A Conferência de
Ecetistas em Luta aprovou: a luta pela manutenção do convênio médico
dos trabalhadores dos Correios é parte da luta contra a privatização da empresa
A II
Conferência Nacional da Corrente Ecetistas em Luta aprovou uma campanha nacional
em defesa do convênio médico dos trabalhadores dos Correios. Esse direito é um
dos mais importantes da categoria e há anos vem sendo atacado pela direção da
empresa.
Na greve desse ano,
por muito pouco os trabalhadores não foram derrotados e tiveram uma enorme perda
no serviço médico. A empresa não negociou durante toda a campanha salarial, mas
tentou a todo o custo enfiar goela abaixo dos trabalhadores uma mudança no
convênio médico.
No final da
campanha salarial, a direção da ECT admitiu que sua intenção era cortar gastos
com o plano de saúde. O objetivo é introduzir mensalidades, diminuir os
dependentes e aumentar as dificuldades para o acesso ao convênio.
Quanto vale o
convênio médico dos Correios?
O plano de saúde é
uma conquista da luta dos trabalhadores dos Correios. Mais do que um direito do
trabalhador, o convênio representa um aumento substancial no salário.
Para se ter uma
ideia, o preço de um plano de saúde da Unimed (bem mais simples do que o dos
Correios) para uma pessoa de 29 a 33 anos de idade, é R$ 142,19 por mês. Ou
seja, em um ano, o convênio custa mais de R$ 1.076. Mas esse valor é muito
maior, pois a maioria dos trabalhadores possui pelo menos quatro pessoas na
família.
O corte do convênio
médico pode representar uma perda salarial de, no mínimo, R$ 513,94 por mês, ou
R$ 6.167,28 por ano, para um trabalhador cujo convênio cubra ele e sua esposa
(os dois com uma idade entre 34 e 38 anos) e duas crianças. Esse valor pode
aumentar muito mais, já que muitos trabalhadores têm idade superior a essa média
e o convênio dos Correios dá direito à inclusão de pai e mãe
dependente.
Não é à toa que a
empresa quer atacar o plano de saúde. O ataque ao plano significa um
rebaixamento salarial.
Parte da
privatização da ECT
Existe uma luta da
direção da empresa e do governo do PT para entregar os Correios nas mãos da
iniciativa privada. Em 2010, Dilma Rousseff, Paulo Bernardo e Wagner Pinheiro
aprovaram a mudança no estatuto da empresa, abrindo o caminho para transformar a
ECT em uma Sociedade Anônima.
Além disso, a
manutenção do esquema da franquias, o bilionário banco postal e a terceirização são políticas
adotadas pela ECT para distribuir o dinheiro aos capitalistas à custa dos
trabalhadores e de todo o povo.
O ataque ao
convênio é parte do corte de gastos com o trabalhador. Mais precisamente, ao
diminuir os custos com o convênio, a ECT está impondo um grave corte salarial à
categoria. Assim, a empresa diminui os gastos com os funcionários para agradar
os capitalistas que estão colocando as mãos no dinheiro dos Correios.
O que vai manter o
convênio médico da categoria é a luta contra a direção da ECT. Foi a mobilização
dos trabalhadores que conquistou o convênio médico e todos os direitos e será
com a mobilização que esse direito será garantido. Por isso a conferência da
corrente Ecetistas em Luta decidiu realizar uma ampla campanha na base da
categoria em defesa do plano de saúde dos trabalhadores.
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