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terça-feira, 8 de maio de 2012

Mais uma declaração de diretor do Sintect-PB contra o divisionismo

Confira na íntegra a declaração publicada nas redes sociais do companheiro Tony Sérgio, diretor do Sintect-PB, contra o divisionismo e rompendo com a Federação Anã.

“Tornaram-se públicas nos últimos dias, a politica de rompimento da FNTC, logo após as dos SINTECT's de SãoPaulo, Rio de Janeiro e São Jose do Rio Preto, tendo sido objeto de conversa fraterna entre diretores do SINTECT/PB.A reflexão política em que me encontro há algum tempo, e já exposta em varias ocasiões, e passou a exigir de mim,que escrevesse a respeito deste assunto e passo a fazê-lo agora.
Dentro dos limites de um documento como este, pretendo esclarecer quais motivos levaram a tomardecisão de sair da FNTC. Farei uma breve apresentação do contexto histórico em que ocorre esta decisão e, combase nele, fazer um diálogo franco com os trabalhadores e os militantes sindicais.

O ACT 2009/2011

  Na campanha salarial de 2009 para impor o acordo bianual, foi necessária a ação conjunta da direção daempresa, das direções de vários sindicatos e da intervenção do presidente Lula com uma declaração publicachamando os sindicalistas de “covardes por não terem coragem de acabar com a greve”.
Em São Paulo, acabaram com a greve em uma votação “por contraste”, em Campo Grande (MS), fraudaram aassembleia, onde vários chefes foram votar a favor do fim da greve e mesmo assim não passou e a direçãoencaminhou o fim da greve. O que deu a maioria para a assinatura do ACT 2009/2011.
Diante destas fraudes a maioria do Comando Nacional de Negociação da FENTECT, assinou o Acordo Coletivode Trabalho com a ECT. E instituíram pela primeira vez um acordo bianual para os trabalhadores em Correios.Seguindo-se a isto, todas as forças de oposição à direção da federação organizaram-se em um bloco contra o ACT,que ficou conhecido como “Bloco dos 17”, pois reuniam 17 sindicatos nacionais da categoria em Correios. E diantedos acontecimentos realizaram uma reunião nacional que deliberou por ingressar com uma ação na justiça contra obianual. Infelizmente não foi dado um encaminhamento unitário pelos sindicatos.

Surgimento da FNTC e o rompimento burocrático de Rio e São Paulo

Brigas internas impossibilitaram uma unificação no encaminhamento da ação, resultando no surgimento daFNTC – Frente Nacional de Trabalhadores em Correios com sete sindicatos, Amazonas, Piauí, Paraíba, Pernambuco,Vale do Paraíba - SP, São José do Rio Preto–SP e Rio Grande do Sul. Com o objetivo de organizar oposições nossindicatos ligados a Articulação, PC do B e seus satélites. Ao mesmo tempo em que fomentava o debate contra adireção majoritária da federação.
Iniciam-se, dentro da FNTC, debates internos pela formalização de uma Associação Nacional, com todos osrequisitos legais para representar os sindicatos e poder organizar oposições. Simultaneamente a isto surgemdebates no interior das direções dos sindicatos da Frente de ruptura com a FENTECT. Então é encaminhado aossindicatos proposta de contribuição mensal de 2% de suas receitas para poder organizar as oposições e produzirmateriais, como panfletos, seminários, etc.
Muitos questionamentos surgiram, sobre o proposito do financiamento da FNTC, diante do debate derompimento. Mas nos foi proposto que nenhum debate de ruptura ocorreria antes do Congresso da federação e daCampanha salarial de 2012. E que após isto ocorreria uma avaliação politica e se tomaria um posicionamento.
Durante o processo de tirada de delegados ao CONTECT, agora em março, Os dois principais sindicatos dopaís, o do Rio de Janeiro e o de São Paulo metropolitano, dirigidos pelo PC do B, burocracia que assinou todos osacordos coletivos, de PLR, de PCCS, de POSTALIS, etc. contra os anseios e interesses dos trabalhadores, em umareunião de diretoria, decidiram, sem passar por nenhuma discussão com os trabalhadores que não irá enviarnenhum delegado ao Congresso da FENTECT e que a partir daquele instante estava rompendo com a entidade.

