”O critério é quem fez ou não fez greve”
Passada a greve desse
ano, as coisas continuam as mesmas no CTE (Centro de Tratamento de Encomendas)
Saúde, em São Paulo. O excesso de serviço é o mesmo, a falta de funcionários é a
mesma e a pressão da chefia é a mesma.
Mas o gerente da
unidade, Renato Rosa, que já ficou conhecido no setor como Renato “Ditadura”
Rosa, decidiu no final da greve atacar os trabalhadores que
participaram ativamente da mobilização. O gerente e os chefes estão distribuindo
ou ameaçando distribuir SIDs (Solicitação de Defesa) aos grevistas. O mais grave
é que as SIDs que foram dadas não têm nenhuma justificativa, já que os
funcionários não cometeram irregularidades, não houve faltas injustificadas,
nada.
Fica muito claro que a
documentação é puramente uma perseguição política para desestimular os
companheiros a lutarem por seus direitos. Alguém precisa avisar ao gerente que a
ditadura já acabou e que os militares não dominam mais os Correios, pelo menos
oficialmente.
Os trabalhadores têm
pleno direito de fazer greve e a chefia tem que aceitar de cabeça baixa. A
chefia quer tratar os trabalhadores como criminosos, mas o verdadeiro criminoso
é quem usa a posição superior dentro da empresa para perseguir quem exerceu seu
direito, que é garantido pela Constituição Federal.
Não satisfeito com a
pressão contra os grevistas, com as SIDs, mudança de local de trabalho etc, a
gerência ainda prejudicou deliberadamente os grevistas na marcação das
férias.
Antes da greve, a chefia
anunciou que o mês de férias seria sorteado entre os trabalhadores. Depois da
greve, a gerência simplesmente marcou as férias compulsoriamente e ainda
declarou em “off” para um trabalhador que o critério para escolher o mês de
férias era se o funcionário havia ou não feito greve.
É bom dizer que essa
situação não vai continuar assim. Os trabalhadores vão continuar denunciando
qualquer abuso das chefias que estão agindo a mando da direção da ECT (PT-PCdoB)
para intimidar os trabalhadores.
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