De que lado vai ficar o PSTU?
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Heitor, principal representatne do PSTU/Conlutas no movimento sindical dos Correios no RJ. |
A
última campanha salarial dos trabalhadores dos Correios deixou evidente uma
enorme aproximação do PSTU/Conlutas da máfia sindical do PCdoB que dirige
(graças à fraude nas eleições) o Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Rio
de Janeiro (Sintect – RJ).
Para dividir a
organização nacional dos trabalhadores e enfraquecer sua luta – ajudando, é
claro, os patrões – “Ronaldão-bianual” e os sindicalistas do “Partido dos
Capangas do Brasil” (PCdoB) resolveram não participar do Congresso Nacional da
categoria (XI Contect), onde foi votada a Pauta Nacional e o Comando Nacional de
Negociação e Mobilização dos trabalhadores dos Correios.
Eles perceberam que
poderiam ser derrotados pela Oposição (como foram) diante da imensa revolta dos
trabalhadores na base frente a derrota da greve de 2011 e os 28 dias de
compensação a que os trabalhadores foram submetidos. Assim, pularam fora do
barco.
No mesmo período,
sindicalistas do PSTU/Conlutas que – supostamente – dirigiam cinco pequenos
sindicatos, resolveram fazer uma campanha (que muito agradou a direção da ECT e
aos seus marionetes do PCdoB) de que não era possível derrotar os sindicalistas
traidores e que o melhor era romper com a Fentect e criar uma “federação anã”.
Dessa forma ajudariam os planos dos patrões e do PCdoB de dividir os
trabalhadores. E todo mundo sabe que quanto maior a divisão, menor a força
diante do patrão.
O
dirigente do PSTU/Conlutas no Rio, Heitor Fernandes, foi um dos líderes dessa
tentativa de entregar “o ouro para os bandidos”. Rachou com os setores de
Oposição no Rio e se opôs a que os trabalhadores da base da Conlutas/PSTU
elegesses delegados para votar contra os traidores no Congresso da
Fentect.
Essa decisão quase
permitiu que o bloco traidor (Articulação/PCdoB) continuassem no comando da
Fentect. Como o Congresso reflete a vontade da base de forma muito distorcida
(pois há uma grande presença de dirigentes sindicais) as votações foram
apertadas e a Oposição ganhou a maioria da direção da Fentect e outras votações
importantes por apenas um voto.
A
maioria dos sindicalistas do próprio Conlutas foram forçados pela base da
categoria a rejeitar esta política de divisão e capitulação e votar contra o
bloco PCdoB/Articulação e a defenderem a unidade da categoria na
Federação.
Durante a campanha
salarial, ficou evidente que a política de divisão do PCdoB estava à serviço dos
patrões. Procuraram sem legitimidade, apresentar uma Pauta rebaixada para
facilitar o golpe da direção da ECT, que nas negociações era liderada,
justamente, por um ex-sindicalista do PCdoB, “Eduardo Ceará”.
Como sempre, nos
sindicatos do Rio e SP, realizaram assembléias fajutas nas quis os trabalhadores
de base e a Oposição eram impedidos de falar e sabotaram as assembléias
democráticas convocadas pela Fentect.
Para criar confusão e
legitimar o golpe dos traidores do PCdoB sindicalistas do PSTU/Conlutas no Rio
de Janeiro (como também em SP) apoiaram a política divisionista de “Ronaldão”,
“Diviza” e Cia., procurando ajudar a diretoria do Sintect - RJ, colocada em
enorme apuros, já que não queria a greve nacional dos trabalhadores dos
correios.
Começaram dizendo que
apoiavam as assembléias fraudulentas do PCdoB, em nome da unidade da
categoria.Ou seja, apoiavam os pelegos que racharam com a federação de mais de
30 sindicatos em nome da “unidade”.
Em troca de tamanha
submissão, o PSTU ganhou do PCdoB – que não deixa os trabalhadores da base da
categoria e a oposição (maioria na direção da Fentect) falarem na Assembléia – a
gentileza de ter acesso garantido ao microfone.
No Rio, o PSTU falou
várias vezes quando o PCdoB cedeu a palavra aos candidatos patronais nas
eleições do Rio de Janeiro, como o advogado do sindicato e vereador do PCdoB
apoiado na TV pelo prefeito fascistóide Eduardo Paes ou o ex-diretor regional,
candidato pelo tucano PPS, enquanto a palavra é negada aos candidatos operários
e socialistas do PCO, presentes na assembléia.
