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terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Porque o PCdoB defende o divisionismo na Fentect

Partido do cinismo do Brasil

A chapa 1, do PCdoB/CTB, nas eleições dos Correios do Rio de Janeiro afirmou que o maior problema da Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios) seriam os “mais de 600 sindicalistas” que se venderam para a empresa.
Somos obrigados a concordar com o PCdoB/CTB. Há anos denunciamos o esquema de corrupção ocorrido nos Correios. Em troca de altos cargos e salários, centenas de ex-sindicalistas venderam a luta dos trabalhadores. Para a categoria, só restou amargar uma sequencia de acordos coletivos que representaram grandes perdas econômicas e políticas.
No entanto, o discurso do PCdoB/CTB procura esconder outra parte da realidade. Uma parcela desses ex-sindicalistas vendidos faz parte do próprio PCdoB. Há dezenas e dezenas de chefes, gerentes e diretores de cúpula da ECT membros do PCdoB.

Um caso muito conhecido e escandaloso é o do Luiz Eduardo do Ceará. Esse senhor foi diretor da Fentect e recebeu um cargo na empresa e hoje é o principal carrasco dos trabalhadores nas negociações, seja na campanha salarial, seja na PLR. Luís Eduardo, que é membro do PCdoB, ocupa o cargo de gerente de negociações da ECT em Brasília. Não precisa dizer mais nada.


O PCdoB tenta jogar toda a fama de patrão para o PT, mas todo mundo sabe que não é assim. O PCdoB é base do governo federal e principal aliado do PT, ou seja, compõe junto o governo e a direção da ECT e assim são os patrões da categoria.


Pelo menos em cinismo o PCdoB conseguiu superar a chapa da Articulação Sindical/PT nas eleições do Rio de Janeiro.


O cinismo maior: a Fentect é “do governo”, o PCdoB não

Outra demonstração de cinismo do PCdoB nas eleições do Rio foi dizer que a Fentect é atrelada ao governo e que os sindicatos divisionistas estariam se separando para formar uma nova federação “independente” do governo.
É fato que a Articulação/PT faz parte do governo. Ë fato ainda que o PT, que há anos dominou a Fentect, leva adiante uma política de conciliação com a empresa e o governo.
Mas essa é apenas uma “meia-verdade” para dizer o mínimo. Em primeiro lugar, como já foi dito, o próprio PCdoB é parte da base aliada do governo. Mais ainda, o PCdoB dominou a direção majoritária da Fentect, levando adiante exatamente a mesma política do PT, durante todo o tempo. Todo o tipo de traição levada adiante pelo PT, o PCdoB apoiava e vice-versa.
Em segundo lugar, o PCdoB esconde que a oposição venceu o último congresso da Fentect, ou seja, agora a Articulação/PT não é mais maioria na federação. A vitória do bloco de oposição foi expressão da vontade da categoria de derrubar os pelegos e traidores do movimento nacional.
Portanto, o que está por trás do divisionismo do PCdoB não é nada mais do que: 1) Uma tentativa de sobrevida diante do aumento da mobilização da categoria que resultou na vitória da oposição na Fentect; 2) Uma tentativa de fundar outra federação, distante dos trabalhadores e portanto colocando em prática uma política de conciliação ainda mais pelega do que a levada pela Articulação/PT na Fentect.

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