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segunda-feira, 14 de maio de 2012

PCdoB no Sintect-SP e Sintect-RJ foi o responsável pelo acordo bianual




Em uma das maiores traições contra a categoria, o PCdoB, que agora quer rachar a federação para dividir os trabalhadores, teve um papel muito mais decisivo do que o PT

Nada foi mais cínico na história do movimento sindical dos trabalhadores dos Correios quando, no mês passado, o PCdoB/CTB, na diretoria dos dois maiores sindicatos da categoria – Sintect-SP e Sintect-RJ – anunciou sua desfiliação da Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios).
O mais cínico de tudo, e porque não dizer, tratar os trabalhadores como se fossem idiotas, foram as justificativas utilizadas por esse grupo que, todo mundo sabe, é uma verdadeira gangue sindical, uma quadrilha a serviço dos patrões.
Esse grupo patronal anunciou sua desfiliação da Fentect utilizando argumentos “ultra-radicais” contra o PT. Dizendo, por exemplo, que o PT, que dirige a maioria da federação, é um grupo patronal e responsável pelas traições da categoria.
Tudo muito correto, mas o PCdoB “esqueceu” de dizer que até três segundos antes de sair da Fentect esse grupo era o braço direito do PT – e da direção da ECT – em todas as traições contra a categoria.
Mais do que isso, o PCdoB sustentou quase 50% do bloco pelego que domina a fentect e a maioria dos sindicatos em nível nacional.
O PCdoB há anos é o principal executor da política de traição contra os trabalhadores dos correios.

Ponta de lança do acordo bianual

Um dos maiores ataques já desferidos contra os trabalhadores dos Correios foi a aprovação fraudada do acordo bianual em 2009, que deixou a categoria sem campanha salarial por dois anos.
A participação das diretorias do PCdoB em São Paulo e no Rio de Janeiro foi essencial para a imposição desse acordo.
Em primeiro lugar, com a maioria do comando de negociação sendo contra o acordo, o diretor do Sintect-RJ, conhecido como “Ronaldão”, ameaçou passar por cima do próprio comando e só não assinou o acordo porque a corrente Ecetistas em Luta e o sindicato de Minas Gerais organizaram cerca de 100 trabalhadores para irem a Brasília impedir à força que o pelego do PCdoB do Rio de Janeiro cometesse a fraude.
Mesmo com essa tentativa frustrada, o PCdoB não desistiu. Membros do PCdoB, entre eles o próprio Ronaldão e o Diviza, presidente do Sintect-SP, viajaram até Mato Grosso e Tocantins para organizar assembleia fraudulenta junto com as chefias para aprovar na marra o acordo bianual. Nos dois estados, diante da rejeição dos trabalhadores, foram realizadas assembleias sem divulgação, com a presença de chefes, em um local afastado e desconhecido no Mato Grosso e dentro das dependências da ECT em Tocantins.
Dessa maneira, conseguiram impor o acordo bianual que já haviam fraudado em sua respectivas assembleias em São Paulo e no Rio de Janeiro.
Não dá para restar dúvida de que o PCdoB é não apenas um braço do patrão, tanto quanto é o PT dentro do movimento sindical, mas inclusive um braço mais ativo por estar nos sindicatos mais importantes. Isso sem contar que o PCdoB faz parte do governo e tem altos cargos na direção da ECT, ou seja, são eles mesmos os patrões dos trabalhadores.

O racha é mais uma traição, a maior de todas

Nenhum trabalhador que entende a importância da luta como forma de garantir o mínimo de condições de vida para a sua família pode achar boa uma ruptura cujo único objetivo é dividir e enfraquecer os trabalhadores dos correios e seu movimento nacional.
Os discursos falsamente radicais do PCdoB servem apenas como um disfarce muito mal feito para esconder que essa divisão está a serviço dos patrões. O racha da Fentect é mais uma traição aos trabalhadores dos Correios, a maior de todas.
A maior de todas porque pretende destruir a maior conquista dos trabalhadores dos correios, a única conquista duradoura, que é o seu movimento nacional unificado.
Com isso, o PCdoB pretende isolar os dois maiores estados da categoria, enfraquecendo a campanha salarial e promovendo um rebaixamento das reivindicações dos trabalhadores. O isolamento de São Paulo e Rio resultará no enfraquecimento da categoria nacionalmente e nesses estados.
Qualquer iniciativa de dividir os trabalhadores só pode vir de um grupo de vigaristas políticos com é o caso do PCdoB. Qualquer um que acompanhe essa política criminosa deve ser denunciado como criminoso, não importam quais argumentos “super combativos” teriam sido usados.                 

Retomar os sindicatos para os trabalhadores, acabar com os pelegos

A ruptura do PCdoB com a Fentect, no entanto, não passa de um desespero de quem foi atropelado pelos trabalhadores. Depois de anos de traições, como foi o acordo bianual, a mobilização na greve de 28 dias do ano passado impôs uma derrota aos PCdoB que perdeu definitivamente qualquer autoridade que poderia ter inclusive dentro das suas próprias bases.
O plano do PCdoB é o de lançar todas as suas traições na conta do PT e se fazer passar por honesto e lutador para enganar os trabalhadores. No entanto, os trabalhadores não esquecem as traições dos pelegos do PCdoB e sabe que querem arruma uma nova fachada para melhor trair as lutas dos trabalhadores.

Um enfraquecimento do peleguismo

A rebelião dos trabalhadores contra as diretorias dos sindicatos, obrigou o PCdoB a tomar uma atitude desesperada e rachar com o PT, também em crise. Dessa maneira, se isolaram e abriram espaço para a organização de uma oposição de base nesses sindicatos. Está na ordem do dia fortalecer um bloco nacional de oposição para derrotar os pelegos que estão enfraquecidos, tanto no próximo Congresso Nacional da Fentect que vai ocorrer em junho, como nas bases dos sindicatos do Rio de Janeiro e de São Paulo.
Essa tarefa é de essencial importância pois vai colocar os dois maiores sindicatos que, juntos com o Sintect-MG, já dirigido pela oposição nacional Ecetistas em Luta (PCO), formarão uma força que será essencial para a vitória da mobilização dos trabalhadores dos Correios contra a privatização e os ataques da empresa. 

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