Sem nenhuma discussão ou aprovação de ninguém, a Federação Anã quer impor o rompimento com a Fentect para defender a burocracia sindical
Nesse dia 3 de maio, os trabalhadores dos Correios foram surpreendidos com mais uma traição da Federação Anã, tendo à frente o PSTU e o secretário-geral do Sintect-PB, Emanuel dos Santos Ditadura.
Está sendo divulgado, em nome da FNTC (Frente Nacional dos Traidores da Categoria), conhecida como Federação Anã um manifesto defendendo abertamente a ruptura com a Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios). O manifesto chama-se “Chegou a hora de romper com a Fentect, governo Dilma e a direção dos Correios” e leva a assinatura do Sintect-PB e dos outros sindicatos que compõem a Federação Anã.
Romper com a federação é a política dos traidores
O PCdoB, na diretoria dos dois maiores sindicatos da categoria – São Paulo e Rio de Janeiro – decidiu romper com a Fentect, alegando cinicamente que a federação é defensora dos patrões. Como se o próprio PCdoB não fosse o principal defensor dos patrões junto com o PT.
Todo mundo sabe, inclusive o trabalhador da Paraíba, que a direção da ECT sempre usou os pelegos da direção dos sindicatos de São Paulo e do Rio de Janeiro para acabar com as greves.
Fica claro que o PCdoB rompeu, mas são os mesmos traidores de sempre. O rompimento é apenas mais uma traição desse grupo de traidores. É mais uma política patronal, dessa vez apostando na divisão da categoria para enfraquecer a luta dos trabalhadores.
Não vamos esquecer que foi o PCdoB que assinou o acordo bianual em 2009, através do diretor do Sintect-RJ, Ronaldão.
A traição é repudiada pelos trabalhadores
Os trabalhadores da Paraíba devem saber também que mais essa traição do PCdoB é amplamente repudiada pelos trabalhadores da base de S. Paulo e do Rio de Janeiro. Todo mundo sabe que o PCdoB é o maior representante dos patrões nos sindicatos.
Os elementos dessas duas diretorias sindicais estão preparando outra traição na campanha salarial, assim como entregaram diversas campanhas para os patrões, como foi o acordo bianual. Dessa vez, o serviço prestado aos patrões será o de dividir a campanha salarial em duas, isolando os trabalhadores de São Paulo e do Rio de Janeiro e enfraquecendo os trabalhadores do restante do País.
Nem os trabalhadores apoiam essa política, nem mesmo a maioria dos sindicatos.
Emanuel Ditadura e PSTU apoiam a traição do PCdoB
Todo mundo sabe que ninguém que tenha o mínimo de comprometimento com a luta da classe operária apoiaria uma política que vai dividir os trabalhadores e jogar a categoria nos braços dos traidores do PCdoB e consequentemente nos braços dos patrões. A rejeição a essa política, que é traidora por essência, já que procura convencer os trabalhadores de que não se deve lutar contra a burocracia, mas simplesmente fugir, obrigou o PSTU/Conlutas a dar um golpe até mesmo nos seus aliados da Federação Anã.
O manifesto está assinado pelos seis sindicatos que compõem a FNTC, à primeira vista, poderia parecer que esses sindicatos estariam a favor da política, mas não é isso, não há unanimidade, pelo contrário, a maior parte da FNTC sequer apoia, a ideia de romper com a Fentect. As assinaturas simplesmente foram fraudadas.
As assinaturas de pelo menos dois desses sindicatos foram colocadas nesse documento sem a autorização até mesmo das diretorias sindicais e muito menos de suas bases. O PSTU e o seu aliado Emanuel Ditadura deram um golpe, não só nos trabalhadores, mas em seus próprios aliados. Quer impor a política divisionista aos aliados que não concordam com essa política.
Na Paraíba não é diferente. Emanuel Ditadura, fazendo jus ao seu apelido, assinou o Manifesto sem o consentimento dos demais diretores do Sintect-PB. Se é assim com esses três sindicatos, está claro que a mesma baixaria está acontecendo nos outros.
O PSTU/Conlutas contando com o apoio de lacaios como é o caso de Emanuel Ditadura tenta impor sem absolutamente nenhuma discussão a ideia de romper com a Fentect. É muita vontade de apoiar o PCdoB!
Estão enganando os trabalhadores
O manifesto entra em cena justamente no momento em que está colocado para a categoria dos Correios derrotar os traidores dentro da Fentect e retomá-la para a luta dos trabalhadores. A fraqueza da burocracia sindical, representada pelo PT, nunca foi tão grande. Com a saída do PCdoB, principal pilar de sustentação da burocracia junto com o PT, a situação no congresso da Fentect está “pau a pau”, com quase o mesmo números de delegados para a oposição e a situação.
Essa é a primeira coisa que o PSTU/Conlutas e o Emanuel Ditadura procuram cuidadosamente esconder dos trabalhadores.
Emanuel Ditadura e o PSTU escondem isso pois sabem que os trabalhadores da Paraíba nunca iriam concordar com uma remota possibilidade de estarem aliados ao Diviza e ao Peixe de São Paulo ou ao Ronaldão do Rio de Janeiro.
Fogem da luta como o diabo foge da cruz
A máscara do PSTU/Conlutas e de Emanuel Ditadura caiu. Agora fica claro porque nunca houve interesse por parte deles em travar uma luta contra a burocracia sindical do PT-PCdoB.
Agora fica claro porque eles se colocaram contra quando Ecetistas em Luta levou dois ônibus de trabalhadores para Brasília para impedir à força que assinassem o acordo bianual à revelia das assembleias e o Ronaldão (PCdoB-RJ) levou um coro bem merecido. Isso para o Emanuel Ditadura e o PSTU sempre foi 'baderna'.
A mesma coisa foi dita quando a Corrente Ecetistas em Luta reagiu ao golpe dado pelo PCdoB no último Conrep. O PSTU não foi contra a expulsão da bancada de Ecetistas em Luta, com a mesma conversa mole de que teria sido um “exagero” do PCO. Para esses capituladores, os errados são sempre aqueles que se levantam contra a opressão da corja de parasitas.
Tudo o que representa luta de verdade é “baderna” para o PSTU e o Emanuel, por isso para eles, o correto a se fazer é sair da Fentect como crianças que fogem para o quarto dos pais com medo do bicho papão.
Os trabalhadores devem ter muito claro que essa política serve apenas aos interesses do PT e do PCdoB e da direção dos Correios. É uma política contra a luta da categoria.
O PSTU e o Emanuel Ditadura estão passando por cima dos trabalhadores da Paraíba e dos demais sindicatos para tentar impor sua política do PCdoB.
Convocamos os trabalhadores a repudiar esse golpe do PSTU e de Emanuel Ditadura e a organizar a ofensiva contra a burocracia sindical em crise na Fentect e também no Sintect-PB. Chegou a hora de retomar a Fentect para a luta dos trabalhadores!
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