Grupo que comanda o Sintect – RJ esteve
diretamente à frente dos maiores golpes contra a categoria nos últimos anos.
Todas as traições têm a assinatura de “Ronaldão” e sua corja
A presença de
“Ronaldão-bianual” e de seus comparsas
do PCdoB à frente do Sintect – RJ (bem como do Sintect – SP) não é o
resultado da vontade da categoria, nem tampouco obra do acaso.
O
PCdoB (Partido Comunista do Brasil) e sua “central sindical”, a CTB (Central dos
Trabalhadores Brasileiros) - criada com verba federal para ajudar a dividir os
trabalhadores – foram colocados no comando destas entidades diretamente pela
direção da ECT, que apoiou e patrocinou a fraude e o uso de violência nos dois maiores sindicatos da
categoria, para garantir que à frente destes estivessem seus elementos de maior
confiança.
Da mesma forma, essa
máfia comandou por vários anos a Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores
dos Correios) compondo o bloco traidor com a Articulação/PT, que assinaram todos
os acordos feitos contra os mais 120 mil trabalhadores dos correios e recebendo
em troca mais de 500 cargos de chefia e direção na empresa.
Todo trabalhador dos
Correios viu na última campanha o trabalho sujo feito pela direção do Sintect –
RJ e todo o PCdoB que, com quatro sindicatos buscou dividir a categoria na
negociação com os patrões rompendo com a federação nacional (34
sindicatos).
Essa conduta, no
entanto, não é uma novidade.
Desde que assumiu a
direção dos Sindicatos do Rio e São Paulo, o PCdoB é o principal ponto de apoio
da direção da ECT para liquidar com as campanhas salariais.
A
importância nacional das bases sindicais desses dois sindicatos é usada por suas
direções para dividir o movimento e forçar um retrocesso da luta da categoria em
nível nacional.
Sempre que os patrões se
viram encurralados pela mobilização dos ecetistas, esses dirigentes sindicais do
PCdoB trataram de realizar assembléias fraudulentas (sem trabalhadores, em local
de difícil acesso, sem convocação etc.) para impor o fim da greve e dividir a
categoria e assinaram acordos que provocaram enormes perdas para os
trabalhadores; depois dos quais sempre ganharam cargos para seus
apadrinhados.
Veja abaixo uma parte da
extensa lista de serviços prestados pelos sindicalistas do PCdoB à direção da
ECT contra os trabalhadores:
1)Assinaram a mudança da
data-base para agosto
A
data-base da nossa categoria era em dezembro, mês que todo ecetista sabe que o
número de serviço triplica. Os trabalhadores tinham um poder de barganha muito
maior com a empresa, pois qualquer greve significava maior prejuízo para a ECT.
Pois bem, quem assinou o acordo que tirou a data-base de dezembro e jogou para
agosto foi o sindicalista do PCdoB Luís Eduardo do Ceará. Traidor que foi
premiado com vários cargos na direção da ECT e na campanha salarial deste ano
foi o líder da comissão de negociação patronal e o principal inimigo da
reivindicação da categoria de retorno da data--base para dezembro. Por isso
também, na pauta entregue à direção da ECT por “Ronaldão” e sua turma do PCdoB
eles pediram a manutenção do mês de agosto. O que os patrões querem, é o que ele
fazem.
2)Assinaram o Banco de
Horas que abriu caminho para a famigerada
“compensação”
O
PCdoB foi também responsável pela aprovação do banco de horas na greve de 2008,
junto com o grupo que hoje compõe a minoria da Fentect.
Naquele momento, o banco
de horas foi o precursor da compensação das horas na greve, como a dos 28 dias
da greve de 2011. Os trabalhadores que fizeram a greve foram punidos, tendo que
realizar horas-extras interminável sem ganhar nada mais por isso. O PCdoB, que
já fazia parte da diretoria do Sintect-SP e Sintect-RJ, aprovou o banco de
horas, soltando até rojões na assembléia da traição para comemorar a derrota dos
trabalhadores.
3)Assinaram o PCCS da
escravidão
O
PCdoB também fez parte da comissão que assinou o PCCS 2008, conhecido na
categoria como PCCS da escravidão. Esse documento abriu caminho para a
privatização da ECT. Ali estão contidos os principais ataques contra os
trabalhadores, como o cargo amplo, o desvio de função, a terceirização, o
próprio banco de horas, as metas e tudo o que a direção da ECT conseguiu fazer
para retirar direitos dos trabalhadores.
4)Ronaldão assinou pelo
PCdoB o famigerado Acordo bianual
Na greve de 2009, em
plena mobilização dos trabalhadores, o PCdoB
tendo À frente o presidente do Sintect – RJ, “Ronaldão”, foi o principal
articulador e defensor do acordo bianual, que deixou os trabalhadores sem
reajuste e sem campanha salarial por dois anos.
Primeiro, o PCdoB
fraudou a assembléia do Rio de Janeiro e impôs o acordo já na primeira semana de
greve. Depois, na semana seguinte, foi a vez de “Diviza” e “Peixe” do PCdoB
fraudarem a assembléia de São Paulo e também impor o acordo.
A
participação de “Ronaldão” foi decisiva. Ele integrava o Comando de Negociação
da categoria (composto, então, por apenas 5 membros). Os que eram a favor do
acordo (do lado dos patrões) ficaram em minoria e “Ronaldão” levou adiante um
plano da direção da ECT para impor o acordo contra a vontade dos
trabalhadores.
Primeiro tentou assinar
o acordo, mesmo estando em minoria, e teve de ser impedido por trabalhadores da
base de MG, SP, Campinas e do DF, mobilizados em Brasília foram para cima para
dar uma coça no traidor.
Por ordem de seus
“donos”, na direção da ECT, “Ronaldão” e outros sindicalistas do PCdoB, viajaram
com o dinheiro do trabalhador para Mato Grosso e Tocantins para fraudar as
assembléias nesses estados, para aprovar o acordo bianual com uma maioria de
chefes mobilizados pela empresa e assim obter uma maioria fajuta de sindicatos a
favor do golpe.
5)Sabotaram a greve de 28
dias, em 2011 e aceitaram a compensação de horas
Fizemos em 2011, a maior
greve dos últimos anos. Depois de muita luta e de muitas tentativas do PCdoB
tentar acabar com a mobilização, a categoria levou
um golpe final desses
pelegos.
Os patrões desesperados
diante da nossa combativa mobilização usaram a ditadura do TST (Tribunal
Superior do Trabalho) contra a greve. Os sindicalistas patronais do PCdoB
disseram amém e passaram a comandar uma debandada da greve, aceitando – sem
discutir com os trabalhadores – a decisão do TST.
No Rio de Janeiro (como
também em SP), “Ronaldão-bianual” praticamente obrigaram os trabalhadores a
voltarem ao trabalho, sem assembléia, encerrando a greve em pleno feriado do dia
das crianças.
Quem pagou por esse
golpe fomos nós trabalhadores que tivemos de trabalhar feito escravos (incluindo
fins de semana) na compensação dos dias parados imposta pelo TST e aceita pelos
sindicalistas traidores sem discussão.
Expulsar os
traidores
Por essas e por outras é
que os patrões vão apoiar a permanência do PCdoB à frente do Sintect – RJ. Por
isso mesmo, mais do que nunca é necessária uma grande mobilização da categoria –
do Rio e de todo o País – para colocara para fora do Sindicato estes vendidos e
devolver a entidade para seus verdadeiros donos, os trabalhadores dos
Correios.
Este deve ser o objetivo
central de todo ativista classista, de todo trabalhador dos Correios.
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