Os
trabalhadores estão passando maus momentos no Centro de Tratamento de Encomendas
de Valinhos, região de Campinas.
Falta tudo no
setor, até o relógio de ponto. Os trabalhadores ficam na mão dos chefes que
assinam a entrada e a saída. Dessa maneira, os funcionários não têm nenhuma
garantia de seus horários. Se precisam fazer horas-extras, os chefes colocam o
que bem entender nos cartões. A ausência de relógio de ponto é uma
irregularidade muito grave. É comum a empresa “errar” na hora de fazer as contas
para pagar o trabalhador, imagina sem o relógio de ponto.
Na maior parte das
vezes, os chefes não respeitam as marcações dos horários de entrada e
saída.
Para agravar a
situação, o setor está afundado de tanto serviço, como é comum nos Correios de
todo o País. Há inclusive trabalhadores sendo emprestados de outras regiões para
trabalhar no CTE Valinhos. O excesso de trabalho no setor, aumenta a quantidade
de horas-extras, o que torna a falta do relógio de ponto um problema ainda mais
grave para o trabalhador.
Mas não é só isso.
Os funcionários não têm nem luvas de proteção para manipular os milhares de
objetos que são triados todos os dias. As encomendas e os materiais de trabalho
oferecem riscos à saúde do trabalhador se são manipulados sem proteção. O mais
escandaloso é que o trabalhador é obrigado a pagar do próprio bolso as luvas,
caso queira utilizá-las.
O CTE Valinhos
virou terra de ninguém.
A chefia está
fazendo os trabalhadores compensarem os dias parados da greve no feriado, o que
não deveria ocorrer. Segundo as regras estabelecidas pelo julgamento da greve no
TST, a compensação só poderá ser feita por meio de horas extras ou nos finais de
semana, desde que respeitado descanso semanal do trabalhador.
Tudo é permitido no
setor, desde prejudique apenas os trabalhadores. Em um local de trabalho assim,
quem leva a pior é sempre o funcionários que está a mercê dos abusos e desmandos
dos chefes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário