Acompanhe o relato de algumas das falas apresentadas no debate sobre o balanço do movimento sindical da categoria dos Correios.
Carvalho – CE
Foi uma grande luta a que fizemos para conquistar a Fentect.
Conseguimos. Mas ali ainda existem vários traidores.O pior para o nosso movimento são os sindicalistas vendidos que se passam como guerreiros e lutadores.
É preciso lutar e denunciar todos os traidores.
Lutar em cada estado, em cada sindicato. Avisando para os trabalhadores o que
está acontecendo.
Não podemos aceitar dirigentes que tem cargo na Empresa,
mas se apresentam como lutadores.
Precisamos também lutar contra os trabalhadores pelegos
que estão apenas na expectativa de ganhar cargos na empresa
É uma honra participar dessa Conferência. Para nós que somos
mais novos é muito importante. Eu ingressei em 2002 precisamos de fato ter compreensão do processo
de desenvolvimento da Fentect até agora. Para tirar conclusões inclusive de avaliações e convicções que tivemos no
passado.
O Rodolfo que foi comentado porque recebeu cargo na empresa no amazonas é ex-PSTU e agora está no PT/Articulação. Nós
derrotamos ele no sindicato. E fizemos isso enquanto eramos ainda proximos do PSTU.
Mas no último período foi ficando evidente o papel que
cumpria e cumpre o PSTU no movimento dos Correios. Assim, a gente
rompeu com essa política, e participamos do bloco que garantiu uma importante
vitória no XI Conrep.
Rompemos definitivamente com essa política porque entendemos que ela não está a serviço dos trabalhadores. É em nome dos
trabalhadores do Amazonas estamos aqui. O nosso rompimento com essa politica é
total. Contra o divisionismo, a criação de nova Federação a atuação sindical por interesses pessoais. Estamos firmes no interesse
coletivo dos trabalhadores.
E queremos fortalecer a luta nacionalmente para retomar os sindicatos das mãos da pelegada.
Antônio Fernando – Uberaba
Essa já é uma Conferência fruto da luta.
Quando ganhamos a Fentect foi meio caminho andado. A
outra parte do caminho está sendo construída a partir de hoje no sentido de tomar a direção
da empresa para o controle dos trabalhadores.
Após a vitória da fentect houve o aumento da pressão da
empresa. Precisamos juntar ampliar nossa mobilização. Nos juntarmos aos anistados, discutir o postalis, a questão dos
MOT (Mão de Obra Temporária), dos terceirizados. Aqui
inclusive tem MOTs que também sofrem retaliação da empresa.
Nosso desejo é que esses encaminhamentos sejam feitos e a
gente de fato faça acontecer a luta pelos interesses dos trabalhadores.
Osvaldo – Pernambuco
Em 2003 o Pepe me convenceu a não fazer campanha
para o PT. Agora isso está mais evidente, todo mundo sabe. Mas na época esse
debate já tinha sido colocado por ele. Ele disse que não adiantava ter ilusão, que o PT no governo ou na direção da empresa não seria uma coisa positiva para a categoria.
Agora, eu tenho claro. Ou fecho com o PCO ou me mantenho independente.
Ou você tem uma posição firme, ideológica com o PCO ou você segue com você mesmo. Não adianta ser
migrante.
Está claro que os outros setores não estão na luta. Nem mesmo o PSTU. Isso se destaca em Pernambuco porque é o único lugar onde eles
ainda têm alguma coisa, no resto do país estão bem mais fracos.
Em PE o PSTU fala que é contra a privatização, mas os
dirigente do sindicato que são do PSTU trazem MOTS para a empresa. É o próprio
sindicato que traz a terceirização para a empresa. Não pode partir do sindicato, ainda mais do
PSTU que se diz tão radical.
Outra coisa que preciso falar é contra o CID. Em Recife, CID é represar ocorrências criadas para mais na frente tentar demitir usando como reincidência.
E mais. Não podemos aceitar banco de horas. Não podemos ficar
refém da empresa. Antes do sindicato os líderes eram demitidos e os
trabalhadores tomavam falta. Falta é mais honroso.
Desde 2004 para cá o PSTU fez a cultura de banco de horas.
Mas isso não pode ser assim. Tem de haver respeito ao direito de greve. Se não
abonar é melhor a falta. Em PE eles já começam a greve falando em banco de
horas. Se não der abonar os dias, precisa ser negociada a limpeza do setor, e não ficar
seis meses refém da empresa.
Para encerrar eu quero reafirmar a história de luta do companheiro Pedro Paulo, porque aqui não
temos outra opção.
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