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sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Pela contratação de 30 mil trabalhadores

Não à privatização dos Correios: Em todo o país funcionários estão sendo agredidos e ameaçados por usuários por causa do sucateamento e falta de gente para dar conta do serviço
Chegou a um extremo o abandono dos trabalhadores pela direção da ECT. O sucateamento da empresa, as péssimas condições de trabalho e falta de pessoal para dar conta do serviço está resultando num descontentamento generalizado.

Além dos trabalhadores que sofrem com doenças ocupacionais pelo excesso de trabalho, dobras, horas extras, (tem carteiro fazendo o serviço de três) assaltos etc., a população usuária está também sofrendo as consequências do processo de privatização da empresa.

Os usuários não contam mais com a qualidade e excelência dos serviços dos Correios. Encomendas, correspondências e documentos demoram a ser entregues e o resultado disso está também se virando contra a categoria.

Ameaças e agressões

Os carteiros que estão na rua, em contato direto com a população, estão sendo hostilizados e existem denúncias em todo o país de ameaças e até agressões contra esses trabalhadores.

O pior é que a intimidação acontece na rua e também dentro do setor. Os paus mandados, da empresa, os chefes, não se posicionam em defesa dos trabalhadores, os deixam expostos a riscos até mesmo de vida e todo tido de constrangimento sem tomar nenhuma providência. Nem junto à direção da empresa, nem de proteção mais efetiva, como registrar ocorrência, mudar o carteiro de distrito etc. Em Brasília, por exemplo, em mais de um setor o chefe teve de ser também ameaçado por usuário e pressionado pelos trabalhadores para tomar providências.

Juntando tudo isso com os instrumentos de controle da empresa, como SARC e SAP, a retaliação e perseguição aos grevistas a empresa tenta fazer a categoria esmorecer aos seus ataques, esfriar o poder de luta e organização dos trabalhadores.

O efeito em muitos dos recém-contratados é o abandono da empresa. Dos convocados do último concurso apenas cerca de 30% permanecem nos Correios.

Esse é um plano arquitetado pela direção da empresa a serviço de multinacionais. O sucateamento da empresa, ao ponto de fazer a população usuária reclamar dos serviços com matérias sendo divulgadas pela imprensa capitalista, é parte da campanha pela desmoralização deste que é um patrimônio nacional a serviço da privatização.

Só a luta dos trabalhadores pode reverter essa situação

Ao contrário do que pretende a direção da empresa e os capitalistas os trabalhadores devem resistir a toda essa ofensiva e reforçar sua luta.

A verdade é que a única maneira de mudar essa situação é a empresa realizar uma contratação em massa de trabalhadores, investir em condições de trabalho e logística. Só assim o serviço vai ser feito sem sobrecarga, com qualidade e atender de fato às necessidades da população.

Uma das reivindicações da greve deste ano era a contratação de 30 mil trabalhadores. O julgamento do dissídio coletivo pelo TST (Tribunal Superior do Trabalho) impediu que o tema fosse devidamente explorado pelos trabalhadores em sua luta. Mas agora essa deve uma das questões centrais da luta da categoria.

Fim das terceirizações e da privatização

A Fentect (Federação Nacional dos trabalhadores dos Correios) ganhou na justiça uma ação contra a terceirização das atividades fim da ECT.

A decisão derruba liminar que a empresa conseguiu em favor da contratação temporária como meio de manter a atual situação de privatização ao poucos, por partes, desta que é a maior empresa pública da América Latina.

Estão proibidas as contratação de temporários sob pena de multa para a empresa. Os trabalhadores devem acompanhar e denunciar para a Federação e os setores de luta da categoria toda iniciativa no sentido de descumprimento dessa decisão e manutenção da terceirização.

Bem como denunciar as agressões e ameaças para que sejam tomadas providências no sentido de garantir a segurança e integridade dos trabalhadores.

A vitória na justiça contra a terceirização foi um passo importante. Agora é mais do que urgente a contratação de pessoal, especialmente para o setor operacional e apenas a luta organizada dos trabalhadores poderá garantir essa conquista.

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