Contra o excesso de
serviço: Atendentes comerciais, carteiros e
operadores de triagem sofrem com o excesso de serviço nos Correios
A decisão do TST, ainda que tenha sido individual, abre precedente para uma reivindicação antiga dos atendentes comerciais da ECT e de todos os funcionários dos Correios, que é a diminuição da jornada de trabalho, sem redução do salário. Para os atendentes, a reivindicação é mais urgente justamente pela semelhança do trabalho à atividades exercidas pelos bancários, que têm garantido na CLT jornada de seis horas diárias. O fato de o TST, que tradicionalmente toma decisões desfavoráveis aos trabalhadores, ter reconhecido esse direito mostra que é possível conquistar a reivindicação.
Os atendentes estão cumprindo funções múltiplas nas agências. Além de realizarem todo o serviço normal dos Correios, a abertura do Banco Postal multiplicou as funções. Os atendentes realizam vários serviços de bancários, como abertura de contas, saques, depósitos, pagamento de contas etc.
Para distribuir dinheiro aos banqueiros, a direção da ECT transformou os Correios em um banco. Junto com a diminuição da jornada, os trabalhadores devem pedir o fim do Banco Postal.
A tendência nos Correios, no entanto, é totalmente contrária à decisão do TST.
Em todos os setores os funcionários estão trabalhando mais do que a jornada de oito horas.
Tanto nas agências como nos CDDs (Centro de Distribuição Domiciliária) e Centros de Tratamento os trabalhadores estão fazendo horas-extras, sendo convocados para o trabalho no feriado e fins de semana para dar conta do excesso de serviço, ocasionado principalmente pela falta de funcionários.
A corrente Ecetistas em Luta, em sua segunda Conferência Nacional aprovou uma ampla campanha pela redução da jornada de trabalho para seis horas.
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