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sábado, 19 de maio de 2012

O movimento dos Correios do ponto de vista do materialismo histórico


O Jornal Causa Operária está publicado um caderno especial com a íntegra da tese da corrente sindical dos militantes e simpatizantes do Partido da Causa Operária (PCO) nos Correios, a corrente Ecetistas em Luta. A tese será defendida no próximo Congresso da categoria, que vai ocorrer entre os dias 12 e 17 de junho.
O XI Contect (Congresso Nacional dos Trabalhadores dos Correios) vai ocorrer em um momento decisivo da luta dos trabalhadores. É correto dizer, sem exageros, que a categoria ecetista é a que se encontra mais avançada no País em relação à evolução geral do movimento operário.
Os trabalhadores dos Correios vem há anos travando uma luta contra a direção da ECT e consequentemente contra a burocracia sindical que domina a maioria dos sindicatos e a Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios). A categoria saiu de uma greve de 28 dias em 2011, que mobilizou o País inteiro. Calcula-se que tenha sido a maior greve da categoria pelo menos dos últimos 15 anos.
A mobilização custou a morte definitiva da burocracia sindical, que já há muito não andava bem. Ela foi atropelada pelos trabalhadores, que lotavam as assembleias.
O que se viu após a derrota foi o acirramento da luta dos trabalhadores.
Outro fator importante do momento é a privatização dos Correios. Todos os ataques da empresa e do governo do PT e o imediato contra ataque dos trabalhadores têm de fundo a política de desmanche da ECT promovida pelo PT a mando dos capitalistas internacionais e nacionais.
Vários fatores peculiares tanto internamente como externamente explicam a evolução do movimento dos Correios. Sobre isso, sugerimos a leitura atenta da segunda parte da tese, na qual é contada a história do movimento dos Correios, em particular de sua ala centrista, o PSTU.
Esse balanço histórico do movimento dos Correios é único na esquerda e é esclarecedor diante da usina de calúnias promovida pelo bloco da burocracia sindical, tanto de esquerda como de direita, personificada pelo Bando dos Quatro (PT-PCdoB-PSTU-Psol).
É possível perceber detalhadamente como se formaram e como atuaram cada uma dessas forças políticas. É absolutamente nítido o bloco relativamente coeso que se forma entre esses quatro grupos. Isso se deve à necessidade de uma colaboração mais explícita entre os grupos burocráticos para frear a ação e o esclarecimento político da corrente Ecetistas em Luta e sua prática operária e independente.
A presença da corrente Ecetistas em Luta é especialmente importante. Foram seus militantes que se destacaram na fundação do movimento dos Correios. A atuação dos militantes do PCO foi decisiva, por exemplo, para que fosse aprovado um dos estatutos de federação mais democráticos do País.
Nesse momento, à medida que os trabalhadores se levantam e a burocracia sindical entre em crise terminal, a empresa está usando parte da burocracia sindical para colocar em prática uma política tipicamente patronal: a divisão da categoria. O PCdoB anunciou que vai desfiliar da Fentect os dois maiores sindicatos da categoria, São Paulo e Rio de Janeiro. O PSTU, que sempre defendeu essa política com argumentos “ultra esquerdistas” para justificar um crime direitista, já anunciou que pretende fazer o mesmo.
Se a política divisionista for bem sucedida, o que não parece ser o caso, os trabalhadores dos Correios arcarão com o prejuízo de terem três federações, ou seja, de terem sua categoria esfacelada e enfraquecida diante de um único patrão, que é o governo federal.
A corrente Ecetistas em Luta, para combater esse crime do Bando dos Quatro, está apresentando uma proposta que vai no sentido diametralmente oposto ao da divisão da categoria. O eixo da política nesse congresso será a defesa de um sindicato único para os trabalhadores dos Correios: um patrão, um sindicato.
Ao final da tese, estão diversas reivindicações da categoria. Reivindicações específicas, desde melhorias das condições de trabalho locais até uma política salarial que realmente sirva aos interesses da vida dos trabalhadores e sua família. A tese de Ecetistas em Luta é a única que traz uma pauta de reivindicações completa e detalhada. Essa pauta é fruto de uma atuação de base nacional e está intimamente ligada às reais necessidades da categoria.
A etapa política atual obriga essa compreensão, baseada no materialismo histórico, para aqueles que têm reais interesses na vitória dos trabalhadores brasileiros contra a burguesia e pelo governo operário e o socialismo. Em oposição ao pedantismo e às calúnias da esquerda pequeno-burguesa.

2 comentários:

  1. A nescessidade da categoria e do movimento operario no momento exige uma direção classista que unifique e canalize as lutas contra o sucateamento e privatização da ect.Está colocado na ordem do dia ;não ao divisionismo,não a frente popular e luta até a vitória.

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