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segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Direção da empresa faz chantagem com os trabalhadores na campanha salarial

Diante da mobilização dos trabalhadores, a chefia usa o assédio moral para atacar o direito de greve da categoria

Os trabalhadores do Centro de Tratamento de Encomendas (CTE) Saúde, na região sul de São Paulo, denunciaram que a chefia, a mando da direção da empresa, está fazendo chantagem com alguns companheiros para tentar evitar a greve.
Os chefes estão anunciando que cerca de dez trabalhadores teriam recebido a transferência para outro setor. Em contrapartida, estão afirmando na “boca miúda”, mas de modo que todos saibam que, para ser efetivada a transferência, é necessário que esses trabalhadores não façam greve. Uma maneira criminosa de intimidar a categoria.
Todo mundo nos Correios sabe que o sistema de transferências na empresa é um esquema para proteger os puxa sacos e pretendentes a chefe. Há trabalhadores que estão há anos esperando por uma transferência que nunca sai, apesar de seu nome sempre constar entre os primeiros da lista.
O próprio funcionamento do SNT (Sistema Nacional de Transferências) serve para chantagear os trabalhadores. É mais uma maneira encontrada pela direção da ECT para punir os companheiros mais combativos dos setores e tentar transformar todo mundo em “cordeirinhos da chefia”.
A transferência de setor é um direito dos trabalhadores. Para muitos companheiros, a transferência significa uma melhora na própria qualidade de vida, já que procuram setores mais próximos de suas residências, por exemplo.
É importante que os trabalhadores saibam que, além de ser um crime que ataca o direito de greve da categoria, como nos tempo da ditadura militar, o boato espalhado pela chefia é mentiroso. Na realidade, o mais provável é que nem mesmo existam essas transferências dadas como certas. O que vai acontecer, como os próprios trabalhadores denunciaram, é que quando chegar outubro (mês no qual ocorreriam as transferências) nada vai ser falado e os trabalhadores, tanto os grevistas como os não grevistas, vão ficar a “ver navios”.
Trata-se também de um criminoso assédio moral contra os trabalhadores. Muitos companheiros ali necessitam da transferência inclusive por motivos de saúde. O CTE Saúde é considerado um dos setores com maior carga de trabalho do País e muitos companheiros estão adoecendo por conta do excesso de peso e de serviço e das péssimas condições de trabalho.
Não é coincidência que o boato da chefia tenha surgido em plena campanha salarial, justamente em um setor onde tradicionalmente a grande maioria dos trabalhadores adere às greves. É uma tentativa da chefia e da direção da ECT de desmobilizar os trabalhadores, no desespero diante da tendência de luta da categoria. O assédio, no entanto, não será suficiente para conter a mobilização. A corrente Ecetistas em Luta convoca todos os trabalhadores a participar da Plenária Nacional da Oposição para discutir esses e outros problemas e organizar a campanha salarial, contra a privatização e a greve geral por tempo indeterminado no dia 15 de setembro, por 74% de reajuste.
- Pela liberdade de transferência para todos os trabalhadores, sem nenhuma condicionante;
- Não ao assédio moral da chefia, pela garantia do direito de greve dos trabalhadores.

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