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terça-feira, 23 de agosto de 2011

Federação anã do PSTU: uma manobra da direita para impedir a luta dos trabalhadores contra a privatização

O golpe do PSTU com a criação de uma federação anã ficou ainda mais evidente diante da tendência de luta dos trabalhadores, a exemplo do que ocorreu no Rio Grande do Sul, onde os donos da federação anã votam contra a paralisação dos trabalhadores

Como era de se esperar, a “frente” do PSTU, que na verdade é uma manobra para dividir a categoria e criar uma federação anã, nem bem começou e já colocou as unhas de fora, mostrando que longe de representar a luta dos trabalhadores, trata-se de um golpe articulado pelo PCdoB e PMDB para tentar impedir a mobilização da base, dividindo a categoria em defesa da privatização dos Correios.
A manobra já fica evidente pelo fato da“frente” ser na verdade um pretexto para a divisão da Fentect para a criação de mais uma federação, composta por meia dúzia de sindicatos que juntos não representam nem 10% da categoria, isso no momento em que a burocracia do PT e PCdoB está em franca decadência, ou seja, no momento crucial para organizar a oposição dentro da Federação e expulsar esses pelegos e traidores do movimento de uma vez por todas. Só uma pessoa que está recebendo dinheiro da empresa, ou no mínimo, muito mal intencionada, poderia acreditar que dividir a categoria, deixando a Federação livre para que os pelegos vendidos do PT e PCdoB aprovem os piores ataques contra a categoria, seria algo bom para os trabalhadores. É evidente que os únicos a lucrarem com essa divisão são os patrões, o governo e a própria burocracia da Federação.
O golpe, no entanto, ficou ainda mais claro para os trabalhadores diante da possibilidade de uma ampla mobilização da categoria. A revolta dos trabalhadores com a privatização dos Correios, por meio da Medida Provisória 352 que inclusive já teve sua primeira parte aprovada pela Câmera, mostrou de uma vez por todas qual o objetivo da federação anã.
Seguindo a risca a cartilha da burocracia da Fentect, a federação anã do PSTU não só não organizou qualquer mobilização em nenhum dos sindicatos que compõe sua base, como atuou sistematicamente para impedir a organização da categoria. Na Paraíba, por exemplo, onde o secretário-geral e menino de recado do PSTU/Conlutas, Emanuel Ditadura, está numa escalada de ataques contra os trabalhadores para empurrar a federação goela abaixo da categoria, não houve qualquer discussão a respeito da Medida Provisória, os trabalhadores sequer foram informados. Não só isso. Nos raros boletins que foram distribuídos na base, o principal objetivo era fazer campanha da aliança do Bando dos Quatro (PT-PCdoB-PSTU-Psol) com os parlamentares do DEM e PSDB, os maiores privatizadores do País.


Federação anã do PSTU vota contra paralisação dos trabalhadores para facilitar privatização dos Correios


No Rio Grande do Sul, a manobra foi ainda mais grotesca. Depois de fracassar nas tentativas de boicotar a mobilização dos trabalhadores, o PSTU que é o partido que organiza a federação anã, votou contra a proposta dos trabalhadores de realizar um dia de greve contra a MP que privatiza os Correios. Ou seja, a paralisação feita no Rio Grande do Sul no último dia 10, aconteceu não com a ajuda da federação anã do PSTU, mas apesar dela. A única “luta” que os sindicalistas do PSTU se propuseram a fazer foi o turismo à Brasília para uma audiência pública com os “companheiros” dos partidos do Fernando Henrique Cardoso, Serra, Alckmin, ACM Neto etc. O que fica evidente é que a federação anã do PSTU não quer saber de lutar, tanto é assim que quando se coloca de fato a mobilizar a categoria, os sindicalistas do PSTU/Conlutas, em conjunto com PT e PCdoB, se apresentam como o principal empecilho para a organização da categoria.
A greve realizada pelos trabalhadores do Rio Grande do Sul contra a medida provisória deixa evidente dois aspectos da luta que se coloca para os trabalhadores dos Correios. O primeiro é que existe uma enorme tendência de luta da categoria, que só não se concretizou em uma greve forte por conta do boicote sistemático do Bando dos Quatro (PT, PCdoB, PSTU, Psol), bem como o alinhamento político da federação anã e da burocracia da Fentect com a empresa e governo para permitir a privatização da ECT.
O que, no entanto, chama bastante atenção é o cinismo dos sindicalistas do PSTU/Conlutas, que apesar de terem atuado abertamente contra a luta da categoria, chegando inclusive a votar contra a paralisação proposta pelos trabalhadores do Rio Grande do Sul, tentam, agora, pegar carona na mobilização dos trabalhadores para apresentar a federação anã como uma “entidade” combativa. Ou seja, os opositores da greve,
 do PSTU, os donos da federação anã, tentaram a todo custo impedir que os trabalhadores realizassem a greve, e agora depois de serem derrotados por uma votação esmagadora, tentam fazer demagogia com o restante da categoria se apresentando como os grandes sindicalistas. Trata-se de uma piada contra a inteligência dos trabalhadores.
A federação anã atuou como o grande empecilho na luta dos companheiros do Rio Grande do Sul. A greve ocorreu por conta da enorme tendência de luta dos trabalhadores, que passaram por cima da burocracia para aprovar sua mobilização. O trabalhador não é burro e não vai se deixar enganar por mais esse golpe do Bando dos Quatro (PT-PCdoB, PSTU, Psol). A federação anã, como fica evidente, é mais um golpe articulado pela direita para tentar impedir, ou pelo menos dificultar, a luta dos trabalhadores dos Correios. Nesse sentido, o que se coloca para os trabalhadores é organizar uma ampla mobilização para lutar contra a privatização dos Correios, mobilização essa que deve ocorrer de forma independente da burocracia sindical, a maior aliada do governo e dos patrões nos ataques contra os trabalhadores.

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