Eles apresentaram a situação dos operários das obras do PAC, de Jirau e Santo Antônio, em Rondônia.
"Estamos fazendo uma nova campanha. Em solidariedade aos
trabalhadores diante do julgamento de 24 operários, marcada para 29 de novembro.
A Força
Nacional de Segurança continua ocupando o canteiro de obras e efetivos das forças armadas
pararam os ônibus nas estradas revistando os operários numa campanha de
criminalizar reprimir e intimidar os trabalhadores.
A realidade é de trabalho escravo, repressão, e rebeliões nas obras obras de usina hidrelétrica do PAC e no Minha Casa Minha Vida.
São constantes as humilhações e péssimas as condições de trabalho.
A Justiça age de maneira muito rigorosa com
trabalhadores, mas é leniente com os poderosos.
Os 24 trabalhadores são acusados de incêndio, formação de quadrilha, furto
qualificado entre outros.
Na denúncia acatada pelo juiz, o promotor acusa
24 trabalhadores. Muitos foram presos no presídio anexo da Penitênciária Urso Branco, de Rondônia. Mas apenas 11 foram
libertados. Faltariam 13. Um oficialmente considerado foragido dos outros ninguém tem
notícia.
O problema se agrava, porque são todos migrantes:14 do MA; 7 do PA; 1 AM; 1 do Pauí; 1 de Rondônia.
Durante o julgamento a
maioria sequer estará presente. O Juiz decretou revelia para os 13 desaparecidos. E emitiu nova
ordem de prisão. Os outros estão citados para comparecer na audiência. O
Raimundo é um caso mais grave. No dia da repressão com reforço federal, em abril, houve
um incêndio no alojamento que partiu da empresa pra justificar a aumentar a
repressão. Ocorreu a morte de trabalhador. E a o Raimundo foi preso e torturado
acusado de ser um dos incendiários.
Ele teve julgamento e foi absolvido por falta de provas.
Foi julgada improcedente a acusação. Ele quando foi preso, foi levado sem nada.
Quando saiu da prisão, voltou na empresa, mas não encontrou sequer seus
documentos.
Na audiência trabalhista que movemos para ele recuperar seus direitos trabalhistas o juiz falou para o Raimundo
desistir da ação e deu 24h. Ele manteve, mas o juiz não deu mais resposta
nenhuma, desde o dia 24.
E no dia 30 de outubro ele foi preso novamente. Acusado de tentar
roubar um estudante. Está em prisão preventiva com todos seus direitos negados.
O sindicato ficou do lado da empresa, do governo. Tentou
acabar com a greve e deu propina para membros de negociação. Os que não se
dobraram foram presos e agora serão julgados".
Nenhum comentário:
Postar um comentário