. Esse golpe contra os trabalhadores de São José do Rio Preto e de todo o País custou cinco delegados a menos para a oposição.
No Rio de Janeiro, o PSTU “saudou” a ruptura dos traidores do PCdoB e decidiu não eleger delegados, o que representou no mínimo cinco delegados a menos para a oposição e cinco delegados a mais para o PT e o sindicalismo patronal.
Em São Paulo, o PSTU foi o principal articulador para que a oposição não fizesse assembleia contra a ruptura do PCdoB, ameaçando inclusive entrar com processo judicial se a assembleia fosse realizada. A companheira Anaí Caproni enviou ofício à direção da Fentect reivindicando a realização da assembleia diante da abstenção da direção do Sintect-SP, que foi negada em função desta ameaça do PSTU/Conlutas. Resultado: menos delegados para a oposição.
No Rio Grande do Sul, mais uma vez os integrantes da Federação Anã fizeram um escandaloso corpo mole (que pode ser chamado também de boicote) e elegeram menos delegados do que poderiam, ou seja, não elegeram nenhum delegado. Mais uma baixa para a oposição.
Se não tivesse havido esse boicote, a relação entre o sindicalismo pelego e a oposição seria virtualmente um empate, O QUE PODERIA DAR AUTOMATICAMENTE O CONTROLE DA CAMPANHA SALARIAL PARA O BLOCO OPOSICIONISTA.
Mesmo com o boicote aberto do PSTU e da Federação Anã, a situação de delegados para o Congresso apresenta uma grande evolução da oposição e um recuo acentuado do bloco PT-PCdoB, ou seja, do sindicalismo patronal.
Diante disso, a Federacão Anã declara que vai boicotar agora a eleição do Comando e da própria Federacão entregando tudo para o PT.
O aumento da força da oposição EM QUALQUER SITUAÇÃO, MESMO COM O BOICOTE DO PSTU/CONLUTAS E DOS SINDICATOS DA FEDERAÇÃO ANÃ significa um maior controle dos trabalhadores na campanha salarial.
Está patente que o sindicalismo patronal do PT e do PCdoB está em retrocesso. Está também patente que a sua principal, senão única tábua de salvação é o bloco PSTU/Federação Anã.

A ideologia da traição: segundo o PSTU, “não é possível derrotar o peleguismo na Fentect”

O PSTU/Conlutas vem espalhando – como sempre, debaixo do pano – que “não é possível derrotar o bloco patronal na Fentect”. Esta seria a sua explicação para romper com a Fentect e não travar a luta contra o bloco patronal.
O que significa esta ideia? Apenas isto: que o PSTU entregou os pontos antes mesmo de lutar e está convencendo outros a fazer o mesmo.
O trabalhador não pode se dar este luxo de pensar que não pode derrotar a burocracia; ele tem que lutar pela derrubada da burocracia para conseguir a vitória das suas reivindicações. Por outro lado, nenhum trabalhador de verdade tem a ilusão de que se pode fugir do peleguismo. O peleguismo é uma política estimulada e organizada pelos capitalistas através da corrupção dos dirigentes sindicais e da exploração do seu atraso político e do seu reformismo. Forme uma nova federação e logo estará cheia de pelegos: não existe sindicato ou federação à prova de peleguismo. O peleguismo tem que ser derrotado politicamente pela única via possível, ou seja, pelo esforço para fazer evoluir a consciência da massa de trabalhadores, que aprendem por meio da experiência a reconhecer os seus inimigos de classe, os traidores, e a se organizar em torno de um programa de classe. Não há outro caminho: formar federações de brinquedo com a esperança de criar um clube do bolinha onde pelego não entra é uma ilusão que somente pode passar pela cabeça de crianças ou de pessoas que não estão interessadas na luta dos trabalhadores, mas em cargos sindicais.
Nesse sentido, a ideologia do PSTU é uma ideologia de traidores. O PSTU/Conlutas não confia na capacidade de 100 mil trabalhadores derrotarem uma centena de burocratas do PT. E não acreditam porque não acreditam no próprio trabalhador, nas bases sindicais, mas apenas na força do aparelho sindical para dominar os trabalhadores. Não é uma ideologia de um partido operário ou de um sindicalismo de classe, mas de burocratas sindicais que acreditam que o trabalhador é um escravo ignorante que pode ser eternamente dominado por um punhado de vigaristas.
A experiência dos correios está mostrando justamente o contrário, ou seja, que os trabalhadores cada vez evoluem mais para derrotar a burocracia. E no exato momento em que esta luta começa a crescer, o PSTU/Conlutas forma a Federacão Anã para tentar dar um golpe na luta dos trabalhadores, dividindo o seu movimento nacional em favor do PCdoB.

