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quarta-feira, 2 de maio de 2012

1°de maio: grande ato de luta, operário e socialista


Neste dia 1° cerca de mil pessoas participaram do ato para resgatá-lo como dia de luta e levantar as reivindicações mais sentidas da classe operária e da juventude 

Por volta de 7h começaram os preparativos no Centro Trasmontano na região central de São Paulo para o grande ato nacional de 1°de maio. Os atos de 1°de maio ocorrem tradicionalmente em São Paulo.
À 9h começaram a chegar os grupos de estudantes, professores municipais e estaduais, trabalhadores dos Correios, bancários, gráficos, processamento de dados, entre outras diversas categorias.
O companheiro Pedro Paulo Pinheiro, presidente do Sindicato dos Correios de Minas Gerais e do PCO iniciou saudando a todos os presentes no sétimo ano consecutivo do ato independente organizado pelo partido, sua corrente sindical e estudantil.
No ato, foi levantado um programa de defesa das reivindicações dos trabalhadores, dos estudantes, dos sem-terra, das mulheres e dos negros e da luta pelo fim da exploração, da revolução proletária e do socialismo.
A primeira a fazer uso da palavra foi Percilliane Marrara, pelo coletivo de Mulheres Rosa Luxemburgo sobre a ofensiva da direita contra o direito de aborto e a perseguição às mulheres e uma breve análise da situação política da mulher no Brasil mesmo com a primeira presidente eleita. A companheira ressaltou a necessidade de unificação com a luta dos trabalhadores.
Em seguida falou Juliano Lopes pelo Coletivo de Negros João Cândido. Juliano falou da luta dos negros em defesa das comunidades quilombolas e das cotas para negros na universidade, atacadas pela direita através do DEM, com uma ação do Supremo Tribunal Federal. Destacou a luta nas favelas contra a intervenção militar e da polícia chamada de pacificadora, mas que está ali para favorecer o setor imobiliário. Divulgou ainda a Revista João Cândido, única impressa que trata da luta dos negros e a necessidade de sua organização e resistência.
Alexandre Alves, da Aliança da Juventude Revolucionária (AJR) estudante processado da Universidade Federal de São Paulo em sua intervenção destacou a corrupção da burocracia universitária e a ditadura imposta por esta contra toda a comunidade. Em 2008, um grupo de estudantes protestou contra o desvio de verba promovido pelo reitor e a polícia federal leva adiante um processo de acusação de formação de quadrilha.
Essa mesma burocracia corrupta colocou no último mês a tropa de choque da PM para reprimir uma manifestação dos estudantes em greve e ameaça os estudantes com novos processos. Falou da necessidade de derrotar a ditadura a que estão submetidas as universidades.
André Sarmento, estudante preso da desocupação da reitoria da USP e militante da AJR, destacou a perseguição sofrida em todo o País pelo movimento estudantil no Piauí, Rondônia, Espírito Santo e de uma maneira mais ostensiva e ampla na USP. Defendeu a necessidade de organizar o movimento estudantil contra essa ofensiva da direita.
A companheira Natalia Pimenta pela coordenação da AJR sobre a perseguição na USP. São 85 estudantes presos por protestar politicamente. A indicação de João Grandino Rodas na USP foi um aprofundamento do plano de privatização com a privatização do circular interno e a ameaça de fim da gratuidade na pós-graduação.
Para acabar com a ditadura na universidade destacou a necessidade do governo da universidade ser dos professores, funcionários e uma maioria de estudantes.
O professor da corrente Educadores em luta, oposição a Apeoesp, Antonio Carlos Silva, em sua intervenção falou sobre a importância de ocorrer pelo sétimo ano seguido um 1° de maio independente dos patrões e dos governos.
A companheira Anaí Caproni da direção do Partido da Causa Operária, da coordenação da corrente Ecetistas em Luta e diretora da Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios saudou o ato de luta e classista. Criticou a burocracia sindical do PT-PCdoB nos correios e a ala esquerda da burocracia, PSTU, de propor dividir a categoria e enfraquecer a sua luta. Denunciou a manobra do PCdoB para enfraquecer a campanha salarial. Falou sobre a necessidade de a categoria lutar como fez na greve superando as direções pelegas e impediu na prática o acordo bianual impedir o golpe contra a categoria mantendo a sua unidade. Elencou as reivindicações que serão apresentadas e defendidas pela corrente ecetistas em luta no Conselho de Representantes da Fentect para derrotar a manobra da burocracia sindical.
O companheiro Rui Costa Pimenta presidente do PCO fez um panorama história das lutas em todo o mundo contra os planos de austeridade e a tentativa de acalmar a crise do regime capitalista com diversos ataques contra os trabalhadores. Destacou o fato da ocupação da reitoria da USP em novembro de 2011 e a greve de 28 dias dos trabalhadores dos Correios são evidências de que o movimento operário irá entrar em movimento no Brasil. Esse fato causa medo na burguesia e procura atacar duramente as mobilizações com perseguições. Foi destacada a necessidade de organização da classe operária em um partido operário, fato que é muito atacado justamente pela sua eficiência na defesa dos trabalhadores.
Ao final da intervenção foi cantada a Internacional.
Os presentes no ato saíram em passeata pelo centro de São Paulo em uma clara demonstração de força e amplo apoio. Foram formados os blocos com bandeiras e faixas da juventude, do coletivo de Mulheres, contra privatização dos Correios; do coletivo de Negros. Durante a manifestação pessoas foram se incorporando ao grande ato.
Essa foi a única manifestação que tinha como eixo a luta contra a privatização dos Correios e da USP, pelo fim dos processos contra os estudantes, contra os assassinatos no campo, pela organização dos sem-terra e auto-defesa, por um governo da cidade e do campo e pelo socialismo.

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