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terça-feira, 29 de maio de 2012

O que significa o chavão “governista” utilizado pelo PSTU/Conlutas


Para dar um ar de esquerda para uma das maiores traições aos trabalhadores levada adiante pelo PCdoB, o PSTU/Conlutas utiliza o chavão, o do “governismo”, para romper com esta e buscar cargos e benefícios com a criação de uma nova federação 


O PSTU/Conlutas tenta justificar a política traidora e covarde do PCdoB, e seguida por esta organização, de ruptura com a Fentect, pois esta seria “governista” e não defenderia mais os interesses dos trabalhadores.
É importante lembrar que esses chavões utilizados pelo PSTU/Conlutas servem apenas para intimidar seus opositores e impedir a discussão sobre o tema.
O PSTU se aproveita de preconceitos pequeno-burgueses da burocracia sindical, bem como da própria campanha da direita contra o governo do PT, para realizar uma das maiores traições contra os trabalhadores dos Correios, que seria a quebra da unidade dos trabalhadores em busca de cargos na nova “federaçãozinha”.
Por que seria importante ser “antigovernista” e o que significa isso? Não são o PSDB e o DEM também antigovernistas?
Sim. E a resposta revela que apenas ser antigovernista não significa nada. O “governismo” é, assim, um termo sem conteúdo usado pelo PSTU como espantalho e como argumento mais moral que político para convencer os setores mais pequeno-burgueses da esquerda a aderir à sua política.
A luta da classe operária é contra a burguesia, não contra os governos em abstrato e, deste ponto de vista geral, não há diferenças senão secundárias entre um burocrata sindical do PT ou do PSDB, quem quer que esteja no governo.

O PSTU sempre esteve aliado aos “governistas”

Na história de formação do PT e da CUT, o PSTU sempre esteve de mãos dadas com essa burocracia e apoiou os maiores ataques a classe trabalhadora apoiando diretamente os pelegos.
O termo “governismo” serve para omitir inclusive que a direção da CUT era governista desde a época do Plano Cruzado, que sustentou o governo Sarney na década de 80. Apoiaram e participaram das câmaras setoriais criadas pelo governo de Itamar Franco para juntamente com os patrões atacar os trabalhadores em benefícios da burguesia.
Essa política da direção da CUT sustentou diversas políticas governamentai, e é importante lembrar que o PSTU, na época Convergência Socialista, sempre apoiou diretamente ou fazendo uma oposição de fachada, com discursos sem a mobilização dos trabalhadores.
Esse partido, por exemplo, não apenas apoiou, como compôs chapa para a CUT junto com Vicente de Paula, o “Vicentinho”, sindicalista amplamente apoiado pela burguesia e em favor de quem  a imprensa burguesa realizava uma enorme campanha. Vicentinho implantou uma política de amplo apoio ao sistema capitalista e ao neoliberalismo, sufocando a classe operária.

Traição em troca de cargos

O PSTU/Conlutas silencia para não expor o conteúdo profundamente patronal e oportunista de sua política. A falta de discussão gera uma enorme confusão entre os trabalhadores e direções sindicais. Essa campanha leva setores centristas e bem intencionados a aderir a uma política profundamente covarde e oportunista com um verniz de esquerda.
A ruptura do PCdoB no Rio de Janeiro e em São Paulo revelou o caráter profundamente patronal da política de abandono da federação. A saída dos sindicatos de São Paulo e do Rio de Janeiro foi uma medida de desespero para se manterem na direção dos sindicatos e a criação de novos cargos de uma nova federação, abocanhando uma parcela do dinheiro destinado a Fentect.
Deve ficar claro para o trabalhador que o rompimento com a Fentect beneficiará a manutenção do PT no controle da federação e a direção da ECT nas campanhas salariais, pois os trabalhadores estarão divididos e enfraquecidos.
Tanto o PSTU/Conlutas quanto o PCdoB, realizam uma política criminosa em busca de benefícios, vivendo parasitariamente do aparelho sindical. Não estão minimamente interessados na derrubada da burocracia do PT da direção da Fentect.
Os trabalhadores devem se opor a essa política criminosa de dividir os trabalhadores. Não devem aceitar o parasitismo nos sindicatos e a utilização das organizações dos trabalhadores em troca de favores e benefícios.

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