ESSE BLOG MUDOU

PARA CONTINUAR ACOMPANHANDO AS NOTÍCIAS DOS CORREIOS ACESSO AO LINK olhovivoecetista.wordpress.com
Este blog será desativado em 30 dias

domingo, 2 de dezembro de 2012

Mais um vice-presidente dos Correios sob investigação

Novo escândalo de corrupção na ECT: A única saída para a categoria é a sua luta pelo controle da empresa pelos próprios trabalhadores

 
Mais um vice-presidente dos Correios aparece na imprensa como suspeito de envolvimento em esquemas de corrupção. Dessa vez, Jefferson Carlos Carús Guedes, vice-presidente jurídico, está sendo investigado pela Polícia Federal (PF). A acusação é a de que Guedes teria sido subornado para favorecer a empresa LM Negócios Inteligentes em licitações, segundo informa na internet o portal Yahoo.

Segundo relatório da PF, o favorecimento teria sido intermediado pelo então diretor da Agência Nacional de Águas (ANA), Paulo Rodrigues Vieira, que tentou subornar Jefferson Guedes, que recebeu o dono da LM Negócios, Lucas Henrique Batista. O vice-presidente dos Correios é listado como ‘investigado” pela PF, que fez busca e apreensão em sua sala para levar computador e documentos.

A PF afirma ainda que há indícios de que a LM Negócios Inteligentes participou de licitações de agências e Correios em São Paulo e que teria sido oferecido propina ao vice-presidente dos Correios para favorecer a empresa. A PF não afirma se Jefferson Guedes aceitou a propina. A empresa acabou sendo inabilitada na concorrência, segundo o Diário Oficial da União.

Jefferson Guedes é o terceiro vice-presidente da atual gestão dos Correios denunciado por corrupção e favorecimento de empresários em caso de licitações de agência franqueadas. Ele chegou aos Correios com uma denúncia de corrupção no currículo, quando era procurador-geral da União, em 2008. Jefferson pediu demissão dez meses depois que assumiu o cargo acusado de participação em uma rede de corrupção e fraudes ligando funcionários do INSS.

Só a luta pode derrotar a máfia da direção da ECT

Para os trabalhadores o que importa dessas inúmeras denúncias envolvendo membros da cúpula da ECT é justamente o fato de que os mesmos que utilizam sua posição na empresa para se enriquecer de maneira ilícita, são os que procuram de todas as maneiras esmagar a categoria.

Qual é a autoridade de uma direção que recebe salários altíssimos e está envolvida direta ou indiretamente em esquemas de corrupção para declarar uma greve abusiva daqueles que ganham um salário miserável e carregam a empresa nas costas? Foi isso exatamente o que a ECT fez nas duas últimas campanhas salariais. Na campanha desse ano, a empresa tentou destruir o plano de saúde dos trabalhadores.

Mas não há nenhuma novidade, a atual diretoria dos Correios, formada a partir da posse de Dilma Rousseff (PT), é tão corrupta quanto qualquer outra. O problema da empresa, assim como de outras empresas públicas e estatais, é a sua estrutura que favorece apenas uma ínfima minoria de burocratas ligados a grandes capitalistas. Enquanto for assim, haverá necessariamente corrupção na ECT e em todas as empresas, a corrupção é algo que faz parte da própria formação do Estado capitalista.

A luta da categoria deve ser política, ou seja, não por uma “moralidade” na empresa, mas pelo controle dos trabalhadores. Que as chefias – de coordenadores a presidente – sejam eleitas pelas organizações dos trabalhadores. Que os salários tenham o mínimo de diferença e que essa diferença seja dada apenas pela medida do trabalho e não como forma de privilégio para uma cúpula de corruptos escolhida pelos lobbies de empresários e banqueiros dentro do governo.

A super-exploração dos trabalhadores, as péssimas condições de trabalho, a perseguição nos setores, o ataque aos direitos dos trabalhadores, como o convênio médico, e o ataque ao direito de greve são produtos da ação dos grandes capitalistas na empresa que deveria ser pública e estar de acordo com os interesses da população e dos trabalhadores. Esse é o sentido da privatização dos Correios: usar a estrutura da empresa para favorecer os capitalistas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário