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segunda-feira, 14 de maio de 2012

Organizar um bloco oposicionista que vai derrotar os pelegos e traidores


O acirramento da luta nos Correios, entre trabalhadores e direção da empresa, que ficou expressa na greve de 28 dias no ano passado, levou à crise terminal da burocracia sindical

O acirramento da luta nos Correios, entre trabalhadores e direção da empresa, que ficou expressa na greve de 28 dias no ano passado, levou à crise terminal da burocracia sindical.
Em junho próximo ocorrerá o congresso da Fentect, o XI Contect. A situação política nesse congresso define bem a crise da burocracia do PT-PCdoB que dominam a maioria dos sindicatos e a maioria da federação há anos. O peleguismo está afundado em uma crise sem precedentes na história do sindicalismo do correio.

A disputa no congresso: a força da oposição


A mobilização da categoria, que levou o bloco dominante PT-PCdoB à sua crise final, está resultando em um quadro muito favorável aos setores oposicionistas no Congresso.

A saída do PCdoB na Fentect é o resultado dessa crise. A decisão é desesperada de quem foi atropelado pela mobilização dos trabalhadores em São Paulo e no Rio de Janeiro para tentar uma sobrevida através da traição que é a divisão da categoria. Dessa maneira, a saída do PCdoB representa um racha de quase 50% do bloco pelego.
Diante desse quadro, vejamos os números gerais do próximo congresso em comparação com o último ocorrido em 2009.
No último congresso, a diferença entre o conjunto das forças do peleguismo, PT e PCdoB, e as forças de oposição, era de 50%. No congresso de junho, a diferença não deverá ultrapassar os 10%. Em 2009, o bloco dos sindicalistas patronais tinha 75% dos delegados. Neste, terá pouco mais de 50%. O peleguismo (PT-PCdoB) perdeu cerca de um quarto dos delegados que passaram para a oposição. A diferença minúscula abre espaço para uma presença muito maior do bloco oposicionista.
Os dados mostram que o avanço da oposição é algo incontestável, mas antes de tudo, revelam a enorme revolta da categoria contra as inúmeras traições do bloco dominante.
Para piorar a situação do bloco pelego, a pequena maioria de delegados não garante um maioria política real e sólida. O bloco está todo esfacelado e enfraquecido, abrindo ainda ais as possibilidades para a oposição, tanto no congresso como na campanha salarial.
A evolução favorável à oposição é visível.

A importância do Congresso


O Contect, que ocorrerá em junho, é o principal órgão de discussão para a tomada de decisões sobre a luta da categoria. Ali, além de serem aprovadas políticas e reivindicações que serão vitais para as condições de vida dos trabalhadores também é escolhida a diretoria da Fentect, com mandato atual de três anos.

No congresso também é escolhido o comando de negociação da campanha salarial. Quer dizer, quanto maior a presença da oposição, maior controle os trabalhadores terão sobre o comando, que há anos, sob maioria absoluta do bloco pelego (PT-PCdoB) vem sendo protagonista nas maiores traições aos trabalhadores, como fio na greve passada.
A maior presença de todo o bloco oposicionista vai garantir um maior controle do comando, assim como da própria diretoria da federação. Ainda que o bloco pelego sustente sua pequena maioria, a correlação de forças no comando será bem mais favorável aos trabalhadores em relação ao que vem ocorrendo nos anos anteriores.
Este é um momento decisivo para organizar a luta contra o a burocracia sindical do PT e do que restou do PCdoB dentro da Fentect e impor a eles e à direção da ECT uma derrota decisiva.
Outra questão de suma importância é a ruptura dos sindicatos de S. Paulo e do Rio de Janeiro, enquanto o restante do movimento sindical nacional se mantém unido. O passo do PCdoB nesses sindicatos representa um extraordinário enfraquecimento dos pelegos que, no desespero, levaram a si mesmos a uma posição de completo isolamento e que abre também uma enorme possibilidade de reconquistar os dois maiores sindicatos para a oposição. Os dois se somariam ao Sintect-MG, o terceiro maior sindicato, que é dirigido por Ecetistas em Luta (PCO), formando uma força avassaladora dentro da federação.

Organizar e fortalecer o bloco de oposição


Diante desse enorme avanço da luta dos trabalhadores dos Correios, a corrente Ecetistas em Luta (PCO) está propondo a constituição de um bloco de todos os setores que se dizem oposicionistas para impor uma derrota ao bloco pelego (PT-PCdoB). Esse bloco deve ter como princípio a unidade prática em torno da luta contra os traidores.

A pequena vantagem dos pelegos e sua fraqueza colocam na ordem do dia a formação e o fortalecimento desse bloco. A luta dentro do congresso poderá inclusive reverter a pequena vantagem dos traidores.
No entanto, a luta não deve se dar apenas dentro do congresso. É necessário ir para as bases dos sindicatos dirigidos pelos pelegos e fazer uma ampla campanha, organizar uma oposição nacional, na base da categoria. A derrota definitiva dos pelegos só será possível através da mobilização dos trabalhadores.

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