Todo final do ano é a mesma coisa: enquanto
a empresa aparece fazendo demagogia com o natal, os trabalhadores sofrem com o
excesso de serviço
A direção dos
Correios iniciou a tradicional campanha de fim de ano, chamada Papai Noel dos
Correios. A iniciativa envolve a empresa e seus funcionários com a população.
Crianças enviam cartas de Natal e as pessoas dispostas a participar podem
escolher presentear uma ou algumas das milhares de cartas recebidas pela
ECT.
Com a iniciativa,
os Correios querem passar para a sociedade uma imagem de empresa “consciente”
que se preocupa com o “social” etc. Os trabalhadores dos Correios não são contra
uma inciativa da empresa que envolva seus funcionários com o restante da
população do País. O que a categoria contesta, no entanto, é que dentro da
empresa, os Correios não tratam seus funcionários conforme deveria ser uma
empresa realmente preocupada com o desenvolvimento social e econômico o
País.
Se no final do ano
a ECT agrada algumas crianças carentes com presentes, o ano todo maltrata seus
funcionários com excesso de serviço, perseguições das chefias, muita pressão e
salários baixos. Nas greves, a nova moda da direção dos Correios é atacar o
direito de luta dos trabalhadores, usando o TST para descontar e compensar os
dias de greve.
Na última campanha
salarial, a empresa preparou um enorme ataque ao Plano de Saúde da categoria. Se
a ECT for bem sucedida em seu objetivo de destruir o convênio médico, isso vai
representar um forte rebaixamento salarial e vai deixar inúmeros trabalhadores e
suas famílias sem assistência.
É muito bonito a
empresa dizer que tem “responsabilidade social”, uma palavrinha que está na
moda, mas não mostra isso com os trabalhadores que estão dentro de casa. Os
funcionários dos Correios são parte da sociedade e deveriam ser os primeiros a
ser bem tratados. Mais ainda porque a ECT é uma empresa estatal e tem por
obrigação trazer benefícios para a população brasileira. No entanto, o que se vê
é que a empresa está apenas atrás do máximo lucro à custa da exploração cada vez
mais desenfreada dos trabalhadores. E ainda há a ironia de que é justamente na
época das festas de fim de ano o período de maior serviço nos Correios. Os
trabalhadores, que já são explorados, sofrem com um volume de serviço no mínimo
três vezes maior.
É por isso que
denunciamos que as campanha “sociais” da empresa são mera demagogia, quando os
funcionários, que são a parte mais próxima da sociedade dentro da empresa, estão
sendo maltratados.
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