O
PSTU falou, elogiou e apoiou a política da direção do Sindicato e da
empresa.
Juntos defenderam furar
a greve nacional aprovada para o dia 11 de setembro (defendendo o seu
adiamento). Unidos (PCdoB e PSTU) defenderam o rebaixamento da Pauta (pedir
menos para não ganhar nada) e até mesmo a proposta miserável apresentada por uma
ministra do TST contra os ecetistas.
Na assembléia que
referendou este golpe no Rio (19/9), o PSTU teve dois oradores inscritos pela
diretoria do PCdoB (que mais uma vez negou a palavra à oposição que dirige a
Fentect) e seus representantes do PSTU/Conlutas, Heitor Fernandes (foto) e Yuri,
defenderam junto com “Ronaldão” e o PCdoB a proposta do TST.
Não fizeram sequer a
ressalva de que a proposta do TST ataca o direito de greve dos trabalhadores
(ordenando que 40% dos trabalhadores furem a greve) e que ela significa que os
trabalhadores devem abrir mão de lutar pela reposição das perdas salariais, ou
seja, dos mais de 30% que foram roubados dos seus salários nos últimos
anos.
Encerrada a campanha
salarial a diretoria convocou – sem a devida divulgação – uma assembléia armada
para controlar o processo eleitoral e, desta forma, manter a ditadura no
Sintect-RJ.
O
Movimento de Oposição ao Peleguismo (MRL, Ecetistas em Luta, MUTE, Alternativa
Ecetista) publicou um boletim, denunciou o golpe e procurou mobilizar a
categoria contra a fraude.
Os
setores que defendem a unidade da categoria na Federação se articularam em uma
chapa única para impedir que “Ronaldão” e a máfia do PCdoB controlassem sozinhos
o processo eleitoral.
Mesmo com fraudes no
credenciamento - com o PCdoB distribuindo crachás para pessoas de fora da
categoria contratados - agressões a diretores da Fentect e trabalhadores
(incluindo uma mulher, a companheira Estela), o PCdoB acabou sendo derrotado
(pela primeira vez em muitos anos) em uma assembléia dentro do Sindicato: foram
197 votos contra 194. Mesmo com muitos trabalhadores de base indo embora (por
conta das agressões) ou sendo impedidos de votar.
E
o PSTU/Conlutas de que lado ficou nessa votação apertada e decisiva para o
processo eleitoral?
Mostrando que o “espaço”
que lhe era concedido na campanha eleitoral era um favor dos pelegos para que
defendessem a política dos patrões, o PSTU/Conlutas tinha o apoio de apenas 13 trabalhadores e,
ao invés de votar com a oposição contra o pelego, que fraudou as últimas
eleições contra a chapa de oposição integrada também pelo PSTU, buscou semear a
divisão, lançando uma chapa própria na assembléia que teve menos de 4% dos
votos, mas que por pouco não permitiu a vitória do PCdoB.
O
resultado nas eleições para vereador no Rio também mostrou que o PSTU não tem
apoio na base da categoria à sua política. Mesmo com o “empurrão” do PCdoB
apresentando seu candidato nas assembléias e atos e com a ampla campanha do
partido, o partido obteve cerca de 300 votos.
Mesmo nestas condições
amplamente desfavoráveis o PSTU/Conlutas passou a anunciar que vai inscrever
chapa própria para as eleições do Sintect-RJ. O grupo liderado por Heitor que
argumentava que não adiantava ir ao Congresso da Fentect porque não seria
possível ganhar a direção, agora quer à todo custo lançar uma chapa cujo única
serventia seria, sem sombra de dúvidas, tentar dividir a oposição e oferecer
alguma chance de vitória para os traidores do PCdoB.
Contra esta política
reacionária, chamamos os militantes da Conlutas de todo o País e a todos os
ativistas classistas dos Correios a se pronunciarem, rejeitando esta política
criminosa e divisionista do PSTU/Conlutas que serve apenas aos interesses dos
patrões.
Pela unidade dos
trabalhadores e da Oposição para derrotar a máfia do Partidos dos Capangas do
Brasil, de “Ronaldão-bianual” e Cia. e devolver o Sintect – RJ para os
trabalhadores.
Chapa única de Oposição para derrotar o “Ronaldão” e tira o Sintect –
RJ das mãos do patrão.
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