A politica defendida no SINTECT/PB e a da FNTC

Posto isto, aqui no SINTECT/PB, entre os liberados e em seguida em assembleia, avaliamos que a deliberaçãoda pelegada do PC do B, fortalecia as oposições a nível nacional, uma vez que, diminuiriam o número de delegadosda direita do movimento. Com esta discursão deliberamos em nossa última assembleia estadual enviar umaproposta que permitissem que as oposições do Rio e de São Paulo pudessem tirar seus delegados, sem o prazoafixado anteriormente e que o Congresso fosse realizado em São Paulo ao invés de Fortaleza.
Enquanto a nível nacional se discutia as deliberações do PC do B, a diretoria do SINTECT-SJO (sindicato deSão Jose do Rio Preto), que faz parte da Frente deliberou o rompimento com a federação. Seguindo-se a isto, entreos dias 27 e 30 de abril ocorreu o 1º Congresso da CSP-CONLUTAS (Central Sindical e Popular), e entre oscongressistas estavam 50 delegados dos Correios que se reuniram e deliberaram pelo mesmo, através de umManifesto em nome da Frente e de seus sindicatos, intitulado “Chegou a hora de romper com a FENTECT, GovernoDilma e a direção dos Correios”.
Quarta-feira dia 02 de maio em uma reunião de direção do sindicato tomamos conhecimento do Manifesto.E após leitura minuciosa, avaliei que a proposta colocada pelos atuais dirigentes da FNTC, é na realidade umaproposta divisionista, colocada em um momento que poderíamos ganhar a federação para a luta dostrabalhadores.
Observo que o Manifesto apresenta varias contradições. Primeiro parabeniza a divisão dos trabalhadores edepois chamam o PC do B, que é governo, a romper com ele e entregar os cargos que tem na empresa, como se osburocratas fossem entregar a rapadura para construir uma luta contra quem lhe sustenta. Vejam trecho domanifesto:

“A FNTC (Frente Nacional dos Trabalhadores dos Correios) saúda todas as iniciativas de ruptura com a falida FENTECT, maspara serem coerentes, as diretorias dos sindicatos de São Paulo e Rio de Janeiro, que estão rompendo com a FENTECT, devemromper também com o Governo Dilma e a direção da ECT.
  Romper com a FENTECT também deve ser seguido de uma ruptura com a direção dos Correios, exigindo que os ex-dirigentessindicais vinculados à CTB e ao PCdoB entreguem seus cargos de gestão na ECT.”

 Seguindo-se a isto, chamam uma aliança com nossos principais adversários do interior do movimento, o PC do B;

“Os companheiros devem romper com a FENTECT para construir uma federação em base aos princípios da democraciaoperária, com congressos anuais, comandos de base eleitos em assembleias, diretoria colegiada, proporcionalidade direta e semdelegados natos.”

A outra contradição da proposta é que chamam o rompimento, mas querem fazer uma campanha com osmesmos com quem querem romper;

“Proporemos também ao XI CONTECT aprovar uma campanha salarial unificada, com pauta, data indicativa de greve emesa de negociação única de todos os sindicatos do país, em unidade de ação para a luta da categoria.”

Minha saída da FNTC

Apoiei a FNTC até o instante em que ela se colocava como uma oposição nacional a pelegada daARTICULAÇÃO, do PC do B e seus satélites, até o instante de construção de um trabalho coletivo de oposição dentroda federação e dos sindicatos ligados à burocracia do movimento. E diante do cenário nacional, e da situação emque os trabalhadores dos Correios se encontravam não via outra opção que julgasse melhor para osencaminhamentos das lutas dos trabalhadores, se não defender uma politica junto a esta nova organização para ostrabalhadores. Mas dentro desta organização sempre defendi a unidade nacional dos trabalhadores, apesar dealguns dirigentes sindicais de imediato defenderem o rompimento com a FENTECT, meu posicionamento sempre foi contrario ao rompimento com uma entidade construída com muito esforço nacional dos trabalhadores.
Entendo que dentro da Frente existem muitos ativistas de luta, mas que em um momento crucial para nós,em um momento em que o Governo impõe uma “privatização branca” e paulatina dos Correios, que o TST nosimpôs uma derrota histórico mostrando que a burguesia mais do que nunca esta unida. Os companheiros cometemum erro politico sem precedentes, que poderá levar a direita as direções de seus sindicatos.
Chamo os ativistas que querem construir uma verdadeira luta contra a burocracia sindical, a refletiremsobre a politica de divisão dos trabalhadores, a darem um combate sistemático a qualquer forma de ruptura quevenha a diminuir a luta dos trabalhadores. Ao mesmo tempo, torno publico minha decisão de sair da FNTC, por nãoconcordar que 50 decidam os rumos de milhares de trabalhadores.

TONY SÉRGIO R. CAVALCANTE
SECRETARIO DE IMPRENSA E DIVULGAÇÃO DO SINTECT/PB”

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