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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

A imprensa e a tentativa de prisão dos estudantes da USP

 
As declarações feitas na imprensa capitalistas pelos jornalistas que supostamente informariam a notícia mostra a campanha orquestrada pela direita para perseguir o movimento estudantil


Estudantes em 2009 protestavam contra invasão tropa de choque para impedir um piquete.
A partir da ocupação da diretoria da FFLCH e da reitoria os estudantes da USP sofrem uma ofensiva da imprensa capitalista com muitas calúnias. Os supostos repórteres se tornam porta-voz da posição do governo e da reitoria com acusações parecidas com as da ditadura militar brasileira como “estudante tem que estudar” e “trabalhador tem que trabalhar”, que os estudantes seriam “vândalos”. A atividade política estaria impugnada nesses setores. Esta concepção em si já é completamente reacionária, uma vez que quer vetar a atuação política nas universidades.
É claro que isso tem uma intenção que é calar os setores de oposição e garantir imposição da política burguesa. Nesse caso da USP, garantir a privatização da universidade mais importante do país e uma das mais importantes do continente.

As reportagens feitas se preocupam em tirar cuidadosamente qualquer conteúdo político da ação dos estudantes. Não citam os casos de perseguições políticas, as eliminações de estudantes, demissão de diretor sindical e as centenas de processos contra funcionários e estudantes por participar de movimentos políticos.

A denúncia do Ministério Público contra os 72 estudantes da USP trouxe à tona a campanha novamente. Sem sequer o juiz aceitar a denúncia e abrir um inquérito contra os jovens, a “repórter” do SBT afirma, de maneira bem decorada "Vândalos, manifestantes ou terroristas, quem era os estudantes que invadiram a USP? O que eles queriam? Munidos de bombas caseiras paus e pedras ocuparam mascarados a universidade desacataram a ordem judicial, depredaram o patrimônio público e tudo isso em prol da liberdade de fumar maconha. Essa foi a grande causa desse revolucionários mas não caiu bem. O vandalismo disfarçado de protestos, os universitários devem saber que a USP não é um reduto imune as leis onde se pode praticar crimes impunimente. Agora aprenderão da forma mais dura o sentido da palavra respeito . Que ao julgar o caso a justiça tenha a temperança que faltou aos 72 arruaceiros da USP".
A histérica jornalista do SBT fez lembrar as intervenções estapafúrdias do folclórico coronel Erasmo Dias, chefe da Segurança Pública de S. Paulo, na época das manifestações contra a ditadura, que se vê em velhos filmes de televisão contra os militantes da época.
Essa declaração dá o tom da cobertura de toda a imprensa sobre o caso. Os estudantes se levantaram contra o estado de sítio em que foi colocada a universidade para garantir a privatização desta. Não tem nada a ver com a maconha, mas é o pretexto ideal para a campanha moralista e caluniosa contra esses estudantes.
Tentam passar a ideia de que não teria uma reivindicação e não teria razão de ser e que os estudantes apenas não queriam a política para “poder fumar maconha livremente”.
Segundo essa imprensa venal, não há processos administrativos, não há processos na Justiça, não há uma perseguição aberta ao movimento estudantil, não há a tentativa de esmagamento da organização sindical dos funcionários, não há ameaças a docentes e, principalmente, não estaria em marcha a privatização da USP. Uma realidade inventada para reforçar a tese deles de que não são estudantes, são “vândalos”.

Pelo que lutam os estudantes da USP

Milhares de estudantes passaram pela reitoria da USP durante a ocupação em novembro de 2011. A ocupação era uma forma de protesto contra os processos contra funcionários e estudantes, pela saída da PM do campus e pela saída do reitor João Grandino Rodas. Esse foi colocado por Serra no cargo mesmo tendo ficado em segundo lugar na consulta ao Conselho Universitário. Isso mostra que foi escolhido a dedo pelo PSDB para agir da maneira truculenta necessária e impor a privatização da USP. Desde que foi indicado fez muitas declarações como a de que deve ser cobrada mensalidade dos estudantes e a iniciativa privada deve estar na USP. A luta dos estudantes da USP tem como objetivo evitar a entrega da USP para a iniciativa privada e para isso enfrentam a política e processos na Justiça. A reitoria tenta paralisar uma parte importante do movimento para impor a privatização.

Fim do monopólio capitalista da imprensa

É importante o movimento realizar uma ampla discussão a respeito da atuação da imprensa capitalista e tirar a conclusão de que não há imprensa livre, exceto aquela que os próprios estudantes e trabalhadores fazem. Não devem confiar na imprensa capitalista monopolizada. É necessário que não tenham ilusão nessa imprensa vendida que age pelos interesses dos poderosos.
Uma imprensa independente e livre deve se constituir pelos que lutam em favor da universidade e dos interesses da população em geral.

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