Uma política da Conlutas e do PSTU imposta aos trabalhadores dos correios

É preciso esclarecer uma coisa muito importante sobre esta política de ruptura. Ela de forma alguma parte das necessidades da luta dos trabalhadores dos correios, que aponta toda no sentido oposto, ou seja, da unidade nacional na luta. O que está colocado neste momento não é dividir a categoria em cinco ou seis federações impotentes, mas unificar ainda mais solidamente os trabalhadores em um único sindicato nacional dos trabalhadores dos correios com regionais em todos os municípios e regiões importantes.
Por que, então, esta política, neste momento?
O fato é que os próprios dirigentes sindicais do PSTU estão sendo forçados pela direção do seu partido e pela direção da Conlutas a levar adiante uma política que eles sabem perfeitamente ser amplamente impopular no meio dos trabalhadores.
A necessidade que leva a propor a ruptura com a Fentect nada tem a ver com a luta real dos trabalhadores dos correios, mas com as necessidades burocráticas do PSTU e da Conlutas.
A ruptura da Fentect está a serviço da necessidade do PSTU de legalizar esta fachada de central sindical que é a Conlutas. É um problema legal e burocrático e está relacionado com a expectativa dos seus dirigentes de conseguir verbas e privilégios sindicais de acordo com a legislação sindical em vigor.
Para entender isso, basta ver que o PSTU não quer criar um bloco de oposição ou coordenação ou comando de luta para, sem romper com a Fentect, criar uma direção alternativa ao peleguismo na luta direta contra ele. E por que? Porque bloco de oposição e coordenações não dão nem verbas nem cargos, apenas servem para organizar a luta.

O mercado sindical, a capitulação diante da política burguesa para o sindicatos e a crise da Conlutas

A burguesia, cuja grande arte é manipular as ilusões dos pequeno-burgueses contra os trabalhadores para poder explorar a ambos, plantou uma isca para os dirigentes sindicais burocráticos e pequeno-burgueses engolirem o anzol que estava por detrás.
Estabeleceu uma legislação que permite a qualquer grupelho criar a sua própria central sindical. Pelegos de direita como o PCdoB e outros que queriam escapar da Força Sindical e abrir o seu próprio pequeno negócio (não estamos na época neoliberal, do pequeno empreendedor?) e pelegos de esquerda como os sindicalistas do PSTU e outros também.
Qual era a função disso? Em primeiro lugar, retirar da Central Única dos Trabalhadores a pressão para agir contra o governo, deixar o caminho livre para a burocracia controlar os principais sindicatos do país e pulverizar a pressão operária em inúmeras organizações sindicais, a maioria delas sem qualquer outra função que servir como apito da panela de pressão.
Em segundo lugar, estimular a ilusão destes grupinhos sindicais para que se colocassem a serviço do confucionismo no movimento sindical, atuando como instrumento de desorganização progressiva do movimento sindical para abrir caminho para a reforma sindical ambicionada pela burguesia.
O PSTU, cumprindo sua vocação para dar uma aparência de esquerda às piores políticas da burguesia contra os operários, logo mordeu a isca e engoliu o anzol da burguesia, pregando que era preciso construir uma central sem pelegos, uma espécie de templo de sacerdotisas virgens do sindicalismo. Agruparam detrás desta farsa – porque os sindicalistas que se agruparam aí podem ser tudo menos virgens inocentes – todo o tipo de sindicalismo, da direita à extrema esquerda, encobrindo tudo com uma propaganda vazia contra o “governismo”, ou seja, disseminando o atraso político que encobre a luta de classes, uma vez que a luta contra o governismo é também a luta do PSDB, que é tão antigovernista como o PSTU. De quebra, pegaram carona na política oposicionista de direita ao governo Lula, ou seja, uma política que é pior ainda que a política burguesa do PT.
Com a lei das centrais sindicais, o governo (“governismo”?) criou um mercado sindical e envolveu os sindicalistas de menor envergadura na luta por este mercado sindical. O PSTU, o mais fraco de todos, somente poderia participar aí com uma política de aparência esquerdista, usando o governismo para agrupar tanto a esquerda como a direita sindical, ambos antigovernistas, mas não antiburgueses.
O que os seguidores do PSTU nunca conseguiram compreender, o que revela a sua completa indigência política, é que a ultrarrevolucionária central sindical proposta pelo PSTU estava sendo feita não contra a lei sindical fascista que existe no país, mas completamente dentro dela. É uma central sindical legalista (“governista”?). Uma central bem comportada que busca cumprir todos os requisitos da lei e esta é justamente a sua preocupação principal.
Agora, chegou a hora das centrais mal comportadas ou bem comportadas como a Conlutas mostrarem se conseguem cumprir os números exigidos pela reforma sindical parcial que criou esta lei. E o problema é justamente que esses números faltam ao PSTU/Conlutas, o que ameaça comprometer toda a operação, uma vez que a preocupação do PSTU não é com a luta, mas com o dinheiro e os cargos, com o aparelho burocrático, sustentado pelo Estado através da legislação fascista reformada para os sindicatos.
É isto o que explica o verdadeiro frenesi para romper com a Fentect. É preciso acrescentar números para cumprir a legislação sindical.
Que todos os que apoiam a Conlutas (que nunca luta, nem nunca lutou) saibam que estão apenas servindo de degrau para a criação de um aparelho sindical estatizado (tudo conforme a lei sindical).

É preciso romper com a política do PSTU e com a Federação Anã

O PSTU/Conlutas e a Federacão Anã já deixaram claro que querem deixar o comando de negociação nas mãos do PT. Quem defende romper com a Fentect e faze corpo mole no congresso com tal situação favorável aos trabalhadores?
É EVIDENTE O TRUQUE DE MÁGICO QUE O PSTU QUER REALIZAR. QUER IMPOR UMA DERROTA À OPOSIÇÃO DENTRO DA FENTECT PARA DESMORALIZAR TODA A LUTA DOS TRABALHADORES OPOSICIONISTAS DENTRO DA FENTECT CONTRA O SINDICALISMO PATRONAL PARA QUE ACEITEM COMO PRÊMIO DE CONSOLACÃO A CONSTRUÇÃO DA FEDERAÇÃO ANÃ, QUE É UM VERDADEIRO CONSOLO DE VIÚVA.
Esta política só pode estar a serviço da direção da ECT e do governo do PT, por meio da defesa dos interesses particulares dos dirigentes do PSTU e da Conlutas e dos interesses menores dos sindicalistas do PSTU nos correios, ainda por cima jogando com o medo dos sindicalistas de que “não é possível derrotar os pelegos”.
Diante disso, chamamos todos os trabalhadores e dirigentes sindicais da Federação Anã a romper integralmente com esta política de capitulação e traições monstruosas, a sair da Federação Anã e a formar um bloco de oposição para impor uma derrota ao sindicalismo patronal no XI Congresso da Fentect e após ele na campanha salarial.
A relação de forças se inclina neste momento em favor dos trabalhadores contra o governo e o sindicalismo patronal. É preciso desenvolver este processo até o fim com a mobilização dos trabalhadores nacionalmente para impor uma derrota definitiva ao sindicalismo patronal.

Por uma campanha nacional de pressão sobre o congresso

Está claro que chegou a hora de derrubar os pelegos. O movimento dos trabalhadores dos Correios a cada acontecimento tolera menos ainda aqueles que traem a categoria. Se os trabalhadores se unirem na oposição, como já vem acontecendo, os dias do peleguismo do PT e do PCdoB na Fentect estão contados.
Está na ordem do dia derrotar o PT na Fentect e garantir um comando de negociação que seja efetivamente controlado pelos trabalhadores. Este controle será ainda maior com a greve unitária nacional dos trabalhadores dos correios na campanha salarial.
Mas, para isso, a categoria deve passar por cima também daqueles que querem boicotar a luta contra o PT, por isso, os trabalhadores não devem aceitar qualquer vacilação e menos ainda qualquer traição das suas direções sindicais.
A  pressão dos trabalhadores de base sobre todos os sindicatos do país, a começar pelos sindicatos dirigidos pelo PCdoB e pela Federacão Anã, mas estendendo-se para os sindicatos controlados pelo bloco PT-PCdoB é fundamental para avançar e para a vitória dos trabalhadores sobre os patrões e seus agentes no interior dos sindicatos.
É preciso organizar esta pressão através de um amplo e enérgico trabalho de esclarecimento para o maior número possível de trabalhadores sobre o que realmente está em jogo no congresso e a traição que está sendo armada pelo PSTU/Conlutas e pela Federação Anã.

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